PPGSE - Doutorado em Sistemática e Evolução
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Navegando PPGSE - Doutorado em Sistemática e Evolução por Assunto "Caatinga"
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Tese Filogeografia de artrópodes troglóbios do Oeste da formação Jandaíra, Nordeste do Brasil: evolução e conectividade biológica em ambientes subterrâneos como base para ações de conservação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-29) Bento, Diego de Medeiros; Lima, Sérgio Maia Queiroz; Ferreira, Rodrigo Lopes; 02507575670; http://lattes.cnpq.br/3035017013212273; http://lattes.cnpq.br/8316105480397252; http://lattes.cnpq.br/6523092826116933; Donato, Christiane Ramos; http://lattes.cnpq.br/1035573410272594; Solé-Cava, Antônio Mateo; http://lattes.cnpq.br/1863833156194815; Cordeiro, Lívia Medeiros; http://lattes.cnpq.br/6644418826457241; Santos, Sandro; http://lattes.cnpq.br/2397252405405950Cavernas sempre despertaram a curiosidade dos cientistas em função dos troglóbios, organismos exclusivamente subterrâneos que frequentemente apresentam distribuição restrita e elevados níveis de endemismo. Eventos paleoclimáticos têm sido apontados como os principais responsáveis pela origem de espécies troglóbias, e o oeste da formação Jandaíra, nordeste do Brasil, alia a ocorrência de extensas áreas cársticas, enorme concentração de cavernas e aquíferos subterrâneos em uma região atualmente semiárida. Essa região é reconhecida pela riqueza e concentração de espécies troglóbias, algumas das quais (isópodes, anfípodes e hemípteros) possuem distribuição relativamente ampla em áreas geológica e hidrologicamente distintas. Por meio de análises filogenéticas e filogeográficas, objetivamos avaliar os padrões de variação genética desses táxons, investigar possível diversidade críptica e delimitar Unidades Taxonômicas Operacionais (UTO´s), bem como indicar os fatores que possivelmente influenciaram sua diversificação. Além disso, objetivamos avaliar o estado de conservação das linhagens e identificar áreas prioritárias para sua conservação. Com exceção de Cirolanidae sp.1 (Isopoda), os demais grupos apresentaram extensa diversidade de linhagens crípticas e, além da identificação de três UTO´s para Cirolanidae sp.2 e cinco para Potiberaba (Amphipoda), Kinnapotiguara troglobia (Hemiptera) provavelmente é um complexo com sete espécies crípticas, com linhagens restritas às microbacias (táxons aquáticos) e lajedos (Kinnapotiguara). Somente uma pequena parcela das linhagens encontra-se em áreas protegidas, enquanto a maioria ocorre em áreas expostas a ameaças antrópicas e podem ser consideradas ameaçadas de extinção: Cirolanidae sp.1 foi categorizada como Vulnerável, enquanto Cirolanidae sp.2 possui uma linhagem Menos Preocupante (LC) e duas Criticamente Ameaçadas (CR). Para Potiberaba, há duas linhagens LC, uma Em Perigo (EN, P. porakuara) e duas CR, e, para Kinnapotiguara, há quatro linhagens EN e três CR (incluindo K. troglobia). Foram identificadas duas áreas prioritárias para conservação dessas linhagens, com destaque para a região da microbacia do riacho do Abreu e lajedo do Rosário, em Felipe Guerra/RN, que abriga metade (oito, sendo seis endêmicas) das linhagens identificadas. O lajedo do Rosário, que pode ser considerado um sistema de cavernas e abriga 24 espécies troglóbias, é um hotspot de biodiversidade subterrânea. Por fim, apresentamos a cartilha “Vida nas CaveRNas”, elaborada como uma estratégia educacional com o objetivo de despertar o interesse sobre as cavernas, seus habitantes e sua conservação.Tese Taxonomia de Neptunia Lour. (Caesalpinioideae) nas Américas e educação ambiental com as leguminosas na Caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-31) Aquino, Samara Silva de Matos; Versieux, Leonardo de Melo; Silva, Juliana Santos; https://orcid.org/0000-0003-1560-3691; http://lattes.cnpq.br/9905184321288831; https://orcid.org/0000-0003-1975-6548; http://lattes.cnpq.br/2856489353237830; Queiroz, Rubens Teixeira de; Nunes, Annelise Frazão; Melo, Maria Margarida da Rocha Fiuza de; Morim, Marli PiresNeptunia Lour. (Leguminosae-Caesalpinioideae) possui distribuição