Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/11979
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução por Título
Agora exibindo 1 - 20 de 127
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese Análise integrativa para validação da diversidade de peixes voadores (Exocoetidae) no arquipélago de São Pedro e São Paulo, região meso-atlântica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Lima, Louise Thuane Barreto de; Molina, Wagner Franco; Amorim, Karlla Danielle Jorge; https://orcid.org/0000-0003-3441-4298; http://lattes.cnpq.br/9154327371891444; https://orcid.org/0000-0002-6695-0952; http://lattes.cnpq.br/8437464961129518; http://lattes.cnpq.br/5578074425864289; Costa, Gideão Wagner Werneck Felix da; Garcia Júnior, José; Carvalho, Marcelo Moreira de; Soares, Rodrigo XavierA família Exocoetidae, cujos representantes são chamdos de peixes voadores, encontra-se amplamente distribuída em águas tropicais e subtropicais, sendo epipelágica e habitando as camadas superficiais de oceanos abertos. No Brasil, essa família é representada por 19 espécies. Além de sua diversidade, os peixes voadores constituem um valioso modelo biológico para estudos ecológicos e evolutivos, devido às suas diversas especializações morfológicas. Além disso, desempenham um papel crucial na cadeia trófica, sendo as presas preferidas de predadores de elevado valor comercial, dentre os quais o Dourado (Coryphaena hippurus), Albacora (Thunnus albacares) e o Atum (Thunnus atlanticus). A monofilia da família Exocoetidae está solidamente estabelecida por meio de dados morfológicos e moleculares. No entanto, as informações genômicas ainda são incipientes para avaliar a diversidade atual dos peixes voadores, especialmente das espécies que ocorrem no arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP). Este estudo tem como objetivo trazer informações dos peixes voadores (Exocoetidae) do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, contribuindo para a prospecção da biodiversidade. Todas as espécies foram identificadas por meio de características morfométricas e morfológicas, sendo validadas por meio de sequenciamento com o marcador molecular Citocromo C Oxidase I (COI) e comparadas com sequências depositadas nos bancos de sequências GenBank/BOLD. Como resultado, foram coletados 32 exemplares no ASPSP, distribuídos em três espécies e uma apenas a nivel de gênero, Hirundichtys affinis, Cheilopogon cyanopterus, Cheilopogon sp., Exocoetus volitans.Dissertação Apocynaceae Juss. na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil(2016-08-31) Sousa Júnior, Jaerton Carvalho de; Jardim, Jomar Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/9068052682710941; ; http://lattes.cnpq.br/3112515541359388; Carvalho, Fernanda Antunes; ; http://lattes.cnpq.br/2620472775326289; Sousa, Leandro de Oliveira Furtado de; ; http://lattes.cnpq.br/8157923398404157O objetivo principal desse estudo foi realizar um inventário florístico taxonômico das Apocináceas ocorrentes nos remanescentes de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, através de consulta aos espécimes depositados nos herbários, expedições de campo e descrição em laboratório dos espécimes coletados. Foram registradas 25 espécies em 18 gêneros e três subfamílias. Os gêneros com maior número de espécies foram: Ditassa R.Br (4 spp.), Aspidosperma Mart. & Zucc. e Mandevilla Lindl. (3 spp.). Os demais gêneros estão representados por uma espécie cada. São apresentadas oito novas ocorrências para a Flora do estado e seus respectivos status de conservação. Das novas ocorrências, cinco espécies são de gêneros aqui registrados pela primeira vez no estado (Cynanchum L., Macoubea Aubl., Odontadenia Benth., Tabernaemontana L. e Temnadenia Miers). São apresentadas chave de identificação, comentários taxonômicos e de distribuição geográfica dos gêneros e espécies, descrições, ilustrações, fotos e mapas das espécies encontradas na área de estudo.Tese Aspectos cariogenômicos em espécies marinhas de Haemulidae (Perciformes) e Labridae (Labriformes): uma perspectiva evolutiva(2017-09-29) Motta Neto, Clóvis Coutinho da; Molina, Wagner Franco; Artoni, Roberto Ferreira; ; ; ; Souza, Allyson Santos de; ; Garcia Júnior, José; ; Cioffi, Marcelo de Bello; ; Lima Filho, Paulo Augusto de;A Série Percomorpha é maior divisão entre os vertebrados, constituindo o maior e mais derivado clado de peixes teleósteos. Dentre suas Ordens, Perciformes e Labriformes constituem modelos adequados à investigação do conservadorismo e diversificação cromossômica. Em Perciformes o conservadorismo cromossômico é representado por cariótipos basais com 2n=48 acrocêntricos, extensivamente compartilhados por uma parcela considerável de espécies. As causas e extensão do conservadorismo cariotípico em várias famílias desta Ordem não são inteiramente claras. Diante da diversidade de espécies em Labriformes, aspectos mais detalhados de sua evolução cariotípica ou mesmo status taxonômico de algumas espécies merecem particular atenção. Com vistas a contribuir com novas informações sobre essas questões foram implementadas análises cromossômicas convencionais (coloração convencional com Giemsa, bandamento C e Ag-RONs, fluocrocromos base-específicos) e citomoleculares (hibridização in situ com sondas DNAr 18S, DNAr 5S). Oito espécies dos gêneros Anisotremus e Haemulon da família Haemulidae (Perciformes) foram analisadas, incluindo amostras de diferentes áreas do Atlântico, como modelo de evolução conservativa. Em 2 espécies do gênero Bodianus da família Labridae (Labriformes), foram analisados também aspectos da evolução de sequências repetitivas particulares (DNAr 18S, DNAr 5S, Alu e Tol2) nos cromossomos por hibridização com 5 metilcitosina (5mC). Adicionalmente, foram realizadas comparações filogenéticas, utilizando sequências de DNA mitocondrial (COI e 16S) e nuclear (Rodopsina) para verificar o status taxonômico da espécie Bodianus insularis, endêmica das ilhas Meso-Atlânticas. Todas as espécies de Haemulidae apresentaram 2n=48a, sítios Ag-RONs simples e heterocromatina centromérica reduzida, além de considerável compartilhamento de sítios de DNAr 5S e 18S, confirmando a ocorrência de estase cariotípica na família. Os padrões cariotípicos das populações de A. virginicus e H. chrysargyreum entre o Caribe e Atlântico Sul não revelaram variações cromossômicas decorrentes da barreira dos deságues dos rios Amazonas/Orinoco. Em Bodianus, as análises identificaram uma notável região descondensada em um par cromossômico subtelocêntrico, denominada região BOD. Entre suas características constitutivas e funcionais particulares, se mostram DAPI-, argentofílica (Ag+), marcantemente hipometilada e saturada de elementos transponíveis, sugerindo que a participação destes elementos móveis pode ter contribuído para sua gênese e dinâmica epigenética complexa. Quanto a espécie endêmica B. insularis, sua divergência genética é muito inferior à apresentada por espécies diferenciadas sugerindo que embora represente um grupo geograficamente isolado, constitua uma sinonímia de B. pulchellus. A divergência nos ritmos de diversificação cariotípica entre Haemulidae e Labridae é aqui discutida à luz de características cariotípicas intrínsecas que podem favorecer o tamponamento