PPGH - Mestrado em História
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Dissertação (A)cerca do espaço: a nacionalização da questão agrária pelo MST (1984-2002)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-08-27) Silva, Tiago Tavares e; Fraga, Maria da Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/3775329772040020; ; http://lattes.cnpq.br/0764333308165425; Peixoto, Renato Amado; ; http://lattes.cnpq.br/4329353374197075; Silva, Paulo Roberto Palhano; ; http://lattes.cnpq.br/0668404365830780O presente trabalho tem como maior objetivo analisar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e sua relação com a reforma agrária a partir da ideia de nação. Na década de sua emergência, anos 1980, o nacionalismo brasileiro estava profundamente atrelado aos anseios por democracia e esta se constituiu em uma espécie de linguagem política do período que abarcava não apenas o MST, mas também setores conservadores da política brasileira. O MST desenvolve então uma forma de perceber sua função social diferente dos movimentos que o antecederam como as Ligas Camponesas, incorporando o elemento da nação como capital político para fortalecer sua práxis. Essa relação será estudada a partir de um debate em torno do marxismo contemporâneo e seus conceitos estruturantes.Dissertação Abrindo espaços: os "paulistas" na formação da capitania do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-09-03) Jesus, Mirian Silva de; Possamai, Paulo César; ; http://lattes.cnpq.br/5322464180861877; ; http://lattes.cnpq.br/1859158613902794; Lopes, Fátima Martins; ; http://lattes.cnpq.br/6539287109414078; Silva, Kalina Vanderlei Paiva da; ; http://lattes.cnpq.br/0551212219219114; Porto, Maria Emília Monteiro; ; http://lattes.cnpq.br/2241777188205457Os paulistas , ou seja, os bandeirantes da vila de São Paulo de Piratininga, foram contratados pela Coroa Portuguesa como instrumento de repressão e controle social entre os séculos XVII e XVIII, envolvidos nos conflitos das Capitanias do Norte do Estado do Brasil após a expulsão da Companhia das Índias Ocidentais (WIC). Esse momento corresponde ao início da conquista do sertão, e das conseqüentes resistências oferecidas pelos índios do interior do continente que barraram o projeto colonial português. O sertão colonial estava compreendido como toda área fora da jurisdição portuguesa, em condição contrária à zona açucareira. Em tais acontecimentos, foi empregada a mão-de-obra dos paulistas pelas atribuições às suas habilidades em percorrer os matos. Com isso, buscamos destacar a participação dos paulistas durante e após a chamada Guerra dos bárbaros na capitania do Rio Grande, bem como a produção desse espaço a partir do estabelecimento dos grupos mobilizados para o conflitoDissertação “Acontecem no Japão coisas notáveis”: percepções de alteridade e territorialidade na ilha de Kyûshû (1603-1639)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-29) Bezerra, Renata Nobre; Vainfas, Ronaldo; https://orcid.org/0000-0002-0578-2043; http://lattes.cnpq.br/2064688486807133; Alveal, Carmen Margarida Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-1202-0231; http://lattes.cnpq.br/1118391491224309; Dias, Thiago Alves; Boscariol, Mariana AmabileNo âmbito do comércio marítimo no Índico e no Pacífico no final do século XVI e início do século XVII, o Japão está no período da sua história conhecido como reunificação. Após o período de guerras internas, ou Sengoku Jidai, em 1603, a casa Tokugawa assumiu o título Shôgunal iniciando uma administração que duraria duzentos anos. No início do governo Tokugawa, os portugueses, espanhóis, holandeses e ingleses estavam ativamente fazendo comércio com os japoneses. Como mediadores entre os portugueses, os espanhóis e os japoneses estavam os membros da Companhia de Jesus, ordem que nasceu com o propósito de disseminar o cristianismo pelo mundo. Enquanto os mediadores entre os habitantes do arquipélago e os ingleses e os holandeses eram comerciantes que tinham chegado às ilhas antes da formação principal do comércio entre esses povos.O século XVI, para o Japão, foi um momento de transição de um período de conflitos intensos para uma época de relativa paz. Entretanto os primeiros anos da administração Tokugawa foram marcados por várias medidas que visavam, entre outros fins, evitar que os senhores de terras, ou Daimyô, tivessem a oportunidade de se rebelar de novo contra o governo central. Nesse cenário de mudanças está Kyûshû, uma das quatro maiores ilhas do arquipélago, que está localizada ao sul do arquipélago. Kyûshû, por sua posição geográfica privilegiada foi palco da maior interação entre os japoneses e os diversos povos estrangeiros, que estiveram presentes em solo nipônico. Este trabalho se propõe a analisar alguns dos principais espaços de contato entre os japoneses e os diferentes grupos de estrangeiros, dando