CCET - TCC - Geologia
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TCC Análise de atributos sísmicos aplicada à bacia rifte: estado da arte, metodologia e estudo de caso(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01) KADJA, W. S. F.; Antunes, Alex Francisco; https://orcid.org/0000-0002-3292-4190; http://lattes.cnpq.br/1519973126832391; http://lattes.cnpq.br/8320078582157716; Sousa, Debora do Carmo; http://lattes.cnpq.br/3244080713189448; Silva, Fernando César Alves da; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197A Bacia Potiguar se estende a leste do extremo Nordeste brasileiro, abrangendo os estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Sua natureza é a de uma bacia rifte, cuja origem e evolução estão relacionadas ao processo de ruptura litosférica, que levou à implantação da margem Equatorial Atlântica do Brasil. Estruturalmente, o arcabouço da bacia é constituído por um conjunto de grábens assimétricos de direção nordeste-sudoeste. A Bacia Potiguar é uma das principais produtoras de hidrocarbonetos do Brasil. A análise estrutural da Bacia Potiguar emersa contribui para uma compreensão mais aprofundada da evolução das estruturas na região e, possivelmente, desenvolver estratégias para aprimorar a exploração de hidrocarbonetos. Essa análise baseia-se em dados sísmicos, utilizando atributos sísmicos como ferramentas para contribuir com a interpretação sísmica-geológica. O intuito é compreender a evolução tectônica de bacias rifte, destacando as estruturas presentes e analisando como elas influenciam em rotas de migração e o armazenamento de hidrocarbonetos. Esse entendimento pode ter um impacto significativo nos esforços exploratórios. Os dados analisados neste trabalho estão situados na porção sudoeste da Bacia Potiguar onshore, com foco na falha de Baixa Grande, e engloba o volume sísmico 3D R0252_LIVRAMENTO_R_PRETO_MERGE. Para o processamento, utilizou-se o software PaleoScan, aplicando filtros e atributos sísmicos, como o Structure Oriented Smooth, Envelope, Instantaneous Phase, Cosine Instantaneous Phase, Quadrature e Seismic Relief. A aplicação de filtros e atributos sísmicos como ferramentas na interpretação mostrou-se essencial para melhorar a qualidade dos dados e a visualização de feições geológicas. Essas ferramentas permitem extrair informações entre eventos sísmicos que podem não ser evidentes nos dados originais. Quando usados corretamente, podem melhorar a relação sinal-ruído, destacar variações litológicas sutis, realçar a continuidade dos refletores e identificar potenciais armadilhas de hidrocarbonetos. Durante o processamento de dados, a análise de filtros e atributos sísmicos desempenha um papel importante na caracterização geológica, aumentando a resolução dos dados e realçando feições estruturais e estratigráficas. Essa aplicação constitui ferramentas essenciais para destacar e identificar o arcabouço estrutural e estratigráfico, além de contribuir para uma posterior interpretação sismoestrutural e sismoestratigráfica dos dados.TCC Análise de filtros e atributos sísmicos e interpretação sismoestrutural da porção SW da Bacia do Rio do Peixe, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-07-03) Medeiros, Rennan Matheus Fernandes; Antunes, Alex Francisco; Sousa, Debora do Carmo; Silva, Fernando Cesar Alves daA Bacia do Rio do Peixe está inserida no grupo de bacias interiores do Nordeste do Brasil, que é demarcado por um eixo de rifteamento denominado trend Cariri-Potiguar. Tal bacia foi gerada como o resultado do rifteamento eocretáceo que culminou na separação dos continentes Africano e Sul-americano e que, consequentemente, originou a Margem Equatorial Atlântica brasileira. De leste para oeste, a Bacia do Rio do Peixe apresenta um conjunto de 4 semi-grabens: Pombal, Sousa, Brejo das Freiras e Icozinho. Os dados analisados consistem de 15 linhas sísmicas: 7 no sentido strike (NE-SW), 7 no sentido dip (NW-SE) e 1 seção arbitrária. Por meio destas linhas, foi possível se fazer a análise estrutural de subsuperfície de uma área situada na porção sudoeste da Bacia do Rio do Peixe, com foco na margem falhada do semi-graben de Brejo das Freiras e na margem flexural do semigraben Sousa. A utilização de filtros e atributos sísmicos na etapa de processamento do dado foi de suma importância para o principal objetivo do trabalho: identificar estruturas e, posteriormente, executar a interpretação sismoestrutural do dado. No que concerne ao arcabouço estrutural da bacia, podem-se identificar estruturas como falhas (que variam geometricamente entre falhas planas, lístrica e côncavas) normais (predominante) e inversas, além de dobras (de arrasto e por propagação de falha). Na porção da margem falhada do semigraben de Brejo das Freiras, identificou-se falhas de 1a ordem, além de falhas sintéticas e antitéticas de 2a e 3a ordens; além das falhas, dobras por propagação de falhas (monoclinais) e dobras de arrasto também foram identificadas. Na margem flexural do semi-graben de Sousa, observou-se falhas de 2a e 3a ordens, várias destas enraizadas no embasamento cristalino e que são responsáveis pela geração de dobras de arrasto e monoclinais gerados por propagação de falha. Além da margem flexural do semi-graben de Sousa e a margem falhada do semi-graben de Brejo das Freiras, notou-se também a presença de um intervalo de estratos correlacionados ao Devoniano inferior, cujos refletores demonstram-se bastante afetados por deformação frágil (falhas de 2a e 3a ordens), indicando que este intervalo foi bastante afetado pelo rifteamento eocretáceo.TCC Análise estratigráfica da seção Alagoas na região do Campo de Atum, Sub-bacia de Mundaú, Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-12-12) Monteiro, Juliana Cavalcante; Sousa, Débora do Carmo; Valéria Centurion Córdoba; Silva, Carlos César Nascimento daFormada a partir dos eventos distensivos responsáveis pela fragmentação do Pangea e consequente geração dos continentes Africano e Sul-americano, a Bacia do Ceará faz parte dos domínios sedimentares relacionados a Margem Equatorial Brasileira. Segmento este, cuja evolução tectonoestrutural foi marcada por estágios complexos e multifásicos referentes a regimes transtrativos e transpressivos, de posterior natureza transformante. À vista disso, trabalhos de caráter tectonoestrutural concentram-se no setor e estudos relativos à estratigrafia de sequências seguem pouco frequentes. Por apresentar divergências tectonoestruturais e estratigráficas a bacia foi compartimentada de oeste para leste nas sub-bacias de PiauíCamocim, Acaraú, Icaraí e Mundaú, sendo a última a