e a fixação de mudanças cromossômicas e aspectos biológicos das espécies que contribuem para as condições particulares de evolução cariotípica desses dois grupos de peixes marinhos.Dissertação Aspectos citogenéticos de peixes das famílias Gempylidae e Balistidae do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, região Meso-Atlântica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-04) Santos, Glaicon de Sousa; Molina, Wagner Franco; ; ; http://lattes.cnpq.br/5420831968249317; Costa, Gideão Wagner Werneck Félix da; ; Soares, Rodrigo Xavier;Grupos de peixes marinhos, sobretudo aqueles habitantes de ambientes pelágicos ou grandes profundidades, geralmente apresentam grandes lacunas de informações citogenéticas, restringindo seu uso em abordagens evolutivas. Entre esses grupos, famílias pouco diversas como Gempylidae (Scombriformes) com 16 gêneros e 26 espécies meso ou bentopelágicas e de relativa importância na pesca comercial, ainda não possui qualquer informação citogenética. Da mesma forma, a diversificada família Balistidae (Tetraodontiformes), com 42 espécies, apresenta menos da metade das espécies com cariótipos conhecidos. Visando ampliar o conhecimento dos aspectos citogenéticos de peixes marinhos, sobretudo habitantes de ambientes insulares do Atlântico Sul, aqui foram analisadas as espécies Promethichthys prometheus e Ruvettus pretiosus (Gempylidae) e Canthidermis maculata e C. sufflamen (Balistidae), provenientes do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, região meso-Atlântica. As análises citogenéticas empregaram metodologias convencionais (coloração com Giemsa, coloração Ag-RONs e bandamento-C), coloração com fluorocromos baseespecíficos (CMA3/DAPI) e mapeamento de sequências repetitivas DNAr 18S, DNAr 5S, sequências microssatélites (CA)15 e (GA)15, transposon Tol2 e retrotransposon Rex3, através da hibridação fluorescente in situ (FISH). Promethichthys prometheus e R. pretiosus possuem 2n=48 cromossomos, no entanto, divergem consideravelmente quanto à fórmula cariotípica (NF=84 e NF=50), respectivamente. Os padrões de mapeamento das diferentes classes de DNA repetitivo, sugerem no entanto pequena divergência na microestrutura dos cromossomos. Por outro lado, C. maculata (2n=44 e NF=56) e C. sufflamen (2n=44 e NF=58), exibem cariótipos reduzidos, resultado de fusões in tandem, modelados por variações numéricoestruturais dos cariótipos, mas seguida de baixa reorganização interna dos cromossomos. Esses primeiros resultados para a família Gempylidae, indicam marcante diversificação cromossômica estrutural nestes habitantes de águas profundas, enquanto os padrões encontrados nas espécies de Balistidae, corroboram o papel das fusões na sua evolução cariotípica. A ampliação dos dados citogenéticos para estas espécies confirma a notável diversidade cariotípica e tendências carioevolutivas particulares de alguns grupos de peixes marinhos.Tese Avaliação da composição de Fungos Micorrizícos Arbusculares (Glomeromycota) em solos halomórficos no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-20) Silva, Kássia Jéssica Galdino da; Theodoro, Raquel Cordeiro; Goto, Bruno Tomio; https://orcid.org/0000-0001-5016-1046; http://lattes.cnpq.br/0977453259767928; https://orcid.org/0000-0001-7038-6306; http://lattes.cnpq.br/9304612925767591; Nobre, Camila Pinheiro; https://orcid.org/0000-0001-8137-7456; http://lattes.cnpq.br/5350879120540577; Bezerra, Jadson Diogo Pereira; Vieira, Larissa Cardoso; Cruz, Rhudson Henrique Santos Ferreira da; https://orcid.org/0000-0003-1830-9295; http://lattes.cnpq.br/1679347120330619A zona litorânea do estado do Rio Grande do Norte (RN) constitui o principal foco de produção de sal do país, impactando de forma relevante a comunidade vegetal e microbiana, assim como o solo desta região. Diante deste cenário, os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA), por formarem uma simbiose obrigatória com raízes de plantas, possuem importante função neste sistema planta-solo, aumentando a tolerância dos simbiontes vegetais à ambientes estressantes, como os salinos. Assim, esta tese teve como objetivo identificar a diversidade da comunidade de FMA em uma zona de atividade salina no litoral norte do RN, buscando compreender a influência da salinidade nesta diversidade. Para isto, foram realizadas quatro coletas de solo rizosférico, durante dois períodos consecutivos de estação seca e chuvosa, entre NOV/2017 a JUN/2019 em três locais com distintos níveis de salinidade (salina em Macau [salina ativa], Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão [controle negativo] e Galinhos [salina natural]) seguidas de análises físicoquímico e taxonômicas. Foram identificadas 37 espécies, distribuídas em 19 gêneros de FMA (Acaulospora, Ambispora, Dentiscutata, Cetraspora, Corymbiglomus, Claroideoglomus Entrophospora, Fuscutata, Gigaspora, Glomus, Intraornatospora, Oehlia, Paradentiscutata, Paraglomus, Rhizoglomus, Racocetra, Sclerocystis, Scutellospora e Septoglomus), sendo o ambiente da salina ativa o mais rico e abundante em espécies de FMA, quando comparado aos outros dois locais de coleta. Em relação a sazonalidade de seca e chuva, a estação seca foi mais rica em número de espécies e teve maior abundância de esporos. De acordo com a análise UPGMA a composição vegetal apresentou maior grau de correlação com as amostras de uma mesma área. Contudo, não se pode descartar a influência da salinidade na riqueza e abundância de FMA modulando estes índices, uma vez que amostras com maiores índices salinos apresentaram menor riqueza de espécies do que as amostras com menores índices, dentro de uma mesma área de coleta (salina ativa de Macau). Portanto, mais amostras seriam necessárias para validar estatisticamente esta observação. Além destes resultados, obtivemos a descrição de uma nova espécie do gênero Acaulospora, gênero mais abundante nas amostras, contendo dupla ornamentação em forma de depressões (“poços”), com projeções em seu interior (“espinhos”), numa visão plana os poços são ligados como estruturas que parecem canais. A revisão do gênero Acaulospora também foi realizada, com análises filogenéticas usando sequencias disponíveis do nrDNA para o gênero, demonstrando que Acaulospora é um gênero monofilético e inclui também as espécies Kuklospora colombiana e K. kentinensis. Além disso, podemos concluir que os tipos de ornamentações descritas (depressão, projeção, dupla ornamentação) para as espécies de Acaulospora, apesar de úteis para a descrição morfológica de espécie, constituem caracteres homoplásicos devido a convergência destas características em grupos de espécies que não compartilham um ancestral único mais recente. Esporos da espécie Corymbiglomus globiferum também coletados nas áreas deste estudo, foram utilizadas e depositadas no herbário da UFRN, analisadas e incluídas no artigo “Sieverdingia gen. nov., S. tortuosa comb. nov., and Diversispora peloponnesiaca sp. nov. in the Diversisporaceae (Glomeromycota)”.Dissertação Biologia reprodutiva, polinização e barreiras reprodutivas em duas Bromeliaceae na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte(2018-02-22) Cavalcante, Brayan Paiva; ; ; Coelho, Christiano Peres; ; Tobón, Glória Matallana;Bromeliaceae é um grupo de monocotiledôneas