enfoque aos europeus, que estavam presentes no arquipélago no início do período Tokugawa, 1603, até a publicação do édito que decretou o fechamento dos portos do Japão em 1639.Entendendo o conceito de Espaço como lugar praticado (CERTAU, 2014), e pensando este conceito aliado ao de territorialidade compreendido como um híbrido, nunca indiferenciado, de concreto e simbólico (HAESBAERT, 2004), e de alteridade (TODOROV, 2003), para analisar as mudanças territoriais e os diversos contatos que aconteceram na terra do sol nascente, dando enfoque à ilha de Kyûshû, que por sua especificidade que nos proporciona uma melhor compreensão do contexto analisado.Dissertação A África na Geografia de Estrabão: a construção de paisagens egípcias, etíopes e líbias no Império Romano - volume I(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-02) Ribeiro, Alaide Matias; Vasques, Marcia Severina; https://orcid.org/0000-0002-3633-143X; http://lattes.cnpq.br/2044586970276129; https://orcid.org/0000-0002-5320-3958; http://lattes.cnpq.br/5472008719409280; Oliveira, Airan dos Santos Borges de; https://orcid.org/0000-0002-5090-9787; http://lattes.cnpq.br/1337420835014603; Clímaco, Joana Campos; Baptista, Lyvia Vasconcelos; https://orcid.org/0000-0001-5887-7831; http://lattes.cnpq.br/1774502381871781Nesta dissertação investigamos uma descrição produzida no início do Império Romano intitulada Geografia de Estrabão (64 a.C. – 24 d.C.). Analisamos a construção espacial apresentada no décimo sétimo e último livro da obra, recorte em que o Egito, a Etiópia e a Líbia, os quais constituíam a terceira parte do orbe habitado na Antiguidade, isto é, a África, são descritos. Utilizando como fundamentação teórica a ideia de paisagem e mundo-tempo de Timothy Ingold (2000; 2015) e optando por traduzir khora (τῆς χώρας) como território, identificamos expressões discursivas e elementos caracterizadores dos territórios que possibilitaram a identificação de paisagens egípcias, etíopes e líbias no discurso. Destarte, realizamos a crítica histórica da Geografia e submetemos o livro XVII à análise categorial proposta a partir da análise de conteúdo de Laurence Bardin (2011). Portanto, argumentamos que Estrabão apresenta uma determinada África antiga dentre as várias produzidas por autores ao longo do Império Romano.Dissertação Além das xícaras: a construção do Café São Luiz como lugar de memória em Natal (1950-1980)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-09-02) Medeiros, Augusto Bernardino de; Santiago Junior, Francisco das Chagas Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/8893350729538284; ; http://lattes.cnpq.br/3716007052194270; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723382T8; Nascimento, Francisco Alcides do; ; http://lattes.cnpq.br/8807841778457730Esta pesquisa se situa nas discussões que envolvem a relação entre memória, história e espaços. Iremos trabalhar com o Café São Luiz no bairro da Cidade Alta em Natal, um espaço que se mantém aberto e fundado em 1953. O local foi inaugurado no bairro de maior movimentação da década de 1950, uma zona de concentração de comércio e lazer. Pela vontade de memória, o Café São Luiz foi representado por diferentes enunciados, os quais o construíram como espaço que serve de apoio à memória e à identidade de um grupo. Os discursos elaboram o Café São Luiz como um monumento, um lugar de memória, no sentido atribuído por Pierre Nora. Entre esses discursos de construção do Café São Luiz destaca-se o livro de 1982 intitulado Na Calçada do Café São Luiz de autoria de José Luiz Silva. Esta pesquisa pretende problematizar a construção do Café São Luiz como lugar de memória, problematizando suas representações, perpassando a autoria dos discursos sobre o lugarDissertação Amélia Duarte Machado, a Viúva Machado: a esposa, a viúva e a lenda na Cidade do Natal (1900-1930)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-20) Medeiros, Ariane Liliam da Silva Rodrigues; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; ; http://lattes.cnpq.br/2731237954780451; ; Viana, Helder do Nascimento; ; http://lattes.cnpq.br/7276445057059197; Sales Neto, Francisco Firmino; ; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952A pesquisa em questão analisa as representações elaboradas sobre Amélia Duarte Machado, imagens que foram construídas em um determinado espaço: a Cidade do Natal. Amélia, uma mossoroense de vida simples, passou a ter uma vida luxuosa ao casar com o rico comerciante português Manoel Machado, em 1904. Ela levou uma vida de dama da sociedade, residia em uma residência suntuosa, viajou para a Europa, frequentava o Teatro da cidade e cuidava da imagem social de seu esposo, abrindo as portas da sua casa para a promoção de jantares e recepções. Vivenciou as transformações ocorridas em Natal nas primeiras três décadas do século XX, quando por