melhor estudada devido à importância econômica associada à exploração de hidrocarbonetos. Com auxílio de dados de poços e seções sísmicas 2D, a seção Alagoas, alvo deste estudo, no Campo de Atum, localidade selecionada para o desenvolvimento desta monografia, foi investigada utilizando conceitos da estratigrafia de sequências rifte. Este relatório teve como objetivo principal identificar as sequências deposicionais, suas unidades internas e superfícies cronoestratigráficas limítrofes. O produto gerado foi a delimitação de duas sequências de 2ª ordem, denominadas de sequências Mundaú e Paracuru, subdivididas respectivamente nas sequências internas, M1 a M4, e P1 e P2. Litologicamente, a Sequência Mundaú é representada por litofácies essencialmente siliciclásticas, com frequentes intercalações de folhelhos, arenitos e siltitos. Já, a Sequência Paracuru apresenta, além destas litofácies, camadas carbonáticas que dermarcam as primeiras ingressões marinhas. Na análise 1D, de maior resolução, foram delimitados tratos de sistemas deposicionais transgressivos e regressivos, delineados por apresentarem típicos padrões de empilhamento retrogradacional e progradacional, respectivamente. Já, na análise 2D, de menor resolução, foram identificadas sismofácies, e posicionadas e rastreadas as unidades e superfícies cronoestratigráficas reconhecidas na análise 1D. Este estudo, calcado em modelos aplicados a bacia do tipo rifte, permitiu evidenciar momentos de menor e maior atividade tectônica, que moldaram o cenário tectônico e deposicional da seção Alagoas na área do Campo de Atum, contribuindo para o entendimento da evolução da Margem Equatorial Brasileira.TCC Análise estratigráfica da seção Alagoas na região do Campo de Xaréu, Sub-Bacia de Mundaú, Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-12-12) Santos Filho, José Reinaldo Pereira dos; Córdoba, Valéria Centurion; Sousa, Debora do Carmo; Córdoba, Valéria Centurion; Sousa, Debora do Carmo; Antunes, Alex FranciscoA Bacia do Ceará, localizada na porção leste da Margem Equatorial, abrange geograficamente os estados do Ceará, Piauí e parte do Maranhão. Três estágios tectonossedimentares são reconhecidos nessa bacia: Rifte, Pós-Rifte e Drifte. A seção Alagoas, delineada pelos estágios Rifte e Pós-Rifte, ainda carece de estudos tectônicos e estratigráficos que possam fornecer maiores informações sobre em que condições se deu a transição entre as fases Rifte e Drifte nesta bacia. A região deste estudo concentra-se no Campo de Xaréu, localizado na porção centro-meridional da Sub-Bacia de Mundaú. Nessa área, o intervalo de análise é litoestratigraficamente representado pelas formações Mundaú e Paracuru, que foram estratigraficamente analisadas através de dados de poços (perfil composto, pastas de poço e arquivo geral de poços) e sísmicos (linhas sísmicas 2D). Para este estudo foram integradas informações litológicas e de perfis de raios gama de seis poços exploratórios, que auxiliaram na interpretação de duas linhas sísmicas. Destarte, a partir de conceitos da estratigrafia de sequências de bacias do tipo rifte, sismoestratigrafia e análise de perfis de raios gama, buscou-se caracterizar de forma mais detalhada da seção Alagoas na bacia. A análise dos poços permitiu a caracterização de litofácies, sistemas deposicionais e sequências deposicionais. Nas linhas sísmicas, foram reconhecidas terminações dos refletores, sismofácies e superfícies limítrofes que, em conjunto com a análise unidimensional, culminou na individualização de quatro tratos de sistemas tectônicos: Trato de Sistemas Tectônico de Início de Rifte (TIR), Trato de Sistemas Tectônico de Desenvolvimento de Meio-Gráben (TDMG), Trato de Sistemas Tectônico de Clímax de Rifte (TCR), e o Trato de Sistemas Tectônico de Final de Rifte (TFR). Por fim, a integração das análises supracitadas possibilitou a proposição de um modelo de evolução tectonoestratigráfica para a seção Alagoas na região do Campo de Xaréu, além de contribuir com discussões acerca da formação da Margem Equatorial Brasileira.TCC Análise estratigráfica da seção rifte onshore da Bacia Potiguar (RN) na porção Sudoeste do Gráben de Umbuzeiro, adjacente à falha de Baixa Grande(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-07-02) Barbalho, Lavínia da Cruz; Córdoba, Valéria Centurion; Debora do Carmo Sousa; Farias, Paulo Roberto Cordeiro deA Bacia Potiguar localiza-se no limite entre as margens Equatorial e Leste do Brasil, e está compreendida nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. A mesma integra o Sistema de Riftes Cretáceos do Nordeste Brasileiro e sua evolução tectonossedimentar abrange além do Estágio Rifte, os estágios Pós-Rifte e Drifte. Os dados de poços (perfil composto, pastas de poço e arquivo geral de poços) e sísmicos (volume 3D e linhas sísmicas 2D) aqui interpretados se destinaram à análise estratigráfica da Seção Rifte, em seu segmento onshore da Bacia Potiguar (representado pela Formação Pendência), mais precisamente na porção sudoeste do Gráben de Umbuzeiro, adjacente à Falha de Baixa Grande. A partir da compilação de conceitos da estratigrafia de sequências, com base no uso da sismoestratigrafia e dos métodos de perfilagem geofísica de poços (especificamente os perfis de raios gama), buscou-se caracterizar de forma mais detalhada o intervalo estratigráfico dessa seção da bacia. A análise dos poços envolveu a caracterização das litofácies e dos sistemas deposicionais. Já, a análise das seções sísmicas abrangeu a descrição e a interpretação dos padrões dos refletores, com a caracterização das sismofácies, das unidades da estratigrafia de sequências e de suas superfícies limítrofes. Como resultado, foram reconhecidos quatro tratos de sistemas tectônicos (TST), a saber: o TST de Início do Rifte, o TST de Desenvolvimento do Meio-Gráben, o TS de Alta Atividade Tectônica (o qual foi subdividido nos pulsos tectônicos 1 e 2) e o TST de Quiescência do Rifte. O presente trabalho visa à integração das análises 1D e 2D e à proposição de um modelo de evolução tectonoestratigráfica para a Seção Rifte onshore de uma Bacia Meso-Cenozoica de Margem Transformante.TCC Análise estratigráfica dos depósitos da Formação Pendência, na área de Upanema, seção rifte da Bacia Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-07-03) Paiva, Joanna Priscila de Sousa; Sousa, Débora do Carmo; Valéria Centurion CórdobaA área de Upanema, localizado na porção emersa da Bacia Potiguar, encontra-se na porção sul do Gráben de Umbuzeiro, e representa um exemplo típico de uma bacia do tipo rifte, sendo representada pelo intervalo sedimentar da seção