PPGFS - Doutorado em Fisioterapia
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Tese Actimetria do padrão sono-vigília de pacientes com Acidente Vascular Cerebral(2018-02-28) Oliveira, Débora Carvalho de; Campos, Tânia Fernandes; ; ; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; ; Fernandes, Aline Braga Galvão Silveira; ; Dantas, Ana Amália Torres Souza Gandour; ; Melo, Luciana Protásio de;O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição de saúde que acarreta diversos comprometimentos motores e funcionais. O objetivo do estudo foi de analisar o padrão sonovigília dos pacientes com AVC. A amostra foi constituída por 10 pacientes (3 mulheres e 7 homens; idade média= 51±6 anos) e 10 indivíduos saudáveis (3 mulheres e 7 homens, idade 52±7 anos). Os participantes foram avaliados através de uma ficha de avaliação sociodemográfica e clínica, avaliação neurológica pela National Institute of Health Stroke Scale, avaliação da função motora pela escala de Fugl-Meyer, avaliação da qualidade de sono pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP) e avaliação objetiva do padrão sonovigília pela Actimetria (Actiwatch 2, Philips Respironics®, Andover, MA, USA) durante 7 dias consecutivos. A análise dos dados foi realizada através do teste t’Student não-pareado e teste de correlação de Pearson. Os achados revelaram diferença significativa entre os pacientes e saudáveis no IQSP, com pacientes apresentando qualidade do sono ruim (pacientes = 6±4; saudáveis = 4±2; p = 0,044). A análise da actimetria demonstrou que os pacientes tiveram menor nível de atividade tanto durante a vigília (pacientes = 142315±64367; saudáveis = 304392±88192; p < 0,0001) quanto durante o sono (pacientes = 3874±3279; saudáveis = 7812±4732; p < 0,0001); maior duração do sono (pacientes = 480±101 minutos; saudáveis = 426±70 minutos, p = 0,020); menor tempo de vigília (pacientes = 896±91 minutos; saudáveis = 972±93 minutos; p = 0,002). Também foi verificado que em relação às variáveis de ritmicidade circadiana os pacientes apresentaram maior Establidade Interdiária (EI) (pacientes = 0,4±0,1; saudáveis = 0,3±0,2; p = 0,028), e maior Variabilidade Intradiária (VI) (pacientes = 0,7±0,1; saudáveis = 0,6±0,1, p < 0,001); valores menores para as 10 horas mais ativas no período de 24 horas (M10) (pacientes = 32,3±11,7; saudáveis = 62,6±14,9, p < 0,0001) e para as 5 horas menos ativas no período de 24 horas (L5) (pacientes = 17,5±6,8; saudáveis = 41,2±12,6, p < 0,0001). Verificamos correlação significativa entre o IQSP e o nível de atividade durante a vigília (r = -0,32; p = 0,007) e IQSP e VI (r = 0,53; p = 0,017). Os resultados sugerem que o nível de atividade e a fragmentação do ritmo de atividade podem alterar o padrão sonovigília e causar problemas na qualidade do sono dos pacientes com AVC, o que pode ser um marcador temporal para planejamento da intervenção terapêutica durante o processo de reabilitação.Tese Aerossolterapia em indivíduos obesos com ou sem DPOC: análise do padrão de deposição pulmonar e determinação de fatores preditores(2019-04-26) Rocha, Taciano Dias de Souza; Andrade, Armele de Fátima Dornelas de; ; ; Brandão, Daniella Cunha; ; Mendonça, Karla Morganna Pereira Pinto de; ; Silva, Luciana Alcoforado Mendes da; ; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti;Introdução: A obesidade é responsável por desencadear diversas alterações sistêmicas, aumentar a severidade e a morbidade de doenças existentes. Indivíduos obesos com doenças respiratórias, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam maiores índices de dispneia, piores estados gerais de saúde, maior consumo de medicações e baixa efetividade do uso de medicações inalatórias, comparados a pacientes com peso normal. Torna-se necessário buscar a definição dos fatores responsáveis pela baixa efetividade no uso desse tipo de medicação na população obesa. Além disso, o uso de Aerossolterapia via cânula nasal de alto fluxo para melhorar o padrão de deposição nessa população necessita ser estudado. Objetivos: 1- Analisar a associação entre variáveis anatômicas de vias aéreas superiores de indivíduos obesos saudáveis e o percentual de deposição pulmonar de radiofármaco inalado e analisar os fatores preditores para essa deposição. 2 – Analisar a deposição pulmonar de radiofármaco inalado, via Cânula Nasal de Alto Fluxo (CNAF), em pacientes com DPOC (obesos e não obesos) 3 - Desenvolver um modelo de orofaringe realístico, impresso em 3D (3DOR), a partir de tomografia computadorizada de um voluntário saudável, capaz de ser utilizado em testes in vitro. Método: O estudo foi realizado em duas partes: pesquisas in vivo e in vitro. A primeira parte (e.g., pesquisa in vivo) foi composta por dois estudos. O primeiro estudo foi um ensaio clínico controlado, não randomizado, com indivíduos obesos e não obesos. Foram avaliadas: características antropométricas e anatômicas de vias aéreas superiores (Tomografia Computadorizada e escore Mallampati modificado). Todos voluntários inalaram radiofármaco (99mTc-DTPA; 1mci), com broncodilatador bromidrato de Fenoterol e brometo de ipratrópio, utilizando nebulizador de membrana (MESH) em respiração tranquila (volume corrente). As comparações de deposição ocorrem entre o grupo obesos e o grupo não obesos. Enquanto isso, o segundo estudo foi um ensaio clínico to tipo crossover, onde pacientes com DPOC inalaram radiofármaco (99mTc-DTPA; 1mci), com broncodilatador bromidrato de Fenoterol e brometo de ipratrópio em dois dias diferentes (pelo menos dois dias de intervalo entre eles). Em um dia a inalação ocorria de forma simples, utilizando nebulizador de membrana (MESH), em outro dia a inalação ocorria via CNAF. A sequência da intervenção foi randomizada previamente, havendo um intervalo mínimo de dois dias entre intervenções (tempo de washout). A segunda parte (in vitro), por sua vez, foi composta pela elaboração de um modelo realístico da orofaringe (3DOR) de um voluntário adulto saudável, baseado em imagens de tomografia computadorizada das vias aéreas superiores durante pausa inspiratória, com a boca aberta. O modelo foi então impresso em impressora 3D e pôde-se avaliar os efeitos das características anatômicas sobre a inalação de medicação via nebulizador Mesh e a influência da utilização do espaçador para esse nebulizador. Em um sistema in vitro associado a um simulador de respiração, foi utilizado o sulfato de Salbutamol com o nebulizador Mesh, com (VMc) ou sem o espaçador (VM) . Além disso, houve comparação da utilização do 3DOR em relação ao dispositivo de entrada padrão para estudos in vitro (United States Pharmacopea Inlet; USP). Os resultados consideram a quantidade de medicação recuperada na orofaringe ou USP, assim como nos filtros (inspiratório e expiratório), como sendo percentual do total de medicação emitida pelo nebulizador. Resultados do estudo 1: Participaram do estudo 27 indivíduos (17 indivíduos não obesos e 12 obesos). Os voluntários do grupo obeso apresentaram deposição pulmonar 30% menor do que os não obesos (p=0,01; IC 95% 0,51 a 4,91). As variáveis anatômicas referentes à forma das vias aéreas diferiram entre os grupos, sendo o diâmetro anteroposterior da região retroglossal de obesos 29% maior (p<0,01; IC 95% - 5,44 a -1,1), enquanto o diâmetro lateral foi 42% menor (p=0,03; IC 95% 0,58 a 11,48), comparado aos indivíduos não obesos. A área de secção transversa da região retropalatar e sua relação com a área de secção transversal na região retroglossal também foram menores em obesos (p<0,05). Nenhuma dessas variáveis apresentou correlação com a deposição pulmonar do aerossol inalado. Enquanto isso, o IMC mostrou-se responsável por 32% da variância da deposição pulmonar (p<0,001; β -0,28; IC 95 %-0,43 a -0,11). Quando analisados sob a subdivisão de classes Mallampati modificado, indivíduos obesos classe 4 apresentaram 44% menos deposição pulmonar de radiofármaco inalado do que os não obesos na mesma classificação. Conclusão do estudo 1: As alterações anatômicas de vias aéreas superiores, decorrentes da obesidade, parecem não interferir na deposição pulmonar mais do que o IMC por si só. Porém, a obesidade associada à classe 4 de Mallampati modificado foi responsável por uma maior redução na deposição pulmonar entre obesos e não obesos, representando um fator preditor de má deposição pulmonar de radioaerossol nesses indivíduos. Resultados do estudo 2: Participaram deste estudo 11 voluntários com DPOC (4 obesos), em um formato crossover, compondo os seguintes grupos: Controle e CNAF. O grupo controle apresentou uma mediana do percentual de deposição pulmonar de 2,8% (IQR 3), entretanto, quando a inalação foi realizada pela CNAF, a porcentagem depositada nos pulmões foi de 3,0% (IQR 1,3, p> 0,05; Teste de Mann-Whitney). Enquanto isso, a região central dos pulmões apresentou menor deposição no grupo CNAF (42% IQR 6), enquanto a região externa foi maior (58% IQR 6), comparada ao grupo controle (47% IQR 7 e 53% IQR 7, respectivamente). Em relação à região extra pulmonar, a deposição nas vias aéreas superiores foi maior com a CNAF em comparação com o grupo controle (28% IQR 8 e 11% IQR 5, respectivamente, p = 0,01). Entretanto, uma menor deposição de aerossóis nas vias aéreas inferiores foi observada na CNAF (0,3% IQR 0,2 e 0,8% IQR 0,9, respectivamente, p = 0,03). A análise estratificada com base no IMC (ou seja, obesos e baixo IMC) não mostrou um comportamento diferente na deposição de aerossóis nos pulmões entre esses dois grupos quando submetidos à CNAF. Conclusão do estudo 2: A inalação de alto fluxo pela Cânula Nasal não interferiu no padrão de deposição pulmonar nos voluntários com DPOC, comparados a inalação via nasal sem alto fluxo. Além disso, esse método de inalação não se mostrou capaz de promover benefícios à terapia de inalação em indivíduos com IMC elevado. Resultados do estudo 3: O uso do espaçador provocou uma redução na quantidade de medicamento exalado (retido no filtro expiratório) de 48 (7) para 6 (1)%, com o uso do USP, e de 52 (10) para 14 (2)% com o 3DOR. A quantidade de medicação retida no filtro inspiratório aumentou de 35 (2) para 61(2)% e 26 (3) para 43 (2)% no USP e 3DOR respectivamente. Por sua vez, o percentual de medicação retida no USP foi de 2(0.6) e 3(1)%, para VM e VMc, respectivamente. Em contraste, 12(4) e 22(4)% no 3DOR. A comparação de média do percentual depositado no filtro inspiratório (USP vs 3DOR) mostrou uma diferença de média significativa (18%; CI 95% 15 a 21%). Conclusão do estudo 3: O uso do nebulizador Mesh com espaçador promoveu uma dose medicamentosa inspirada significativamente maior para os dois dispositivos de entrada analisados, enquanto no filtro expiratório observou-se uma redução no percentual de medicação retido. Sugere-se desse modo, que o espaçador age como um reservatório da névoa produzida durante a fase expiratória, permitindo uma maior disponibilidade de medicação para a fase inspiratória. Além disso, a baixa deposição de medicação no USP, pode ser devida, além da sua forma, ao menor volume em comparação ao 3DOR, e seu uso seria capaz de superestimar o efeito da intervenção analisada. Com isso, as propriedades do dispositivo de entrada para esse tipo de pesquisa (in vitro) mostram-se importantes para o desfecho final.Tese Alterações nos músculos