neotropicais com 3543 espécies em 73 gêneros. Reconhecida como um dos mais notórios casos de irradiação adaptativa, apresentam uma variedade grande de características reprodutivas, contudo, diversas bromélias correlacionadas ocorrem em simpatria, e para isto, devem haver fortes barreiras reprodutivas que mantenham essas espécies coesas. Partindo disso, esta dissertação teve como objetivo descrever a biologia reprodutiva de duas bromélias simpátricas na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, de maneira a entender como ocorre a dinâmica reprodutiva e os mecanismos que permitem a coesão de ambas, analisando o fluxo polínico e as barreiras reprodutivas existentes. Este trabalho foi realizado na Floresta Nacional de Nísia Floresta, um fragmento de Mata Atlântica no estado do Rio Grande do Norte, e as espécies amostradas foram Wittmackia patentissima e Hohenbergia ridleyi. No Capítulo I, foram abordados os processos envolvendo a biologia reprodutiva, a ecologia da polinização e a fenologia floral de Wittmackia patentissima e Hohenbergia ridleyi, buscando descrever seus processos reprodutivos, bem como possíveis barreiras pré-polinização e o fluxo polínico entre ambas. Como resultados, constatamos que ambas possuem flores delicadas, aromatizadas, diurnas, disponíveis por 1-2 dias. Além disso, a floração é sincrônica, acontecendo entre agosto e outubro, com vários indivíduos se sobrepondo e prolongando a estação reprodutiva. Os principais visitantes florais são as abelhas, mas podem ser vistos outros himenópteros, lepidópteros, coleópteros e dípteros, sendo que todos utilizam o néctar floral como recurso. Basicamente todas as características florais são compartilhadas, não sendo identificado nenhum tipo de barreira reprodutiva do tipo prépolinização entre as duas. No Capítulo II, foram descritos os sistemas reprodutivos deste par de espécie, de maneira a entender como ocorre a dinâmica de polinização e quais os mecanismos que possibilitam a frutificação. Além disso, foram realizados testes de hibridação entre estas espécies, analisando o crescimento do tubo polínico ao longo do gineceu, para observar se existem barreiras pós-polinização que evitem a formação de híbridos naturais. Como resultado, notou-se que ambas são altamente autocompatíveis, e que existe deposição espontânea de pólen ainda na fase de botão, e isso pode maximizar o sucesso reprodutivo da planta genitora. Nos testes de hibridação foi possível observar que os grãos de pólen germinaram e cresceram até o 1/3 superior do estilete em todos os tratamentos em ambas as espécies. Não houve diferença no desenvolvimento polínico nos tratamentos de autogamia e polinização cruzada para nenhuma das duas espécies, entretanto, foi possível observar anormalidades a partir do 2/3 do estilete nos testes de hibridação. Neste ponto, foi possível observar a deposição irregular de calose ao longo do estilete, bem como a paralização dos tubos polínicos em todos os testes de hibridação, o que indica que existem fortes barreiras póspolinização que inibem a formação de híbridos naturais.Dissertação Biossistemática do complexo Cryptanthus zonatus (Vis.) Beer(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-18) Magalhães, Raissa Elizabeth de Castro; Versieux, Alice de Moraes Calvente; Versieux, Leonardo de Melo; ; http://lattes.cnpq.br/9905184321288831; ; http://lattes.cnpq.br/7557922092763217; ; http://lattes.cnpq.br/8528938613035706; Vieira, Fabio de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/1649941101614454; Sousa, Leandro de Oliveira Furtado de; ; http://lattes.cnpq.br/8157923398404157A delimitação taxonômica ao nível de espécie em plantas não é uma tarefa fácil, devido ao grande polimorfismo dos vegetais. No presente trabalho objetivamos avaliar três morfotipos (formas) de Cryptanthus zonatus (Vis.) Beer (Bromeliaceae, Bromelioideae) descritos na literatura, lançando mão da biologia floral e fenologia, além da morfologia floral e anatomia foliar. As áreas de realização do estudo foram o Parque Estadual das Dunas de Natal e a Reserva Particular do Patrimônio Natural da Mata Estrela, no município de Baía Formosa Rio Grande do Norte (RN). Para o estudo fenológico foram feitas visitas mensais durante o período de um ano, onde foram feitas observações acerca das fenofases de floração e frutificação das populações das três formas de C. zonatus. Para biologia floral, procurou-se avaliar dados como: tipo de visitante floral, volume e concentração de néctar e horário de abertura e fechamento das flores. Flores das três formas foram coletadas em campo, analisadas ao estereomicroscópio e as medidas das peças foram feitas com a ajuda de um paquímetro. Cortes transversais e paradermais de folhas das três formas foram feitos, corados e posteriormente analisados ao microscópio ótico. Observações de cortes paradermais em microscópio eletrônico de varredura também foram feitas. Todos os dados mostraram não haver diferenças significativas entre as três formas. Desse modo, conclui-se que não há subsídios para o reconhecimento dos três morfotipos de C. zonatus como entidades taxonômicas, e que as ferramentas de fenologia, anatomia, biologia floral e morfologia floral não foram conclusivas para delimitar esses três morfotipos. Ainda visando caracterizar melhor a Flora de Bromeliaceae do RN, foi também estudada a anatomia foliar de Orthophytum disjunctum, uma espécie de um gênero irmão de Cryptanthus, apenas recentemente documentada no semiárido do RN. A comparação anatômica entre Cryptanthus e Orthophytum permitiu a separação dos gêneros com base na disposição dos estômatos e maior espessura do parênquima aquífero. Durante os trabalhos de campo, foi possível, ainda, documentar a primeira ocorrência de Aechmea muricata no RN, na RPPN Mata Estrela, auxiliando no entendimento da distribuição do táxon, que encontra-se ameaçado de extinção.Dissertação Capparaceae: flora do Rio Grande do Norte e biogeografia no semiárido brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-02-25) Soares Neto, Raimundo Luciano; Jardim, Jomar Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/9068052682710941; ; http://lattes.cnpq.br/3257097677118579; Versieux, Leonardo de Melo; ; http://lattes.cnpq.br/9905184321288831; Carvalho Sobrinho, Jefferson Guedes de; ; http://lattes.cnpq.br/1078196174156396Capparaceae abrange 25 gêneros e 480 espécies, das quais aproximadamente 110 são compreendidas em 18 gêneros na região Neotropical. Sua distribuição é pantropical com grande frequência em ambientes sazonalmente secos. Seus representantes apresentam hábito arbóreo, arbustivo e raramente lianescente, folhas simples ou compostas 3-folioladas, brácteas florais reduzidas e decíduas, flores tetrâmeras e noturnas com estames exsertos numerosos, ovário súpero sobre um ginóforo, frutos carnosos deiscentes ou indeiscentes. Para o Brasil são registrados 12 gêneros e 28 espécies das quais 12 são endêmicas do país, ocorrendo preferencialmente em savana estépica (strictu senso), floresta estacional semidecidual e restinga. O presente trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo aborda o padrão de distribuição das espécies que ocorrem no semiárido brasileiro e sua distribuição intra Caatinga. Os padrões de distribuição foram determinados