Rifte Potiguar, correlata aos litotipos da Formação Pendência. O referido gráben está configurado entre duas importantes estruturas da bacia, sendo elas o Alto de Quixaba e o Sistema de Falha de Carnaubais. Dentro deste contexto, o estudo realizado neste trabalho tem por objetivo realizar uma caracterização tectonoestratigráfica do intervalo rifte da Bacia Potiguar, baseando-se nos conceitos fundamentais da Estratigrafia de Sequências adaptados para bacias do tipo rifte. Para isto, foi feita a interpretação do volume sísmico 3D de Upanema, linhas sísmicas 2D e poços exploratórios da área e adjacências, que serviram como base de dados para suporte a este trabalho. A análise estratigráfica foi realizada em duas etapas distintas, sendo elas 1D e 2D. Nestas fases, a análise individual de cada poço e a correlação entre os dados sísmicos permitiu reconhecer as principais litofácies presentes, identificar os sistemas deposicionais vigentes, reconhecer as superfícies limítrofes de caráter cronoestratigráfico, interpretar as sismofácies e os tratos de sistemas tectônicos para o intervalo estudado. As litofácies analisadas constituem essencialmente arenitos, siltitos, folhelhos, e, de forma subordinada, rochas carbonáticas. Com base nas associações destas litofácies e a fundamentação retirada da literatura, foram interpretados três principais sistemas deposicionais: fluvio-deltaico, lacustre e leque aluvial. Na análise sismoestratigráfica, foram reconhecidos cinco horizontes sísmicos, correspondentes às superfícies limítrofes dos tratos de sistemas tectônicos, sendo elas: Discordância Sin-Rifte, Superfície de Desenvolvimento de Meio-gráben, Superfície de Clímax de Rifte, Superfície de Rifteamento Máximo e Discordância Pós-Rifte. Posteriormente, fazendo uso dos conceitos fundamentais da sismoestratigráfica, baseado nos parâmetros de refletores sísmicos (padrão de refletores, continuidade, amplitude e frequência), e dados litológico de poços, foram identificadas quatro sismofácies associados ao intervalo rifte estudado, denominadas sismofácies 1, sismofácies 2, sismofácies 3 e sismofácies 4. Por fim, foram interpretados os Tratos de Sistemas Tectônicos de Início de Rifte, onde a bacia ainda é uma depressão sinformal; de Desenvolvimento de Meio-gráben, reconhecido principalmente na análise das seções sísmicas quando os estratos apresentam uma leve divergência; de Alta Atividade Tectônica, com alta taxa de criação de espaço de acomodação; e Baixa Atividade Tectônica, onde ocorre uma significativa diminuição na atividade da falha de borda e começo dos sistemas fluviais axiais. Ao final, a partir da integração das análises estratigráficas realizadas neste estudo, foi obtido um melhor entendimento sobre a evolução tectonoestratográfica do intervalo rifte da área de estudo, correspondente a Formação Pendência.TCC Análise geoambiental do trecho urbano central do campo de dunas Pirangi/Potengi. Zona de proteção ambiental - 01(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-11) Capistrano, Thales Silva; Amaral, Ricardo Farias Do; 0000-0003-3725-5616; http://lattes.cnpq.br/5120081491389865; http://lattes.cnpq.br/9923355588423518; Diniz Filho, José Braz; http://lattes.cnpq.br/7412136542629826; Bentes Sobrinha, Maria Dulce Picanço; http://lattes.cnpq.br/3773171291305294A análise geoambiental pode ser usada como estratégia para verificar a intensidade e importância das mudanças exercidas pelas pressões antrópicas sobre o meio ambiente, principalmente em uma urbe que sofre expansão acelerada. A caracterização de alterações na paisagem relacionadas ao uso e ocupação do solo são de grande importância em estudos de planejamento urbano e ambiental. Este estudo executou a análise geoambiental da área de estudo, caracterizando, dentre outras coisas: alterações espaciais e temporais do sistema dunar, inclusive dos chamados remanescentes de dunas e sistema hídrico associado - entre 1978 e 2015, através do Modelo Digital de Terreno (MDT) e Modelo geoambiental - determinando a relevância desses sistemas para o equilíbrio do meio ambiente. Para tanto, a pesquisa utilizou dados e informações antigas e atuais, e aplicou técnicas modernas e ferramentas de geoprocessamento, detectando e mensurando os principais problemas ou impactos ambientais existentes na área de estudo. Com o banco de dados espaciais, apresentando um diagnóstico da situação ambiental atual junto a metodologia europeia DPSIR, na área de estudo, sendo esta: a Zona de Proteção Ambiental 01 (ZPA-01) e adjacências, bem como um conjunto de procedimentos e produtos que possibilitem a gestão para o uso sustentável, a preservação e recuperação desses ecossistemas, e que esses procedimentos possam ser replicados em toda a cidade do Natal.TCC Análise hidrogeológica na bacia hidrográfica do rio Punaú/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-17) Fernandes Filho, Nilson Marcelino Pires; Diniz Filho, José Braz; Cabral, Natalina Maria Tinoco; Stein, PaulaO estudo presente nesse trabalho caracterizou hidrogeologicamente ocorrência das águas subterrâneas na Bacia Hidrográfica do Rio Punaú/RN, sendo a maior ênfase dada ao Aquífero Barreiras, fornecendo assim alguns subsídios para a gestão sustentável dos recursos hídricos subterrâneos. O modelo hidrogeológico conceitual preliminar caracterizou o Aquífero Barreiras como o principal reservatório de águas subterrâneas, principalmente na porção média a inferior mais arenosa, seguindo o padrão regional. O Aquífero Barreiras é limitado na base pelos arenitos calcíferos cretáceos, e no topo pela superfície livre das águas subterrâneas, embora localmente a porção superior do aquífero seja de natureza mais argilosa o que pode configurar um aquitard. Os mapas temáticos (geológico, planialtimétrico, hidrográfico e geomorfológico) revelaram áreas de recarga em setores de maiores cotas potenciométricas do Aquífero Barreiras, e em geral coincidentes com o padrão do relevo e hidrografia da bacia hidrográfica, e áreas de descarga em vales fluviais, refletindo a forte interação entre o aquífero e o sistema de drenagem do Rio Punaú. O comportamento das curvas iso-potenciométricas indicou que o fluxo subterrâneo é controlado pela litologia e estrutura tectônica da região, predominando um padrão de aquífero livre, com características locais de semi-confinamento. A relação RioAquífero com áreas de recarga nos altos potenciométricos, e descarga nos baixos potenciométricos em vales fluviais, condicionam a ressurgência das águas subterrâneas do aquífero Barreiras que escoam em duas frentes principais de escoamento (de norte para sul, e de sul para