respiratórios na distrofia muscular de Duchenne: suas consequências na apresentação clínica da doença(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-19) Oliveira, Layana Marques de; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; http://lattes.cnpq.br/0714099533608131; http://lattes.cnpq.br/9321166327955737; Nóbrega, Antônio José Sarmento da; http://lattes.cnpq.br/5986468588038833; Dias, Fernando Augusto Lavezzo; http://lattes.cnpq.br/6391134710454943; Lima, Illia Nadinne Dantas Florentino; http://lattes.cnpq.br/9427677288797166; Gualdi, Lucien Peroni; http://lattes.cnpq.br/3486514016305167Introdução: A distrofia muscular de Duchenne (DMD) resulta em fraqueza progressiva de todos os músculos estriados, incluindo os músculos respiratórios, com consequências na deambulação, além de disfunções respiratórias, como principal causa de morte. Nas últimas décadas, a sobrevida dos pacientes com DMD tem aumentado graças a uma abordagem terapêutica mais abrangente, principalmente com medidas de avaliação e manejo precoce das complicações pulmonares. Entretanto, ainda existem lacunas na compreensão de como as alterações nos músculos respiratórios podem influenciar o movimento toracoabdominal, e as taxas de relaxamentos e propriedades contráteis dos músculos inspiratórios nessa população. Objetivos: Essa tese tem como objetivo principal compreender melhor as alterações dos músculos respiratórios na DMD e suas consequências na evolução clínica da doença com instrumentos de medidas não invasivas. Para isso, dois objetivos foram traçados: 1) Avaliar como o posicionamento corporal influencia a assincronia toracoabdominal e o movimento inspiratório paradoxal durante a respiração tranquila e a tosse; 2) Analisar as taxas de relaxamento e as propriedades de contração dos músculos inspiratórios em um seguimento de 6 meses. Além disso, os pacientes com DMD foram divididos em 3 grupos a fim de determinar o melhor parâmetro relacionado a fraqueza muscular inspiratória. Métodos: 1) Este estudo transversal avaliou indivíduos com DMD e saudáveis pareados durante a respiração basal e tosse espontânea em 3 posições: supino, supino com apoio de cabeça elevado a 45° (45°) e sentado com apoio para as costas a 80° (80°), utilizando a pletismografia optoeletrônica (POE). Para análise da assincronia toracoabdominal, o ângulo de fase (PhAng) entre a caixa torácica pulmonar (CTp) e a caixa torácica abdominal (CTa) e abdômen (AB), bem como a porcentagem do tempo inspiratório paradoxal da CTp (IPCTp), CTa (IPCTa) e AB (IPAB) foram calculados. 2) Trata-se de um estudo longitudinal de 6 meses onde as taxas de relaxamento e as propriedades contráteis dos músculos inspiratórios foram extraídas da curva da pressão inspiratória nasal (SNIP), realizada de forma não invasiva em indivíduos com DMD versus grupo saudável pareado. Resultados: Quatorze sujeitos com DMD e 11 saudáveis foram incluídos, e encontramos que durante a tosse, o grupo DMD apresentou maior PhAng da CTp e CTa (p<0,05), PhAng da CTp e AB (p<0,05) na posição supina e em 45°, e maior PhAng da CTp e CTa (p=0,006) apenas na posição supina em comparação com os saudáveis. Durante a tosse, o grupo DMD apresentou maior PhAng da CTp e AB (p=0,02) e PhAng da CTa e AB (p=0,002) em supino e maior PhAng da CTa e AB (p=0,002) em 45° quando comparado a 80°. A curva ROC foi capaz de discriminar os indivíduos saudáveis e o grupo com DMD na posição supina no PhAng da CTa e AB (AUC: 0,81, p=0,001). No segundo estudo, 22 sujeitos com DMD foram comparados a indivíduos saudáveis, e apresentaram uma menor (p <0,005) taxa máxima de relaxamento (MRR) e um maior (p <0,0005) tau (τ) e um maior (p <0,05) tempo da metade da curva de relaxamento (1/2 TR) na avaliação inicial e após 6 meses. Ainda, a curva ROC mostrou que os parâmetros MRR, τ, 1/2 TR e SNIP(% pred) foram capazes de discriminar entre indivíduos saudáveis e com DMD na avaliação inicial e após 6 meses. Conclusões: Assim, com essa tese podemos concluir que 1) Na DMD, o posicionamento é um determinante no aparecimento da assincronia abdominal e que durante a tosse, indivíduos com DMD possuem assincronia toracoabdominal com esvaziamento insuficiente e distorção dos compartimentos da parede torácica. 2) As taxas de relaxamento dos músculos inspiratórios são variáveis sensíveis para detectar o declínio da função respiratória na DMD. Sendo assim, a postura sentada traz maiores benefícios a esses pacientes, com a geração de maiores picos de fluxo de tosse e uma menor assincronia, como também, as taxas de relaxamento e as propriedades contráteis dos músculos inspiratórios pela SNIP são fundamentais para identificação da fraqueza muscular inspiratória na DMD. Dessa forma sugerimos que as técnicas de avaliação não invasiva, apresentadas neste estudo, sejam introduzidas como avaliação complementar para o acompanhamento e manejo clínico dessa população.Tese AMAR - Aplicativo de Monitoramento, Acompanhamento e Rastreio do desenvolvimento infantil: um estudo de desenvolvimento e validade do conteúdo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-24) Fonseca Filho, Gentil Gomes da; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/6535678775361874; http://lattes.cnpq.br/7093066731971896; Rodrigues Neto, Abner Cardoso; http://lattes.cnpq.br/6459410325573372; Rodrigues, Anna Giselle Camara Dantas Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/4440595486888973; Simão, Camila Rocha; http://lattes.cnpq.br/9873587888353776; Maia, Claudia Rodrigues Souza; http://lattes.cnpq.br/5276545352331427; Valentim, Ricardo Alexsandro de Medeiros; http://lattes.cnpq.br/3181772060208133Introdução: Dados apontam que, em países de baixa e média renda, cerca de 219 milhões de crianças menores de 5 anos de idade correm risco de não atingir o seu pontencial de desenvolvimento. Por este motivo, garantir o desenvolvimento infantil adequado em todos os países tornou-se umas das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Entre as estratégias de facilitar o alcance desta meta estão as ferramentas de mHealth, que consistem na utilização de tecnologias de informação e comunicação através do telefone sem fio. No Brasil, não existe uma ferramenta mHealth voltada para o acompanhamento e monitoramento do desenvolvimento infantil. Objetivos: Objetivo 1: Identificar quais os tipos de tecnologia mHealth utilizadas para favorecer o acompanhamento do desenvolvimento infantil em países de baixa e média renda e os seus efeitos. Objetivo 2: Desenvolver um software para facilitar o acompanhamento do desenvolvimento infantil por famílias e profissionais de saúde e avaliar sua validade de conteúdo. Metodologia: Metodologia 1: Trata-se de uma revisão de escopo que baseado no frameword York. As pesquisas foram realizadas nos bancos de dados PubMed, Scopus, Embase e Bireme, combinando os termos de pesquisa 'telemedicina', 'desenvolvimento infantil' e "países de baixa e média renda". Os artigos foram selecionados usando o software Rayyan, e os dados extraídos foram organizados em uma planilha do Excel. Dois revisores independentes executaram todas as etapas do processo. Os dados foram apresentados e analisados de forma descritiva. Metodologia 2: Trata-se de um estudo misto, com abordagem qualitativa e quantitativa de desenvolvimento de software. Foram utilizadas as recomendações da metodologia de design de interação participativo, composto por 4 etapas: (1) identificação das necessidades do usuário; (2) projeto de design da solução; (3) construção de um protótipo funcional e (4) avaliação. Para a etapa de avaliação foi realizado o teste de validade de conteúdo por profissionais de saúde com expertise na área de desenvolvimento infantil e por famílias. Resultados: Na revisão de escopo, 8 artigos foram incluídos onde foram encontrou-se 6 estratégias diferentes de mHealth. Os artigos foram publicados entre os anos de 2016 e 2020, nos países do Peru, Quênia, África do Sul, Tailândia e China. Todas as ferramentas foram desenvolvidas com o objetivo de favorecer o acompanhamento do desenvolvimento infantil, no entanto, não foi possível avaliar o efeito destas ferramentas no acompanhamento do desenvolvimento infantil. Os estudos mostraram apenas que as estratégias estudadas podem ser utilizadas por famílias de baixo poder socioeconômico e de vulnerabilidade social, uma vez que elas se mostraram abertas para o uso do telefone celular para auxiliar no acompanhamento dos profissionais de saúde e que avaliaram de forma positiva o seu uso. Os agentes comunitários de saúde relataram que as visitas domiciliares passaram a ser mais padronizadas e as orientações para os pais mais direcionadas às necessidades da criança. Para o Brasil, desenvolvemos o AMAR – Aplicativo de Avaliação e Rastreio do Desenvolvimento Infantil, nos módulos web e mobile. O sistema foi desenvolvido por meio de um front end com design responsivo e o back end escrito em JavaScript, sendo o responsável pela comunicação das duas aplicações: Mobile e Web. Para o armazenamento e gerenciamento dos dados foi utilizado o PostgreSQL na versão 12.5. Também foi criada uma Application Programming Interface utilizando o Django Rest Framework versão 3.12.4 para permitir a comunicação entre todas as partes do sistema. Ao ser avaliado por 10 profissionais de saúde e por 10 famílias, o Índice de Validade de Conteúdo encontrado foi maior do que 80% em todas as questões. Conclusão: As ferramentas de mHealth apresentam boa aceitação e sendo viáveis para o acompanhamento do desenvolvimento infantil nos países de baixa e média renda, no entanto são necessários estudos de implementação para avaliar o efeito destas ferramentas. O AMAR apresentou conteúdo adequado para possibilitar o monitoramento entre famílias e profissionais de saúde no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. O próximo passo será avaliar se o seu uso de forma longitudinal poderá beneficiar o rastreio de alterações neurodesenvolvimentais pelos profissionais de saúde com a ajuda das famílias.Tese Análise da cinética do consumo de oxigênio em obesas e eutróficas considerando diferentes ergometros e intensidades de exercício(2017-11-17) Felipe, Renata Carlos; Bruno, Selma Sousa; ; ; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; ; Souza, Gerson Fonseca de; ; Brandão, Daniella Cunha; ; Reis, Michel Silva;Contextualização: A avaliação da cinética do consumo de oxigênio (VO2) pode elucidar questões relacionadas a baixa aptidão física em obesos. A maior parte das atividades do dia-a-dia e laborais são realizadas em cargas submáximas de exercício e necessitam de diversas transições energéticas, onde os indivíduos saem de uma condição de repouso para uma atividade moderada a vigorosa em curtos e repetidos momentos do dia, utilizando os diferentes substratos energéticos. A capacidade de lidar com a transição repouso-atividade envolve uma elevada coordenação entre o sistema cardiovascular, respiratório e neuromuscular. A análise da cinética de oxigênio fornece uma aproximação adequada dos processos de transporte e utilização O2 no músculo. Assim, foi levantado o questionamento se existe lentificação na cinética de oxigênio em obesos, considerando que não existem estudos publicados abordando o comportamento temporal do VO2 em obesos adultos. Objetivo: Analisar e comparar a cinética do VO2 em mulheres eutróficas e obesas em diferentes ergômetros e intensidades de exercício. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal, onde foram avaliadas mulheres obesas e eutróficas. As voluntárias foram submetidas à avaliação clínico-física, prova de função pulmonar, avaliação de distúrbios do sono (Escala de Epworth, Escala de Sonolencia de Stanford, Escala de Ronco de Stanford), sensação de fadiga autopercebida (Escala de Severidade da Fadiga), medida de Força de Preensão Manual pelo dinamômetro de Jamar®, avaliação da capacidade de exercício e cinética de VO2 através de Teste de Esforço Cardiopulmonar (TECP) e Teste Carga Constante (TCC), com medidas de análise de gases expirados pelo aparelho Cortex Metamax 3B em esteira ou bicicleta. A distribuição do grupo por ergômetro foi realizada por randomização, sendo formados quatro grupos: eutróficas avaliadas em esteira (EE), eutróficas em bicicleta (EB), obesas em esteira (OE) e obesas em bicicleta (OB). Resultados: Foram avaliados 142 voluntários, sendo 100 obesos e 42 eutróficos. Desse total, 72 voluntários não atenderam aos critérios de inclusão, resultando em uma amostra final constituída de 60 mulheres (15 EE, 15 EB, 15 OE, 15 OB). A amostra foi homogênea quanto a idade, altura e função pulmonar. O TECP foi realizado por todas as voluntárias, tendo as obesas apresentado menor VO2/KgPICO e FCMÀX nos dois ergômetros estudados. A análise da cinética de oxigênio, identificou que não existe diferença na constante temporal (τ) entre os grupos de obesas e não obesas nos testes com intensidade abaixo (EE=42,7s, EB=36,4s, OE=37,6s, OB=34,1s, p>0,05) e acima (EE=41,8s, OE=55,8s, p>0,05) do limiar ventilatório (LV). O componente lento do oxigênio (VO2CL) no grupo de obesas avaliado em esteira, foi significativamente superior ao grupo de eutróficas (EE=0,162L/min, OE=0,283L/min, p<0,05). Conclusão: Nossos achados sugerem que não existe limitação no transporte de O2 durante o exercício com intensidade abaixo do LV. Entretanto, comportamento diferente é encontrado nos exercícios supra-LV, onde o aumento na amplitude do VO2CL no grupo de obesas indica uma maior ineficiência metabólica em ajustar o metabolismo oxidativo a demanda energética, o que pode estar relacionado a baixa tolerância ao exercício. Dessa forma, sugerimos que a prescrição de exercício deve ser baseada no LV, e não no VO2MAX, priorizando exercícios de endurance nos programas de reabilitação e treinamento físico, visando a melhora na capacidade de exercício dos obesos. Contextualização: A avaliação da cinética do consumo de oxigênio (VO2) pode elucidar questões relacionadas a baixa aptidão física em obesos. A maior parte das atividades do dia-a-dia e laborais são realizadas em cargas submáximas de exercício e necessitam de diversas transições energéticas, onde os indivíduos saem de uma condição de repouso para uma atividade moderada a vigorosa em curtos e repetidos momentos do dia, utilizando os diferentes substratos energéticos. A capacidade de lidar com a transição repouso-atividade envolve uma elevada coordenação entre o sistema cardiovascular, respiratório e neuromuscular. A análise da cinética de oxigênio fornece uma aproximação adequada dos processos de transporte e utilização O2 no músculo. Assim, foi levantado o questionamento se existe lentificação na cinética de oxigênio em obesos, considerando que não existem estudos publicados abordando o comportamento temporal do VO2 em obesos adultos. Objetivo: Analisar e comparar a cinética do VO2 em mulheres eutróficas e obesas em diferentes ergômetros e intensidades de exercício. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal, onde foram avaliadas mulheres obesas e eutróficas. As voluntárias foram submetidas à avaliação clínico-física, prova de função pulmonar, avaliação de distúrbios do sono (Escala de Epworth, Escala de Sonolencia de Stanford, Escala de Ronco de Stanford), sensação de fadiga autopercebida (Escala de Severidade da Fadiga), medida de Força de Preensão Manual pelo dinamômetro de Jamar®, avaliação da capacidade de exercício e cinética de VO2 através de Teste de Esforço Cardiopulmonar (TECP) e Teste Carga Constante (TCC), com medidas de análise de gases expirados pelo aparelho Cortex Metamax 3B em esteira ou bicicleta. A distribuição do grupo por ergômetro foi realizada por randomização, sendo formados quatro grupos: eutróficas avaliadas em esteira (EE), eutróficas em bicicleta (EB), obesas em esteira (OE) e obesas em bicicleta (OB). Resultados: Foram avaliados 142 voluntários, sendo 100 obesos e 42 eutróficos. Desse total, 72 voluntários não atenderam aos critérios de inclusão, resultando em uma amostra final constituída de 60 mulheres (15 EE, 15 EB, 15 OE, 15 OB). A amostra foi homogênea quanto a idade, altura e função pulmonar. O TECP foi realizado por todas as voluntárias, tendo as obesas apresentado menor VO2/KgPICO e FCMÀX nos dois ergômetros estudados. A análise da cinética de oxigênio, identificou que não existe diferença na constante temporal (τ) entre os grupos de obesas e não obesas nos testes com intensidade abaixo (EE=42,7s, EB=36,4s, OE=37,6s, OB=34,1s, p>0,05) e acima (EE=41,8s, OE=55,8s, p>0,05) do limiar ventilatório (LV). O componente lento do oxigênio (VO2CL) no grupo de obesas avaliado em esteira, foi significativamente superior ao grupo de eutróficas (EE=0,162L/min, OE=0,283L/min, p<0,05). Conclusão: Nossos achados sugerem que não existe limitação no transporte de O2 durante o exercício com intensidade abaixo do LV. Entretanto, comportamento diferente é encontrado nos exercícios supra-LV, onde o aumento na amplitude do VO2CL no grupo de obesas indica uma maior ineficiência metabólica em ajustar o metabolismo oxidativo a demanda energética, o que pode estar relacionado a baixa tolerância ao exercício. Dessa forma, sugerimos que a prescrição de exercício deve ser baseada no LV, e não no VO2MAX, priorizando exercícios de endurance nos programas de reabilitação e treinamento físico, visando a melhora na capacidade de exercício dos obesos.Tese Análise da coerência de ativação cortical de pacientes com acidente vascular cerebral submetidos a um jogo de realidade virtual(2020-02-19) Passos, Jacilda Oliveira dos; Campos, Tânia Fernandes; Fernandes, Aline Braga Galvão Silveira; ; ; ; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; ; Melo, Júlio César Paulino de; ; Dantas, Ana Amália Torres Souza Gandour; ; Andrade, Suellen Mary Marinho dos Santos;As disfunções motoras decorrentes do Acidente Vascular Cerebral (AVC) comprometem a independência funcional dos pacientes. Em virtude disso, o uso da Realidade Virtual (RV) pode ser uma abordagem importante para a recuperação desses indivíduos. Objetivo: Analisar a coerência da ativação cortical de pacientes com AVC submetidos à um jogo de realidade virtual. Método: Participaram do estudo 12 pacientes, sendo 6 com lesão cerebral esquerda (PE), com idade média de 54,1 anos (± 9,4) e 6 com lesão à direita (PD), com idade média ± 50,6 anos (± 5,8) e 12 indivíduos saudáveis que ativaram o hemisfério cerebral esquerdo (SE) e o direito (SD). Todos os participantes realizaram 15 tentativas do jogo de dardos do Kinect Sports no Xbox 360º Kinect. Foram registrados sinais de EEG pelo Emotiv EPOC e o desempenho motor pela pontuação do jogo. O sinal bruto do EEG foi processado no Matlab, através da análise de coerência dos canais frontais (FC5, FC6) e parietais (P7, P8), nos ritmos alfa e beta e foi calculado o erro absoluto para o desempenho motor. A análise estatística foi realizada através da ANOVA, com teste post hoc de Tukey. Resultados: Analisando o ritmo alfa, não houve diferença significativa entre pacientes e saudáveis na coerência das áreas motoras primárias (FC5-FC6), motora primária e parietal esquerda (FC5-P7) e motora primária esquerda e parietal direita (FC5-P8). O grupo PD apresentou valores menores do que o grupo SD (p=0,002) quanto à coerência na área motora primária direita e parietal esquerda (FC6-P7). Em FC6-P8, o grupo PE teve maior coerência do que o grupo SE (p=0,035) e em P7-P8, o valor de coerência do grupo PE foi maior do que SE (p=0,0001) e do grupo PD foi menor do que SD (p=0,0001). No ritmo beta, o grupo PD apresentou menor coerência que o SD (p=0,0001) em P7-P8. Quanto ao desempenho motor, o grupo PD teve maior erro absoluto do que o grupo SD (p=0,0001). Conclusão: A coerência neural distinta entre pacientes com lesão cerebral esquerda e direita refletiu o potencial de reorganização das áreas corticais, sugerindo que a lateralidade da lesão deve ser levada em consideração ao planejar a execução de jogos de realidade virtual para pacientes com AVC.Tese Análise de viabilidade do uso domiciliar do exergame VirtualTer para reabilitação do equilíbrio postural da pessoa idosa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-25) Medeiros, Candice Simões Pimenta de; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; https://orcid.org/0000-0002-1391-1060; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; http://lattes.cnpq.br/5311078724146760; Lima Filho, Bartolomeu Fagundes de; https://orcid.org/0000-0002-3326-389X; http://lattes.cnpq.br/8035524421127198; Dantas, Rummenigge Rudson; Campos, Tânia Fernandes; Pacheco, Thaiana Barbosa FerreiraIntrodução: A utilização de exergames vem ganhando destaque na reabilitação por aumentar o nível de atividade física, impulsionando a saúde, a função física na pessoa idosa e como ferramenta de treino no ambiente domiciliar. O VirtualTer é um exergame validado e testado no ambiente laboratorial e adaptado para o contexto domiciliar da pessoa idosa, visando ampliar os níveis de atividade física e reduzir o risco de quedas nessa população. Nesse sentido, ressalta-se a importância de investigar a viabilidade e os efeitos do uso domiciliar do exergame VirtualTer na pessoa idosa. Objetivo: Esta tese tem o objetivo principal de analisar a viabilidade do uso domiciliar do exergame VirtualTer para reabilitação do equilíbrio postural da pessoa idosa. Métodos: O estudo envolveu três modalidades integradas: 1) Elaboração de protocolo e revisão sistemática; 2) Estudo piloto com a aplicação do protótipo da versão domiciliar do VirtualTer em sessão única durante 15 minutos; 3) Análise de viabilidade dos efeitos do uso domiciliar do VirtualTer e avaliação qualitativa das barreiras e facilitadores durante a aplicação do jogo – O VirtualTer foi executado três vezes na semana, durante duas semanas, por 25 minutos. Os efeitos do jogo foram analisados com a avaliação sociodemográfica, Short Physical Performance Battery (SPPB), International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), Escala de Avaliação de Incapacidade WHODAS 2.0, Teste de Alcance Funcional (TAF), System Usability Scale (SUS) e Inventário de Motivação Intrínseca (IMI). Durante a intervenção, foi realizada uma análise observacional das barreiras e facilitadores por meio de um formulário diário, estruturado mediante os domínios da Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Resultados: A modalidade 1 resultou em dois artigos: Artigo 1 – O protocolo da revisão sistemática definiu a metodologia a ser implementada na execução da revisão. Artigo 2 – Na revisão sistemática, após a triagem de 1107 registros, 4 estudos foram elegíveis. A usabilidade