a partir da revisão da distribuição das espécies em coleções de herbários e complementados com dados obtidos de bibliografia específica da família. Foram avaliadas a riqueza, esforço de coleta e similaridade florística das espécies intra Caatinga pelo método de quadrículas de 1 × 1 grau. Seis gêneros e oito espécies foram registradas na Caatinga, sendo quatro endêmicas do Brasil, dessas, apenas uma é endêmica da Caatinga, e quatro apresentaram distribuição neotropical. Quatro padrões foram observados: restrito ao NE, amplo e contínuo no Brasil, disjunto e neotropical. Todas as espécies foram registradas na Bahia, estado que apresentou a maior riqueza de espécies por quadrícula e também notável esforço amostral das espécies da família. O estado do Piauí apresenta áreas prioritárias para futuras coletas de Capparaceae, devido a pouca representatividade da família no estado. A análise de similaridade florística intra Caatinga mostrou-se baixa, 22%, provavelmente devido a poucas espécies da família na região e a ampla distribuição das mesmas. No segundo capítulo é apresentada a flora de Capparaceae para o Rio Grande do Norte (RN), visto que o estado possui uma flora pouco conhecida, com estudos pontuais. Através de coletas no estado e revisão de herbário foram registrados cinco gêneros e seis espécies de Capparaceae no RN: Capparidastrum (1); Crateva (1); Cynophalla (2); Mesocapparis (1) e Neocalyptrocalyx (1). Capparidastrum frondosum e Mesocapparis lineata são novas ocorrências para o estado. São apresentadas uma chave de identificação, descrições e imagens, comentários sobre a biologia das espécies e Unidades de Conservação onde ocorrem.Dissertação Caracterização genética e evolução dos vírus dengue no Estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-02-21) Sousa, Denise Maria Cunha de; Araújo, Joselio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; ; http://lattes.cnpq.br/6311818981226761; Fernandes, José Veríssimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Nogueira, Rita Maria Ribeiro; ; http://lattes.cnpq.br/9749453000493825A dengue é considerada a doença transmitida por artrópodes mais importante do mundo devido ao elevado número de pessoas que correm o risco de contraí-la, principalmente em regiões tropicais e sub-tropicais do planeta. O agente etiológico da doença é o vírus dengue (DENV), um vírus de RNA fita simples e polaridade positiva, pertencente à família Flavivridae e ao gênero Flavivirus. São conhecidos quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 E DENV-4. Uma das suas principais características é a elevada variabilidade genética que torna clara a necessidade da realização de estudos filogenéticos e evolutivos com o objetivo de compreender aspectos essenciais como: epidemiologia, virulência, padrões de migração e características antigênicas. O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização genética dos vírus dengue circulantes no estado do Rio Grande do Norte durante o período de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2012. Realizou-se o sequenciamento do gene do envelope (1485pb) dos sorotipos DENV-1 (N=6), DENV-2 (N=6) e DENV-4 (N=4) isolados de casos clínicos de diferentes municípios do estado do Rio Grande do Norte. A análise filogenética foi realizada utilizando o programa Mega v5.2, método de Neighbor-Joining e modelo Tamura-Nei. No Brasil, foi constada a circulação de apenas um genótipo de DENV-1 (genótipo V), um genótipo DENV-2 (asiático/americano) e dois genótipos de DENV-4 (genótipos I e II) no Brasil. As cepas brasileiras de DENV-1 estão dividas em duas linhagens temporalmente distintas (BR-I e BR-II), as cepas brasileiras de DENV-2 estão subdividas em quatro linhagens (BRI-IV) e o genótipo II de DENV-4 apresentou três linhagens de cepas brasileiras (LI-III). Os vírus isolados no Rio Grande do Norte pertencem a linhagem BR-II (DENV-1), BR-IV (DENV-2) e BR-III (DENV-4). A fonte de importação destes vírus para o Brasil é principalmente o Caribe e países próximos da América Latina. Foram detectadas substituições de aminoácidos ao longo dos três domínios da proteína E, tornando clara a necessidade da realização de estudos que associem dados epidemiológicos e moleculares para melhor compreensão dos efeitos dessas mutações. Este é o primeiro estudo sobre caracterização genética e evolução dos vírus dengue no Estado do Rio Grande do Norte, BrasilDissertação Colêmbolos (arthropoda: hexapoda: collembola) numa área de caatinga do nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-08-30) Rocha, Isabel Medeiros dos Santos; Vasconcellos, Alexandre; ; http://lattes.cnpq.br/8396727262741273; ; http://lattes.cnpq.br/0391363717746722; Bellini, Bruno Cavalcante; ; http://lattes.cnpq.br/8609476121598138; Pichorim, Mauro; ; http://lattes.cnpq.br/5696697654544552; Abrantes, Eduardo Assis; ; http://lattes.cnpq.br/7577087909473834Os ecossistemas edáficos são base para toda produção de recursos biológicos terrestres e sua dinâmica afeta não apenas os ambientes naturais, mas também a sociedade e suas atividades econômicas. Na Caatinga, o clima semiárido associado ao uso inadequado do solo têm potencializado a degradação e a perda do potencial produtivo das terras. Considerando que a fauna edáfica, incluindo os colêmbolos, é um importante indicador da qualidade do solo, este trabalho objetivou avaliar a fauna de Collembola numa área de Caatinga do Rio Grande do Norte, verificando a influência de fatores bióticos e abióticos, tais como características do solo, da vegetação e do clima, sobre a estrutura da taxocenose. As variáveis ambientais utilizadas foram: granulometria (representada pela proporção de areia), quantidade de matéria orgânica e pH do solo; riqueza, densidade e biomassa aérea vegetal; e necromassa. Foram utilizadas armadilhas de queda (pitfall) para coletar espécimes da fauna epiedáfica de Collembola em 30 pontos localizados na Fazenda Cauaçu, João Câmara, RN, nos meses de julho (período chuvoso) e novembro (período seco) de 2011. Foram coletados 5.513 indivíduos de 15 espécies, distribuídas em 13 gêneros e 9 famílias de Collembola. Cinco das espécies registradas são novas para a ciência, confirmando a expectativa de alto grau de endemismo para o bioma, e a maior abundância de indivíduos foi registrada na estação chuvosa, o que sugere sensibilidade dos colêmbolos à baixa umidade. Quatro espécies foram mais abundantes na estação seca, todas da Ordem Entomobryomorpha, e os resultados das análises estatísticas sugerem que a riqueza de plantas, a biomassa vegetal aérea, a proporção de areia no solo, o pH e a umidade devida às chuvas sejam os principais influenciadores da abundância de Collembola na região estudadaDissertação Contrastes da evolução cromossômica e diversificação do DNA repetitivo em peixes-anjos (pomacanthidae, teleostei)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-11) Romeiro, Dalvan Henrique Luiz; Molina, Wagner Franco; http://lattes.cnpq.br/8437464961129518; http://lattes.cnpq.br/1002445114853312; Motta Neto, Clóvis Coutinho da; http://lattes.cnpq.br/8790601797102483; Costa, Gideão Wagner Werneck Felix da; http://lattes.cnpq.br/8974329991208250Processos de estase cariótipica e intensas mudanças cromossômicas exemplificam fenômenos extremos de mudanças