PPGFS - Doutorado em Fisioterapia

URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/12026

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  • Tese
    Métodos de normalização e análise da atividade elétrica dos músculos respiratórios em indivíduos com esclerose lateral amiotrófica e sujeitos saudáveis
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-16) Lima, Thiago Bezerra Wanderley e; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; https://orcid.org/0000-0003-4938-7018; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; http://lattes.cnpq.br/7633205019993454; Nóbrega, Antonio José Sarmento da; Samora, Giane Amorim Ribeiro; Fonseca, Jessica Danielle Medeiros da; Gualdi, Lucien Peroni
    Introdução: A eletromiografia de superfície (EMGs) é um dos métodos utilizados para avaliar a atividade elétrica muscular de um indivíduo, seja esta durante repouso, atividade funcional ou exercício. A EMGs pode ser utilizada na avaliação de músculos esqueléticos e respiratórios, em indivíduos em diferentes situações de saúde e doença, possibilitando, assim, uma análise entre diferentes dias, indivíduos e tarefas específicas. A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva, que é caracterizada por fraqueza muscular generalizada. Uma das principais causa de morte nesses indivíduos é a fraqueza muscular respiratória, e consequentemente, a insuficiência respiratória. A EMGs se torna um importante recurso a ser utilizado no monitoramento dos músculos respiratórios em indivíduos com ELA, possibilitando entender os padrões de recrutamento muscular e as possíveis disfunções musculares presentes nesses sujeitos. O sinal eletromiográfico pode sofrer influência de fatores intrínsecos e extrínsecos. Diante disso, é importante buscar métodos que tenham como objetivo amenizar a interferência desses fatores, tornando o resultado encontrado o mais fidedigno possível. Uma das alternativas utilizadas para tal processo é a normalização. Ainda não há um consenso na literatura sobre a melhor forma de realizar a normalização do sinal eletromiográfico. Esta tese está dividida em dois capítulos que envolvem os resultados da pesquisa em dois artigos científicos. Os objetivos desta tese foram objetivo do artigo 1: comparar diferentes métodos de normalização do sinal da EMGs de músculos respiratórios em indivíduos com ELA e sujeitos saudáveis; objetivo do artigo 2: analisar a atividade elétrica e variáveis de contração e relaxamento dos músculos esternocleidomastóideo e escaleno durante a manobra de pressão inspiratória nasal (SNIP) em indivíduos com ELA e sujeitos saudáveis a partir da eletromiografia de superfície. Metodologia: 1) trata-se de um estudo transversal, com aprovação no comitê de ética Universitário sob parecer de número 3.127.064, em que participaram 67 sujeitos, sendo 50 do grupo saudáveis e 17 grupo ELA. A atividade elétrica dos músculos esternocleidomastoideo (ECOM), escaleno (ESC), diafragma (DIA), parasternal (PS), intercostal externo (IE), obliquo externo (OE) e reto abdominal (RA) foi analisada durante as manobras de pressão inspiratória máxima (PImáx), pressão nasal inspiratória (SNIP), pressão expiratória máxima (PEmáx) e contração isométrica voluntária máxima do ECOM e ESC (CIVMECOM/ESC) e RA (CIVMRA). As comparações da EMGs foram realizadas levando em consideração a divisão das manobras e dos músculos em inspiratórios e expiratórios. 2) Adicionalmente, durante a manobra de SNIP, foi analisada a atividade elétrica dos músculos ECOM e ESC, bem como as variáveis de tempo de contração (TC), tempo de relaxamento (TR), tempo total (TT) e relação pressão/tempo a partir da EMGs em 24 sujeitos (12 grupo ELA e 12 saudáveis). Resultados: 1) No grupo de saudáveis, os músculos inspiratórios e expiratórios apresentaram uma maior atividade elétrica nas manobras de CIVMECOM/ESC e CIVMRA, respectivamente (p<0.05). Já no grupo ELA, essa atividade foi maior na manobra de SNIP apenas em comparação com a PImáx para os músculos inspiratórios, enquanto que nos músculos expiratórios foi maior na CIVMRA em comparação com a PEmáx (p<0.05). 2) Durante a manobra de SNIP foi observado diferença entre os grupos em relação a atividade elétrica (RMS) do ECOM e ESC, com os sujeitos saudáveis apresentando maiores valores de RMS (p<0.05). Além disso, os indivíduos com ELA apresentaram um maior TC, menor TR e uma diminuição da relação pressão/tempo no músculo ECOM. Conclusão: O método de normalização a partir da CIVM foi aquele em que os músculos respiratórios apresentaram maior atividade elétrica muscular, tanto para o conjunto de manobras consideradas inspiratórias quanto expiratórias em sujeitos saudáveis. Em indivíduos com ELA, a manobra de SNIP parece ser a mais indicada para normalização dos músculos inspiratórios e a CIVM para os músculos expiratórios. Foi observado também que em indivíduos com ELA houve um aumento do TC e diminuição do TR do músculo ECOM, mostrando que a avaliação da EMGs desse músculo pode auxiliar no monitoramento da progressão da doença.
  • Tese
    Efeitos agudos de diferentes posicionamentos sobre as medidas de pressões respiratórias e ativação eletromiográfica dos músculos respiratórios em indivíduos com Distrofia Muscular de Duchenne e em indivíduos saudáveis
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-23) Silva, Lailane Saturnino da; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; https://orcid.org/0000-0003-4938-7018; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; http://lattes.cnpq.br/6422067872573711; Farias, Catharinne Angélica Carvalho de; Samora, Giane Amorim Ribeiro; Fonseca, Jessica Danielle Medeiros da; Florêncio, Rencio Bento
    Introdução: A influência da posição corporal na ventilação tem sido estudada por décadas, tanto em indivíduos saudáveis quanto em pacientes com diferentes condições respiratórias. A capacidade do sistema neuromuscular de gerar força é influenciada por diversos fatores e as mudanças na postura têm o potencial de alterar o comprimento e a posição dos músculos respiratórios, afetando a sua função e sua capacidade de gerar tensão e força. Na Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) a progressão da doença determinam modificações, estruturais, anatômicas e funcionais que impactam na força dos músculos respiratórios. Essa tese, que integra dois artigos como produtos, teve como objetivos no Estudo 1: Avaliar a influência das posições corporais sentada, supino com a cabeceira elevada a 45º e supino e a atividade elétrica dos músculos respiratórios durante as medidas das pressões Inspiratória Máxima (PImáx), Expiratória Máxima (PEmáx), Inspiratória Nasal (SNIP) e Expiratória Nasal (SNEP) em sujeitos autodeclarados saudáveis. E teve como objetivos no estudo 2: Avaliar a influência das posições corporais sentada e supino com a cabeceira elevada a 45º e a atividade elétrica dos músculos respiratórios durante as medidas das pressões Inspiratória Nasal (SNIP) e Expiratória Nasal (SNEP) em sujeitos com DMD versus saudáveis pareados. Métodos: O Estudo 1 se deu nas posições: sentada, supino 45º e supino em sujeitos autodeclarados saudáveis e foi avaliada a ativação dos músculos respiratórios: esternocleidomastodeo (ECM), escaleno (ESC), reto abdominal (RA) e e intercostais (IT), por meio da Eletromiografia de superfície (EMGs), durante as manobras de PImáx, PEmáx, SNIP e SNEP. O Estudo 2 se deu nas posições sentada e supino 45º, onde foi avaliada a ativação dos músculos respiratórios: esternocleidomastodeo (ECM), escaleno (ESC), reto abdominal (RA) e oblíquo externo (OE), por meio da Eletromiografia de superfície (EMGs), durante as manobras de SNIP e SNEP em indivíduos com DMD, grupo Duchenne (GD), pareados com sujeitos saudáveis, grupo controle (GC). Resultados: No Estudo 1 foram avaliados 10 indivíduos saudáveis, igualmente divididos entre cinco homens e cinco mulheres. Neste grupo os valores de SNIP e SNEP foram significativamente maiores na posição sentada em relação à posição supina (P<0,05). A atividade dos IT foi maior durante as manobras de PImáx, PEmáx e SNEP na posição sentada (P<0,05). Além disso, a atividade do RA foi maior nesta posição durante as manobras de PImáx e SNEP (P<0,05). No Estudo 2 foram avaliados 15 indivíduos com DMD, 4 foram excluídos, restando 11 sujeitos que compuseram o GD sendo pareados com 11 sujeitos saudáveis. Os sujeitos do GD apresentaram menores valores de SNIP e SNEP em comparação ao GC (P<0,05), a atividade eletromiográfica em ECOM, ESC e RA durante as manobras foi menor no GD versus GC na posição sentada, e menor no RA na posição supino 45º comparando os mesmos grupos (P<0,05). Nas análises intragrupo, a ativação eletromiográfica em ECOM, ESC e RA foi maior na posição sentada do que na posição supino 45º no GD (P<0,05). No GC a a ativação eletromiográfica no ECOM foi maior na posição sentada do que na posição supino 45º (P<0,05). Conclusão: Nossos resultados demonstram que, tanto em indivíduos com DMD quanto em sujeitos saudáveis, as pressões geradas nas manobras de SNIP e SNEP, quanto a atividade eletromiográfica em todas as manobras são favorecidas quanto mais ereto o tronco.