dos exergames foi classificada como aceitável e boa. O efeito combinado indicou melhorias no equilíbrio funcional no teste TUG (MD = -5,90; IC 95% = -10,29 a -1,51) e teste de Tinetti (MD = 4,80; IC 95% = 3,36 a 6,24), em favor do grupo exergames. Observou-se uma diferença significativa no grupo experimental para as modalidades imersivas (MD = -9,14; IC 95% = - 15,51 a -2,77). A certeza da evidência foi classificada como baixa e muito baixa. A modalidade 2 resultou em um artigo: Artigo 3 – 25 pessoas idosas com baixo desempenho físico, alto nível de inatividade física e funcionalidade prejudicada participaram do estudo piloto. Houve uma relação significativa entre a escala SUS e o gênero (P=0,04), estado civil (P=0,03) e escolaridade (P=0,01). Observou-se uma motivação de 87 pontos na IMI, uma usabilidade de 72,50 pontos na escala SUS com nível de satisfação de 80%. Foram identificados elementos técnicos passíveis de adaptação, sendo incorporadas soluções funcionais para a marcha estacionária e ultrapassagem de obstáculos para consolidação final da versão domiciliar. A modalidade 3 resultou em dois artigos: Artigo 4 – A amostra foi composta por 15 pessoas idosas. Observaram-se melhores pontuações nos testes após a intervenção. Foi encontrada uma correlação significativa com tamanho de efeito grande entre os valores do pré e pós-treino no TAF (p = 0,001), na velocidade no teste de caminhada do SPPB (p = 0,023) e na classificação do IPAQ (p = 0,020). As pessoas idosas tiveram alta motivação intrínseca (92 pontos no IMI) após o treino, classificaram a usabilidade do jogo como excelente (score de 85 no SUS), e observou-se um nível de satisfação de 86,7%. Houve uma diferença significativa (p = 0,001) nas pontuações do jogo ao longo das sessões. Artigo 5 – Observou-se incapacidade funcional leve no WHODAS e sem diferenças significativas entre o pré e pós-intervenção. Os principais elementos facilitadores foram a motivação (b1301), diversão (d920), inovação, usabilidade, e competitividade do jogo; além dos benefícios da atividade física (b455); as adaptações, a estrutura e o aconchego do domicílio (e298); e o incentivo e suporte da família (e410). As barreiras foram relacionadas com elementos tecnológicos do jogo (e1301), medo e insegurança de subir e descer do step (b152), limitação da mobilidade (d4106/d4108/d4452), ruídos externos (e2501), atitudes de membros da casa (e410), animais domesticados (e350), telefonemas (d3608) e visitas inesperadas (d9205). Conclusão: Os exergames aplicados em casa mostraram boa usabilidade e tiveram efeitos significativos no equilíbrio postural, principalmente as modalidades imersivas. O protótipo da versão domiciliar do VirtualTer obteve boa usabilidade e demarcou a necessidade de ajustes nos elementos técnicos para fomentaram uma maior especificidade e robustez na versão final do jogo. O exergame VirtualTer foi considerado como uma ferramenta viável, apresentando excelente usabilidade e aceitação no ambiente domiciliar, gerou alta motivação nas pessoas idosas e melhores pontuações nos testes clínicos pósintervenção. Os elementos facilitadores agregam e podem tornar positiva a experiência da execução domiciliar do jogo, assim como as barreiras, que apesar de modificáveis, podem dificultá-la.Tese Aplicação de modalidades de restrição de fluxo sanguíneo em diferentes desordens musculoesqueléticas: aspectos fisiológicos, metodológicos e clínicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-18) Cerqueira, Mikhail Santos; Vieira, Wouber Hérickson de Brito; http://lattes.cnpq.br/7943769688281372; http://lattes.cnpq.br/9040708955557020; Libardi, Cleiton Augusto; http://lattes.cnpq.br/8953409094842074; Almeida, Gabriel Peixoto Leão; http://lattes.cnpq.br/3626471682173307; Silva, Hamilton Augusto Roschel da; Silva, Rodrigo Scattone da; http://lattes.cnpq.br/9953273388451412Introdução: Desordens musculoesqueléticas são comuns e podem comprometer a função, o desempenho físico e a qualidade de vida. Dentre as intervenções utilizadas no manejo de desordens musculoesqueléticas, as modalidades de restrição de fluxo sanguíneo (RFS) vêm ganhando espaço na literatura científica. Objetivos: Essa tese teve o propósito de investigar os aspectos fisiológicos, os métodos de prescrição e as aplicações clínicas de modalidades de RFS em diferentes desordens musculoesqueléticas. Métodos e resultados: As modalidades de RFS consideradas foram a RFS passiva (sem exercício concomitante), o précondicionamento isquêmico (PCI) e a RFS combinada ao exercício. Como desordens musculoesqueléticas foram consideradas condições que causassem prejuízo funcional, tais como perda de força e de massa muscular, dano muscular induzido por exercício, fadiga muscular e osteoartrite (OA) de joelho. A presente tese é composta por introdução, três capítulos referentes às modalidades de RFS, e considerações finais. Os capítulos 1, 2 e 3 versam, respectivamente, sobre RFS passiva, PCI e RFS combinada ao exercício, e são compostos de sete artigos científicos envolvendo três desenhos de estudo: revisão sistemática (com e sem meta-análise), revisão narrativa e ensaio clínico aleatorizado. O capítulo 1 é uma revisão sistemática (artigo 1) sobre os efeitos da RFS passiva para minimizar perdas de força e de massa muscular (hipotrofia por desuso) em indivíduos submetidos a restrições na descarga de peso em membros inferiores. No capítulo 1 observamos que embora potencialmente útil, o alto risco de viés apresentado nos estudos originais limita a indicação de RFS passiva como modalidade eficaz contra a redução de força e de massa muscular induzida por imobilismo. O capítulo 2 é um ensaio clínico controlado e aleatorizado (artigo 2) que investigou os efeitos do PCI na proteção contra o dano muscular induzido por exercício (DMIE) em pessoas saudáveis. O artigo 2 apontou que o PCI não foi superior ao sham para proteger contra o DMIE. O capítulo 3 aborda aspectos fisiológicos, metodológicos e clínicos da RFS combinada ao exercício físico. O primeiro manuscrito do capítulo 3 (artigo 3) é uma revisão sistemática com meta-análise que analisou a excitação muscular (por eletromiografia de superfície) durante exercício resistido com RFS. O artigo 3 indicou que a excitação muscular durante o exercício de baixa carga com RFS foi maior que durante exercício de carga pareada sem RFS somente quando a falha muscular não foi alcançada. Adicionalmente, exercício de baixa carga com RFS apresentou menor excitação muscular que exercício de alta carga, independentemente de alcançar ou não a falha voluntária. O segundo manuscrito do capítulo 3 (artigo 4) é uma revisão sistemática com meta-análise que mostrou uma antecipação da falha muscular durante exercícios de baixa carga com altas pressões de RFS, mas não com baixas pressões. O terceiro manuscrito do capítulo 3 (artigo 5) é uma revisão narrativa que discute a possível necessidade de ajustar a pressão de RFS ao longo das semanas de treinamento. No artigo 5 observamos que a literatura é contraditória, o que dificulta recomendar se tais ajustes na pressão de RFS são necessários. O artigo 6 é um protocolo de ensaio clínico aleatorizado proposto para investigar os efeitos do exercício de baixa carga e volume total reduzido com RFS versus treinamento de alta carga sem RFS no tratamento da OA de joelho. O artigo 7 é o ensaio clínico aleatorizado que apresenta os resultados do protocolo (artigo 6) e mostrou que o treinamento de baixa carga com volume total reduzido e com RFS teve efeito similar ao treinamento de alta carga sem RFS na dor no joelho, desempenho muscular, função física e qualidade de vida de pacientes com OA de joelho, embora a magnitude nos ganhos de força tenha sido maior após treino de alta carga. Conclusões: De forma geral, com exceção do PCI para proteger contra o DMIE, as modalidades de RFS são potencialmente úteis no manejo das disfunções musculoesqueléticas aqui estudadas. Adicionalmente, concluímos que é necessário avançar no entendimento dos mecanismos fisiológicos e no estudo dos métodos de prescrição das diferentes modalidades de restrição de fluxo sanguíneo.Tese Aprendizagem de máquina aplicada a análise do movimento de membro superior de pessoas com esclerose lateral amiotrófica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-14) Holanda, Ledycnarf Januário de; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/6535678775361874; https://orcid.org/0000-0002-9526-0002; http://lattes.cnpq.br/5239750121489363; Ribeiro, Tatiana Souza; https://orcid.org/0000-0002-9611-1076; http://lattes.cnpq.br/6868962363056590; Rodríguez, Denis Delisle; Martins, Emerson Fachin; Andrade, Suellen Mary Marinho dos SantosA Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) causa limitações motoras progressivas que se apresentam de forma distinta em cada paciente. Os comprometimentos relacionados ao membro superior (MS) impactam fortemente no desempenho das atividades da vida diária e independência funcional. O desenvolvimento tecnológico possibilitou a utilização da eletromiografia de superfície (EMGs) e do acelerômetro (ACC) como ferramentas adicionais para análise da função motora aprimorando, desse modo, as ferramentas de avaliação existentes. Essas podem, ainda, ser enriquecidas pela associação de algoritmos de aprendizagem de máquina (AM) que as tornam mais acuradas e precisas para avaliação e podem contribuir para o aperfeiçoamento de recursos de tecnologia assistiva (TA), como órteses. Nesta perspectiva, o objetivo desta tese foi implementar e comparar modelos de AM sobre dados de EMGs e ACC para avaliação da função motora de MS de pessoas com ELA. Os achados desta pesquisa foram divididos em quatro artigos: o artigo 1 consiste em uma revisão de escopo cujo objetivo foi descrever as características de órteses de MS controladas por algoritmos de AM, a partir de informações extraídas de artigos e patentes; e avaliar o risco de viés (PROBAST) dos artigos. 