norte), tornando o Rio Punaú e seus afluentes de caráter perene, em setores mais a jusante da bacia. Estes aspectos de fluxo e interação rio-aquífero, portanto, atestam ser o Aquífero Barreiras estudado como de natureza predominantemente livre, embora demonstre apresentar semiconfinamentos localizados. Resultados preliminares destacaram a viabilidade do aquífero como fonte alternativa de abastecimento público e outros usos, devido à sua capacidade de armazenar e transmitir água. O estudo reforça a importância de se desenvolver estratégias integradas de planejamento e conservação dos recursos hídricos subterrâneos, assegurando sua explotação sustentável.TCC Análise petrográfica, faciológica e diagenética das rochas carbonáticas da Formação Jandaíra na Caverna Furna Feia, Bacia Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-14) Rocha, Christian Campos Batista; Lima Filho, Francisco Pinheiro; Córdoba, Valéria Centurion; http://lattes.cnpq.br/8212523609187259; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176; http://lattes.cnpq.br/0822552200510970; Borges, Sérgio Vieira Freire; Menezes, Cristiane Paulino deO presente trabalho concentra-se na caverna Furna Feia, localizada no Parque Nacional da Furna Feia, entre os municípios de Baraúna e Mossoró, no Rio Grande do Norte. Sua gênese está associada com a intensa carstificação de rochas carbonáticas da Formação Jandaíra, a qual está inserida no contexto da Fase Drifte da Bacia Potiguar, mais especificamente entre as Supersequências Marinhas Transgressivas. As paredes da caverna Furna Feia revelam uma sucessão vertical de 13 camadas de calcários e dolomitos, distribuídas em 3 pacotes. Com o intuito de classificar suas rochas segundo a proposta de Terra et al. (2010), determinar possíveis sistemas deposicionais associados e reconstruir a história diagenética das rochas carbonáticas da Furna Feia, foram desenvolvidos estudos petrográficos e atividades de campo. 32 lâminas delgadas representativas das 13 camadas e da superfície em lajedo foram produzidas e descritas. Em campo, uma seção colunar foi elaborada e as informações microscópicas incorporadas. Nos pacotes 1 e 3, predominam calcários estratificados pobres em matriz; no pacote 2, ocorrem calcários dolomíticos e dolomitos maciços. Nove fácies sedimentares foram identificadas: Dolomitos (Dol), Wackestones bioclásticos (W bio), Wackestones bioclásticos dolomíticos (W dol), Packstones bioclásticos dolomíticos (P dol), Packstones bioclásticos (P bio), Floatstones bioclásticos estratificados (Flo est), Grainstones bioclásticos dolomíticos (G dol), Grainstones algálicos estratificados (G al est) e Rudstones bioclásticos estratificados (Rud est). As quatro primeiras integram uma Associação de Fácies de Baixa Energia e representam possíveis depósitos de laguna; as cinco últimas constituem uma Associação de Fácies de Alta Energia e são interpretadas como depósitos de barras de maré. Durante a eodiagênese, os sedimentos passaram por um primeiro evento de dolomitização em zona de mistura e suas porosidade foram reduzidas por variados cimentos de calcita espática. Já na mesodiagênese, compactação mecânica e química, cimentação por calcita blocosa, um segundo evento de dolomitização, dissolução e precipitação de gipsita se sobressaem. Durante a telodiagênese, uma extensa dissolução causada por águas meteóricas promove a carstificação das rochas e a formação da caverna.TCC Análise sedimentar de testemunhos por vibração de um canal de maré a oeste do rio Parnaíba (PI-MA)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-20) Cruz, Diogo Bittencourt Leite Tinôco; VITAL, HELENICE; André Giskard Aquino da SilvaO Delta do Rio Parnaíba, localizado na divisa entre os estados do Piauí e Maranhão, apresenta suas características bem preservadas, e por isso, vem sendo alvo cada vez mais de pesquisas na área da Geologia. O presente trabalho teve como finalidade identificar mudanças no ambiente deposicional, com base na energia sofrida pelos sedimentos, que poderiam estar associadas com uma possível mudança na direção do fluxo do Rio Parnaíba. Os métodos uti-lizados para atingir este objetivo compreenderam a análise sedimentar e petrofísica de dois testemunhos (VC-03 e VC-10) coletados, pelo método de vibração, em um canal de maré a oeste do Rio Parnaíba. Analises espectral de raios gama, fotografia e descrição estratigráfica foram realizadas continuamente ao longo dos testemunhos, enquanto análises granulométri-cas, composicionais, morfoscópicas, mineralógicas e de porosidade foram realizadas a cada 4 cm. Os resultados obtidos mostraram que os teores de carbonato e matéria orgânica encon-tram-se associados à granulometria mais finas e indicam que o VC-03 foi submetido a pouco tempo de compactação em relação ao VC-10. A partir da integração de todos os dados anali-sados foi possível observar que a mineralogia presente na base destes testemunhos coincide com aquela identificada em estudos anteriores realizados a oeste, enquanto a mineralogia pre-sente no topo dos testemunhos analisados neste estudo coincide com a mineralogia de outros estudos realizados a leste. O que nos leva a inferir mudanças no fluxo do Rio Parnaíba ao longo do tempo, alterando assim, a fonte sedimentar.TCC Análise sedimentar de testemunhos por vibração em área de mangue no Campo Petrolífero de Serra (Macau/RN)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-28) Miranda, Rafael Felipe de Lima; Vital, Helenice; Silveira, Iracema Miranda da; Smith, Fernando Sergio Gois; Perez, Yoe Alain ReysO presente trabalho foi desenvolvido em uma área de manguezal do Campo Petrolífero de Serra, no município de Macau, localizado no litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte. Com base nos estudos sedimentológicos, mineralógicos, composicionais e geoquímicos de 12 testemunhos coletados pelo método de vibração (Vibracore) em ambiente de mangue, através de uma análise comparativa dos parâmetros entre uma área de referência (ARM) e área com potencial alteração, inferindo sobre a possível modificação ambiental no campo de mangue (CM) no entorno do Campo de Serra (Macau, RN). Três testemunhos (ARM-A, ARM-B, ARMC) foram coletados em uma área selecionada por ser bem preservada e afastada de qualquer interferência antrópica e com dinamismo natural do ambiente, denominada de área de referência de mangue (ARM). Os testemunhos foram inicialmente fotografados e perfilados por coregama (raios gama), seguido de descrições macroscópicas do topo para a base; foram observadas propriedades como: cor, granulometria, estruturas sedimentares e presença de matéria