  • Tese
    Função física no envelhecimento feminino: o papel da menopausa e da terapia de reposição hormonal em diferentes contextos socioculturais
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-03) Macêdo, Pedro Rafael de Souza; Câmara, Saionara Maria Aires da; https://orcid.org/0000-0002-3054-7213; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393; https://orcid.org/0000-0002-4150-0453; http://lattes.cnpq.br/2301894629894269; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; https://orcid.org/0000-0002-8913-7868; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Fernandes, Ana Tereza do Nascimento Sales Figueiredo; Dantas, Diego de Sousa; Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral
    Introdução: A função física representa um importante marcador de desfechos em saúde durante o processo de envelhecimento. Nas mulheres, ela parece sofrer influência das alterações hormonais que ocorrem durante a menopausa. No entanto, estudos que avaliam a associação da função física com o status menopausal ou com o uso de Terapia de Reposição Hormonal (TRH) apresentam resultados conflitantes. Entender essas relações é importante para planejar e direcionar práticas voltadas para a prevenção da incapacidade nesse público. Objetivo: Estudo 01: Avaliar a associação entre o status menopausal e a função física em mulheres idosas da comunidade por meio de uma revisão sistemática; Estudo 02: Examinar a associação entre a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) e desempenho físico entre mulheres do estudo longitudinal canadense sobre envelhecimento CLSA; Estudo 3: Investigar a relação entre TRH e Atividades de Vida Diária (AVDs) entre idosas brasileiras. Métodos: O primeiro estudo trata-se de uma revisão sistemática sobre as associações entre o status da menopausa e função física de mulheres. Foram incluídos estudos de natureza observacional e que avaliaram o status da menopausa e a função física em diferentes contextos socioeconômicos. A revisão seguiu protocolo previamente elaborado e cadastrado na plataforma Prospective Register of Systematic Reviews. Metanálise foi conduzida por meio do software Revman. O segundo estudo se trata de uma pesquisa transversal utilizando dados do Canadian Longitudinal Study on Aging (CLSA), com 12.506 mulheres na pós-menopausa. As participantes que usam ou usaram TRH foram comparadas com as que nunca usaram em relação às medidas de força de preensão, velocidade da marcha, Timed Up and Go (TUG), sentar levantar e equilíbrio. Análises de regressão linear múltipla investigaram as relações com ajuste de covariáveis. O terceiro estudo foi uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano 2019, com mulheres brasileiras de todas as regiões do país que estavam na pós-menopausa. Foram utilizados dados sobre o relato de uso de TRH e dificuldade de realização de AVDs. Os dados foram analisados por meio de Regressão Logística Binária. As análises dos estudos 2 e 3 levaram em consideração os pesos amostrais derivados de amostras complexas. Resultados: Estudo 01: O protocolo da revisão sistemática foi publicado na revista Plos One e o artigo com seus resultados encontra-se submetido à revista científica Climacteric. Foram incluídos 21 estudos. Os resultados indicam que mulheres na pós menopausa natural ou cirúrgica possuem pior função física comparada às mulheres na pré- e perimenopausa na maioria dos testes funcionais considerados. Os resultados são atenuados quando se considera ajuste para covariáveis como idade e peso corporal. Os resultados são semelhantes ao considerar os diferentes contextos socioeconômicos. Estudo 02: A TRH foi associada a melhor desempenho físico nos testes de velocidade da marcha e TUG na amostra canadense, sem diferença entre os grupos em relação aos demais testes. Em análise por subgrupo de idade, os resultaram permaneceram significativos apenas entre aquelas com mais de 65 anos. Estudo 03: Os resultados apontam que aquelas mulheres que nunca utilizaram TRH apresentam mais dificuldades em todas as atividades de vida diárias em comparação as que utilizaram. Ao considerar análises ajustadas envolvendo dados socioeconômicos, exercício físico, hábito de vida, doenças crônicas e idade da menopausa, usar TRH se mantem como fator de proteção para 2 das 5 atividades analisadas: dificuldade no banho e andar. Conclusão: A transição menopausal representa um período crítico durante o qual a função física tende a declinar, ressaltando a importância de implementar estratégias de saúde para mulheres durante esta fase. A TRH está associada a alguns marcadores de melhor função física, como a velocidade da marcha, o teste TUG e o relato de realização de AVDs. No entanto, para alguns desfechos, a diferença foi pequena e, portanto, a relevância clínica ainda precisa ser determinada. São necessários mais estudos prospectivos para confirmar se o uso de TRH leva a melhores resultados funcionais ao longo do tempo.
  • Tese
    Efeito da terapia de fotobiomodulação na síndrome geniturinária da menopausa
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-07) Bezerra, Lívia Oliveira; Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral; Andrade, Palloma Rodrigues de; https://orcid.org/0000-0003-4140-5568; http://lattes.cnpq.br/2360845979410206; http://lattes.cnpq.br/7282155175981140; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; Prata, Gabriela Marini; Lisboa, Lilian Lira; Parizotto, Nivaldo Antonio
    Introdução: O envelhecimento é um processo universal e inevitável que está despertando interesse em diversas áreas em todo mundo. Na mulher, além das alterações fisiológicas decorrentes da idade, ocorrem outras em função da falência ovariana que culmina com a menopausa. No período da menopausa ocorre decréscimo dos níveis de esteroides sexuais femininos e como consequência observa-se um espectro de sintomas e sinais geniturinários denominados Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM). A SGM cursa com inúmeras modificações urogenitais, o que implica em alterações nas funções sexuais e urinárias. Objetivo: Artigo 1 - Conduzir uma revisão sistemática com meta-análise de ensaios clínicos para avaliar o impacto da terapia de fotobiomodulação (TFBM) no desempenho funcional, abrangendo aspectos como fadiga, força e capacidade funcional em indivíduos saudáveis. Artigo 2 - Avaliar os efeitos da TFBM, tanto isoladamente quanto em combinação com o treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP), na função dos músculos do assoalho pélvico (MAP), bem como na função sexual, função urinária e qualidade de vida (QV) em mulheres afetadas pela SMG. Metodologia: Artigo 1 - Foi realizada uma revisão sistemática com meta-análise no período de junho a outubro de 2022 em bases de dados eletrônicas, incluindo Web of Science, Lilacs, Scielo, PubMed, Cochrane, Pedro, Embase, Science Direct, Scopus, Clinical Trials, Google Scholar, Open Gray e Trials Central, além de busca ativa em referências de estudos relevantes. Os seguintes descritores foram usados em combinação: "Photobiomodulation Therapies" OR "Therapies Photobiomodulation" OR "Therapy Photobiomodulation" OR "Low-Level Light Therapy" OR "Diode Laser" AND "Muscle Strength" OR "Pain" OR "functionality" AND "Functional Capacity". Não houve restrições de tempo e idioma na busca. Ensaios clínicos randomizados que utilizaram TFBM, Laser ou LED como única intervenção e avaliaram desempenho funcional foram incluídos, enquanto estudos que compararam outras modalidades terapêuticas ou envolveram participantes com doenças crônicas ou lesões agudas foram excluídos. A seleção dos estudos foi conduzida por três revisores independentes via Rayyan, e a extração dos dados foi realizada por meio de um formulário padronizado. O risco de viés foi avaliado pelo Risk of Bias 2 (RoB 2), e a confiança na evidência foi avaliada usando o Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). A meta-análise foi conduzida no software RevMan. Artigo 2 - Estudo do tipo ensaio