16 artigos e quatro patentes foram inseridas. Nesta revisão, identificamos que as órteses controladas por algoritmos de AM apresentam características físicas e de controle distintas, com divergência nos testes de usabilidade realizados. Os modelos de regressão linear e a EMGs foram as abordagens de controle mais comuns; o risco de viés foi classificados como “não claro” e “alto”. Os artigos 2, 3 e 4 tratam da análise do movimento de MS, a partir dos dados de EMGs e ACC coletados durante a realização de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética do Campus Central da UFRN (CAAE: 25687819.3.0000.5537). O processamento dos dados foi realizado no software Matlab R2022b e a análise estatística, no software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0. Foram avaliadas 10 pessoas saudáveis e 7 com ELA, a partir de uma ficha de avaliação padronizada e instrumentos de avaliação validados para analisar a condição de saúde da pessoa com ELA e/ou com outras desordens neurológicas e/ou musculoesqueléticas. Os dados de EMGs e ACC foram utilizados para identificação do grau de estacionaridade, usando média, variância e teste de Kwiatkowski–Phillips–Schmidt–Shin (KPSS); linearidade, mediante o cálculo do desvio padrão, teste de Brock, Dechert & Scheinkman (BDS) e teste nonlinear autoregressive exogenous (NLARX); gaussianidade ao aplicar os testes de skewness e kurtosis; e esparsidade usando o índice de gini. Os dados de EMGs foram classificados como não lineares (teste BDS – nível de significância = 1 e razão de detecção = 2,4; teste NLARX – decisão de rejeição = 1 e razão de detecção = 1,5), estacionários (teste KPSS - decisão de rejeição = 0 e p-valor = .1), não normais (teste de skewness - s = -0.77; e kurtosis - h = 3.14) e não esparsos (índice de gini = 83). Os dados de ACC foram categorizados como não linear (teste BDS – nível de significância = 1 e razão de detecção = 29,21; teste NLARX – decisão de rejeição = 1 e razão de detecção = 1,59), não estacionários (teste KPSS - decisão de rejeição = 1 e p-valor = .01), não normais (teste de skewness - s = -0.81; e kurtosis - h = 3.17) e não esparsos (índice de gini = 93). Ambos, os resultados foram mais evidentes em pessoas com ELA. Ao implentarmos classificadores para identificação dos sinais de EMGs de pessoas saudáveis e com ELA, foi observado que o support vector machine (SVM) apresentou a melhor performance, à partir das seguintes métricas observadas: sensitividade - 95,38%, acurácia - 96,74%, e UAR - 98,48%. O SVM treinado com continuous wavelet transform (CWT) alcançou as melhores métricas: acurácia - 97,35% e UAR - 98,69%. Pessoas com ELA possuem propriedades estatísticas do sinal de EMGs e ACC, nível de fadiga, ativação muscular e variação do movimento distintas das de pessoas saudáveis. Essas informações são essenciais para o planejamento terapêutico e para o desenvolvimento de recursos de TA, que viabilizem a melhora da funcionalidade e independência.Tese Aprendizagem de máquina aplicada à execução da marcha em diabéticos tipo 2(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-10) Silva, Patrícia Mayara Moura da; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; https://orcid.org/0000-0002-1391-1060; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; https://orcid.org/0000-0002-4055-3289; http://lattes.cnpq.br/2333299768687540; Rodrigues Neto, Abner Cardoso; Vieira, Edgar Ramos; Dantas, Rummenigge Rudson; http://lattes.cnpq.br/1868960602254610; Ribeiro, Tatiana SouzaIntrodução: A diabetes caracteriza-se por um conjunto de doenças metabólicas que podem causar diversas alterações. Uma delas ocorre na função sensório-motora que gera modificações na execução da marcha, como: fase de apoio mais longa, passos mais curtos e inadequada distribuição da pressão plantar. Métodos quantitativos de avaliação das alterações do padrão de marcha podem ser decisivos para traçar estratégias de tratamento. Além disso, eles podem ajudar na prevenção de complicações causadas pela diabetes. Com os avanços das técnicas de aprendizagem de máquina (AM), o reconhecimento automatizado de padrões diante da enorme quantidade de dados vem se tornando uma ferramenta essencial na área médica devido à capacidade de prever complicações clínicas antes que a doença se agrave. Objetivos: investigar modelos de AM sobre dados de avaliação da marcha de pacientes diabéticos, tipo 2, a fim de identificar os padrões de execução de marcha que possam prever complicações clínicas da diabetes. Métodos: O estudo envolveu duas etapas metodológicas: 1) Elaboração de protocolo e Revisão Sistemática; 2) Desenvolvimento e aprimoramento de modelos preditivos de AM não supervisionada e supervisionada para análise exploratória de dados, detecção da diabetes e detecção de complicações clínicas na diabetes baseadas nos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c). Os dados para execução do estudo foram fornecidos mediante parceria com a Florida International University (FIU) durante doutorado sanduíche (Edital No. 02/2020 – CAPES/PRINT) entre setembro de 2021 e junho de 2022. Os dados foram pré-processados e implementados em diferentes modelos de AM. Os modelos de AM utilizados foram avaliados quanto a sua eficiência baseando-se na análise de silhouette para AM não supervisionada, métricas de AM supervisionada baseadas na matriz de confusão e estatística convencional adotando-se o nível de significância de 5%. Resultados: Etapa 1 resultou em dois artigos: Artigo 1 - O protocolo já publicado definiu a metodologia a ser seguida na revisão; Artigo 2 - A revisão sistemática, em apreciação, resultou em quatro estudos (208 participantes) incluídos. Dois usaram AM como método preditivo, um utilizou estatística convencional baseada em regressão múltipla stepwise e um o classificador Fuzzy que é um método de incerteza. Os estudos atingiram pelo menos 75% em reportar adequadamente 19 itens do Transparent Reporting of a multivariable prediction model for Individual Prognosis or Diagnosis (TRIPOD). Três dos estudos incluídos foram classificados como alto risco de viés. Etapa 2 resultou em três artigos, em processo de submissão: Artigo 3 – K-Médias separou o conjunto de dados em dois grupos (silhouette = 0,47). Os padrões de velocidade, comprimento do passo e distribuição de pressão plantar da marcha foram estatisticamente diferentes (p < 0,05) entre diabéticos e não diabéticos. Além disso, entre os diabéticos, observou-se uma diferença de estatística significativa (p < 0,05) nos padrões de distribuição de pressão plantar. Artigo 4 – Algoritmos de AM supervisionada usando dados de marcha mostraram alta sensibilidade na distribuição da pressão plantar na região do calcanhar para classificar diabéticos de não diabéticos. Artigo 5 – O classificador XGB apresentou melhores resultados para classificar complicações na diabetes baseados no nível de HbA1c, alcançando AUC de 0,99, precisão de 0,91, recall de 0,90 e f1-score de 0,89. As características da marcha mais relevantes para essa classificação foram base de apoio esquerda, pressão esquerda média ao longo do tempo na região dos metatarsos (I-III) e média da área do sensor ativo nas falanges (III-IV). Conclusão: A literatura mostra poucos estudos sobre o uso de dados de marcha como preditores da diabetes. Diabéticos tipo 2 apresentam alterações alterações execução da marcha, com diferenças na distribuição da pressão plantar dos indivíduos com maiores níveis glicêmicos. Regiões diferentes de distribuição da pressão plantar foram relevantes na classificação de diabéticos ou não diabéticos e na detecção de complicações na diabetes. Ambos achados são respaldados na literatura.Tese Aspectos biomecânicos integrados de ombro, coluna vertebral e quadril em indivíduos com e sem dor crônica no ombro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-02) Maciel, Nícia Farias Braga; Sousa, Catarina de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/5522647106933904; http://lattes.cnpq.br/1878348861518563; Barbosa, Germanna de Medeiros; https://orcid.org/0000-0002-1094-334X; http://lattes.cnpq.br/1702090920424206; Florêncio, Lidiane Lima; Ferreira, José Jamacy de Almeida; Saccol, Michele ForgiariniA dor no ombro é um sintoma de origem multifatorial que pode estar relacionado a estruturas que compõe a cadeia cinética. O objetivo geral dessa tese é analisar as relações entre o ombro e a cadeia cinética referentes à amplitude de movimento, resistência muscular e controle neuromuscular de indivíduos com e sem dor no ombro. Participaram do estudo 102 indivíduos (51 com e 51 sem dor no ombro) sedentários ou irregularmente ativos. Foram avaliados a amplitude de movimento (ADM) e o tempo de resistência muscular da coluna cervical, toracolombar e quadril, e o controle neuromuscular dos membros inferiores por meio do teste Star Excursion Balance Test - SEBT. Os resultados desta tese são apresentados em três estudos: 1 - Alterações motoras na cadeia cinética em indivíduos com dor crônica no ombro; 2 - Avaliação da amplitude de movimento e da resistência muscular da coluna cervical e sua capacidade discriminativa para dor no ombro; e 3 - Fatores relacionados à resistência dos músculos periescapulares na dor no ombro. O estudo 1 verificou que, de modo geral, os indivíduos com dor no ombro apresentaram uma menor ADM em todos os movimentos avaliados, reduzido tempo de resistência dos músculos da coluna toracolombar e quadril; e menor controle neuromuscular dos membros inferiores nos lados ipsilateral e contralateral à dor. Uma maior percepção dolorosa foi verificada nos indivíduos com dor durante todas as avaliações de ADM e resistência muscular. Além disso, o controle neuromuscular no alcance anterior do membro contralateral ao ombro doloroso apresentou capacidade excelente de discriminar indivíduos com dor no ombro. No estudo 2 foram observadas uma redução da ADM e do tempo de resistência dos músculos da coluna cervical, com aumento da percepção dolorosa das regiões avaliadas. A mobilidade em flexão e rotação cervical contralateral e a resistência dos flexores laterais ipsilaterais demonstram habilidade aceitável para discriminar indivíduos com dor no ombro. No estudo 3, observou-se uma correlação positiva entre a resistência dos músculos periescapulares e os da cadeia cinética (coluna e quadril). A resistência dos extensores cervicais, extensores toracolombares, abdutores do quadril bilaterais e extensores do quadril contralaterais à dor do ombro explicaram a variação da resistência dos músculos periescapulares. A idade, tempo e intensidade da dor, função do ombro e as resistências dos flexores e flexores laterais toracolombares não apresentaram correlações significativas com a resistência dos músculos periescapulares. Nossos resultados mostram a importância de analisar os elementos da cadeia cinética na abordagem fisioterapêutica de indivíduos com dor crônica no ombro, sinalizando que fatores como sensibilização central e interdependência regional podem interferir nessas interrelações biomecânicas.Tese Aspectos clínicos e funcionais da síndrome dolorosa miofascial em indivíduos com dor no ombro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-22) Nascimento, José Diego Sales do; Sousa, Catarina de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/5522647106933904; ; http://lattes.cnpq.br/4398504440980866; Ferreira, José Jamacy de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/7942403520160630; Guilherme, Melina Nevoeiro Haik; ; http://lattes.cnpq.br/8240155487619947; Guirro, Rinaldo Roberto de Jesus; ; http://lattes.cnpq.br/4966448047381105; Silva, Rodrigo Scattone da; ; http://lattes.cnpq.br/9953273388451412Os objetivos gerais desta Tese de Doutorado foram apresentar informações sobre os aspectos clínicos que envolvem a presença de pontos-gatilho miofasciais (PGMs) em músculos do ombro e pescoço, verificar a relação entre PGMs e as variáveis clínicas de dor, aspectos psicológicos, mobilidade e força e os efeitos de uma abordagem fisioterapêutica nesses aspectos em indivíduos com dor no ombro não traumático. Para tanto, foram realizados três estudos: Estudo 1 - Dor miofascial e pontos-gatilho na região do ombro e pescoço: do conceito ao manejo fisioterapêutico; Estudo 2 - Relação e capacidade preditiva entre pontos-gatilho miofasciais ativos e características físicas, clínicas e psicológicas em indivíduos com dor no ombro; Estudo 3 - Efeitos imediatos da compressão isquêmica em pontos-gatilhos miofaciais na dor, mobilidade e força em indivíduos com síndrome do impacto subacromial: estudo de braço único. O estudo 1 é uma revisão narrativa sobre PGMs a região do ombro e pescoço que aborda