cariotípicas. Alguns grupos de peixes marinhos apresentam essas duas condições refletidas nos cariótipos de suas espécies. Um desses grupos, Pomacanthidae apresenta 12% das espécies com cariótipos com elevado grau de conservadorismo do número diploide (2n=48), mas com estruturas cariotípicas que podem ser muito divergentes. Aqui são apresentados dados citogenéticos de seis espécies da família, Pomacanthus paru, P. arcuatus, Holacanthus tricolor, H. ciliaris, Centropyge aurantonotus (oceano Atlântico), e C. eibli (oceano Índico), obtidos por métodos convencionais e hibridização fluorescente in situ de quatro classes de DNA repetitivos (DNAr, microssatélites, elementos transponíveis, histonas) que demonstram a diversidade cariotípica e padrões contrastantes de evolução cromossômica do grupo. As espécies analisadas compartilham um mesmo número diploide (2n=48), com cariótipos formados principalmente por cromossomos acrocêntricos, exceto C. aurantonotus que exibe grande profusão de elementos bi-braquiais. Apesar do conservadorismo númérico e estrututral dos cariótipos, ocorreram variações na distribuição e organização de algumas classes de DNA repetitivo. Todas as espécies exibiram apenas um lócus DNAr 18S, enquanto que as regiões DNAr 5S se mostraram mais variáveis, ocorrendo em diversos cromossomos de C. aurantonotus. P. paru e P. arcuatus, com divergência recente exibem cariótipos muito similares, incluindo os arranjos dos sítios 18S DNAr, mas diferem quanto ao posicionamento das regiões DNAr 5S. As espécies de Holacanthus apresentaram consideráveis variações em número e posição dos sítios de histona H4. A ocorrência de traços evolutivos relacionados à estrutura cromossômica e organização de sequências repetitivas em algumas espécies, indicam eventos disruptivos sobre a limitada diversificação cariotípica do grupo, mediados por inversões pericêntricas e processos de heterocromatinização.Dissertação Da ginga à sardinha: etnoictiologia e sistemática molecular de pequenos peixes de valor cultural da costa brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-04-23) Araújo, Thaís Ferreira Pinto de; Lima, Sérgio Maia Queiroz; Carvalho, Pedro Hollanda; ; ; ; Loeb, Marina Vianna; ; Jacobina, Uedson Pereira;A avaliação de estoques pesqueiros para o manejo sustentável e medidas conservacionistas são feitas através da estatística pesqueira, que demanda dados confiáveis e é, na maioria dos casos, baseada em nomes populares. Entretanto, dados básicos como taxonomia, nomes populares, distribuição geográfica e delimitação de estoques, por exemplo, muitas vezes não estão disponíveis comprometendo o manejo pesqueiro. Assim, esse trabalho une etnoictiologia e análises filogeográficas dos clupeídeos Opisthonema oglinum e Harengula spp. com o objetivo de identificar seus nomes populares e investigar seus padrões filogeográficos, no intuito de delimitar estoques pesqueiros na costa brasileira. No primeiro capítulo, descrevemos a percepção dos pescadores e dos consumidores locais acerca da ginga, que são pequenos peixes costeiros que compõem o prato típico “ginga com tapioca”, patrimônio imaterial do Estado do Rio Grande do Norte. Através de entrevistas e obtenção de espécimes em feiras ou mercados de peixe de seis localidades, em três estados do Nordeste brasileiro, detectamos que ginga consiste em indivíduos juvenis de algumas espécies de sardinhas e arenques, e que a única diferença entre ginga e sardinha é o tamanho, representando a ginga os peixes menores e a sardinha os maiores, às vezes da mesma espécie. O termo é basicamente restrito à região metropolitana de Natal. Além disso, a ginga pode ser considerada uma “espécie culturalmente importante” e, consequentemente, deve estar entre as espécies-alvo para conservação e manejo local. No segundo capítulo, comparamos os padrões filogeográficos dos dois grupos mais representativos da ginga, O. oglinum e Harengula spp., ao longo de suas supostas distribuições no Atlântico Oeste, dos EUA até o sul do Brasil, usando o marcador mitocondrial CO1. Além disso, investigamos quantas populações existem desses táxons na costa brasileira e no arquipélago oceânico de Fernando de Noronha. Nesse arquipélago, as sardinhas são usadas como isca para pesca artesanal, e tem gerado um conflito entre os pescadores e os órgãos ambientais. A carência de informações básicas, como por exemplo, a identidade taxonômica das espécies, é fundamental para o manejo sustentável. Nossos resultados apontam O. oglinum como sendo uma única linhagem em todo o Atlântico Oeste, mas que possui estruturação populacional entre Brasil, EUA+México e Bermudas, e Harengula como sendo duas espécies, Harengula clupeola e H. jaguana na América do Norte e Caribe e uma distinta linhagem no Brasil, que possivelmente possa se tratar de uma nova espécie. Ao avaliar esses táxons em um contexto temporal, revelam que a separação entre as espécies de Harengula do hemisfério norte e do Brasil coincide com o aumento do fluxo da descarga dos rios Amazonas e Orinoco. Com esses resultados é possível observar que, apesar da biologia similar, O. oglinum e Harengula spp. não apresentam o mesmo padrão filogeográfico e devem ser manejadas de maneiras distintas.Dissertação Descrição de duas novas espécies de bagrinhos do gênero Microcambeva Costa & Bockmann 1994 (Siluriformes: Trichomycteridae) de bacias costeiras do sudeste da Mata Atlântica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-28) Medeiros, Lucas Silva de; Lima, Sérgio Maia Queiroz; Soares Filho, Luisa Maria Sarmento; https://orcid.org/0000-0001-9365-4879; http://lattes.cnpq.br/8316105480397252; http://lattes.cnpq.br/1312913976520238; Santos, Juliano Ferrer dos; Silva, Leandro Villa Verde daRepresentado por seis espécies nominais, o gênero Microcambeva compreende pequenos bagres psamófilos e endêmicos de bacias costeiras da Mata Atlântica no sudeste do Brasil, ocorrendo desde o norte do Estado do Paraná até o extremo sul da Bahia. Coletas recentes elencaram novos exemplares do gênero nas porções médias das bacias do rio Doce, nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e na bacia do rio Guapi-Macacu no Estado do Rio de Janeiro que representam novas espécies. A nova espécie, Microcambeva sp. n. “Doce” é facilmente diagnosticada de todos os congêneres, por possuir barbilhões nasais, maxilares e rictais de tamanho médio e pelo padrão de coloração cefálico assemelhar-se a um coração. Distingue-se de M. ribeirae e M. filamentosa, exceto das espécies do “Clado M. draco”, por possuir uma ossificação na porção anterior do autopalatino. Difere de M. barbata¸ exceto de M. mucuriensis, M. jucuensis e M. draco por possuir ossificação do autopalatino rudimentar. Difere de M. mucuriensis e M. draco, exceto M. jucuensis, por possuir o processo anterior do opérculo bifurcado. Por fim, difere de M. jucuensis por possuir nove odontódeos operculares. Microcambeva sp. n. “Guanabara” é facilmente diagnosticada das demais espécies, exceto M. ribeirae e M. filamentosa pela ausência de uma pequena ossificação na porção superior do autopalatino e pela fusão do poro supraorbital s6, na porção central da cabeça. Distingue-se de todas espécies, exceto M. ribeirae¸ por possuir o primeiro raio da nadadeira peitoral não modificado em filamento