pantropical, com cerca de 12 espécies. Caracteriza-se pelas flores heteromórficas e estaminódios petalóides amarelos, muitas vezes associadas a ambientes alagáveis. Os estudos revisionais para Neptunia datam mais de 50 anos, demonstrando a necessidade de atualizações na taxonomia e nomenclatura, já que os táxons apresentam caracteres crípticos e polimórficos, o que acarreta imprecisão e erros de identificação nos herbários e, consequentemente, erros em cascata. Os objetivos desta tese foram: (1) realizar uma revisão taxonômica e caracterização morfológica de Neptunia nas Américas e (2) desenvolver um programa de Educação Ambiental, com foco central na família Leguminosae, e voltado para visitantes e coletores de sementes na Floresta Nacional de Açu. Visando ao 1º objetivo, foram feitas coletas seguindo a metodologia usual, bem como análises nos principais herbários nacionais e estrangeiros. Foram revisadas cinco espécies, com comentários, chave de identificação, dados de distribuição e ilustrações. Ao revisar os binômios de Neptunia, designamos lectótipos para seis nomes: Neptunia depauperata, N. tenuis, N. pubescens, N. mazatlana, N. pubescens var. microcarpa e N. palmeri e sinonimização de N. amplexicaulis f. richmondii e N. gracilis f. glandulosa sob N. amplexicaulis e N. gracilis, respectivamente. A proposta de Educação Ambiental voltou-se à valorização da flora da caatinga, por meio de identificação de arbóreas. Foram marcados e identificados 92 indivíduos em campo, dos quais 13 espécies e 34 indivíduos de Leguminosae, e 58 indivíduos e 21 espécies pertencentes às famílias Anacardiaceae, Apocynaceae, Bignoniaceae, Bixaceae, Boraginaceae, Burseraceae, Cactaceae, Capparaceae, Combretaceae, Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Malvaceae e Rhamnaceae. Posteriormente foi desenvolvido a sinalização com placas educativas sobre as leguminosas e outras espécies e mapeadas três opções de trilhas, atendendo tanto ao público de escolas, quanto de pesquisadores e coletores de sementes. Conclui-se que o presente trabalho avançou o conhecimento de Neptunia, contribuindo com incremento de coleções e aprofundamento no conhecimento da taxonomia do gênero e implantou, na prática, estratégias de combate à impercepção botânica e popularização da ciência, divulgando a flora da caatinga.Tese Taxonomia e conservação de Acanthaceae no Nordeste setentrional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Sousa, Valdeci Fontes de; Versieux, Leonardo de Melo; Kameyama, Cíntia; https://orcid.org/0000-0003-1560-3691; http://lattes.cnpq.br/9905184321288831; https://orcid.org/0000-0001-9788-6925; http://lattes.cnpq.br/7481202436045802; Santos, Carlos Alberto Garcia; Calvente, Alice de Moraes; Vale, Gabriel Damasco do; Sousa, Leandro de Oliveira Furtado deAcanthaceae compreende 190 gêneros e cerca de 4.900 espécies, e esta amplamente distribuída nas regiões tropicais e subtropicais. No Brasil são reconhecidos 51 gêneros e 534 espécies, sendo 244 espécies registradas para a Mata Atlântica, seguido pela Amazônia (147), Cerrado (149), Caatinga (50), Pampa (23) e Pantanal (22). Os representantes de Acanthaceae são importantes nas florestas tropicais e subtropicais, onde ocupam uma grande variedade de habitats e são fontes permanentes de recursos florais para a fauna local. Estudos taxonômicos incluindo Acanthaceae do Nordeste brasileiro são ainda poucos, considerando a extensão territorial e as diversas fitofisionomias encontradas nesta região. O objetivo desta tese foi realizar o estudo da taxonomia e conservação das Acanthaceae do Nordeste Setentrional, fornecendo dados sobre padrões geográficos, áreas de riqueza e de maior esforço amostral, dados sobre o status de conservação e a ocorrência das espécies em áreas protegidas, e uma chave para identificação de todas as espécies que ocorrem na área de estudo. Além disso, é apresentado a descrição de uma nova espécie de Ruellia para a região Nordeste do Brasil; o levantamento taxonômico de Acanthaceae para o Estado do Rio Grande do Norte, com descrições, comentários sobre distribuição geográfica, mapas, fenologia e novas ocorrências de gêneros e espécies; uma