definições, confiabilidade da avaliação, fenômenos de sensibilização, diagnóstico diferencial, relação dos PGMs com variáveis clínicas e manejo fisioterapêutico. O estudo 2 trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, que avaliou 58 indivíduos com diagnóstico clínico de síndrome do impacto subacromial (36 homens e 22 mulheres, idade entre de 31±10,91 anos e IMC de 25,01±3,42 kg/m²). Os indivíduos foram avaliados quanto a características físicas e demográficas, sintomas de depressão, dor e função do ombro, presença de PGMs, amplitude de movimento (ADM), força isométrica e dor durante a ADM e a força. Foram realizados testes de correlação, ponto-bisseral e Spearman, e regressão linear múltipla para a avaliação das relações entre a presença e a quantidade de PGMs e as variáveis do estudo, adotando um valor de significância de p<0,05. De maneira geral, houve correlação de fraca a moderada entre a presença e a quantidade PGMs ativos e sintomas de depressão, dor durante ADM e força do ombro, ADM, força, autorrelato de função. Os PGMs são preditores para sintomas de depressão, dor durante movimento de rotação interna e externa e dor durante força de rotação interna. O estudo 3 foi um estudo clínico de braço único, com quinze indivíduos (6 mulheres e 9 homens, 34.4±10.43 anos e 24.20±2.18 kg/m2 ) com sintomas clínicos de síndrome do impacto subacromial (SIS) unilateral. Os indivíduos foram avaliados quanto à quantidade de PGMs nos músculos do ombro; limiar de dor a pressão (LDP) nos músculos do ombro; ADM do ombro; força isométrica de músculos do ombro; e dor durante a execução da ADM e da força. As avaliações ocorreram 48 horas antes da terapia de compressão isquêmica (TCI), imediatamente antes, e após a TCI. Nas comparações entre pré e pós-tratamento, houve redução na quantidade total de PGMs e aumento no LDP do músculo deltóide médio com tamanho de efeito pobre; não houve diferença nas ADMs e nas medidas de força, entretanto, a dor foi menor durante a ADM de elevação sagital e rotação interna e durante a força de elevação escapular e rotação externa. A TCI reduziu imediatamente a quantidade de PGMs e dor durante a mobilidade e força, mas não melhorou as variáveis de LDP, ADM e força. O presente estudo subsidiará a prática clínica no manejo da dor miofascial no ombro e pescoço na presença de PGMs.Tese Aspectos contextuais associados à mobilidade e espaço de vida em idosos comunitários: revisão sistemática e resultados do International Mobility in Aging Study (IMIAS)(2018-12-14) Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; Guerra, Ricardo Oliveira; ; ; Gazzola, Juliana Maria; ; Campos, Tânia Fernandes; ; Andrade, Armele de Fátima Dornelas de; ; Fittipaldi, Etiene Oliveira da Silva;Introdução: Mobilidade em idosos é a capacidade de mover-se desde ambientes domiciliares até além da comunidade onde vivem. A preservação da mobilidade é considerada fundamental para o envelhecimento ativo, sendo intimamente ligada ao estado de saude e à qualidade de vida. A restrição de Mobilidade no Espaço de Vida (MEV) de idosos comunitários pode predizer a necessidade de cuidados de saude no futuro. Fatores contextuais como, história de vida, aspectos sociais, ambientais e pessoais, são considerados determinantes para a manutenção do espaço de vida em idosos. Objetivos: Conhecer por meio de uma revisão sistemática os aspectos contextuais que interferem ou modificam a MEV, e identificar as associações entre Life-Space Assessment (LSA) e as adversidades do curso da vida de idosos em cinco populações com diferentes contextos epidemiológicos. Métodos: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com o protocolo PROSPERO CRD42017064552, publicado anteriormente. Um estudo transversal aninhado a uma coorte, foi composto por uma amostra de 1995 idosos residentes em 5 locais com distintos perfis epidemiológicos (Ki32ngston e Saint Hyacinthe no Canadá, Tirana na Albânia, Manizales na Colômbia e NatalRN no Brasil). A análise dos dados foi feita usando o SPSS 20.0; foram feitas análise bivariadas e regressão linear múltipla entre o escore total do LSA e as variáveis independentes, o intervalo de confiança foi considerado 95% e o pvalor menor que 0,05 foi considerado significante. Resultados: A revisão sistemática identificou 3484 estudos, apenas 41 foram considerados pelos critérios de inclusão, e classificados com melhor qualidade metodológica. A literatura destaca associações entre mobilidade no espaço de vida e fatores contextuais ambientais (produtos/ tecnologia e características físicas do ambiente) e pessoais (características sociodemográficas, experiência de vida, características psicológicas individuais, percepção de saude e qualidade de vida e índice de mortalidade). O estudo transversal identificou que a mobilidade no espaço de vida foi significantemente relacionada a aspectos contextuais, como: suporte social (β.= 0,041; p= 0,035), barreiras comunitárias (β.= -0,128; p= 0,0001), percepção de segurança (β.= 0,093; p= 0,0001) e capital social (β.= 0,045; p = 0,026). Além disso, destacamos que o escore total do LSA está inversamente relacionado a adversidades na vida adulta (β.= -0,114; p= 0,0001) e diretamente relacionada a adversidades na velhice (β.= 0,073; p= 0,001), mas não houve associação com adversidades na infância (adversidade econômica: p= 0,607 e adversidade social: p= 0,899). Conclusão: Baixos índices de mobilidade no espaço de vida estão relacionados com fatores contextuais ambientais e pessoais. Identificamos que a mobilidade no espaço de vida é influenciada por adversidades na vida adulta e velhice, mas não por adversidades na infância. Fatores contextuais positivos como suporte social e ambiente favorável, assim como adversidades na velhice (renda insuficiente e viver sozinho), podem ser aspectos motivadores de melhor mobilidade no espaço de vida. As adversidades no curso da vida adulta como baixa escolaridade e ocupação manual semiqualificada são preditores de restrição de mobilidade em idosos.Tese Aspectos psicométricos e biológicos da fragilidade e massa muscular em idosos comunitários: resultados do estudo PRO-EVA(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-28) Gonçalves, Rafaella Silva dos Santos Aguiar; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; https://orcid.org/0000-0003-1536-7617; http://lattes.cnpq.br/9587970008336944; Pereira, Daniele Sirineu; Barreto, Philipe de Souto; Guerra, Ricardo Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-3824-3713; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; Câmara, Saionara Maria Aires da; https://orcid.org/0000-0002-3054-7213; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393Introdução: Fragilidade é uma síndrome biológica caracterizada pelo aumento da vulnerabilidade física e psicológica e redução da resistência a estressores, reservas fisiológicas e da capacidade intrínseca de um indivíduo. O desenvolvimento dessa condição parece estar, em parte, associado aos mecanismos biológicos envolvidos no processo de envelhecimento, o que torna essencial conhecer a interação entre a biologia do envelhecimento e a biologia da fragilidade. Uma das características da fragilidade física é a diminuição da massa muscular corporal, a qual reflete em consequências físicas e sociais. O uso de instrumentos de baixo custo e fácil aplicabilidade para o rastreio da fragilidade e da baixa massa muscular em idosos é factível na atenção primária em saúde, uma vez que os seus diagnósticos são complexos e requerem uso de tecnologias de alto custo. Objetivo: Analisar os aspectos biológicos da fragilidade e da baixa massa muscular, além de fomentar o rastreio de ambas as condições por meio de medidas psicométricas. Métodos: Essa tese compreende uma revisão narrativa e dois estudos transversais compostos por 786 (artigo 1) e 700 (artigo 2) idosos comunitários residentes em Parnamirim (Rio Grande do Norte), com idade igual ou superior a 60 anos. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, de composição corporal e de desempenho físico. Foi avaliada a acurácia diagnóstica do Short Physical Performance Battery (SPPB) para rastrear fragilidade e pré-fragilidade. Para o rastreio da baixa massa muscular, foram realizadas análises com árvore de regressão para identificação de um algoritmo. Para a revisão narrativa, foram reunidas informações acerca da associação entre marcadores do envelhecimento proposto por López-Otín et al. (2013) e fragilidade. Resultados: Artigo 1: Os pontos de corte identificados para a pontuação total do SPPB, tempo de caminhada e tempo de sentar e levantar da cadeira foram ≤9 pontos (acurácia de 72,6%), ≤5 segundos e ≤13 segundos, respectivamente para rastreio de fragilidade e ≤11 pontos (acurácia de 58,7 %), ≤4 segundos e ≤10 segundos, respectivamente para rastreio de pré-fragilidade. Artigo 2: Para o rastreio da baixa massa muscular, foi desenvolvido um algoritmo com alta acurácia, baseado nos fatores de Índice de Massa Corporal (IMC) (valores ≤ 22,7 kg/m² para homens e ≤ 24,9 kg/m² para mulheres), sexo (feminino) e perímetro de panturrilha (valores ≤ 31,7 cm para mulheres com IMC ≤ 24,9 kg/m²). Artigo 3: Foram identificados os principais biomarcadores do envelhecimento associados à fragilidade: número de cópias do DNA mitocondrial, tamanho dos telômeros, metilação global do DNA, Hsp70, Hsp72, IGF-1, SIRT1, GDF-15, porcentagem das células CD4+ e CD8+, células progenitoras osteogênicas circulantes, IL-6, PCR e TNF-alfa. Conclusões: A identificação de fragilidade é possível por meio do SPPB, uma vez que este apresenta boa acurácia diagnóstica para discriminar idosos não-frágeis de frágeis usando um ponto de corte de 9 pontos no escore total, sendo melhor para identificar aqueles indivíduos não-frágeis. O algoritmo desenvolvido no presente estudo para o rastreio de baixa massa muscular em idosos apresenta alta acurácia, sensibilidade e especificidade, com base nos fatores de IMC, sexo e perímetro de panturrilha. Além disso, o algoritmo apresentou associação com função e força muscular. Por fim, dentre os principais biomarcadores do envelhecimento associados à fragilidade, o IGF-1, SIRT1, GDF-15, IL-6, CRP e TNFalfa apresentaram evidências mais robustas, destacando a importância da inflamação e detecção de nutrientes em fragilidade.Tese Associação entre asma, gênero e ciclo de vida feminino no Brasil: resultado da pesquisa nacional de saúde, 2013(2016-12-19) Fonseca, Aline Medeiros Cavalcanti da; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; ; http://lattes.cnpq.br/2081849934383112; ; http://lattes.cnpq.br/1466918163562374; Lisboa, Lilian Lira; ; http://lattes.cnpq.br/4025774474800752; Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral; ; http://lattes.cnpq.br/2360845979410206; Monte, Aline do Nascimento Falcão Freire; ; Souza, Damião Ernane de; ; http://lattes.cnpq.br/1932273466740095Introdução: A diferença entre os sexos é um assunto já discutido há muito tempo, sob as mais variadas óticas e que perpassa pelas formas de manejo da saúde e das doenças de homens e mulheres. A asma é uma doença crônica que atinge 4,4% da população brasileira e se manifesta diferentemente entre homens e mulheres, com o passar dos anos. A mulher experimenta diversas transformações ao longo da vida e todas elas estão de alguma forma ligadas à produção dos hormônios sexuais. As flutuações hormonais que ocorrem durante a vida das mulheres podem explicar o comportamento da asma ao longo da idade adulta feminina. Objetivo: Investigar a associação entre asma, sexo e fases da vida feminina no Brasil. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, que utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram coletados dados de 64.348 domicílios e foram entrevistadas 205.546 pessoas. Para a amostra desse estudo foram incluídos inicialmente dados de 60.202 moradores (34.282 mulheres e 25.920 homens), com idades a partir de 18 anos, que responderam ao questionário individual e após novo recorte, foi utilizada uma amostra de 32.347 mulheres que nunca fizeram terapia de reposição hormonal. A variável desfecho - ter diagnóstico médico de asma - foi avaliada por meio do autorrelato, realizado por entrevistador treinado, conforme PNS. As covariáveis foram raça/cor, escolaridade, saúde autorreferida, uso de produto do tabaco, dificuldade de locomoção, hipertensão e diabetes. Na comparação apenas entre mulheres, foram incluídas as covariáveis sobre cirurgia para retirada do útero e estar na menopausa. Resultados: Na população adulta geral as mulheres têm 43% mais chance de ter diagnóstico de asma que os homens (OR= 1,43; IC95% 1,24- 1,66). Na comparação entre mulheres de diferentes faixas etárias, as mulheres de até 49 anos de idade têm mais asma que as mulheres com 50 a 65 anos (ORAjustada=0,76; IC95% 0,66-0,88) e que as mulheres com 66 anos ou mais (ORAjustada=0,73; IC95% 0,64-0,85). Na comparação entre as mulheres com 50 a 65 anos e as mulheres com 66 anos ou mais, não há diferença estatisticamente significativa sobre a chance de ter asma (ORAjustada=1,01; IC95% 0,83-1,24). Conclusões: Na amostra populacional brasileira pesquisada, as mulheres adultas têm mais chance de ter diagnóstico de asma do que os homens adultos. As mulheres em idade reprodutiva têm mais chance de ter diagnóstico de asma, quando comparadas às mulheres climatéricas e às idosas.Tese Atividade cortical e desempenho motor durante a execução de um jogo virtual em pacientes com acidente vascular cerebral(2020-02-19) Borges, Lorenna Raquel Dantas de Macedo; Campos, Tânia Fernandes; Fernandes, Aline Braga Galvão Silveira; ; ; ; Pereira, Silvana Alves; ; Melo, Luciana Protasio de; ; Passos, Pedro José Madaleno; ; Andrade, Suellen Mary Marinho dos Santos;Os déficits sensório-motores decorrentes do Acidente Vascular Cerebral (AVC) indicam a necessidade de intervenções que favoreçam a recuperação funcional desses pacientes. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade cortical e o desempenho motor durante a execução de um jogo de realidade virtual em pacientes com AVC. Método: Participaram do estudo 12 pacientes, sendo 6 com lesão cerebral esquerda (PE), com idade média de 54,1 anos (± 9,4) e 6 com lesão à direita (PD), com idade média ± 50,6 anos (± 5,8) e 12 indivíduos saudáveis que ativaram o hemisfério cerebral esquerdo (SE) e o direito (SD). Os participantes foram submetidos a uma avaliação eletroencefalográfica ao realizar um treino com 3 blocos de 5 tentativas do jogo de dardos virtual (XBOX Kinect). O desempenho no jogo foi registrado através das medidas de erro absoluto (EA), constante (EC) e variável (EV). Os dados foram analisados através da ANOVA com teste post hoc de Tukey. Resultados: Os pacientes com lesão no hemisfério cerebral esquerdo apresentaram alterações na ativação da frequência alfa em áreas relacionadas com o planejamento motor (AF3) e com a integração das informações visuo-perceptuais (P7). Na frequência de beta, esses pacientes apresentaram problemas na ativação do córtex motor primário esquerdo (FC5) e do córtex somatossensorial e de associação esquerdo (P7), sugerindo dificuldades no controle motor e na correção de erros visuomotores durante a execução do jogo virtual.. Os pacientes com lesão cerebral direita tiveram menor potência de ativação de alfa no córtex temporal direito (T8), indicando que eles tiveram que evocar mais a memória e ensaiar mentalmente a tarefa para cumprir as demandas do jogo. Os pacientes mostraram maiores valores de EA e EC do que os saudáveis (p=0,015). Conclusão: O comportamento da ativação cortical, correlacionado com o desempenho motor nos pacientes com AVC, indicam a necessidade de se observar a lateralidade da lesão ao executar um jogo de realidade virtual dentro da neurorreabilitação.Tese Atividade elétrica de músculos respiratórios e locomotores em indivíduos com doença respiratória obstrutiva durante teste de campo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-06) Cavalcanti, Jéssica Diniz; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; http://lattes.cnpq.br/0714099533608131; http://lattes.cnpq.br/0195344159540527; Andrade, Armele de Fátima Dornelas de; Lima, Illia Nadinne Dantas Florentino; http://lattes.cnpq.br/9427677288797166; Fonseca, Jéssica Danielle Medeiros da; Parreira, Verônica FrancoIntrodução: Diferentemente da respiração tranquila, durante o exercício físico, os músculos respiratórios são recrutados na tentativa de manter uma ventilação pulmonar adequada e valores de gases sanguíneos dentro da normalidade. Nos pacientes com limitações de fluxo aéreo expiratório, como na Asma e na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a carga oferecida pelo sistema respiratório sobre os músculos inspiratórios são elevados principalmente pelas mudanças na mecânica ventilatória. Assim, o trabalho muscular respiratório que deve ser sustentado além das alterações préexistentes nos músculos periféricos coloca em risco o desenvolvimento de fadiga muscular e o comprometimento da tolerância ao exercício nessa população. Ainda existem lacunas na literatura acerca de como os músculos respiratórios e periféricos são ativados e recrutados durante testes de campo que simulam as atividades cotidianas nesta população, e a utilização da eletromiografia de superfície (EMGs) pode ser uma ferramenta útil na melhor compreensão do comportamento muscular durante o exercício. Objetivo: Avaliar a atividade elétrica da EMGs nos níveis de ativação e fadiga muscular dos músculos respiratórios e locomotor durante o Incremental Shuttle Walking Test (ISWT) em sujeitos com doenças respiratórias obstrutivas, e compará-los aos saudáveis. Métodos: Trata-se de um estudo caso controle. Foram avaliados 17 indivíduos com diagnóstico de Asma (grupo Asma) (idade: 34,76 ± 11,18; VEF1% predito: 91,41 ± 13,6) e 15 com DPOC (grupo DPOC) (idade: 65,6 ± 7,84; VEF1% predito: 63,46 ± 13,73) e 32 indivíduos pareados por idade, sexo e índice de massa corporal (17 no grupo controle para asma e 15 no grupo controle DPOC). Todos os pacientes foram submetido ao ISWT a EMGs dos músculos esternocleidomatoide (ECOM), o escaleno (ESC) e reto femoral (RF) foram registradas simultaneamente. A distância percorrida, as variáveis cardiorrespiratórias e sintomatologia relatadas foram registradas antes e após o teste. Os Os sinais elétricos foram analisados nos domínios de tempo e frequência, para extrair, respectivamente, os dados de amplitude do sinal, em 3 momentos (33%, 66% e 100%) do ISWT, além da densidade de espectro de potência ao longo do teste. Para a análise estatística o Software GraphPad Prism 6.0 foi utilizado com nível de significância de p <0.05. Teste Shapiro-Wilk foi aplicado para verificar a normalidade dos dados. Teste T foi utilizado para análises de dados antropométricos, função pulmonar e desempenho no ISWT. Teste Mann-Whitney foi utilizado para comparar variáveis cardiorrespiratórias, sintomas de dispneia e fadiga em membros inferiores, e dados da EMGs. O teste Friedman com Dunns post-hoc foi utilizado para análises intragroupo no ISWT. Análises de regressão foram feitas para extrair os coeficientes de determinação (r2 ) e slopes durante o ISWT, para as variáveis de frequência mediana (FM), conteúdos de high-frequency e lowfrequency e razão H/L. Slopes da regressão foram comparados entre os grupos pelo teste F. Resultados: A distância percorrida no ISWT foi significativamente menor para grupo Asma quando comparado ao respectivo grupo Controle (p = 0,0007), sem diferenças entre o grupo DPOC e seu grupo controle. A amplitude da EMGs dos músculos avaliados foi significativamente maior nos estágios iniciais do ISWT em ambos os grupos Asma (ECOM [33%: p= 0,0005 e 66%: p= 0,004], ESC [33%: p= 0,001 e 66%: p= 0,03], e RF [33%: p= 0,02 e 66%: p= 0,004]) e DPOC (ECOM [33%: p=0,009, 66%: p=0,02 e 100%: p=0,02], ESC [33%: p= 0,006, 66%: p= 0,008 e 100%: p= 0,01] e RF [33%: p= 0,03 e 66%: p= 0,04]), comparados aos respectivos grupos controle pareado. A frequência mediana (FM) diminuiu significativamente no grupo Asma para ESC (p = 0,01) e RF (p < 0,0001), comparado ao grupo Controle. No grupo DPOC houve uma diminuição linear da FM, para ECOM e RF, com valores significativos para ECOM (p < 0,0001), comparado ao grupo Controle. A razão H/L caiu consideravelmente para RF (p = 0,002), comparado ao grupo Controle. Conclusão: Nossos achados sugerem que na asma e na DPOC há um aumento da atividade elétrica dos músculos extra- diafragmáticos durante o ISWT, e essa é acompanhada pelo aumento de ativação do músculo locomotor, comparado aos saudáveis, em detrimento de um baixo desempenho funcional, principalmente na asma. Além disso, podemos sugerir que os músculos respiratóriose locomotores são susceptíveis a fadiga muscular nas doenças respiratórias obstrutivas, com maiores impactos nos sintomas de dispneia e fadiga periférica nos pacientes com DPOC, durante o exercício.Tese Atividade eletroencefalográfica de pacientes com acidente vascular cerebral na aprendizagem motora de um jogo baseado em realidade virtual(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-21) Fernandes, Aline Braga Galvão Silveira; Campos, Tânia Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7200517552154428; ; http://lattes.cnpq.br/9406431536920693; Souza, Damião Ernane de; ; http://lattes.cnpq.br/1932273466740095; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; ; Melo, Júlio César Paulino de; ; http://lattes.cnpq.br/2930421117873633; Rocha, Kliger Kissinger Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/1552785998852736O AVC é a principal causa de incapacidade a longo prazo entre os adultos e a aprendizagem motora é primordial na reabilitação das sequelas motoras. O objetivo do estudo foi avaliar a atividade eletroencefalográfica de pacientes com AVC na aprendizagem motora de um jogo baseado em realidade virtual. Participaram do estudo 10 pacientes com AVC crônico, destros, idade média de 50,4 anos (± 8,12) sendo 5 com lesão cerebral esquerda (PE) e 5 com lesão à direita (PD). Os participantes foram avaliados quanto à atividade eletroencefalográfica (EEG) e ao desempenho na realização de 15 repetições do jogo de dardos no XBOX Kinect e também por meio do NIHSS, MEEM, Fugl-Meyer e da escala de Ashworth modificada. Os pacientes foram submetidos a 12 sessões de treino (fase de aquisição) em 4 semanas, cada qual com 45 repetições do jogo de dardos virtual. Após o treino, os pacientes foram submetidos à reavaliação da atividade do EEG e do desempenho no jogo de dardos virtual (fase de retenção). Foi utilizada a ANOVA de medidas repetidas para comparação entre os grupos. De