clínico, randomizado e cego. Participaram do estudo mulheres com idade entre 45 até 65 anos, com diagnóstico de disfunção sexual e urinária, divididas de forma randomizada em três grupos: grupo TMAP isolado (GTMAP isolado, n=18), grupo TMAP associado a fotobiomodulação (FBM) ativa (GTMAP + FBM ativa, n=18) e grupo TMAP associado a FBM sham (GTMAP + FBM sham, n=18). As voluntárias foram avaliadas antes da intervenção e após oito semanas. Foi aplicado o Female Sexual Function Index (FSFI) para avaliação da função sexual, o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) para perda urinária, o Patient Global Impression of Improvement (PGI-I) para o nível de satisfação após a intervenção e também foi realizada a manometria vaginal para avaliação da funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico (MAP). Os dados da amostra foram analisados através do software estatístico Jamovi (versão 2.3.28). Resultados: Artigo 1 - Foram incluídos 16 estudos, totalizando 340 participantes (183 homens e 157 mulheres). A maioria dos estudos apresentou baixo risco de viés e observou-se heterogeneidade nos dispositivos e parâmetros de aplicação. Foi observado que a TFBM melhorou a recuperação da fadiga (diferença média: 5,87; IC de 95% 3,83, 7,91). Não houve melhora na força: pico de torque (diferença média: 12,40; IC 95% -5,55, 30,55); teste de uma repetição máxima (diferença média: 39,97, IC 95% -2,44, 82,38); força isométrica e isocinética (diferença média: 2,77, IC 95% -14,90, 20,44) e também não houve melhora na capacidade funcional de curto prazo (diferença média: 0,67, IC 95% -0,58, 1,91) e longo prazo (diferença média: 18,44, IC 95% - 55,65, 92,54). Artigo 2 - Diferenças significativas foram observadas entre os grupos ao longo do tempo para o ICIQ-SF (p=0,02), o FSFI (p=0,002) e as suas subescalas: excitação (p=0,01), lubrificação (p<0,001), orgasmo (p=0,04) e satisfação (p=0,007). Os resultados finais da manometria mostraram diferenças significativas entre os grupos: GTMAP + FBM ativa e GTMAP + FBM sham (diferença média 3,71; IC: 0,02, 7,40; d: 0,28) e GTMAP + FBM sham versus GTMAP isolado (diferença média: -1,05; IC: -2,06, -0,04; d: 0,07). Conclusão: Artigo 1 - A TFBM é um recurso que pode ajudar favorecer a recuperação da fadiga em indivíduos saudáveis, no entanto, não há evidências que sustente que o uso da FBM pode potencializar força e melhorar capacidade funcional em curto e longo prazo. Artigo 2 - O tratamento com FBM ativa combinado com o TMAP teve uma tendência superior em direção à melhora da função sexual, função urinária e QV em mulheres com SGM. Embora a FBM tenha um potencial terapêutico relevante, sua integração na prática convencional permanece cautelosa devido à necessidade de mais pesquisas para estabelecer diretrizes padronizadas para estabelecer eficácia a longo prazo.
  • Tese
    Densidade mineral óssea e composição corporal em indivíduos com e sem Diabetes Mellitus tipo 2
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-09) Carlos, Adriana Guedes; Gazzola, Juliana Maria; https://orcid.org/0000-0002-9333-1831; http://lattes.cnpq.br/5826842469212021; http://lattes.cnpq.br/3535930893926687; Sousa, André Gustavo Pires de; http://lattes.cnpq.br/7508340761996478; Farias, Catharinne Angélica Carvalho de; Macedo, Sabrina Gabrielle Gomes Fernandes; Dias, Vanessa da Nóbrega
    Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é considerado um problema de saúde pública. Estima-se que 90 a 95% dos casos de DM são do tipo 2, com maior presença nos países em desenvolvimento. O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) evoluiu a partir de rápidas mudanças culturais, econômicas e sociais. Muitas pessoas com DM2 são obesas ou estão com sobrepeso. O aumento da inatividade física e do número de doenças resulta em uma perda substancial da Densidade Mineral Óssea (DMO), enquanto que a gordura corporal é preservada ou aumentada. Com a epidemia da obesidade mundial, espera-se baixa DMO e um aumento do DM nos próximos anos. Diante deste contexto, a mensuração de variáveis relacionadas a DMO e da composição corporal e seu estudo são essenciais no manejo desses distúrbios, além das intervenções voltadas em busca de DMO adequada, que podem ajudar no controle do DM2. Objetivos:Manuscrito1- avaliar a validade discriminativa e a acurácia diagnóstica da gordura ginóide (%) através do Dualenergy X-ray absorptiometry (DEXA) na Composição Corporal (CC) entre mulheres com e sem DM2; Manuscrito 2 - avaliar indivíduos com e sem DM2 em relação a DMO e as variáveis sociodemográficas, clínicas, funcionais e laboratoriais. Métodos: Manuscrito 1 - trata-se de um estudo metodológico de validade discriminativa e acurácia diagnóstica da CC na gordura ginóide (%) avaliado através do DEXA, foi seguido o Consensus-based Standards for the Selection of Health Measurement Instruments (COSMIN) e o Standardsfor Reporting Diagnostic AccuracyStudies (STARD). Em relação às análises estatísticas, as variáveis foram comparadas entre os grupos com e sem DM2 por meio dos testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher e por meio do teste T-Student ou Mann- Whitney. A análise de proporções de uma amostra (grupo com DM2) foi realizada pelo teste Binomial. Foi calculado o tamanhode efeito pelo coeficientede correlação rank-biserial(r). Para a acurácia diagnóstica foi realizada a Receiver Operating Characteristic curve (ROC curve) e foram calculados os valores preditivos positivo e negativo. Manuscrito 2 -o estudo foi caracterizado como observacional analítico de caráter transversal, a DMO foi avaliada atravésdo DEXA. Em relação às análises estatísticas, as variáveis foram comparadas entre os grupos com e sem DM2 por meio dos testes t não pareado e de Mann-Whitney. O tamanho de efeito utilizado parao teste t não pareado foi o d de Cohen, já o tamanho de efeito calculado para o teste de Mann- Whitney foi o coeficiente de correlação rank-biserial. Para avaliar a associação entre a variável dependente e as variáveis categóricas foi utilizado o teste de qui-quadrado ou teste exato de Fisher. O tamanho de efeito calculado foi o coeficiente Phi e V de Cramer. Em ambos os manuscritos, os indivíduos avaliados tinham idade mínima de 40 e máxima de 85 anos, com e sem diagnóstico de DM2. Os instrumentos aplicados foram: questionário de caracterização clínica, cognição (Mini-Mental State Exam); atividade física (International Physical Activity Questionnaire); e força de preensão palmar (dinamômetro). Resultados: Manuscrito 1 - Umtotal de 130 mulheres foi avaliado, das quais 60 (46,2%) apresentaram diagnóstico clínico de DM2. Na comparação entre grupos, a porcentagem de gordura ginóide apresentou diferença estatisticamente significativa (U = 1484; p = 0,004). O tamanho de efeito encontrado foi 0,25.Foi identificado um ponto de corte ≤ 47,90%; a gordura ginóide mostrou uma boa sensibilidade (81,67%), no entanto, baixa especificidade (47,14%), com taxas de falsos positivos ocasionais e acuráciamoderada. Manuscrito 2-Ao todo,168 indivíduos foram avaliados, sendo 83com DM2 e 85 sem DM2. No grupo dos indivíduos sem DM2, houve diferença significativa da idade entre aqueles com DMO normal e baixa (t = -2,10; diferença das médias = -5,43; p = 0,039;) com tamanho de efeito (TDE) igual a 0,59. No grupo com DM2, houve associação significativa forte entre DMO e queixa de dor em membros inferiores (MMII) (p = 0,033 e TDE = 0,23), sendo maior a frequência de indivíduos com queixa de dor em MMII e DMO normal. Conclusão: Manuscrito 1 - A gordura ginóide (%), avaliada pelo DEXA, discrimina corretamente mulheres com e sem DM2. Apresenta uma boa precisão diagnóstica para detectar DM2 em mulheres, especialmente ao utilizar o ponto de corte de ≤ 47,90%, sendo mais eficaz na identificação de verdadeiros negativos (mulheres sem DM2). Manuscrito 2 - Existe uma associação entre o aumento da idade com a baixa DMO no grupo sem DM2 e a queixa de dornos MMII está associada a uma DMO normal no grupo com DM2.