enquanto nas demais espécies os filamentos podem varia de 5% a 80% maiores que os demais raios. Microcambeva sp. n. “Guanabara” difere de M. filamentosa, por possuir oito odontódeos na placa opercular e inter-opercrular. A nova espécie difere de M. ribeirae por possuir um barbilhão rictal alongado, alcançando a porção anterior da placa inter-opercular de odontódeos, origem da nadadeira anal verticalmente na 19ª vértebra e três manchas formadas por cromatóforos marrons escuros na porção média do tronco três manchas.Dissertação Diferenciação morfológica e ampliação geográfica de espécies de cobras corais-verdadeiras do complexo Micrurus ibiboboca (Merrem, 1820): diferentes abordagens(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-07) Duarte, André Felipe de Vasconcelos; Freire, Eliza Maria Xavier; Prudente, Ana Lúcia da Costa; https://orcid.org/0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; http://lattes.cnpq.br/4491105169767637; Curcio, Felipe Franco; Nascimento, Lyomuty Reymond de SouzaAs serpentes da família Elapidae incluem representantes mundialmente famosos, como a mamba- negra, a mamba-verde, a cobra-rei e as najas, conhecidas por sua alta toxicidade e importância médica. No Novo Mundo, essa família é representada pelas cobras-corais verdadeiras, que se destacam por sua coloração chamativa e seu comportamento recluso, além de possuírem um veneno neurotóxico potente. Devido à grande sobreposição de características diagnósticas, extensas revisões culminando em redescrições e descrições de novas espécies são comumente realizadas, utilizando caracteres morfológicos e moleculares, pois também abarcam imensa diversidade críptica. Estudos recentes revisaram o complexo Micrurus ibiboboca, redescrevendo o táxon e descrevendo três novas espécies: Micrurus anibal, Micrurus bonita e Micrurus janisrozei. Entretanto, estas espécies possuem vasta sobreposição de caracteres, sendo de grande relevância utilizar diferentes ferramentas, como a morfometria geométrica, para buscar novos caracteres e suas diferenças. Como estas espécies recém descritas recebiam o mesmo nome ao longo de sua distribuição, é importante investigar diferenças morfológicas intraespecíficas, levando em consideração diferentes abordagens, a exemplo de variações geográficas e/ou dimorfismo sexual, a fim de complementar o conhecimento acerca da biologia dessas espécies e. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo investigar diferenças inter e intrapopulacionais em M. bonita, M. ibiboboca e M. janisrozei, num gradiente latitudinal em M. bonita e M. ibiboboca, e em diferentes Domínios Morfoclimáticos em M. bonita e M. janisrozei. Também foi testado dimorfismo sexual e delimitação de espécies no grupo sob a luz das técnicas morfométricas geométricas. Detectaram-se variações morfológicas ao longo de um gradiente latitudinal em M. bonita e M. ibiboboca, e diferenças morfológicas em indivíduos de M. bonita e M. janisrozei ocorrentes em diferentes Domínios Morfoclimáticos, quanto ao número de tríades no corpo. Ao mesmo tempo, este trabalho amplia a distribuição geográfica de M. ibiboboca e M. janisrozei. Em adição. Este trabalho amplia a distribuição geográfica de M. ibiboboca e M. janisrozei, além de demonstrar que as quatro espécies possuem diferenças significativas quanto ao formato da cabeça; espécies simpátricas como M. ibiboboca e M. janisrozei mais semelhantes. Apenas M. bonita demonstrou dimorfismo sexual para tamanho e forma da cabeça, enquanto M. janisrozei apenas para forma. Os resultados sugerem que estudos ecomorfológicos em espécies de Micrurus devem ser encorajados, uma vez que essa abordagem gera conhecimentos relevantes acerca da biologia desses organismos. Enfim, demonstrou-se que a utilização de ferramentas alternativas, a exemplo da morfometria geométrica, na busca de características indetectáveis à luz de métodos tradicionais, como a morfometria geométrica, auxilia não só em estudos de caráter ecomorfológicos, como também em estudos taxonômicos.Dissertação Dinâmica evolutiva do DNAr em cromossomos de peixes da família Eleotridae e revisão citogenética da ordem gobiiformes (Osteichthyes, Teleostei)(2019-02-27) Silva, Simião Alefe Soares da; Molina, Wagner Franco; Lima Filho, Paulo Augusto de; ; ; ; Motta Neto, Clóvis Coutinho da; ; Costa, Gideão Wagner Werneck Felix da;A ordem Gobiiformes, com mais de 2.200 espécies é um dos grupos mais diversificados dentre os teleósteos. Essa alta diversidade é acompanhada por significativa diversificação cariotípica, cujas causas biológicas não são completamente estabelecidas. Dentre seus grupos encontra-se a família Eleotridae, com 23 gêneros e 171 espécies, das quais seis habitam rios próximos à costa e regiões estuarinas em vastas áreas do litoral brasileiro. Com vistas a ampliar os dados citogenéticos para Eleotridae e revisar os padrões de diversificação cariotípica em Gobiiformes, aqui foram analisadas as espécies Dormitator maculatus, Eleotris pisonis, Erotelis smaragdus e Guavina guavina com ocorrência no Atlântico Sul e realizada uma ampla revisão citogenética e associação com os aspectos biológicos e ecológicos da Ordem Gobiiformes. As análises citogenéticas empregaram metodologias convencionais (coloração com Giemsa, impregnação por nitrato de prata, bandamento-C), coloração com fluorocromos base-específicos (MM/DAPI) e mapeamento por hibridação in situ fluorescente com sondas DNAr 18S, 5S e de sequências microssatélites (CA)15. As espécies E. smaragdus e E. pisonis apresentaram 2n=46 cromossomos (NF=46), D. maculatus exibiu um cariótipo estruturalmente diversificado, com 36sm+4st+6a (NF=86), enquanto G. guavina um cariótipo numericamente divergente com 2n=52 (NF=52). As regiões organizadoras nucleolares nas quatro espécies, estão localizadas em diferentes posições de um único par cromossômico, revelando-se em um efetivo marcador citotaxonômico entre as espécies. O mapeamento in situ do DNAr indicou uma significativa variação de arranjos estruturais dos genes 18S e 5S, confirmando a elevada dinâmica evolutiva dos cariótipos dessas espécies. O conjunto de dados citogenéticos confirma 2n=46 cromossomos acrocêntricos, como uma condição simplesiomórfica para Gobiiformes. O variado conjunto de sequências repetitivas nos cromossomos das espécies de Eleotridae, e em Gobiiformes em geral, pode atuar como fator promotor de diversificação cariotípica, associado a características biológicas, como hábitos bentônicos e ovos adesivos bentônicos. Os resultados encontrados contribuem para um melhor conhecimento da evolução cariotípica da família Eleotridae, indicando a participação de variados rearranjos (inversões, fusões e fissões) e amplia as informações citogenéticas para Gobiiformes. Os padrões estruturais heterogêneos dos cromossomos desta Ordem de peixes, aliado aos seus aspectos biológicos que favorecem estruturações populacionais elevando a dinâmica evolutiva dos cromossomos, tornando este grupo um dos modelos mais ilustrativos de megaevolução cariotípica em ambientes marinhos.Dissertação Dinâmica sazonal de fungos micorrízicos arbusculares (Glomeromycota) em cerradão e brejo de altitude na Chapada do Araripe, CE(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-03-19) Lima, Ruy Anderson Araújo de; Goto, Bruno