acordo com os resultados, houve diferença entre os grupos quanto às bandas de frequência “Low Alfa” (p=0,0001), “High Alfa” (p=0,0001) e Beta (p=0,0001). Verificou-se um aumento das potências de ativação de Alfa e diminuição de Beta do grupo PD na fase de retenção. No grupo PE, foi observado o aumento da potência de ativação de Alfa, porém sem diminuição da ativação de Beta. O grupo PD aumentou a ativação cerebral no hemisfério esquerdo com a prática nas áreas frontais. No entanto, o grupo PE apresentou maior ativação do hemisfério direito nas áreas fronto-central, temporal e parietal. Quanto ao desempenho, foi observada uma diminuição do erro absoluto no jogo para o grupo PD entre a fase de aquisição e retenção (p=0,0001), porém essa diferença não foi observada para o grupo PE (p=0,111). Conclui-se então que os pacientes com lesão cerebral direita se beneficiaram mais do treino em ambientes virtuais no que diz respeito ao processo de aprendizagem motora, diminuindo o esforço neural e os erros com a prática de uma tarefa. Em contrapartida, pacientes com lesão no hemisfério esquerdo parecem utilizar um maior esforço neural e ativação de áreas contralesionais, sem melhoras do desempenho com a prática de 12 sessões.Tese Atividade eletromiográfica como ferramenta para identificar preservação de vias aferentes e eferentes em indivíduos com lesão medular completa e crônica(2018-12-20) Simão, Camila Rocha; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; ; ; Silva Neto, Ângelo Raimundo da; ; Nóbrega, Líria Akie Okai de Albuquerque; ; Andrade, Suellen Mary Marinho dos Santos; ; Ribeiro, Tatiana Souza;Introdução: Sabe-se que mesmo após uma lesão medular completa (LMC) podem haver vias axonais preservadas abaixo do nível da lesão, o que pode ser demonstrado pela eletromiografia de superfície (EMGs) . Entretanto, pouco se sabe sobre o comportamento transversal e longitudinal do sinal e suas propriedades espectrais em resposta à aferência sensorial pela carga associada aos comandos descendentes supraespinais durante tentativa de dar passos. Objetivos: 1) Investigar a presença de vias axonais eferentes preservadas em indivíduo com LMC por meio da análise do comportamento temporal e espectral do sinal EMGs de músculos abaixo do nível da lesão durante tentativa de movimentação voluntária em ortostatismo; 2) Analisar o comportamento das propriedades temporais e espectrais do sinal EMGs de músculos abaixo da lesão em indivíduos com LMC e a presença de modulação aferente e eferente durante a execução de tarefas locomotoras Métodos: Trata-se de um estudo observacional analítico, no qual participaram 3 indivíduos com LMC e crônica (mais de 1 ano após lesão). O sinal EMGs de músculos localizados abaixo da lesão foi registrado por meio de medidas repetidas durante duas etapas. Na primeira etapa, o sinal EMGs foi registrado na postura ortostática assistida concomitante à tentativa de dar passos de acordo com 4 dicas verbais (RÁPIDO, LENTO, ALTO e LARGO). Na segunda etapa, o sinal EMGs dos mesmos grupos musculares, foi registrado durante treino de marcha assistida por órtese robótica Lokomat® sem comando concomitante à tentativa de dar passos de acordo com 2 comandos verbais (ALTO e LARGO). Foi analisado o comportamento do sinal EMGs para os músculos reto femoral, bíceps femoral, tibial anterior e gastrocnêmio medial bilateralmente. O sinal EMGs rebatido e filtrado e o envoltório linear foram apresentados graficamente. A representação das características espectrais ao longo do tempo foi determinada pelo espectrograma. A partir da identificação da contrações musculares e da atividade mioelétrica em cada ciclo de marcha assistida, foram determinados: duração, RMS, pico da amplitude, integral matemática e a frequência mediana do sinal EMGs para cada condição experimental. Teste Friedman foi utilizado para comparar as variáveis dependentes entre os diferentes comandos, entre as medidas repetidas em ortostatismo, ao longo do tempo durante treino de marcha assistida e entre as condições de marcha com e sem comando verbal. A significância estatística foi estabelecida em 5%. Resultados: 1) Foi observada modulação eferente do sinal EMGs dos músculos reto femoral esquerdo (RFE) e bíceps femoral direito (BFD) coincidentes com início da tentativa de movimentação voluntária. Foram identificadas contrações musculares no sinal EMGs, mesmo na ausência de contração muscular visível, e a amplitude e frequência mediana do sinal se comportaram de forma diferente de acordo com o comando verbal utilizado; 2) Foi observado que a modulação eferente do sinal EMGs do RFE e BFD durante tentativa de movimentação voluntária dos MMII do participante 1 foi um achado sistemá tico na análise longitudinal dos dados demonstrando um aumento na amplitude (integral matemática) e concomitante diminuição da frequência mediana ao longo do tempo; 3) Foi identificada a modulação aferente do sinal EMGs nos três participantes do estudo durante o treino de marcha assistida. Músculos que não apresentaram modulação durante ortostatismo com tentativa de movimentação voluntária, apresentaram modulação pela aferência sensorial rítmica ofertada pelo treino de marcha assistida; 4) A integral matemática e a frequência mediana se comportaram como propriedades que variam em acordo com as modulações de origem aferente ou eferente do sinal EMGs; 5) A inspeção visual gráfica do sinal EMGs bem como a análise estatística permitiram identificar a presença de modulação aferente e eferente em participantes com LMC se confirmando a importância dessa ferramenta para avaliação desta população. Conclusão: A presença de modulação aferente e eferente do sinal EMGs sugere a preservação de vias supraespinais e espinais íntegras as quais interferem no output motor de indivíduos com LMC. Tais achados direcionam para um novo paradigma no processo de avaliação e reabilitação desta população o qual estabelece possíveis perspectivas de neuroplasticidade abaixo na lesão. Desta forma, considera-se importante a análise do sinal EMGs e de suas propriedades espectrais e temporais para desenvolvimento de recursos que possam otimizar o processo de neuroplasticidade nesta população.Tese Avaliação crítica das propriedades psicométricas de testes de capacidade funcional em pacientes pós-Covid-19: implicações para reabilitação e intervenção clínica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-28) Nascimento, Larissa Fernanda Estevam do; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; Mendes, Luciana de Andrade; http://lattes.cnpq.br/9504859469122778; https://orcid.org/0000-0003-4817-9364; http://lattes.cnpq.br/0714099533608131; https://orcid.org/0000-0001-8697-0822; http://lattes.cnpq.br/6475299084213877; Lima, Illia Nadinne Dantas Florentino; Cacho, Roberta de Oliveira; Pondofe, Karen de Medeiros; Otto-yanes, MatiasA COVID-19 é uma enfermidade infecciosa que induz diversas manifestações sistêmicas durante seu estágio agudo, podendo resultar, em muitos casos, na síndrome respiratória aguda grave. Na fase subsequente, conhecida como pós-COVID-19, é amplamente reconhecido que alguns pacientes experimentam redução na tolerância ao exercício e na qualidade de vida. Durante a pandemia de Covid19, houve um considerável avanço no entendimento das repercussões dessas manifestações nos sistemas cardiopulmonar e musculoesquelético, desde as limitações funcionais até estratégias otimizadas para identificação e intervenção clínica. A avaliação da capacidade funcional se mostrou essencial para identificar a deterioração funcional e planejar o processo de reabilitação em sobreviventes pós-COVID19. Entretanto, as propriedades psicométricas dos testes utilizados não foram suficientemente investigadas, destacando a necessidade de estudos que validem essas ferramentas para garantir intervenções mais eficazes e personalizadas. Dessa forma, o objetivo geral desta tese é avaliar as propriedades psicométricas dos testes de capacidade funcional utilizados em pacientes pós-COVID-19 e sintetizar as evidências sobre a eficácia desses testes para reabilitação e intervenção clínica. Métodos: Esta tese foi conduzida em duas etapas. A primeira etapa envolveu o registro do protocolo de revisão sistemática (RS), seguida pela execução da revisão sistemática propriamente dita. O protocolo da RS sobre as propriedades psicométricas (validade, confiabilidade [consistência interna e erro de medida], efeitos de aprendizagem, repetição do teste, familiaridade, responsividade e interpretabilidade) dos testes de desempenho físico como testes cardiopulmonares (CEPT), como o teste de caminhada de 6 minutos (6MWT), o teste incremental (ISWT) e o teste de endurance (ESWT), além do teste sentalevanta (STST), a bateria curta de performance física (SPPB) e o teste do degrau (ST) nos pacientes pós-Covid-19. Esse protocolo foi elaborado conforme as diretrizes de Itens de Relatório Preferenciais para Revisão Sistemática e Protocolos de Meta-Análise (PRISMA-P); sendo registrado na plataforma PROSPERO (CRD42021242334) e está publicado no periódico BMJ Open. Durante a segunda fase, a execução propriamente dita da RS, foram incluídos estudos com pacientes pós-COVID-19 que foram avaliados apenas pelo teste de caminhada de 6 minutos (6MWT). As buscas foram realizadas nas bases de dados: PubMed/MEDLINE, EMBASE, SciELO, Cochrane Library, CINAHL e Web of Science. A pesquisa incluiu ensaios clínicos randomizados (ECR), quase-ECRs e estudos observacionais realizados nos seguintes ambientes: hospital, centro de reabilitação e clínica ambulatorial; publicados em inglês, sem restrição de data, com pacientes adultos pós-COVID-19 maiores de 18 anos com diagnóstico confirmado de COVID-19. Todas as etapas de avaliação foram conduzidas por dois pesquisadores independentes e, em caso de discordância, um terceiro avaliador foi consultado. O risco de viés foi analisado através do COSMIN e a avaliação da certeza das evidências pelo GRADE modificado. Resultados: Foram identificados 8.890 artigos, dos quais, 2.701 artigos foram excluídos por duplicação. Dos 6.189 artigos que seguiram para a análise de títulos e resumos, 119 seguiram para análise de texto completo e apenas 20 artigos foram incluídos para a análise das propriedades psicométricas. As propriedades psicométricas avaliadas foram: validade e responsividade, onde um estudo avaliou a validade de constructo, 12 estudos avaliaram a validade em comparação a subgrupos. Quinze estudos avaliaram a responsividade, sendo um estudo para comparação entre subgrupos e 14 estudos pré e pósintervenção. Para a validade, apenas 6 estudos confirmaram a hipótese, possuindo classificação geral insuficiente e qualidade da evidência muito baixa. Para a responsividade, a classificação geral foi classificada como insuficiente e baixa qualidade da evidência. Conclusões: É possível inferir que o 6MWT tem potencial para avaliar a capacidade funcional em pacientes pós-COVID-19, mas as evidências atuais sobre sua validade e responsividade são limitadas. Apenas alguns estudos confirmaram sua validade e responsividade, com a maioria apresentando evidência de baixa qualidade. Há a necessidade de novos estudos com critérios metodológicos mais adequados, visando intervenções mais eficazes e personalizadas na reabilitação com o 6MWT em pacientes pós-COVID-19.