  • Tese
    Carga alostática e desempenho físico em idosos: análise transversal da coorte IMIAS - International Mobility in Aging Study (IMIAS)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-09) Germano, Matheus Lucena; Guerra, Ricardo Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-3824-3713; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; http://lattes.cnpq.br/3933264716237574; Sousa, Ana Carolina Patrício de Albuquerque; Gomes, Cristiano dos Santos; Barbosa, Juliana Fernandes de Souza; Macedo, Sabrina Gabrielle Gomes Fernandes
    INTRODUÇÃO: A Carga Alostática (CA) reflete o impacto acumulativo do estresse crônico no organismo, sendo um importante indicador de adaptação fisiológica a adversidades ao longo da vida. Em pessoas idosas, a CA está associada a uma maior vulnerabilidade a condições crônicas, déficits cognitivos e sintomas depressivos. O desempenho físico pode também estar ligado a níveis elevados de CA, o que pode influenciar diretamente a qualidade de vida e a saúde funcional dessa população. OBJETIVO: avaliar a associação entre a Carga CA e os escores de desempenho físico e a mediação da CA sobre o SPPB em idosos canadenses e da américa latina do Estudo International Mobility in Aging Study (IMIAS). MÉTODOS: Esta tese compreende um estudo analítico transversal com dados de 1101 participantes de três países (Canadá, Brasil e Colômbia), com idade acima de 65 anos. Os dados foram coletados do estudo IMIAS, nas coletas realizadas em 2012, entretanto os dados do score do Short Physical Performance Battery – SPPB de 2016, foram utilizados na realização de uma análise de mediação, caracterizando uma análise longitudinal. Na análise de regressão linear múltipla foram desenvolvidos três modelos com o SPPB sendo a variável dependente em todos. As seguintes variáveis foram utilizadas na elaboração do modelo como variáveis independentes: idade, anos de estudo, localidade, percepção de renda, condições crônicas (Women’s Health on Aging Study), sintomatologia depressiva (CES-D) e função cognitiva (PCL) para estimar a associação independente entre o índice de CA e o desempenho físico medidos pelo escores da Short Physical Performance Battery (SPPB). Posteriormente foi realizada uma análise de mediação para examinar os efeitos totais, diretos e indiretos da CA nos escores do SPPB. RESULTADOS: O desempenho físico e a CA apresentaram correlação inversa, evidenciando que os valores mais altos da CA podem influenciar negativamente os scores do desempenho físico, ou seja, o maior nível de CA está associado a um pior desempenho físico (β: -0,234, Std: 0,033, p-valor: <0,001). Além disso, o efeito indireto das condições crônicas foi evidenciado entre a CA e o SPPB, por meio da análise de mediação, demonstrando que o número de condições crônicas explica o efeito da CA sobre o SPPB. CONCLUSÃO: O estudo demonstrou que o aumento dos níveis de CA está associado a um desempenho físico precário em pessoas idosas de diferentes perfis socioeconômicos de envelhecimento. A CA exerce um papel mediador entre as condições crônicas, sintomas depressivos, estado cognitivo e desempenho físico, com o nível socioeconômico também influenciando essa relação.
  • Tese
    Capacidade intrinseca e incapacidade funcional em idosos: influências das diferenças de gênero, biomarcadores e fatores socioeconômicos
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Corrêa, Luana Caroline de Assunção Cortez; Guerra, Ricardo Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-3824-3713; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; https://orcid.org/0000-0002-8188-1887; http://lattes.cnpq.br/5810642050413733; Sousa, Ana Carolina Patrício de Albuquerque; Fittipaldi, Etiene Oliveira da Silva; Pinto, Juliana Martins; Câmara, Saionara Maria Aires da
    INTRODUÇÃO: As diferenças de gênero na Capacidade Intrínseca (CI) e no processo de incapacidade funcional ainda não são completamente compreendidas, dificultando a formulação de intervenções eficazes para o envelhecimento saudável. A literatura sugere que fatores biológicos, socioeconômicos e de saúde influenciam a CI, mas a forma como esses fatores interagem entre si e afetam homens e mulheres de maneira diferenciada permanece incerta. Além disso, a relação entre biomarcadores inflamatórios e neurodegenerativos e a CI ao longo do tempo não foi amplamente explorada, limitando o entendimento sobre marcadores precoces de declínio funcional. O impacto do status socioeconômico na incapacidade funcional, particularmente na frequência de participação em atividades diárias e nas limitações percebidas, também carece de investigações mais detalhadas, especialmente considerando contextos multiculturais. OBJETIVOS: A presente tese é composta por três artigos. #Artigo 01visou estimar os níveis de CI em uma amostra de idosos residentes na comunidade, e identificar os fatores associados à diminuição da CI em ambos os gêneros. O #Artigo 02 investigou se as associações transversais e longitudinais entre biomarcadores sanguíneos relacionados à inflamação e à neurodegeneração com CI diferem de acordo com o sexo. E por fim, o #Artigo 03 teve por objetivo determinar se as associações entre o status socioeconômico e a incapacidade tardia diferem por gênero em uma amostra multicultural. MÉTODOS: O #Atigo 01 e #Artigo 03 utilizaram dados transversais da terceira onda de avaliação do International Mobility and Aging Study (IMIAS), coletados em 2016. Especificamente, o #Atigo 01 analisou dados de 1.484 idosos. Com base em uma metodologia reflexiva, quatro funções foram selecionadas na base de dados do IMIAS para avaliar os domínios da CI: i. Locomoção (Short Physical Performance Battery), ii. Cognição (Leganes Cognitive Test), iii. Vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. Bem-estar psicológico (Center for Epidemiologic Studies Depression). Um escore composto de CI foi calculado (variando de 0 a 100; quanto maior, melhor). Fatores socioeconômicos e relacionados à saúde incluíram: idade, estado civil (solteiro, casado, divorciado/viúvo), nível educacional (baixo, médio e alto), suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem), ocupação (manual e não-manual), número de doenças crônicas (≤ 1, 2 – 3 e ≥ 4), índice de massa corpórea (abaixo do peso/peso normal, sobrepeso, obesidade), e histórico de quedas no último ano (sim e não). Análises de regressão linear múltipla foram utilizadas para investigar os fatores associados a redução da CI em ambos os gêneros. O #Artigo 03 avaliou a incapacidade tardia de 1.362 idosos por meio do componente de incapacidade (frequência e limitação) do Late-Life Function Disability Instrument (LLFDI). O status socioeconômico foi coletado por meio de autorrelato através das variáveis: i. nível de educação (ensino fundamental, ensino médio, ensino superior), ii. suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem) e iii. ocupação (manual e não-manual). Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados para examinar as associações específicas de gênero entre incapacidade tardia (subescalas de frequência e limitação) e SES. Por fim, o #Artigo 02 utilizou dados longitudinais de 1.117 idosos provenientes do Multidomain Alzheimer Preventive Tiral (MAPT). Os domínios da CI foram operacionalizados utilizando as seguintes funções: i. Cognição (MiniMental State Examination), ii. Locomoção (Short Physical Performance Battery), iii. Vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. Bem-estar psicológico (Geriatric Depression Scale), cada um escalonado de 0 (pior CI possível) a 100 (melhor CI possível). Os biomarcadores relacionados à inflamação e à neurodegeneração incluíram: i. Interleucina 6 (IL-6, pg/mL), ii. Fator de Diferenciação de Crescimento 15 (GDF15, pg/mL), iii. Receptor 1 do Fator de Necrose Tumoral (TNFR1, pg/mL), iv. Cadeia Leve de Neurofilamento (NfL, pg/mL), v. Progranulina (PGRN, ng/mL) e vi. proteína Beta-Amiloide (Aβ42/40). Modelos lineares mistos foram realizados para examinar se o sexo modificou a associação transversal e longitudinal entre os biomarcadores e a CI. RESULTADOS: Os resultados do #Artigo 01 indicaram que as mulheres apresentaram escores de CI significativamente mais baixos em comparação aos homens (M = 77,43; DP = 9,06 vs. M = 72,26; DP = 9,31; p < 0,001). Idade, locais de estudo, estado civil, múltiplas condições crônicas e histórico de quedas foram negativamente associados aos escores de CI em ambos os gêneros. Além disso, renda insuficiente (B = - 2,130; p = 0,043) e obesidade (B = - 1,645; p = 0,039) foram negativamente associadas aos escores de CI em mulheres, enquanto o baixo nível educacional (B = - 2,124; p = 0,012) foi negativamente associado aos escores de CI nos homens. Para o #Artigo 02, nenhum efeito significativo de interação foi observado na linha de base. As análises longitudinais revelaram uma interação significativa entre sexo e IL-6 (p = 0,005), de modo que níveis mais elevados de IL-6 tendiam a estar associados a um declínio mais rápido no escore de CI para os homens (B = - 0,385; p = 0,055), mas não para as mulheres (B = 0,287; p = 0,041). No #Artigo 03, o baixo nível educacional (B = − 3,11; p < 0,001) e a ocupação manual (B = − 1,79; p < 0,05) foram associados a uma diminuição na frequência de participação para homens, enquanto a renda insuficiente (B = − 3,55; p < 0,01) e a ocupação manual (B = − 2,25; p < 0,01) desempenharam um papel negativo na frequência para mulheres. Tanto para homens (B = − 2,39; p < 0,05) quanto para mulheres (B = − 3,39; p < 0,01), a renda insuficiente foi o único fator associado a uma maior limitação percebida durante as tarefas diárias. CONCLUSÕES: As mulheres apresentaram escores de CI mais baixos em comparação aos homens. Idade, locais de estudo, múltiplas condições crônicas e histórico de quedas foram fatores associados à redução da CI em ambos os gêneros. O nível educacional parece influenciar particularmente a CI nos homens, enquanto a insuficiência de renda e a obesidade são fatores mais significativos para as mulheres. Esses achados ressaltam a necessidade de estratégias específicas de gênero para abordar os determinantes distintos da CI, visando promover um envelhecimento mais saudável. Entre todos os biomarcadores, apenas a IL-6 apresentou associações dependentes do sexo; estando associada a uma rápida diminuição na CI em homens, mas não em mulheres. Homens e mulheres apresentaram experiências diferentes de incapacidade na velhice. Para homens, a ocupação laboral anterior e o nível de estudos foram associados à uma diminuição na frequência de participação, enquanto para mulheres essa redução foi associada à percepção da renda e ocupação laboral anterior.