orgânica. Posteriormente foram feitas análises laboratoriais com descarbonatação e queima da matéria orgânica para obtenção dos teores de carbonato e matéria orgânica, respectivamente, bem como análises granulométricas por peneiramento a seco e úmido. Esses estudos foram repetidos nos testemunhos do campo de mangue (CM1-A, CM1-B, CM1-C, CM2-A, CM2-B, CM2-C, CM3- A, CM3-B e CM3-C). A partir da integração, análise e interpretação dos dados foi possível identificar que as duas áreas apresentam expressiva semelhança, marcadas pela presença de depósito de planície de maré com duas fácies, lamosa e arenosa, relacionadas respectivamente a intermaré e supramaré. Pequenas divergências foram observadas apenas em 2 parâmetros, na granulometria e no teor de carbonato no CM2, o que não se demonstrou suficiente para afirmar que o ambiente foi submetido a uma alteração atípica, seja natural ou antrópica, uma vez que à região é extremamente dinâmica, com eventos de alta energia, que possibilitam a concentração de bioclastos, por sua vez relacionados a maior teor de carbonato e predomínio de granulometria um pouco mais grossa.TCC Aplicação da técnica de rastreamento de minerais indicadores de kimberlitos na porção central do Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-27) Bezerra, Ana Karoline; Nascimento, Marcos Antônio Leite do; CABRAL NETO, Izaac; NASCIMENTO, Marcos Antônio Leite do; CABRAL NETO, Izaac; VILALVA, Frederico Castro JobimO presente trabalho aborda a técnica de rastreamento de minerais indicadores de kimberlitos aplicada na porção central do estado do Rio Grande do Norte (RN), Nordeste do Brasil, tendo como referência os corpos kimberlíticos Santa Fé-1 e Santa Fé-2, recentemente descobertos no RN, e objetiva definir novas áreas potenciais para conter outras intrusões kimberlíticas. A área em estudo está inserida no contexto tectônico-geológico regional do Domínio Rio Piranhas-Seridó da Província Borborema. Como embasamento cristalino, predominam gnaisses e migmatitos referentes aos complexos Arábia e Caicó, com plugs e diques cenozoicos de olivina basalto intrusivos em ambos os complexos. Inicialmente foi realizada uma etapa de amostragem, onde foram coletadas 30 amostras, sendo estas posteriormente enviadas para análise laboratorial para contagem e descrição dos grãos de minerais indicadores de kimberlito (MIK), tais como: Mg-granada, Mg-ilmenita, Cr-diopsídio, Crespinélio, olivina e diamante. Para descrição dos grãos foram analisados sua mineralogia, cor, brilho, fraturas, texturas superficiais, nível de abrasão e granulometria. Os grãos foram fotografados a fim de ilustrar as principais características para reconhecimento dos mesmos. Com o resultado das amostras com valores positivos de MIK, foi possível determinar seis áreas-alvo com forte evidência mineralógica para a existência de corpos kimberlíticos. As mesmas foram agrupadas de acordo com a variedade e quantidade de MIK presentes em prioridade 01 e 02, cada qual contendo três áreas-alvo, na sequência: (I) Alvo Riacho Maracajá, (II) Alvo Riacho Salgado, (III) Alvo Riacho Gaspar Lopes, (IV) Alvo Riacho das Pombas, (V) Alvo Riacho do Açude e (VI) Alvo Riacho Tupã. Como recomendação para trabalhos futuros, é sugerida a aplicação de outras ferramentas prospectivas - tais como: followup, amostragem de solo, análises químicas (rocha e mineral), levantamentos geofísicos terrestres (magnetometria e/ou gravimetria), entre outras - para aprofundamento do estudo destas áreas-alvo e localização da fonte dispersora dos MIK.TCC Aquífero barreiras e seus aspectos hidrogeológicos e hidroquímicos preliminares na bacia hidrográfica do rio Guajú RN/PB(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-07) Silva, Vinícius Rodrigues da; Diniz Filho, José Braz; http://lattes.cnpq.br/7412136542629826; http://lattes.cnpq.br/1276656806092671; Melo, José Geraldo de; http://lattes.cnpq.br/0211642116790211; Cabral, Natalina Maria Tinoco; http://lattes.cnpq.br/6787133958525104O presente trabalho mostra o resultado de uma pesquisa originada pelo projeto “Estudos e Projeto Básico para o Sistema Adutor do Agreste Potiguar no Rio Grande do Norte”, que começou no IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte), tendo a colaboração do Departamento de Geologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e teve o intuito de investigar a ocorrência do Aquífero Barreiras e seu comportamento hidrogeológico e hidroquímico preliminar na BHRG (Bacia Hidrográfica do Rio Guajú). A investigação foi feita a partir de dados disponíveis na bibliografia e por meio de campanha em campo, coletando dados de poços (vazão, nível estático, nível dinâmico, vazão específica, condutividade elétrica e perfis litológicos-construtivos). Além disso, foram usadas técnicas de geoprocessamento em ambiente SIG e de desenho geológico (seções hidrogeológicas), tendo por finalidade o cruzamento dos dados obtidos. Os poços dentro da BHRG são poucos e estão mal distribuídos geograficamente, observa-se uma profundidade que variou de 43 metros a 80 metros, tendo uma profundidade média de 66 metros e vazões entre 3 a 39,6 m³/h. Diante de todos os dados com informações disponíveis foram gerados vários produtos como mapas, seções geológicas e um modelo hidrogeológico conceitual esquemático que permitiu ter uma noção do Aquífero Barreiras na BHRG, seus parâmetros hidrodinâmicos, o fluxo subterrâneo, estimativas de recargas e possíveis locais para melhor perfuração e qualidade das águas.TCC Avaliação de ambientes de mangue e praia/ilha-barreira quanto a contaminação por material de empréstimo através de análises estatísticas, Macau-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-17) Mascena, Paulo Linarde Dantas; Melo Júnior, Germano; Helenice Vital; Silva, André Giskard Aquino daA utilização de material de empréstimo (piçarra) na construção das bases e acessos ao Campo Serra levanta a possibilidade de alteração textural e composicional de depósitos de ambientes de mangue e praia localizados no alcance de atuação dos agentes costeiros. O Campo Serra é reconhecidamente um dos hotspots de erosão costeira do litoral do Rio Grande do Norte, locais onde os agentes costeiros (ondas e correntes de maré) atuam mais intensamente, e por esse motivo, levanta a possibilidade de erosão desse material, seu posterior transporte e deposição em trechos de mangue e praia. Para analisar o impacto de uma possível alteração pelo material de empréstimo conduziu-se um estudo de campo no qual foram coletados testemunhos em ambiente de mangue e de praia. Nesse estudo são selecionados oito trechos no total, sendo quatro em ambiente