iniciativa de uma elite política e intelectual a cidade passou a incorporar valores burgueses e a dotar de uma estrutura técnica voltada para os melhoramentos trazidos pela Revolução Industrial. Em 1934, com a morte do marido, assumiu os negócios da família. Além de viúva, tornou-se também uma mulher empreendedora. A viúva Amélia Machado também passou a ser alvo de suspeitas da população, boatos sobre sua vida. A partir daí emerge uma figura amedrontadora em Natal, um ser que capturava e comia o fígado de crianças, o papa-figo da Cidade do Natal, a Viúva Machado. Na presente pesquisa, iremos relacionar diferentes imagens que circularam sobre essa mulher, que foi dama da sociedade, viúva arrojada e papa-figo, articulando essas representações com o discurso sobre o feminino que circulava na Natal das décadas 1900 a 1930. Ainda levantaremos hipóteses sobre a criação da Lenda da Viúva MachadoDissertação O amigo do dinheiro: a visita do Cônego Garcia Velho Amaral aos Sertões do Norte de Baixo (1762-1766)(2018-10-16) Silva Filho, José Rodrigues da; Alveal, Carmen Margarida Oliveira; ; ; Vainfas, Ronaldo; ; Muniz, Pollyanna Gouveia Mendonça;O presente trabalho tem como temática as visitas pastorais nos Sertões do Norte de Baixo do Bispado de Pernambuco, a partir do caso da visita do Cônego Garcia Velho do Amaral. Os Sertões do Norte de Baixo são analisados como uma espacialidade integrada ao bispado de Pernambuco a partir das visitas, bem como analisar a circulação dos padres visitadores nessa Repartição e sua influência nas freguesias visitadas. As Visitas Pastorais eram um instrumento dos prelados para tentar estabelecer nas freguesias da América Portuguesa, setecentista, as diretrizes do Concílio de Trento e obter informações acerca da conduta moral de clérigos e leigos. O objetivo das vistas era antes intimidar, manter a possibilidade de uma punição, que punir. As visitas, como a própria justiça eclesiástica como um todo, combatiam os pecados transmutados em crime, sobre o argumento que alguns pecados eram causa de escândalo. Era o bispo, segundo as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, de 1707, apoiadas no concílio tridentino, que deveria percorrer sua diocese em visita. Todavia, devido a vastidão territorial dos bispados, os bispos na América Portuguesa, muito comumente, enviavam padres em seu nome, escolhidos entre os mais proeminentes clérigos do bispado. A visita do Cônego Manuel Garcia Velho do Amaral às freguesias dos Sertões do Norte de Baixo, em nome do bispo, Dom Francisco Xavier Aranha, ocorreu entre os anos de 1762 e 1766. O procedimento do visitador motivou queixas ao prelado que, em resposta, emitiu uma portaria mandando que fosse elaborado um sumário de testemunhas acerca das ações do Cônego Garcia do Amaral, durante sua visita. Foram ouvidas 96 testemunhas, a partir desses relatos foi possível perceber as queixas que tornaram a visita alvo de um processo. Os depoimentos contidos no sumário possibilitaram também a análise da sociedade de fieis dessa espacialidade e como as visitas impactavam essa população.Dissertação "Apaixonei-me deveras (...) pelo estudo de papéis velhos": os usos do passado na construção do espaço norte-rio-grandense nos escritos de Vicente de Lemos (1907-1912)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-13) Ferreira, Sarah Karolina Sucar; Santos, Magno Francisco de Jesus; https://orcid.org/0000-0002-2218-7772; http://lattes.cnpq.br/9046069221784194; https://orcid.org/0000-0002-5643-6933; http://lattes.cnpq.br/2431357083312439; Peixoto, Renato Amado; https://orcid.org/0000-0002-2342-4215; http://lattes.cnpq.br/4329353374197075; Turin, RodrigoEsta dissertação objetiva compreender os usos do passado na construção do lugar norte-riograndense a partir dos escritos do intelectual pernambucano e sócio fundador do IHGRN, Vicente de Lemos, de 1907 a 1912. Esse recorte se justifica pelos escritos do intelectual: o primeiro refere-se à publicação da coluna Papéis Velhos; o segundo diz respeito ao ano de impressão do único livro do autor, intitulado Capitães-mores e Governadores do Rio Grande do Norte. O ato de revolver os velhos papéis no início do século XX, nem de longe consistiu em uma atividade desinteressada. A Questão de Grossos teria sido o gatilho para a busca documental sistematizada no estado norte-rio-grandense. Assim, diante de tal empreitada, ao correr os arquivos e ao paginar a empoeirada documentação, Lemos não somente selecionou os documentos interessantes para a história, como também definiu junto ao grupo dominante, Albuquerque Maranhão, qual história deveria ser contada. Por meio da escrita o ilustrado significou o espaço estadual, mediante uso da história, atribuindo-lhe sentido e valor, transformando-o em lugar. Desse modo, o estudioso também contribuiu para fomentar uma visão de passado e um projeto de futuro. Dessa