proposta de um novo e lectotipificação para Beloperone fragilis Nees; a do primeiro registro de Justicia sessilis Jacq. para o Brasil; e o levantamento florístico de Acanthaceae em uma região de ecótono no Agreste da Paraíba. Estes resultados ampliam o conhecimento da diversidade de Acanthaceae no Nordeste do Brasil, contribuindo com o aumento de coleções e aprofundamento da taxonomia e distribuição geográfica das Acanthaceae no semiárido brasileiro.Tese Taxonomia integrativa e biogeografia dos cascudos do gênero Hypostomus Lacépède,1803 (Siluriformes: Loricariidae) nas drenagens do Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-05-20) Costa, Silvia Yasmin Lustosa; Lima, Sérgio Maia Queiroz; Ramos, Telton Pedro Anselmo; ; http://lattes.cnpq.br/7042816462852881; ; http://lattes.cnpq.br/8316105480397252; ; http://lattes.cnpq.br/4276021636902277; Zawadzki, Cláudio Henrique; ; http://lattes.cnpq.br/1193726744591661; Pydaniel, Lúcia Helena Rapp; ; http://lattes.cnpq.br/2412972837389427; Carvalho, Pedro Hollanda; ; http://lattes.cnpq.br/9551567862449740; Jacobina, Uedson Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/9747701142123608O Nordeste do Brasil abrange quatro biomas (Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e a Amazônia) e cinco ecorregiões hidrográficas continentais: Caatinga Nordeste e Drenagens Costeiras (CNDC), Parnaíba (PNB), São Francisco (SAFR), Mata Atlântica Nordeste (MANE), e Estuário da bacia Amazônica e Drenagens Costeiras (EADC). Nas últimas décadas, diversas espécies de peixes foram descritas destas ecorregiões, incluindo algumas de cascudos do gênero Hypostomus, o mais rico da família Loricariidae e um dos mais amplamente distribuídos em toda a região Neotropical. Em duas das cinco ecorregiões mencionadas acima (CNDC e PNB), são conhecidas nove espécies nominais de Hypostomus, sete para a CNDC e duas para a PNB. No entanto, muitas dessas espécies descritas até meados do século XX, possuem alguns problemas, como a falta de definição das localidades-tipo, poucos exemplares que compõe a série tipo e são diagnosticadas com base em poucos caracteres morfológicos externos. A variabilidade intraespecífica atua como fator dificultante da definição das espécies do gênero nas ecorregiões supracitadas, o que acarreta problemas ao avaliar o estado de conservação das mesmas. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão taxonômica das espécies de Hypostomus nas ecorregiões CNDC e PNB, utilizando taxonomia integrativa, e discutir a diversificação do gênero nas drenagens do semiárido do Nordeste. Com base em nossos resultados, Hypostomus carvalhoi, H. jaguribensis, H. nudiventris, H. papariae e H. salgadae são sinônimos júnior de H. pusarum. A distribuição geográfica de H. pusarum foi expandida para a PNB e duas novas espécies do gênero, aqui descritas, foram reveladas para essa ecorregião. Fornecemos dados acerca da distribuição das espécies do gênero nas ecorregiões estudadas, e registramos a ocorrência de um total de seis espécies de Hypostomus (H. johnii, H. pusarum e H. vaillanti, duas descritas nesse estudo e outra possível espécie nova) na ecorregião PNB. Os resultados indicam que a riqueza de espécies do gênero na CNDC está superestimada, enquanto na PNB ainda é subestimada. Foram observadas relações filogenéticas entre um grupo de espécies da CNDC e PNB com as espécies da região Amazônica e das Guianas, assim como, foram evidenciadas relações pretéritas destas ecorregiões com o SAFR, e deste último com os tributários do sistema La Plata. Ademais, concluímos que o padrão de colorido das espécies evoluiu independentemente na maioria dos clados formados. Nossas inferências biogeográficas sugerem que houve pelo menos dois eventos de diversificação de Hypostomus na CNDC e PNB, e no mínimo três no SAFR, e a maioria dos processos que atuaram nesses eventos da região do semiárido do Nordeste foram as capturas de cabeceiras. Segundo nossos resultados, as espécies se diversificaram entre o Mioceno tardio e o Plioceno, o que coincide com o período de menores temperaturas no globo, condição que possivelmente propiciou a expansão das áreas semiáridas da região.