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    Exercício isométrico versus isotônico no manejo da tendinopatia do manguito rotador - efeitos na dor, função, força e ativação muscular do ombro: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-18) Barros, Bianca Rodrigues da Silva; Sousa, Catarina de Oliveira; Silva, Rodrigo Scattone da; https://orcid.org/0000-0002-7973-188X; http://lattes.cnpq.br/9953273388451412; https://orcid.org/0000-0002-2818-3596; http://lattes.cnpq.br/5522647106933904; http://lattes.cnpq.br/7121988323027410; Kaminseki, Danilo Harudy; Barbosa, Germanna de Medeiros; Souza, Marcelo Cardoso de; Saccol, Michele Forgiarini
    Introdução: A tendinopatia do manguito rotador (MR) é uma desordem comum do ombro, cujo tratamento conservador, envolve principalmente programas de exercícios, como fortalecimento e alongamento de musculatura periescapular e de MR, exercícios de carga progressiva, e de ativação concêntrica e excêntrica. Já foi demonstrado que essas intervenções melhoram a dor e função do ombro. Embora os exercícios isométricos sejam amplamente estudados para o tratamento de tendinopatias de membros inferiores, sua aplicação na tendinopatia do MR ainda necessita de maior investigação. Objetivo: Comparar os efeitos do exercício isométrico versus isotônico na dor, na função e na força e ativação muscular do ombro em indivíduos com tendinopatia do MR. Materiais e métodos: Quarenta e sete indivíduos, de ambos os sexos, com tendinopatia unilateral no suprespinhal e/ou infraespinhal foram randomizados em dois grupos: isométrico (n=25; 42,4 ±11,6 anos; 26,3 ±3,2 kg/m2) e isotônico (n=22; 42,5 ±12,3 anos; 26,8 ±4,6 kg/m2). As avaliações ocorreram antes e após a primeira sessão de tratamento, e após seis semanas de intervenção. Os desfechos incluíram dor, função geral do ombro, força isométrica dos músculos envolvidos na elevação e rotação lateral (RL) e medial (RM) do ombro, além da atividade eletromiográfica dos músculos deltóide médio, infraespinhal, serrátil anterior e trapézio inferior durante os testes de força. Ambos os grupos realizaram um protocolo de alongamento e fortalecimento da musculatura periescapular e fortalecimento dos músculos do MR de acordo com o grupo alocado. As variáveis de desfecho foram apresentadas como média e desvio padrão e as diferenças entre e intra-grupos foram analisadas usando as Equações de Estimativas Generalizadas (GEE- Generalized Estimating Equations), adotando α < 5%. Resultados: Após seis semanas, ambos os grupos apresentaram melhora da dor e função de ombro, maior força dos músculos da RM e maior ativação muscular do infraespinal no teste de força de elevação do ombro. O grupo isométrico mostrou maior satisfação com o ombro, maior força dos músculos da RL e maior ativação de infraespinal no teste de força de RL. Conclusão: Tanto exercícios isométricos quanto isotônicos com carga progressiva são eficazes na redução da dor e na melhora da função em indivíduos com tendinopatia de MR. Exercícios isométricos, no entanto, resultaram em maior satisfação com o ombro e ganho superior de força dos músculos da RL, além de aumento na ativação do músculo infraespinhal.
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    Projeto DAMA: dispositivo vestível para avaliação cinemática da marcha de indivíduos pós-acidente vascular cerebral
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-02) Silva, Raiff Simplicio da; Ribeiro, Tatiana Souza; Fernandes, Aline Braga Galvão Silveira; https://orcid.org/0000-0002-9611-1076; http://lattes.cnpq.br/6868962363056590; http://lattes.cnpq.br/2616860988528236; Cacho, Enio Walker Azevedo; Arrais Júnior, Ernano; Melo, Luciana Protásio de; Silva, Patrícia Mayara Moura da
    Introdução: Dispositivos vestíveis baseados em sensores inerciais podem ser úteis na avaliação de parâmetros cinemáticos da marcha de indivíduos pós-AVC. No entanto, as informações sobre suas propriedades psicométricas ainda são escassas, e de maneira geral, não se propõem a avaliar parâmetros angulares da marcha. Objetivos: Investigar as propriedades de medida dos dispositivos vestíveis com sensores inerciais disponíveis atualmente para avaliar desfechos cinemáticos da marcha pós-AVC e desenvolver um dispositivo vestível capaz de avaliar esses parâmetros. Métodos: Foram realizados dois estudos, compreendendo três artigos (um publicado, um submetido e um para submissão imediata). O estudo 1 consiste em uma revisão sistemática (RS), que abrange um protocolo (publicado) e os resultados finais de uma revisão sistemática (submetida). A RS avaliou as propriedades psicométricas de tecnologias vestíveis usadas para avaliar a marcha pós-AVC, além de investigar quais dispositivos vestíveis têm sido usados para avaliar medidas angulares durante a marcha. O estudo 2 envolveu o desenvolvimento e teste preliminar do "DAMA - Dispositivo vestível de Avaliação cinemática da Marcha de indivíduos pós-AVC" quanto à avaliação de medidas angulares do tornozelo durante a marcha. Resultados e Conclusões: O estudo 1 identificou três principais propriedades psicométricas dos dispositivos avaliados: validade, confiabilidade e erro de medida. Os dispositivos mostraram boa confiabilidade na medição da contagem de passos e velocidade de marcha, porém a qualidade dessa evidência é baixa. Portanto, são necessários estudos metodologicamente rigorosos para avaliar essas propriedades. Ademais, poucos estudos analisaram medidas angulares, indicando a necessidade de mais estudos que avaliem esse tópico. O estudo 2 demonstrou que o DAMA é capaz de obter medidas do tornozelo comparáveis a um padrão ouro, incluindo ângulo no contato inicial (CI), retirada dos dedos (RD), ângulo máximo de dorsiflexão (FD) e ângulo máximo de flexão plantar (FP). Foi encontrada uma alta correlação positiva para FP (r=1.000; p<0.01) e uma alta correlação negativa para CI (r=-1.000; p<0.01). Entretanto, o tamanho amostral limitado impede conclusões definitivas sobre o desempenho do DAMA. A alta correlação negativa para CI sugere a necessidade de ajustes no dispositivo. Esses estudos são essenciais para orientar clínicos e pesquisadores na escolha de ferramentas de avaliação precisas, fundamentais para desenvolver protocolos eficazes para a melhoria da marcha de pessoas pós-AVC.