forma, para melhor entender esse intelectual, este trabalho debruça-se sobre sua sociabilidade, sobre sua atuação como historiador e político. Para compreender como a historiografia do letrado o ajudou a gestar o lugar norterio-grandense, esta pesquisa dedica-se a analisar os escritos dele, identificando os personagens, os fatos, ou seja, a versão do passado que pretendia contar. No que concerne à metodologia, foi realizada por meio do levantamento documental, tabulação e análise qualitativa, quantitativa e indiciária de jornais, revistas, livros, Relatórios de Presidente de Província e Governadores, almanaques e outros textos.Dissertação Aprender para ensinar, conhecer para descobrir: os ensinos de História nos cadernos de planejamento de uma professora Ana Afra em Natal (1991-1992)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-06) Lins, Maria Luiza Dantas; Oliveira, Margarida Maria Dias de; https://orcid.org/0000-0002-8542-4173; http://lattes.cnpq.br/5565266295414497; http://lattes.cnpq.br/9567558895180497; Santos, Magno Francisco de Jesus; https://orcid.org/0000-0002-2218-7772; http://lattes.cnpq.br/9046069221784194; Chaves, Edilson AparecidoO objetivo deste trabalho é compreender os elementos que constituem os ensinos de História entre os anos de 1991 e 1992 presentes nos cadernos de planejamento da professora Ana Afra, que foram tornados fontes ao entrar em contato com o NDM - Núcleo de Documentação e Memória da Educação do RN/IFESP - Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy. Os cadernos, como objetos da cultura escolar e registros cotidianos, podem ser reveladores de exemplos de ensinos-aprendizagens de História na capital do Rio Grande do Norte, escritos manualmente pela professora para o Projeto Ascenção que tinha como objetivo a educação de adultos, realizado por orgãos da Prefeitura do Natal. A metodologia desenvolvida é baseada no método histórico e ressalta a necessidade de escrever narrativas que revelam a diversidade de ensinos e de como se aprende História. Utilizando como aparato teorico as debates estabelecidos por André Chervel (1990) e Dominique Julia (2001). Ao analisar a forma como os cadernos de planejamento escritos pela professora Ana Afra mobilizaram o método histórico em suas aulas no início da década de 1990, foi possivel compreender como a História dos estudantes eram apropriadas para a construção do ensino-aprendizagem, em seguida, identificando os elementos que fazem parte dos ensinos de história para o nivel de ensino para qual os cadernos foram escritos. Tal proposição leva em consideração os debates existentes dentro do campo de pesquisa do ensino de História para extrapolar uma construção historiográfica dicotomizada que é limitada a produções sobre um ensino tradicional e inovador ou restritos a prescrições e legislações educacionais.Dissertação A área mais perigosa do hemisfério ocidental: o Nordeste do Brasil como problema político dos EUA (1961-1963)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-31) Barbalho, Hugo Gonçalves; Pereira, Henrique Alonso de Albuquerque Rodrigues; ; http://lattes.cnpq.br/9609541796507055; ; http://lattes.cnpq.br/9462953701070072; Vargas Netto, Sebastião Leal Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/9840632250442779; Saraiva, João Gilberto Neves; ; http://lattes.cnpq.br/5459229452533929Durante a administração do presidente democrata John F. Kennedy, que se estendeu de janeiro de 1961 até novembro de 1963, houve uma proliferação de discursos em relação ao Nordeste do Brasil. A região foi tomada como objeto de despachos diplomáticos, relatórios, memorandos, declarações públicas e entrevistas concedidas posteriormente por parte dos mais importantes personagens envolvidos com o serviço exterior norte-americano. Fizemos uso desse material, hoje disponível para consulta pública em função da Lei de Liberdade de Informação dos EUA, para analisarmos, de acordo com as condições de possiblidade da época, como o Nordeste do Brasil foi convertido em um espaço-pretexto para legitimar a estratégia de hegemonia idealizada pelo governo norte-americano para o hemisfério ocidental, simbolizada pela Aliança para o Progresso, uma política de integração regional criada em 1961, em face da Guerra Fria.Dissertação A argamassa da casa e do conflito: os usos políticos da construção da cidade da esperança feitos pelo grupo aluizista (1964-1966)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-18) Araújo, Felipe Tavares de; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; ; http://lattes.cnpq.br/2731237954780451; ; http://lattes.cnpq.br/8317066043362829; Peixoto, Renato Amado; ; http://lattes.cnpq.br/4329353374197075; Freire, Américo Oscar Guichard; ; http://lattes.cnpq.br/7750674481962255Propomo-nos a analisar os usos políticos que o grupo ligado ao governador Aluízio Alves fez de um conjunto