Tomio; ; http://lattes.cnpq.br/5968043766728580; ; http://lattes.cnpq.br/4471402299285571; Souza, Alexandre Fadigas de; ; http://lattes.cnpq.br/7844758818522706; Berbara, Ricardo Luis Louro; ; http://lattes.cnpq.br/8529910145308595Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são organismos simbiontes obrigatórios de raízes de vasto número de táxons vegetais, sendo encontrados em todos os ecossistemas terrestres. Estes fungos promovem maior tolerância a estresses ambientais aos vegetais associados favorecendo o estabelecimento de comunidades vegetais, especialmente quando a fertilidade do solo é fator limitante, como em áreas de Caatinga, domínio exclusivamente brasileiro que vem sendo foco de pesquisas em função da particular biodiversidade que pode proporcionar maior compreenção da história vegetacional de parte da América do Sul. Devido à importância ecológica dos FMA, ao limitado número de trabalhos e o potencial em diversidade da Caatinga, este trabalho visa inventariar a diversidade e determinar as comunidades de FMA em áreas com diferentes fisionomias ocorrentes na FLONA Araripe, Ceará (CE). A coleta das amostras ocorreu em quatro períodos, no início e final da estação seca (agosto e dezembro de 2011, respectivamente) e chuvosa (fevereiro e junho de 2012, respectivamente) em uma área de brejo de altitude e de cerradão da Chapada do Araripe, Crato, CE. Os glomerosporos foram extraídos por peneiramento úmido e centrifugação em água e sacarose (50%), montados entre lâmina e laminula utilizando PVLG e PVLG + Reagente de Melzer. No total, foram encontradas 46 espécies de FMA distribuidas em oito famílias e 16 gêneros: Acaulospora (6), Ambispora (1), Cetraspora (2), Dentiscutata (5), Fuscutata (2), Gigaspora (6), Glomus (13), Intraornatospora (1), Kuklospora (1), Orbispora (1), Paradentiscutata (1), Quatunica (1), Racocetra (1), Scutellospora (2), Septoglomus (2) e um novo gênero. Análises ecológicas mostraram que cada área de estudo apresenta dinâmicas sazonais próprias, com a área de cerradão com maior diversidade de espécies ao longo do ano, enquanto que o brejo de altitude mostrou maior variação nas espécies encontradas entre os periodos de coleta, mostrando que a vegetação e a pluviosidade tem forte influência na dinâmica sazonal dos FMA, assim como a disponibilidade de nutrientes e o pH so soloDissertação Distribuição geográfica e respostas às mudanças climáticas no peixe rivulídeo Anablepsoides cearensis (Costa & Vono, 2009): uma abordagem integrativa entre conservação filogenética de nicho (CFN) e modelos de nicho ecológico (MNE)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-12) Silva, Salu Coêlho da; Lima, Sérgio Maia Queiroz; https://orcid.org/0000-0001-9365-4879; http://lattes.cnpq.br/8316105480397252; https://orcid.org/0000-0002-4198-307X; http://lattes.cnpq.br/7713239087275100; Zandona, Eugênia; Frederico, Renata GuimarãesA família Rivulidae é o grupo de peixes de água doce mais ameaçados do Brasil. As espécies dessa família são de pequeno porte, coloridos e podem ser classificadas em dois grupos com base em suas adaptações aos corpos d’água rasos: espécies anuais de ambientes sazonais, e não-anuais em brejos ou alagados perenes. A maioria dos rivulídeos da Caatinga são anuais, com poucos representantes não-anuais. Entre estes, Anablepsoides cearensis (Costa & Vono, 2009) é o único rivulídeo não-anual endêmico do semiárido brasileiro, pertencente a um grupo primordialmente amazônico e atualmente classificada como ‘criticamente ameaçada’ em função de sua distribuição restrita, fragmentada e ameaças potenciais. Após sua descrição em um riacho raso de um fragmento florestal em São Gonçalo do Amarante no Ceará (CE), a espécie foi registrada a 77 km a oeste, levantando questionamentos sobre sua extensão de ocorrência. Contando que a distribuição da espécie fosse ampla e apenas subamostrada ao longo das bacias costeiras do CE, busquei uma estratégia de otimização amostral baseada em Modelos de Nicho Ecológico. Para suprir a escassez de ocorrências (n=6, e baseado na conservação filogenética de nicho, incluí espécies mais próximas filogeneticamente nos modelos iniciais. Para tanto, determinei por sistemática molecular as relações de parentesco de A. cearensis como irmã de A. vieirai do Cerrado, e em um clado com A. urophthalmus (Amazônia) e A. bahianus (Mata Atlântica). A partir desse modelo inicial foram feitas duas expedições, que renderam novos registros que retroalimentaram o modelo a cada coleta. Como resultado, houve ampliação da área de distribuição de três para nove ocorrências, e de três para sete bacias hidrográficas. A identidade dos espécimes foi confirmada por distância genética com marcadores mitocondriais. Também fiz um modelo final apenas com A. cearenses, e avaliei se haveria perda de adequabilidade climática no futuro considerando três cenários de mudanças climáticas. Por se tratar de um grupo originalmente adaptado a florestas úmidas, sua ocorrência parece limitada a área litorânea do CE, que é uma região com clima mais úmido e ameno. Depender desses ambientes torna a espécie mais vulnerável às mudanças climáticas, pois de acordo com as projeções até 2100 haverá uma perda de adequabilidade climática com o aquecimento. Também foram verificadas ameaças para espécie como barramentos dos riachos, poluição e espécies introduzidas como Betta splendens Regan 1910 e Heros sp. Com a observação desses impactos, novos registros, incluindo três unidades de conservação, e usando critérios da IUCN, recomendo uma reclassificação de ameaça para a categoria de ‘em perigo’.Dissertação Diversidade de fungos micorrízicos arbusculares (Glomeromycota) em ambientes aquáticos lênticos e lóticos do Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-23) Queiroz, Mariana Bessa de; Goto, Bruno Tomio; Fiuza, Patricia Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-9428-8257; http://lattes.cnpq.br/2590857295836560; https://orcid.org/0000-0001-6157-4954; http://lattes.cnpq.br/5968043766728580; https://orcid.org/0000-0003-0197-7203; http://lattes.cnpq.br/1123487761804905; Souza, Francisco Adriano de; Carrenho, RosilaineFungos Micorrízicos Arbusculares (FMA) são microrganismos simbiontes de raízes vegetais terrestres e aquáticas, todavia, ecossistemas aquáticos lênticos e lóticos são pouco explorados quanto a ocorrência e ecologia desses fungos. Os poucos inventários de diversidade documentaram cerca de 100 espécies e estudos ecológicos testaram a influência de variáveis ambientais no grau de colonização radicular, mas a estrutura das comunidades de FMA nessas duas condições e a influência de variáveis ambientais sobre elas é pouca conhecida. O objetivo desse trabalho foi inventariar as espécies de FMA em dois ecossistemas lênticos (Lagoa do Carcará e Lagoa de Arituba) e dois ecossitemas lóticos (Riacho Boa Cica e Rio Pium) do município de Nísia Floresta, Rio Grande do Norte, Brasil, e avaliar a influência de parâmetros hídricos e sazonais na composição de espécies, diversidade, riqueza e esporulação. Para isso, duas coletas foram realizadas nos períodos de estiagem (Dezembro 2016) e chuvoso (Julho 2017), retirando-se sedimento da rizosfera de diferentes espécies de macrófitas habitando profundidades de 0,02 a 2,72 m. Glomerosporos