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    Avaliação crítica das propriedades psicométricas de testes de capacidade funcional em pacientes pós-Covid-19: implicações para reabilitação e intervenção clínica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-28) Nascimento, Larissa Fernanda Estevam do; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; Mendes, Luciana de Andrade; http://lattes.cnpq.br/9504859469122778; https://orcid.org/0000-0003-4817-9364; http://lattes.cnpq.br/0714099533608131; https://orcid.org/0000-0001-8697-0822; http://lattes.cnpq.br/6475299084213877; Lima, Illia Nadinne Dantas Florentino; Cacho, Roberta de Oliveira; Pondofe, Karen de Medeiros; Otto-yanes, Matias
    A COVID-19 é uma enfermidade infecciosa que induz diversas manifestações sistêmicas durante seu estágio agudo, podendo resultar, em muitos casos, na síndrome respiratória aguda grave. Na fase subsequente, conhecida como pós-COVID-19, é amplamente reconhecido que alguns pacientes experimentam redução na tolerância ao exercício e na qualidade de vida. Durante a pandemia de Covid19, houve um considerável avanço no entendimento das repercussões dessas manifestações nos sistemas cardiopulmonar e musculoesquelético, desde as limitações funcionais até estratégias otimizadas para identificação e intervenção clínica. A avaliação da capacidade funcional se mostrou essencial para identificar a deterioração funcional e planejar o processo de reabilitação em sobreviventes pós-COVID19. Entretanto, as propriedades psicométricas dos testes utilizados não foram suficientemente investigadas, destacando a necessidade de estudos que validem essas ferramentas para garantir intervenções mais eficazes e personalizadas. Dessa forma, o objetivo geral desta tese é avaliar as propriedades psicométricas dos testes de capacidade funcional utilizados em pacientes pós-COVID-19 e sintetizar as evidências sobre a eficácia desses testes para reabilitação e intervenção clínica. Métodos: Esta tese foi conduzida em duas etapas. A primeira etapa envolveu o registro do protocolo de revisão sistemática (RS), seguida pela execução da revisão sistemática propriamente dita. O protocolo da RS sobre as propriedades psicométricas (validade, confiabilidade [consistência interna e erro de medida], efeitos de aprendizagem, repetição do teste, familiaridade, responsividade e interpretabilidade) dos testes de desempenho físico como testes cardiopulmonares (CEPT), como o teste de caminhada de 6 minutos (6MWT), o teste incremental (ISWT) e o teste de endurance (ESWT), além do teste sentalevanta (STST), a bateria curta de performance física (SPPB) e o teste do degrau (ST) nos pacientes pós-Covid-19. Esse protocolo foi elaborado conforme as diretrizes de Itens de Relatório Preferenciais para Revisão Sistemática e Protocolos de Meta-Análise (PRISMA-P); sendo registrado na plataforma PROSPERO (CRD42021242334) e está publicado no periódico BMJ Open. Durante a segunda fase, a execução propriamente dita da RS, foram incluídos estudos com pacientes pós-COVID-19 que foram avaliados apenas pelo teste de caminhada de 6 minutos (6MWT). As buscas foram realizadas nas bases de dados: PubMed/MEDLINE, EMBASE, SciELO, Cochrane Library, CINAHL e Web of Science. A pesquisa incluiu ensaios clínicos randomizados (ECR), quase-ECRs e estudos observacionais realizados nos seguintes ambientes: hospital, centro de reabilitação e clínica ambulatorial; publicados em inglês, sem restrição de data, com pacientes adultos pós-COVID-19 maiores de 18 anos com diagnóstico confirmado de COVID-19. Todas as etapas de avaliação foram conduzidas por dois pesquisadores independentes e, em caso de discordância, um terceiro avaliador foi consultado. O risco de viés foi analisado através do COSMIN e a avaliação da certeza das evidências pelo GRADE modificado. Resultados: Foram identificados 8.890 artigos, dos quais, 2.701 artigos foram excluídos por duplicação. Dos 6.189 artigos que seguiram para a análise de títulos e resumos, 119 seguiram para análise de texto completo e apenas 20 artigos foram incluídos para a análise das propriedades psicométricas. As propriedades psicométricas avaliadas foram: validade e responsividade, onde um estudo avaliou a validade de constructo, 12 estudos avaliaram a validade em comparação a subgrupos. Quinze estudos avaliaram a responsividade, sendo um estudo para comparação entre subgrupos e 14 estudos pré e pósintervenção. Para a validade, apenas 6 estudos confirmaram a hipótese, possuindo classificação geral insuficiente e qualidade da evidência muito baixa. Para a responsividade, a classificação geral foi classificada como insuficiente e baixa qualidade da evidência. Conclusões: É possível inferir que o 6MWT tem potencial para avaliar a capacidade funcional em pacientes pós-COVID-19, mas as evidências atuais sobre sua validade e responsividade são limitadas. Apenas alguns estudos confirmaram sua validade e responsividade, com a maioria apresentando evidência de baixa qualidade. Há a necessidade de novos estudos com critérios metodológicos mais adequados, visando intervenções mais eficazes e personalizadas na reabilitação com o 6MWT em pacientes pós-COVID-19.
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    Desenvolvimento de um sistema wireless de avaliação eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-27) Leitão, Alethéa Cury Rabelo; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; http://lattes.cnpq.br/2081849934383112; https://orcid.org/0000-0001-9421-3864; http://lattes.cnpq.br/9159079143871530; Bezerra, Ingrid Fonseca Damasceno; Eufrasio, Laiane Santos; Lucena, Larissa Coutinho de; Sousa, Vanessa Patrícia Soares de
    Introdução: Os músculos do assoalho pélvico (MAP) são os responsáveis pela manutenção da continência urinária e fecal. Além disso, suporte dos órgãos pélvicos, funcionalidade sexual e postura corporal. Instrumentos eletromiográficos têm sido utilizados na prática clínica do fisioterapeuta para a avaliação e o tratamento dos MAP. Entretanto, os sistemas atuais possuem fios conectados ao dispositivo e ao computador para transmitir os dados eletromiográficos, limitando assim, seu uso apenas a ambientes controlados e à alguns movimentos corporais e posturas. A fabricação ou aprimoramento de um sistema eletromiográfico sem fio pode facilitar a acoleta de sinais durante atividades de vida diária, em ambientes controlados e não-controlados. De posse desses dados, o fisioterapeuta terá maior suporte na tomada de decisão clínica e na elaboração do tratamento fisioterapêutico. Objetivo I = desenvolver um sistema eletromiográfico sem fio (wireless), embarcado em uma indumentária de suporte para a avaliação dos sinais eletromiográficos dos MAP em diferentes movimentos corporais e posturas (Patente depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI (BR 10 2019 004572 8 e Ministério da Economia do Brasil, 2019). Objetivo II = elaborar um protocolo de revisão sistemática da literatura sobre dados eletromiográficos para o tratamento das disfunções dos músculos do assolho pélvico em gestantes e mulheres no pós-parto (Publicado na Revista Plos One, estrato A1, 2024). Metodologia I = O protótipo eletromiográfico sem fio é portátil e está armazenado em uma caixa de material resistente (5cm X 5cm), composto por um sensor eletromiográfico intracavitário conectado a um adaptador de sonda intracavitária e amplificador de sinais eletromiográficos para sistema microcontrolado por vias de transmissão de radiofrequência ou armazenamento local. Em seguida foram realizadas fases de testagem do equipamento, por dois professores e quatro estudantes para análise de captação dos dados eletromiográficos, em espaço controlado. Metodologia II = Analisar cientificamente e sistematicamente a literatura sobre os parâmetros eletromiograficos utilizados no tratamento das disfunções dos músculos do assoalho pélvico (MAP) em gestantes e mulheres no pós-parto. Resultados e conclusão I = O protótipo eletromiográfico portátil foi capaz de apresentar dados eletromiográficos semelhantes ao padrão-ouro de equipamento eletromiográfico comumente utilizado na área clínica. Resultados e conclusão II – Espera-se que os resultados apresentados possam fornecer os parâmetros eletromiográficos mais utilizados na literatura a fim de embasar cientificamente os protocolos elencados pelos profissionais que tratam disfunções dos MAP em mulheres gestantes e no pós-parto.