habitacional chamado Cidade da Esperança, erguido em Natal na década de 1960. Esse novo espaço iria atender a uma demanda por casas existente na capital, cujo contingente populacional crescia vertiginosamente. Esse aumento demográfico, no entanto, não era acompanhado pari passu pela expansão da oferta de moradias pelo mercado, fazendo com que a sua escassez se tornasse um problema social e passasse a constar na agenda política. A Cidade da Esperança, portanto, passou a ser uma resposta do Estado às necessidades da população e, em meio a esses problemas existentes e às expectativas de solução, o grupo político ligado ao governador Aluízio Alves soube explorar a questão na medida em que procurou usar esse espaço para negociar com diferentes agentes sociais, chegando a eleger como prefeito de Natal o gestor da obra, Agnelo Alves. Para a construção dessa análise utilizamos dois jornais, o governista Tribuna do Norte e o católico A Ordem. Eles representaram em suas páginas tanto os problemas de escassez de moradias quanto as apropriações feitas da Cidade da Esperança, permitindo assim a reconstituição histórica de alguns processos. Neles, constavam o cotidiano das construções, as ações dos indivíduos responsáveis e as tensões políticas que o grupo aluizista possuía com outro, mais ligado ao líder Dinarte Mariz. Dessa forma, eles possibilitam a análise de como a Cidade da Esperança apareceu no interior de uma rede de tensões e como foi utilizada para a busca de legitimidade em um campo político bastante polarizado.Dissertação Os arquitetos da Neocristandade: análise da atuação de intelectuais convertidos e leigos na construção do espaço social católico centrado no Rio de Janeiro (1930 - 1935)(2019-09-03) Oliveira, Pedro Filipe Barros; Peixoto, Renato Amado; ; ; Santos, Magno Francisco de Jesus; ; Rodrigues, Cândido Moreira;O objetivo desta dissertação é analisar a constituição e consolidação do espaço social católico brasileiro centrado na cidade do Rio de Janeiro na década de 1930, bem como a reestruturação social e política da Igreja Católica brasileira realizada por meio do projeto da Neocristandade encabeçado por dom Sebastião Leme. Para tanto, escolhemos como recorte temporal o período compreendido entre 1930 – 1935, pois, entendemos ser um momento estratégico para compreender a atuação e as estratégias da Igreja, que buscava reconstruir suas relações com o Estado, abaladas desde que a Constituição de 1891, de tendência positivista, oficializou o rompimento entre a Igreja e o Estado. Diante dessa nova realidade a Igreja costurou novos acordos e traçou novos planos de atuação, como a criação da Liga Eleitoral Católica, que concedendo o apoio da Igreja aos candidatos que se propusessem a defender seus interesses, ajudou a eleger uma série de deputados que se tornaram defensores dos interesses católicos no âmbito da Assembleia Constituinte de 1933. Atrelado a isto, buscamos acompanhar a trajetória de alguns importantes agentes católicos, em grande medida responsáveis por dirigir, coordenar e difundir os projetos da Igreja na primeira metade da década de 1930, em consonância com os princípios trazidos pela encíclica do papa Pio XI Ubi arcano Dei consilio, de 1922, que estimulava os católicos a sair do âmbito privado e trabalhar em prol da construção de uma sociedade cristã. Nesse sentido, nos interessa, sobretudo, as trajetórias de dom Sebastião Leme, um dos mais destacados personagens católicos do século XX, líder do projeto da Neocristandade e organizador da LEC; dom José Pereira, bispo de Niterói e diretor da Editora Vozes de Petrópolis, foi responsável pela publicação de importantes livros católicos, os quais serviram à ‘Boa Imprensa’ e, por fim, o norte-rio-grandense padre José Cabral, editor chefe do jornal “A Cruz”, órgão da Arquidiocese do Rio de Janeiro e da Confederação Católica, que, sendo um dos principais periódicos católicos do período, foi responsável por conferir voz aos mais destacados intelectuais católicos, especialmente os laicos, engajados na construção do discurso anticomunista católico. O padre J. Cabral destacou-se ainda como um escritor ligado ao reacionarismo católico, publicando as obras Conceitos e Factos e A Miragem Soviética, exemplos dessa vertente de sua produção, como iremos explicitar ao longo do trabalho. O jornal ‘A Cruz’, os Anais da Assembleia Constituinte de 1933 e os livros do padre J. Cabral supracitados se constituem como as principais fontes desse trabalho. Teoricamente destacam-se as contribuições de Pierre Bourdieu, Edward Shils e Renato Amado Peixoto, escritores que fundamentam as discussões referentes à atuação espacial da Igreja e as relações entre os campos político e religioso.Dissertação A assinatura "Gustavo Barroso": análise do discurso narrativo de Ideias e Palavras, A Ronda dos Séculos e Os Protocolos dos Sábios de Sião (1917-1936)(2017-09-19) Melo Júnior, Antonio Ferreira de; Peixoto, Renato Amado; ; ; Santos, Magno Francisco de Jesus; ; Caldeira, Rodrigo Coppe;O objetivo desta dissertação é discutir o processo de autonomização da assinatura “Gustavo Barroso” por meio do exame do discurso narrativo presente em Ideias e Palavras, em A Ronda dos Séculos e em Os Protocolos dos Sábios de Sião, obras publicadas por Gustavo Adolfo Dodt Luiz Guilherme da Cunha Barroso entre 1917 e 1936. Defendemos a ideia de que Os Protocolos dos Sábios de Sião constituem um novo texto produzido por Barroso a partir dos insumos das suas obras anteriores, e não simplesmente uma tradução da versão francesa do documento-marco do antissemitismo contemporâneo. Nesse intuito, baseamo-nos nos textos da Nova História Política, da história do espaço nacional e da Religião Política para percebermos como essa assinatura vai se adensando a partir da tese do imperialismo judaico e da afirmação da nacionalidade brasileira, tendo em vista a produção de um discurso narrativo contra os judeus. Em respeito a isso, utilizamos como referencial metodológico os livros Narrative Discourse: An Essay in Method (1990) e Paratexts: Thresholds of interpretation (2001), de Gérard Genette, e dedicamos um capítulo da dissertação para cada obra. No primeiro capítulo, caracterizamos o discurso narrativo de Ideias e Palavras, mostrando como a dubiedade da assinatura “João do Norte (Gustavo Barroso)” explicita uma apreciação positiva dos judeus. No segundo capítulo, caracterizamos o discurso narrativo de A Ronda dos Séculos pensando a autonomia da assinatura e o processo de negativação dos judeus. No terceiro capítulo, analisamos o discurso narrativo dos Protocolos dos Sábios de Sião e discutimos que a assinatura “Gustavo Barroso”, já autônoma, assume a forma de antijudaísmo e antissemitismo. Demonstramos a continuidade da escala internacional como compreensão espacial e temporal, a descrição de ambientes físicos como pressuposto da psicologia dos personagens, a inserção de pássaros como marcação das clivagens na narrativa, o aparecimento da guerra como constante histórica, citação de judeus para discorrer sobre os judeus e a compreensão da natureza humana como tendente à destruição. Estudar os escritos de Gustavo Barroso é importante na medida em que ele é considerado o expoente do antissemitismo brasileiro, foi ele quem concatenou teoricamente o confluxo entre catolicismo e integralismo, de modo que ele se tornou um dos autores mais citados pelos antissemitas contemporâneos como uma forma legitimar as perseguições às minorias e o pensamento autoritário.Dissertação Atlas portátil da história latino-americana: cartografias de Nuestra América na trilogia Memória do Fogo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-16) Cavalcante, Bárbara Carolline Santos; Vargas Netto, Sebastião Leal Ferreira; https://orcid.org/0000-0003-0778-4031; http://lattes.cnpq.br/9840632250442779; https://orcid.org/0000-0001-5947-3775; http://lattes.cnpq.br/3568725122393143; Santos, Magno Francisco de Jesus; https://orcid.org/0000-0002-2218-7772; http://lattes.cnpq.br/9046069221784194; Oliveira, Ângela Meirelles deAmparando-se em perspectivas teóricas que associam a cultura e a política e pondo em foco o engajamento político do autor, o objetivo desta pesquisa é investigar a cartografia da América Latina desenhada na trilogia Memória do fogo (1982-1986), do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015). Tomando como fonte de análise o último tomo da obra, O século do vento, publicado em 1986, a presente pesquisa tenciona descortinar não só o viés literário e histórico da trilogia, mas também os objetivos políticos do autor e suas motivações para a escrita. A operação metodológica consistiu na análise das histórias contadas no livro e nas reflexões do autor sobre a trilogia em artigos e entrevistas, objetivando compreender o que o Galeano quis dizer com “dar voz ao que a história oficial esqueceu” e “resgatar a memória sequestrada” da América Latina, que são os pontos-chave da trilogia.Dissertação A atuação de José Augusto Bezerra de Medeiros em projetos nacionais de educação (1915-1921): trajetória e memória(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-09-20) Oliveira, Renno Allesy Veras de Senna; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; http://lattes.cnpq.br/2731237954780451; http://lattes.cnpq.br/0520087157637234; Arrais, Raimundo Pereira Alencar; http://lattes.cnpq.br/8252775667149757; Pinto, Surama Conde Sá; http://lattes.cnpq.br/9927530020005897Este trabalho teve como objetivo a reconstituição da trajetória de José Augusto Bezerra de Medeiros (1884-1971) em projetos nacionais de educação entre 1915-1921. Entende-se que essa trajetória possuiu três momentos. Em um primeiro instante, o personagem fez da educação o seu objetivo de vida, passando-se