foram extraídos de 50 g de sedimento e montados em lâminas para identificação taxonômica. As espécies foram avaliadas quanto à frequência de ocorrência e abundância relativa e classificadas em dominantes, comuns ou raras. Diferenças na composição de espécies foram testadas por Análise de Agrupamento, ANOSIM e SIMPER. A diversidade foi avaliada entre os locais e estações através de curvas de rarefação interpoladas e extrapoladas para os números de Hill. A riqueza e esporulação foram testadas entre as condições, estações e profundidade por Modelos Lineares Generalizados e ANOVA. Foram identificadas 88 espécies classificadas em 5 ordens, 11 famílias e 21 gêneros. Sessenta e uma espécies ocorreram na condição lêntica (57 na Lagoa de Arituba e 24 na Lagoa do Carcará) e 55 na condição lótica (39 no Riacho Boa Cica e 31 no Rio Pium). Dezessete espécies foram compartilhadas entre os quatro locais. Glomeraceae e Acaulosporaceae foram as famílias mais representativas em riqueza de espécies em todas as interações lênticas e lóticas e em abundância das espécies nas interações lóticas, enquanto Ambisporaceae também apresentou elevada abundância nas interações lênticas. A composição de espécies diferiu entre as interações lênticas e lóticas. Maior diversidade de Shannon e Simpson foram encontradas na interação Arituba/Estiagem em detrimento a menor diversidade em Boa Cica/Estiagem. As interações lóticas não diferiram entre si quanto à riqueza de espécies e esporulação e foram diferentes das interações lênticas em riqueza de espécies. As interações lênticas, por sua vez, diferiram entre si, com maior riqueza e esporulação encontrada na Lagoa de Arituba, que também apresentou a maior concentração de nutrientes no sedimento. Houve uma diminuição na riqueza e esporulação em função do aumento do gradiente de profundidade apenas na Lagoa de Arituba, podendo estar relacionada à característica mesotrófica da lagoa. Os resultados desse trabalho evidenciam o potencial dos ecossistemas aquáticos em abrigar elevada riqueza de espécies FMA e sugerem que a composição das comunidades e riqueza de espécies é influenciada pela condição lêntica e lótica e que a riqueza e esporulação variam entre os ambientes lênticos com diferentes estados tróficos.Dissertação Diversidade de paronellidae (collembola, arthropleona, entomobryoidea) no nordeste brasileiro, com ênfase em áreas úmidas da caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-03-26) Meneses, Liugo Fernando; Bellini, Bruno Cavalcante; ; http://lattes.cnpq.br/8609476121598138; ; http://lattes.cnpq.br/5607029534542338; Abrantes, Eduardo Assis; ; http://lattes.cnpq.br/7577087909473834; Baseia, Iuri Goulart; ; http://lattes.cnpq.br/1260730935714266Paronellidae está entre os mais diversos e característicos componentes da fauna epiedáfica de colêmbolos em países tropicais. No entanto, apenas 15 espécies da família foram registradas no Brasil, sendo apenas duas para a Região Nordeste do país. Este dado claramente está relacionado a um baixo esforço amostral e ausência de especialistas na área. Assim, este trabalho objetivou estudar a fauna de Paronellidae, do ponto de vista taxonômico, em seis ambientes distintos na Região Nordeste do Brasil (nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba e Piauí), sendo cinco áreas de Caatinga e uma de Mata Atlântica. Foram realizadas coletas ativas durante a estação chuvosa em cada área. Os espécimes coletados foram triados com ajuda de lupa e montados em lâminas para microscopia. Os espécimes identificados como representantes da família Paronellidae tiveram sua ocorrência registrada, assim com foi feita a descrição de cinco novas espécies para a ciência. Também foi elaborada de uma chave de identificação para os gêneros da família que ocorrem no Brasil. Doze registros de espécies de paronelídeos foram feitos para o Brasil: Campylothorax mitrai; Lepidonella. sp. nov. 1; Lepidonella sp. nov. 2; Lepidonella sp. nov. 3; Lepidonella sp. nov. 4; Lepidonella sp. nov. 5; Dicranocentruga sp. nov. 1; Dicranocentruga sp. nov 2; Dicranocentruga sp. nov 3; Paronella sp. nov; Serroderus sp. nov e Trogolaphysa sp. nov. 1, onde C. mitrai, Lepidonella. sp. nov. 1, Dicranocentruga sp. nov. 1, Dicranocentruga sp. nov. 2 e Dicranocentruga sp. nov. 3 foram descritas. Os registros dos gêneros Serroderus e Dicranocentruga foram os primeiros destes gêneros para o Brasil. A descrição de Lepidonella sp. nov. 1 também corresponde à primeira descrição de uma espécie do gênero para o país. Os dados apresentados mostram uma elevada riqueza potencial de espécies de Paronellidae, não apenas na Região Nordeste, mas como no Brasil. De fato, com os registros apresentados neste trabalho, o número de registros de espécies de Paronellidae no país aumentou em 80%. Políticas de conservação ambiental podem ser direcionadas através do estudo desta fauna, especialmente em áreas de CaatingaDissertação Diversidade de Seirini (Collembola, Arthropleona, Entomobryidae), em áreas úmidas da caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-03-25) Godeiro, Nerivania Nunes; Bellini, Bruno Cavalcante; ; http://lattes.cnpq.br/8609476121598138; ; http://lattes.cnpq.br/6152359947005239; Zeppelini Filho, Douglas; ; http://lattes.cnpq.br/9831782694813481; Abrantes, Eduardo Assis; ; http://lattes.cnpq.br/7577087909473834A família Entomobryidae é uma das mais diversas famílias de Collembola do Nordeste Brasileiro. Dados sobre sua diversidade podem ser considerados subestimados devido ao baixo esforço de coleta na região. No presente estudo, foram realizadas coletas em cinco localidades do Nordeste, nunca antes amostradas, objetivando avaliar a riqueza de espécies desta família. O estudo foi feito na Serra da Jibóia, município de Santa Teresinha, Bahia; Serra das Confusões, município de Caracol, Piauí; Chapada do Araripe, munícipio do Crato, Ceará; Mata do Pau-Ferro, município de Areia, Paraíba; e Parque Nacional de Ubajara, município de Ubajara, Ceará, todas consideradas áreas úmidas da Caatinga. As coletas foram feitas utilizando-se armadilhas de queda do tipo pitfall e aspiradores entomológicos. Todo o material coletado foi triado, montado em lâminas, identificado e, por fim, foram feitas as descrições de algumas das espécies novas encontradas. Um total de 48 espécies de Entomobryidae pertencentes a nove gêneros foram registradas e 27 destas são espécies novas para a ciência, o que representa um percentual de 56,25% do total. Um novo registro de espécie para o Brasil foi identificado e novos registros para os estados foram feitos. O gênero que possuiu distribuição mais ampla foi Seira, o único encontrado em todas as áreas e o mais representativo com o maior número de espécies registradas (26). Esse resultado já era esperado, pois indivíduos do gênero Seira possuem uma boa adaptabilidade a ambientes semi-áridos, fato que já foi comprovado em pesquisas anteriores. Sete novas espécies do gênero Seira foram descritas. Uma chave dicotômica de identificação dos gêneros e espécies de Seirini com ocorrência no Brasil foi elaborada. Este trabalho demonstrou o grande potencial de Entomobryidae e Seirini no Nordeste, visto que, apesar de ter sido realizado em áreas bem restritas, obteve resultados importantes para o conhecimento da fauna do grupo