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    Efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua combinada a exercícios na dor lombar crônica não específica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-23) Gomes, Sâmara Raquel Alves; Brasileiro, Jamilson Simões; https://orcid.org/0000-0002-7943-4949; http://lattes.cnpq.br/2238444079880883; http://lattes.cnpq.br/8721995980571904; Medeiros Neto, Ciro Franco de; Souza, Clecio Gabriel de; Vera, Mariana Arias Avila; Freitas, Rodrigo Pegado de Abreu
    Introdução: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica de modulação não invasiva que envolve a aplicação de uma corrente de baixa intensidade em diferentes áreas do cérebro. Estudos indicam que a ETCC pode alterar a percepção dolorosa através da modulação de áreas corticais e subcorticais envolvidas no processamento da dor. Dentre as condições musculoesqueléticas que causam disfunção e dor, a lombalgia é identificada como um problema de saúde pública e apresenta-se globalmente com alta incidência, prevalência e recorrência. Objetivos: Estudo I: desenvolvimento de um protocolo destinado à avaliar os efeitos da aplicação simultânea da ETCC com exercícios baseados no método Pilates, em indivíduos com dor lombar crônica inespecífica. Estudo II: avaliar os efeitos da aplicação simultânea da ETCC com exercícios baseados no método Pilates, sobre a dor e o desempenho de indivíduos com lombalgia crônica não específica. Metodologia: Estudo I: desenvolvimento de um protocolo para um ensaio clínico duplo-cego randomizado. Incluiremos indivíduos com histórico de dor lombar crônica inespecífica randomizados em dois grupos: (1) ETCC ativa, combinada com exercícios baseados no método Pilates e (2) ETCC simulada, combinada com os mesmos exercícios. Estudo II: Métodos: ensaio clínico randomizado e cego, incluindo 36 indivíduos com histórico de dor lombar, divididos em dois grupos: um com estimulação transcraniana ativa (GA) e o segundo com a simulação da estimulação transcraniana (GS), ambos combinados com um protocolo de exercícios. Foram avaliados a sensação dolorosa nas últimas 24 horas e na última semana, através da Escala Numérica da Dor (END), o limiar de dor à pressão por meio da algometria e o desempenho dos músculos da região lombar, através da força dos músculos paravertebrais e do Ito teste. As avaliações ocorreram antes do protocolo de tratamento (T0), após quatro semanas de intervenção (T1) e um mês após o fim do protocolo (T2). Resultados: Foi observada redução da dor semanal e nas últimas 24 horas na END e aumento do limiar doloroso em ambos os grupos, porém sem diferença entre eles. O desempenho muscular não modificou em nenhum dos grupos. Conclusão: A combinação do ETCC, de forma simultânea a um programa de exercícios baseado no método Pilates, não altera a percepção de dor nem o desempenho muscular, em pessoas com lombalgia crônica.
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    Características do ritmo biológico social e associação com a capacidade funcional em pacientes após acidente vascular cerebral
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-26) Fonseca, Ricardo Diego Rimenez Gurgel da; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; Melo, Luciana Protásio de; https://orcid.org/0000-0002-1391-1060; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; http://lattes.cnpq.br/0110005499183025; Guerra, Ricardo Oliveira; Dantas, Ana Amália Torres Souza Gandour; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; Campos, Tânia Fernandes
    Introdução: Após o Acidente Vascular Cerebral (AVC) os pacientes apresentam diversos comprometimentos sensóriomotores que são frequentemente avaliados no processo de reabilitação, entretanto as alterações do ritmo biológico social são pouco investigadas em pacientes com distúrbios neurológicos, assim como, o impacto que elas podem ter na capacidade funcional dos pacientes. Objetivo: Investigar as características do ritmo biológico social e associar com a capacidade funcional em pacientes pós-AVC. Metodologia: Inicialmente foi realizada uma revisão de escopo, a fim de identificar as alterações do ritmo biológico social que poderiam ocorrer em indivíduos com distúrbios mentais e neurológicos, para que servisse de base para o estudo observacional analítico de caráter transversal que foi realizado em seguida. A revisão de escopo foi realizada em bases de dados eletrônicas, admitindo-se artigos de todos os idiomas, sem restrição de ano de publicação, baseada no PRISMA. Os descritores utilizados foram: medida do ritmo social, SRM e ruptura do ritmo social. Foram analisados os estudos com desordens mentais e neurológicas. No estudo observacional, a amostra foi constituída por 73 pacientes (41 homens e 32 mulheres), com idade média de 60 anos (±10) e tempo médio de sequela de 19 meses (±22). As características do ritmo biológico social foram analisadas pela Social Rhythm Metric (SRM) e associação com a capacidade funcional foi realizada através da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Durante sete dias consecutivos os pacientes registraram a hora em que realizaram 17 atividades da SRM: levantar da cama, primeiro contato com uma pessoa, tomar bebida da manhã, tomar café da manhã, sair de casa, começar a trabalhar, almoçar, cochilar, jantar, fazer exercícios físicos, fazer um lanche, assistir programas de notícias à noite, assistir outros programas de televisão, voltar para casa e ir para a cama e mais duas atividades a serem escolhidas pelos pacientes. As características do ritmo biológico social analisadas foram: regularidade, intensidade, frequência e período das atividades. Em seguida, as atividades da SRM foram associadas com os domínios e categorias da CIF. Os dados foram analisados pelo teste t´Student, ANOVA e Qui-quadrado. Resultados: Na revisão de escopo foram encontrados 696 artigos. Destes, 15 artigos fizeram parte da listagem final e a amostra foi de 10.374 indivíduos com alterações mentais e neurológicas, com média de idade de 38 anos. Pontuações mais baixas da SRM (menor regularidade do ritmo social) estavam diretamente ligadas à depressão, ansiedade, ao aumento dos níveis de vulnerabilidade à doença bipolar e comprometimento neurológico após a doença de Parkinson e AVC, e pontuações mais altas da escala estavam associadas às condições típicas de saúde ou diminuição da quantidade de crises, dos intervalos e da intensidade das alterações clínicas. No estudo observacional, a média da SRM foi de 5,1 ± 0,9 e da INA foi de 58,3 ± 14,9. Na amostra estudada, 40% dos pacientes tiveram baixa regularidade e baixa intensidade das atividades. Cinco atividades da SRM foram realizadas com baixa frequência: trabalhar, fazer exercícios, lanchar, assistir outro programa de tv e voltar para casa, as quais tiveram uma tendência a ter períodos maiores ou menores de 24 horas. Os domínios da CIF mais associados com a SRM foram: “Tarefas e exigências gerais”, “Comunicação”, “Mobilidade”, “Auto-cuidados, “Grandes áreas da vida” e “Vida comunitária social e cívica”. Conclusão: A revisão demonstrou evidências importantes da ruptura do ritmo social associada às desordens mentais e neurológicas, assim como o estudo observacional que apontou alterações no ritmo biológico social com implicações na capacidade funcional dos pacientes. A identificação da ruptura do ritmo social pode fazer parte da avaliação clínica durante o processo de reabilitação dos pacientes pós AVC.