a apresentar perante a opinião pública como especialista em assuntos pedagógicos e como defensor da educação. No segundo momento, percebeu-se as suas estratégias de inserção, bem como a sua atuação, em projetos nacionais de educação. A atuação em questão foi marcada pelas tensões entre os seus anseios pessoais para o ensino do país e os limites impostos por outros integrantes desses projetos as suas pretensões. A partir dessas tensões, os seus projetos foram negociados, sofreram acomodações e passaram por modificações. O terceiro momento diz respeito a uma prolongação da trajetória analisada. Trata-se do processo de construção da memória de José Augusto como pioneiro educacional a partir de certas imagens gestadas durante sua atuação nos projetos nacionais de educação. Analisou-se como ele, bem como os seus parentes e amigos, contribuíram para esse prolongamento que lhe garantiu o posto de herói da educação brasileira. O recorte temporal proposto leva em consideração o ingresso de José Augusto na Câmara dos Deputados, instante que, segundo suas palavras, passou a se dedicar à construção mental e moral da nação (PEREIRA, 1982; p-243) e a sua participação na Conferência Interestadual de Ensino Primário (1921), o último projeto nacional de educação que ele atuou. O corpus documental mobilizado nesta pesquisa é composto por parte da produção do personagem — discursos e projetos parlamentares — periódicos, livros, programas de agremiações, atas institucionais e relatórios governamentais. Do ponto de vista teórico-metodológico, o trabalho se apoia, principalmente, nos conceitos de rede de funções (ELIAS, 1994), enquadramento de memória e memória subterrânea (POLLACK, 1989) e na noção de cultura (GINZBURG, 2006).Dissertação O avesso da ruína: invenção e reinvenção de Pasárgada na obra de Manuel Bandeira (1917-1954)(2016-09-14) Cavalcanti, Felipe Alves Paulo; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; ; http://lattes.cnpq.br/6902064913510545; Arrais, Raimundo Pereira Alencar; ; http://lattes.cnpq.br/8252775667149757; Coelho, Eduardo dos Santos;No presente trabalho, analisamos a construção histórica de uma imagem já consolidada no imaginário brasileiro: o espaço de Pasárgada. Acreditando que as imagens se constroem por meio dos vários investimentos de desejo que lhe são destinados, que elas são alvo de elaborações e reelaborações, intentamos aqui mostrar o surgimento e as sucessivas reformulações do espaço de Pasárgada na obra de Manuel Bandeira. Assim, dividimos nossa investigação em quatro momentos: primeiramente, tratamos do declínio social da família Souza Bandeira, marcado pela transição entre um regime patriarcal idealizado e um novo tempo de relações urbanas e burguesas no Brasil. Em um segundo momento, traçamos um percurso pelas primeiras duas obras de Bandeira, A Cinza das Horas e Carnaval, compostas após seu adoecimento em 1904, apontando algumas das diretrizes poéticas aí presentes que futuramente seriam implicadas na criação do poema “Vou-me Embora Pra Pasárgada”. No terceiro capítulo, abordamos o desenvolvimento de novos recursos e procedimentos criativos na obra deste autor durante os anos 1920, ocorrido no contato com três frentes de renovação – a boemia intelectual carioca, o modernismo paulista e o regionalismo tradicionalista recifense –, cujas ideias tornaram possível a criação do espaço nomeado de Pasárgada. Por fim, no quarto e último capítulo, discutimos o sentido “biográfico” que Bandeira e outros autores passam a atribuir a este espaço após o lançamento de Libertinagem, em 1930, dando início a uma série de textos biográficos e autobiográficos que culmina na publicação da autobiografia de Manuel Bandeira, o Itinerário de Pasárgada, em 1954.Dissertação O Bairro da Ribeira como um palimpsesto: dinâmicas urbanas na Cidade do Natal (1920-1960)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-08-24) Cordeiro, Anna Gabriella de Souza; Carvalho, Haroldo Loguercio; ; http://lattes.cnpq.br/9190627462162920; ; http://lattes.cnpq.br/8100219119745060; Arrais, Raimundo Pereira de Alencar; ; http://lattes.cnpq.br/8252775667149757; Possamai, Zita Rosane; ; http://lattes.cnpq.br/4910388368160076As cidades são textos. Textos escritos pelas sociedades que compõe os espaços. A partir dessa perspectiva, propõe-se aqui uma leitura do bairro da Ribeira Natal/RN. Esse espaço se consolidou no início do século XX como centro comercial e cultural da capital potiguar, lugar de ação e de interação da Zona Central desta sociedade, espaço de inscrição dos signos da modernidade e do progresso então em voga. Contudo, com o decurso do tempo e as transformações por ele exigidas, o panorama da Cidade de Natal sofreu intensas modificações e o bairro da Ribeira foi relegado à margem desse processo, o que culminou na desvalorização, segregação e, posteriormente, na degradação do seu