de mangue e quatro em ambiente de praia, com três trechos suspeitos de alteração e um trecho de referência para comparação em cada ambiente. Em cada trecho há três sondagens, totalizando 24 testemunhos, que por sua vez são subdivididos em quatro intervalos equidistantes para a retirada de amostras a fim de realizar análises laboratoriais, resultando em 93 amostras, uma vez que três sondagens (CM2B, CM3A e CPrI3B) não conseguiram atingir um metro de profundidade, logo, recuperando somente três amostras. As análises laboratoriais dessas amostras geraram os dados utilizados na realização da avaliação estatística que é o escopo do presente trabalho. Os dados são organizados em três categorias para entendimento do nível de alteração proporcionado pelos materiais de empréstimo: variáveis granulométricas, composicionais e geoquímicas. As variáveis granulométricas se referem às proporções em phi do grau de selecionamento e mediana granulométrica dos sedimentos, bem como às porcentagens de cascalho, areia MGGM (muito grossa, grossa e média), areia MFF (muito fina e fina) e lama. As variáveis composicionais englobam as porcentagens de sedimentos siliciclásticos e carbonáticos, matéria orgânica, fragmentos de rocha, minerais pesados e quartzo. As variáveis geoquímicas compreendem a concentração em partes por milhão (ppm) dos elementos urânio, tório e potássio. Além da unidade de coregama que avalia a granulometria das amostras. A avaliação estatística consiste em uma parte descritiva, com a produção de sumários estatísticos para os dois ambientes analisados considerando média aritmética, mediana, valor mínimo, valor máximo, desvio padrão, coeficiente de variação e assimetria. Os perfis verticais produzidos na avaliação verificam o comportamento das variáveis com a profundidade, além dos diagramas de caixa para analisar a variabilidade dos dados em cada trecho. A avaliação estatística também consistiu na condução dos testes não-paramétricos de Kruskal-Wallis e comparações múltiplas com o objetivo de identificar um ou mais trechos que sejam diferentes dos demais através da detecção de discrepâncias entre as distribuições de dados nesses trechos. A parte inferencial da avaliação estatística consistiu na interpretação integrada dos resultados estatísticos, e a partir dessa etapa a conclusão é de que o material de empréstimo não altera texturalmente e/ou composicionalmente trechos de mangue e praia, por não mostrarem indícios suficientes para sua confirmação, apesar da suspeita inicial sobre CPrI1 e CM2.TCC Brechas em uma caverna hipogênica: petrografia, geoquímica e implicações para cavernas, um caso da Bacia de Irecê, Bahia, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-07-02) Bezerra, Saulo Henrique Lourenço; Bezerra, Francisco Hilário Rego; Menezes, Cristiane Paulino; Maciel, Ingrid BarretoEste trabalho visa dar uma concepção pioneira de rochas de falha em ambiente de caverna. As cavernas de classe mundial, encontram-se na Bacia do Irecê, Formação Salitre, Bahia. De idade Proterozóica essas cavernas estão recebendo atenção crescente devido ao seu fácil acesso e semelaridades nos processos com análogos de reservatórios de hidrocarbonetos, em especial, o pré-sal. Através de atividades pré-campo, locais e cavernas chave foram escolhidas, em campo, descritas e amostradas, e em laboratório fotografadas, descritas, analisadas e correlacionadas. O total de vinte e duas secções delgadas foram confeccionadas e uma variedade de processos sedimentares foram observados, sendo a silicificação a mais comum, seguida de perto pela limonitização. Usando uma classificação adaptada de Osborne (2001) encontramos duas classes principais de brechas, sedimentar (brecha colapsada) e hidráulica, e apesar de apenas uma ocorrência de brechas hidráulicas, dois achados foram curiosos: Bário concentrado em argilominerais e plagioclásio resultante de processo sedimentar. Indicadores de hidrotermalismo, esses elementos (Ba e Al) podem ajudar a localizar esses corredores de fraturas, que se concentram em um típico reservatório de porosidade e permeabilidade, podendo ser aplicado como indicadores desses corredores, que em um mercado cada vez mais competitivo pode ser uma descoberta interessante. No geral, podemos também dizer a evolução das cavernas pelo tipo de brecha encontrada, em cavernas juvenis, as hidrotermais tendem a ser as mais comuns, que com o passar do tempo vão sendo preenchidas por um intrincado sistema de mistura entre sedimentos superficiais transportados e rocha hospedeira. O processo se torna cada vez mais dominante, com opala, calcedônia e limonita crescendo à medida que o fluido hipogênico entra no sistema, no entanto se observou que mesmo sob forte alteração a textura brechoidal tende a ser preservada.TCC Caracterização morfológica da porção norte do arquipélago de São Pedro e São Paulo a partir de batimetria multifeixe(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-16) Cabral, Lucas Barbosa; Vital, Helenice; http://lattes.cnpq.br/5946470150822995; Amaral, Ricardo Farias do; Lopes, Victor Hugo RochaO mapeamento do fundo marinho desempenha um papel essencial na compreensão e exploração dos ecossistemas oceânicos, sendo vital para diversas aplicações científicas, econômicas e ambientais. Uma das técnicas utilizadas para esse fim é a batimetria multifeixe, que envolve a medição precisa das profundidades oceânicas e a criação de mapas tridimensionais do leito marinho. A relevância desse mapeamento está ligada à busca por recursos naturais, marinhos, à segurança na navegação e à compreensão dos processos geológicos submarinos. A pesquisa foi realizada no Atlântico Sul, nas proximidades do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, abrangendo uma área de aproximadamente 1700 quilômetros quadrados. Os dados batimétricos foram coletados em 2023, durante uma expedição do navio hidroceanográfico (NpqHOc) Vital de Oliveira, da Marinha do Brasil, no âmbito do projeto QWHALES. A batimetria foi adquirida utilizando um ecobatímetro multifeixe EM-122. O Processamento batimétrico foi realizado com o software CARIS HIPS e SIPS 12.0. Adicionalmente foi utilizado o software de sistema de informação geográfica (SIG) ArcGis 10.5 e ArcScene 10.5 para elaboração dos mapas, perfis de elevação e imagens com visualização 3D da região. Após o processamento, foi elaborado um mapa de batimetria, declividade e três perfis de elevação do terreno. Como resultado foi possível identificar quatro feições distintas: a falha transformante de São Pedro e São Paulo, uma elevação com geometria alongada de sentido N-S, corpos com saliência topográfica no flanco da cadeia peridotítica, sub-bacias abissais no sopé do flanco, por fim a cadeia peridotítica de São Pedro e São Paulo que é a feição que mais se destaca devido a sua alta topografia. A profundidade da área de estudo varia de 5.831 a 853 metros. A declividade da região norte do arquipélago compreende um intervalo de 0 a 84 graus, sendo a maior parte da área estudada apresenta inclinações moderadas a suaves, refletindo um relevo relativamente estável e menos acidentado. Esse estudo possibilitou a identificação e correlação, com trabalhos pretéritos, da morfologia presente na topografia submarina da região norte do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.TCC Caracterização de minerais pesados do Maastrichtiano em poços da porção offshore rasa da bacia de Barreirinhas, margem equatorial brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-20) Porfírio, Rubens Mota; Córdoba, Valéria Centurion; Vieira, Marcela Marques; http://lattes.cnpq.br/0930845549110627; https://orcid.org/0000-0002-1836-4967; http://lattes.cnpq.br/8212523609187259; https://orcid.org/0009-0007-4676-7847; http://lattes.cnpq.br/3412289294415703; Sousa, Débora do Carmo; http://lattes.cnpq.br/3244080713189448; Silva, Isabelle Teixeira; http://lattes.cnpq.br/6725489085693088A Margem Atlântica Equatorial Brasileira, composta por um conjunto de bacias sedimentares localizadas na costa norte-nordeste do Brasil, configura uma nova fronteira exploratória devido às recentes descobertas de hidrocarbonetos em depósitos turbidíticos de águas profundas. A caracterização de minerais pesados é uma ferramenta precisa para interpretar as relações entre áreas-fonte e bacias sedimentares, permitindo reconstruir e compreender a história dos sedimentos desde a erosão inicial até o soterramento final. Este trabalho teve como objetivo identificar e caracterizar os minerais pesados detríticos presentes na seção maastrichtiana da Bacia de Barreirinhas, com base em análises de amostras provenientes de quatro poços da porção offshore rasa dessa bacia. A pesquisa enfatizou a análise morfológica dos minerais (integridade, hábito, esfericidade, arredondamento, entre outros) obtidos das frações de areia fina e muito fina. A metodologia incluiu a concentração dos minerais por separação densimétrica com uso de bromofórmio (CHBr3), remoção de minerais magnéticos, e a confecção de oito lâminas petrográficas a partir de amostras de calha. Essas amostras foram coletadas em intervalos relacionados às formações Areinhas/Ilha de Santana, associadas a ambientes marinho raso e plataforma costeira, e à Formação Travosas, representativa de depósitos de ambiente marinho profundo. As amostras analisadas revelaram uma assembleia de minerais pesados, incluindo zircão, estaurolita, cianita, turmalina, rutilo, apatita, anfibólio e epídoto. Esses minerais foram agrupados em dois conjuntos principais, com base nos respectivos ambientes deposicionais: nos ambientes litorâneo e plataformal marinho raso (formações Areinhas/Ilha de Santana), os minerais mais representativos são o zircão, caracterizado como ultra estável, e o anfibólio, instável. Já no ambiente marinho profundo (Formação Travosas), observa-se predominância de anfibólios abundantes, e a presença de zircão. A abundância relativa e a estabilidade dos minerais pesados destacam o papel das condições paleoclimáticas e do transporte sedimentar na formação das assembleias minerais. Nas formações Areinhas/Ilha de Santana, a predominância de zircão com alto grau de arredondamento sugere transporte a longas distâncias, enquanto a presença de anfibólios mais comuns e com grãos subangulosos indica maior proximidade das áreas-fonte. Na Formação Travosas, a abundância de anfibólios subangulosos sugere deposição próxima às áreas-fonte, enquanto os zircões, embora menos frequentes e subarredondados, indicam transporte prolongado. Fatores como o intemperismo físico, prevalente em climas áridos, favoreceram a preservação de minerais instáveis, como os anfibólios, enquanto a alta estabilidade do zircão garantiu sua concentração em ambos os contextos deposicionais. A análise correlacionou a estabilidade dos minerais com suas possíveis rochas-fonte, indicando que tanto zircão quanto anfibólios derivam predominantemente de rochas ígneas ácidas ou metamórficas. Zircões arredondados em ambos ambientes de sedimentação, por sua vez, podem ter origem em sedimentos retrabalhados. As características físicas e químicas dos minerais fornecem informações relevantes sobre variações paleogeográficas e paleoclimáticas. Assim, a integração de dados mineralógicos, sedimentológicos e deposicionais mostrou-se essencial para compreender a dinâmica dos sistemas sedimentares e sua evolução ao longo do tempo geológico.TCC Caracterização estrutural e feições cársticas na dobra de Apodi, Bacia Potiguar (RN): implicações para reservatórios carbonáticos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-18) Araujo, Joanderson Batista Pereira; Bezerra, Francisco Hilário Rego; Fabio Luiz Bagni; Xavier Neto, Pedro; Menezes, Cristiane Paulino deDevido à baixa resolução dos dados sísmicos, perfilagem de poços e de amostras pontuais de rocha extraídas em subsuperfície, utilizam-se, alternativamente, modelos análogos que podem disponibilizar parâmetros importantes na distribuição espacial de elementos como densidade de fratura, comprimento, abertura e carstificação para compreensão do arranjo da permo-porosidade em modelos geológicos 3D e, com isso, suprir parte dessa lacuna tecnológica. A predição dessas propriedades está diretamente relacionada ao entendimento da ocorrência de fraturas, geralmente alargadas e vinculadas pela dissolução cárstica, podendo impactar positivamente ou negativamente na produção de hidrocarbonetos. Seguido do mapeamento e descrição dos principais conjuntos de fraturas e feições cársticas nos afloramentos da Formação Jandaíra, localizados na região do vale do rio Apodi-Mossoró, este estudo objetiva (i) a caracterização estrutural e cárstica com base na aplicação do método de scanline linear; (ii) compreensão e descrição desses elementos na zona de charneira do anticlinal de Apodi. Foram mapeados quatro conjuntos principais de fraturas na área de trabalho (NE-SW, NW-SE, N-S e E-W) e destacados dois marcantes (NE-SW e NW-SE), sendo estes associados a dobra de Apodi, com alta concentração junto ao rio Apodi-Mossoró. A partir de uma linha de varredura (scanline linear) com 5 km de extensão, de direção NW-SE, ortogonal ao eixo da dobra de Apodi, foram obtidos atributos de fraturas (densidade, comprimento, abertura) do conjunto 