espaço, que se tornou um palimpsesto. Ao abordar a dinâmica urbana que se processou no bairro da Ribeira, esta pesquisa dividiu o fenômeno em três fases distintas: valorização, transição e decadênciaDissertação Bartolomé de Las Casas: uma brevíssima narrativa da natureza, dos sujeitos e dos espaços do Novo Mundo(2019-11-05) Salustino, Felipe Henrique Cadó; Vargas Netto, Sebastião Leal Ferreira; ; ; Alveal, Carmen Margarida Oliveira; ; Bonciani, Rodrigo Faustinoni;Este trabalho se propõe analisar a biografia e narrativas de Bartolomé de Las Casas, concentrando em perceber aspectos da formulação de seu discurso, sua estrutura e como sua propagação tem o resultado de produzir uma imagem acerca do Novo Mundo no século XVI. O argumento a ser defendido sustenta-se, fundamentalmente, na análise da fonte: Brevísima relación de la destruición de las Indias. Neste recorte, analisamos a representação da alteridade, os mecanismos da escrita sobre o Outro e a propagação desses discursos no período. Las Casas, em seu texto, apresenta um processo de decodificação, desvio sistemático e mecanismo de tradução para que a Europa compreenda a representação sobre as Índias Ocidentais. Neste aspecto, tornou-se possível produzir um estudo que analise a constituição do Novo Mundo narrado pelo dominicano a partir dos reflexos de sua visão eurocêntrica sobre o dado território. Sendo esta uma visão produzida a partir do real, o contato proporcionado pela colonização espanhola produziu um encobrimento do Outro, pois, Las Casas produz em seus escritos um espaço diferenciado ao caracterizar a descoberta por Colombo com caracteres essencialmente europeias.Dissertação Boi de prata: política e cultura na estreia do sertão do seridó no cinema terceiro-mundista brasileiro (1970-1980)(2017-10-10) Assaf, Flávia Celeste Martini; Santiago Júnior, Francisco das Chagas Fernandes; ; ; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; Kaminski, Rosane;Este estudo analisa as muitas faces da primeira representação cinematográfica do Seridó e sua relação com a cultura política do cinema brasileiro. Na virada do ano de 1978 para 1979, era filmado na cidade de Caicó – RN o longa metragem intitulado Boi de Prata, que fez parte da primeira leva de filmes realizados através da política de regionalização da produção da recémcriada estatal de cinema Embrafilme. Ao realizar a película sobre e no sertão do Seridó, seu lugar de origem, o diretor e roteirista Carlos Augusto Ribeiro Jr. elaborou a construção discursiva imagética sobre o sertão seridoense e o Brasil como territórios do Terceiro Mundo, colocando-a como a alternativa na disputa entre a produção espacial de matriz conservadora-regionalista e a de matriz progressista-marxista. Vamos mostrar que o diretor atuou dentro da tradição do cinema brasileiro, que é a de contribuir para a formação da identidade regional e nacional, ao fazer uso de tópicos da cultura popular como a religião, as lendas, a música, a dança e a literatura oral.Dissertação O Brasil é Asa Branca: imagens do espaço nacional na telenovela Roque Santeiro de Dias Gomes (1985)(2019-08-29) Pessoa, Leonardo Cruz; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; ; Santiago Júnior, Francisco das Chagas Fernandes; ; Lucas, Meize Regina de Lucena;Esta dissertação tem como objeto de pesquisa a telenovela Roque Santeiro, exibida em 1985 pela Rede Globo, considerada um dos maiores fenômenos de audiência da televisão brasileira. Tomando como ponto de partida a trajetória de vida e obra do seu principal autor Dias Gomes, o objetivo é analisar como a telenovela narrou, a partir de sua narrativa, personagens típicos, diálogos e uma série de outros elementos, uma imagem do Brasil como espaço nacional, ressaltando-a como um produto televisivo propício para difusão imagéticodiscursiva de uma ideia de nação, direcionada a uma comunidade imaginada, de acordo com o conceito elaborado por Benedict Anderson. Para isso, será necessário compreender a atmosfera política e cultural na qual estava inserido Dias Gomes, entre as décadas de 1950 e a primeira metade da década de 1960 quando, filiado ao Partido Comunista Brasileiro, aproximou-se da geração de artistas e intelectuais de esquerda que pensavam suas produções culturais a partir de um viés nacionalista e popular, procurando visibilizar o que seria a “essência nacional” através da arte engajada e revolucionária. Partindo dessa relação entre autor e obra, utilizaremos como fontes peças teatrais escritas por Dias Gomes, a autobiografia do autor, manifestos de movimentos culturais como os Centros Populares de Cultura e o Cinema Novo, impressos de revistas e jornais, a sinopse original de Roque Santeiro e a própria telenovela que foi ao ar em 1985, para entendermos a brasilidade apresentada por Roque Santeiro e o porquê de tamanha identificação do imaginário nacional com a telenovela.