3 (NE-SW) com foco na análise e caracterização das estruturas provenientes deste dobramento local. As fraturas alargadas pela dissolução cárstica apresentam aberturas superiores a 4 m e mais de 70 m de comprimento com profundidades de até 12 m, expondo paredes com textura rugosa e desenvolvimento de vugs nas estratificações e descontinuidades sedimentares. A ocorrência de zonas de alta permeabilidade, estabelecida pela interconexão entre os principais conjuntos de fraturas e feições cársticas (cavernas, dolinas, pináculos e blocos colapsados), favoreceu o desenvolvimento de grandes corredores de fraturas paralelos ao eixo da dobra de Apodi na região de charneira, sendo este um importante elemento estrutural e diagenético a ser considerado nos modelos geológicos em reservatórios carbonáticos dobrados, carstificados e fraturados. A utilização de imagens de alta resolução (Drone/ARP) e o acesso direto aos afloramentos, permitiu a parametrização e correlação entre esses dois elementos, caracterizando sua distribuição espacial nos afloramentos da Formação Jandaíra e contribuindo para um maior detalhamento dos modelos geológicos e de fluxo, que podem ser utilizados como análogos de reservatórios carbonáticos, ajudando a otimizar processos e reduzir custos na indústria petrolífera.TCC Caracterização geológica de rochas carbonáticas no Núcleo Arqueano São José do Campestre (RN), NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12) Souza, Ariana Laís Oliveira de; Souza, Zorano Sérgio de; Srivastava, Narendra Kumar; Sá, Jaziel MartinsA área de estudo está localizada na porção leste do estado do Rio Grande do Norte, inserida no contexto geodinâmico da Província Borborema, no Maciço São José do Campestre (MSJC), o qual contém um dos mais antigos segmentos crustais reconhecidos na Plataforma Sul-Americana, com rochas arqueanas (3,4-2,7 Ga) e paleoproterozoicas (2,23-2,11 Ga). No MSJC, ocorrem rochas metassupracrustais, a exemplo de paragnaisses, raros corpos de rochas carbonáticas, formações ferríferas bandadas e diferentes gerações de metaplutônicas. Este trabalho objetiva estudar uma sequência de rochas carbonáticas (chamado na região de Serrote Preto) quanto aos seus aspectos geológicos e petrográficos, que ainda são pouco conhecidos. Assim, o foco do trabalho envolve a definição da gênese dessas rochas, já que existem interpretações de que seriam carbonatitos (magma gerado no manto superior) ou mármores (de protólito sedimentar). Para cumprir com o objetivo, foram conduzidos um levantamento bibliográfico inicial, seguido de interpretação de imagens de sensores remotos, atividade de campo para coleta de amostras e de parâmetros estruturais, além de descrições petrográficas. O estudo permitiu classificar as rochas carbonáticas do Serrote Preto como metacalcários, provavelmente afetados pelos eventos deformacionais D2 – que resultou na recristalização dos grãos carbonáticos, formação de novas associações minerais e uma estrutura de baixo ângulo – e posteriormente pelo evento defermacional D3 (Neoproterozoico). Este evento, por sua vez, resultou no dobramento da foliação S2 gerando uma macro dobro do tipo antiforme com eixo de dobra NNW-SSE mergulhando para NW. A presença de uma intrusão granítica sin- a tardi-D3 que ocorre truncando a foliação S2, demarca a intensificação de processos hidrotermais, marcados principalmente por venulações carbonáticas que cortam essas rochas. Os ortognaisses da Unidade Serra Caiada constituiriam, provavelmente, o embasamento sobre o qual se depositou a lama carbonática do mar raso pós-Arqueano.TCC Caracterização geoquímica e avaliação do potencial para depósitos de terras raras em perfis regolíticos da região de Três Braços, Bahia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-10) Rocha Neto, Magnus Kelly de Miranda; Toledo, Poliana Iara de Freitas; Rocha, Alexandre Magno Rocha da; Medeiros Filho, Carlos Augusto deOs Elementos Terras Raras (ETR) desempenham um papel crucial para tecnologias de ponta e soluções sustentáveis. A crescente demanda por esses insumos em um mercado global atualmente dominado pela China tem impulsionado as buscas por depósitos minerais em outras partes do mundo. A região de Três Braços na Bahia, inserida no contexto do Bloco Jequié no Cráton São Francisco, oferece condições favoráveis ao desenvolvimento de depósitos de adsorção iônica (IAD) em perfis regolíticos desenvolvidos sobre as litologias da Suíte Plutônica Volta do Rio. Atualmente, há escassez de trabalhos voltados à caracterização do regolito para o Bloco Jequié e não existem trabalhos do tipo para a região de Três Braços. Dessa forma, o presente trabalho utilizou dados de descrição das zonas do regolito e dados geoquímicos de coletas de solo e sondagens a trado mecanizado, com o intuito de caracterizar assinaturas geoquímicas, litologias parentais e avaliar o potencial da região de Três Braços para mineralizações de ETR. A descrição tátil-visual simplificada das zonas do regolito, aplicação de métodos de balanço de massas, índices químicos de alteração, entre outras metodologias geoquímicas prospectivas, permitiu avançar no entendimento do perfil regolítico da área. Foram caracterizadas duas macro assinaturas geoquímicas, bem como interpretadas suas litologias parentais e possíveis fases minerais portadoras de ETR. A macro assinatura geoquímica I possui teores intermediários a altos de Óxidos de Terras Raras Totais (TREO) juntamente a alto Th e U, sendo associada aos saprólitos félsicos desenvolvidos a partir dos granodioritos e monzogranitos da Suíte Plutônica Volta do Rio e favorável ao desenvolvimento de depósitos IAD, com padrões de enriquecimento supergênico análogos aos modelos propostos para os depósitos chineses. A macro assinatura geoquímica II possui alto TREO, com alto Fe₂O₃, TiO₂, P₂O₅, Y, V, and Nb, associada aos saprólitos máficos correlatos às rochas máfico ultramáficas e cumuláticas da Suíte Plutônica Volta do Rio, apresentando favorabilidade a depósitos de concentração residual de xenotímio ou mineralizações primárias pela possível ocorrência de corpos significativos dessas litologias em subsuperfície, com teores associados a um mineral do grupo da chevkinita-perrierita. Por fim, foi proposta uma classificação simplificada baseada nos teores dos elementos Th e Ti para delimitar as zonas de predominância de cada uma das litologias parentais ao longo da área de estudo. Os resultados obtidos ressaltam o alto potencial da área de Três Braços, bem como da porção do Bloco Jequié no contexto do Cráton do São Francisco no qual se insere, para a ocorrência de mineralizações de ETR.