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    Implementação da ferramenta My Abilities First em centros especializados em reabilitação para crianças e adolescentes com deficiência
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-03) Alencar, Roselene Ferreira de; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; https://orcid.org/0000-0001-9628-7891; http://lattes.cnpq.br/6535678775361874; http://lattes.cnpq.br/5367545425832814; Simão, Camila Rocha; Carrión, Rocío Palomo; Carvalho, Sandra Maria Cordeiro Rocha de; Schiariti, Verônica
    Introdução: A ferramenta My Abilities First (MAF) é uma abordagem educacional que emprega tecnologia inclusiva com foco nas habilidades da pessoa com deficiência. A implementação bem-sucedida da MAF depende, entre outros fatores, da capacitação de profissionais, cuidadores e da própria pessoa com deficiência, para garantir o uso eficaz com impacto positivo. Objetivo: Estruturar um modelo de implementação da ferramenta MAF e analisar as barreiras e facilitadores, na perspectiva dos profissionais, crianças com deficiência e seus cuidadores. Método: Essa tese abrange uma pesquisa qualitativa, reflexiva e interpretativa, tendo como base a Pesquisa-Ação Participativa (PAR) e o Envolvimento de Pacientes e Público (PPI). A análise dos dados foi realizada por meio da Análise Temática Reflexiva (ATR). Um total de 28 participantes, incluindo 12 fisioterapeutas, 4 terapeutas ocupacionais, 10 crianças e 2 adolescentes, acompanhados dos seus cuidadores responderam a questionário sociodemográfico, entrevistas semiestruturadas e participaram de oficinas e grupos focais sobre duas temáticas: Abordagens positivas em saúde e Ferramenta MAF. O estudo foi aprovado por um comitê de ética local, parecer 4.779.175. Essa tese de doutorado foi composta por um estudo “Implementação da Ferramenta My Abilities First em Centros Especializados em Reabilitação para Crianças e Adolescentes com Deficiência”, que resultou em 3 artigos. Resultados e conclusões: Artigo I, Implementação da Ferramenta My Abilities First para Empoderamento de Crianças e Adolescentes com Deficiência: Um Protocolo de Estudo, que apresentou aspectos literários, éticos e metodológicos que conduziram os demais artigos; Artigo II, Implementação da Ferramenta My Abilities First: um estudo qualitativo sobre as percepções de profissionais, cuidadores, crianças e adolescentes com deficiência, que identificou 2 temas: (1) Percepções sobre a ferramenta MAF como um processo educacional e contributivo para aprimorar a inclusão e participação de crianças e adolescentes com deficiência, e (2) Barreiras e facilitadores para o processo de implementação da ferramenta MAF. A implementação da ferramenta MAF foi mencionada como impulsionador na promoção da equidade e no aumento da participação de crianças e adolescentes com deficiência em diversos contextos, incluindo saúde, educação e lazer; Artigo III, Implementação da Ferramenta My Abilities First: estudo qualitativo sobre as experiências de profissionais, crianças/adolescentes com deficiência e cuidadores, que identificou 3 temas: (1) Percepções de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, crianças e adolescentes com deficiência e seus cuidadores, sobre as atitudes positivas em saúde e a valorização das habilidades, (2) Mudança de atitude em relação às habilidades de crianças e adolescentes com deficiência e (3) Facilitadores e barreiras na implementação da ferramenta MAF. Esses 3 temas refletem a compreensão dos participantes e suas experiências com a MAF na rotina da criança e do adolescente com deficiência e sobre o processo para implementá-la. A implementação da ferramenta MAF foi reconhecida como uma inovação devido à sua abordagem centrada nas habilidades. Percebeu-se a necessidade de enfrentar barreiras sociais, atitudinais, de comunicação e de informação para adaptar e aplicar a ferramenta de forma mais eficaz na saúde, escola e no lazer. A valorização das habilidades de crianças e adolescentes foi reconhecida para melhor promover a inclusão e a participação.
  • Tese
    Efeitos da isquemia pré-condicionante no desempenho físico e percepção subjetiva de esforço de indivíduos saudáveis
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-19) França, Ingrid Martins de; Vieira, Wouber Hérickson de Brito; Cerqueira, Mikhail Santos; https://orcid.org/0000-0003-3588-5577; http://lattes.cnpq.br/7943769688281372; https://orcid.org/0000-0003-0598-0135; http://lattes.cnpq.br/5571163279911281; Baroni, Bruno Manfredini; Dantas, Glauko André de Figueiredo; Aniceto, Rodrigo Ramalho; Silva, Rodrigo Scattone da
    Introdução: A isquemia pré-condicionante (IPC) é um método que tem sido amplamente utilizado para melhorar desempenho físico de forma aguda e prevenir a fadiga muscular em diferentes modalidades de exercício. Contudo, as evidências sobre os efeitos da IPC são conflitantes. Alguns estudos sugerem que a IPC melhora a função neuromuscular e poderia alterar a respostas perceptuais enquanto outros sugerem que o IPC não é superior ao sham. Objetivos: Essa tese teve o propósito de investigar os efeitos da IPC na percepção subjetiva de esforço e no desempenho físico (neuromuscular e funcional) e de indivíduos saudáveis (atletas e não-atletas). Métodos: Foi considerada nesta tese a aplicação da IPC de forma local e em indivíduos saudáveis (atletas e não-atletas). A tese foi dividida em três partes: introdução, capítulos (1 e 2) e considerações finais. Cada capítulo é composto por dois artigos, sendo um o protocolo e o outro, o respectivo estudo em si. O capítulo 1, composto pelo protocolo e o seu ensaio clínico que investiga os efeitos da IPC no desempenho físico (neuromuscular e funcional) e respostas perceptuais (percepção subjetiva de esforço e respostas afetivas) em jogadores de futebol amador. Já o capítulo 2, envolve uma revisão sistemática com metanálise com seu respectivo protocolo que investigou os efeitos da IPC na percepção subjetiva de esforço durante testes físicos em diferentes modalidades de exercícios (subdivididos em exercícios aeróbios e anaeróbios; atletas e não-atletas). Resultados: O capítulo 1 evidenciou que não houve diferença significativa entre os grupos IPC e sham para nenhuma das variáveis (testes neuromusculares e funcionais ou a respostas perceptuais) (p>0,05). O capítulo 2 apontou que não houve diferença na PSE entre o grupo IPC e a comparação, independendo da modalidade de exercício ou nível de condicionamento físico. Conclusões: A utilização da IPC não foi melhor do que o controle (sham ou nenhuma intervenção) em melhorar o desempenho físico (funcional ou neuromuscular) de jogadores de futebol amador ou para atenuar a percepção subjetiva de esforço em indivíduos saudáveis (atletas e não-atletas) e em diferentes modalidades de exercício.
  • Tese
    Projeto revELA: cuidados motores para indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-03) Silva, Stephano Tomaz da; Ribeiro, Tatiana Souza; Melo, Luciana Protásio de; https://orcid.org/0000-0002-9611-1076; http://lattes.cnpq.br/6868962363056590; https://orcid.org/0000-0002-4537-516X; http://lattes.cnpq.br/9683583653521608; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; https://orcid.org/0000-0001-9628-7891; http://lattes.cnpq.br/6535678775361874; Lucena, Larissa Coutinho de; Borges, Lorenna Raquel Dantas de Macedo; Andrade, Suellen Mary Marinho dos Santos
    Introdução: Fisioterapeutas frequentemente enfrentam desafios na criação de planos de tratamento adequados para indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Isso ocorre devido à grande variação nos sintomas e a progressão individual da condição. Objetivo: Analisar aspectos relacionados com os sintomas motores de indivíduos com ELA e as melhores evidências de cuidado motor para essa população. Métodos: Foram realizados três estudos, resultando em 5 artigos (1 publicado, 2 submetidos e 2 para submissão imediata). O estudo 1 trata-se de uma revisão sistemática (RS) que compreende um protocolo (publicado) e os resultados finais da RS. A RS foi desenvolvida seguindo os padrões do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e avaliou a eficácia de práticas de fisioterapia sobre os sintomas de funcionalidade, fadiga e qualidade de vida na ELA. O estudo 2 compreende a elaboração de uma diretriz de prática clínica (DPC) que seguiu a abordagem do Scottish Intercollegiate Guidelines Network (SIGN) para avaliar as recomendações. Foram analisados os desfechos de funcionalidade, dor, fadiga, mobilidade, qualidade de vida, força muscular e tecnologias assistivas para a ELA. O estudo 3 teve um desenho transversal e resultou em um estudo transversal que analisou as relações entre fadiga e outros sintomas clínicos (funcionalidade, cognição e dor), além de covariáveis consideradas fatores potenciais de confusão para as associações em estudo. Além disso, um estudo de métodos múltiplos foi realizado com um desenho prospectivo transversal e retrospectivo sistemático que traçou o perfil de dor e fadiga de uma amostra brasileira de ELA além de fornecer uma avaliação das evidências referentes às práticas de fisioterapia para os sintomas supracitados. Resultados e Conclusões: A RS indicou que práticas de fisioterapia são eficazes para a funcionalidade na ELA em curto prazo; no entanto, os efeitos para fadiga e qualidade de vida permanecem incertos. A DPC inferiu que as práticas de fisioterapia podem resultar em melhora para a funcionalidade de indivíduos com ELA, porém, os efeitos para todos os outros desfechos permanecem incertos. Cabe ressaltar que danos graves não foram observados nas práticas de fisioterapia para a ELA. O estudo transversal atestou que a fadiga está relacionada com funcionalidade, cognição e dor na ELA, e que as covariáveis idade, sexo, escolaridade e tempo de doença também podem influenciar essa relação. O estudo de métodos múltiplos apontou que uma amostra brasileira de ELA possui níveis moderados de dor e fadiga e que as práticas de fisioterapia para a melhora desses dois desfechos permanecem incertas. Estes estudos são importantes para a elaboração de políticas públicas de saúde, além de nortear pesquisas futuras que elucidem ainda mais a eficácia das práticas de fisioterapia sobre os sintomas da ELA.
  • Tese
    Eficácia do treinamento muscular inspiratório associado a um programa de reabilitação cardíaca na atividade simpática e na capacidade funcional em pacientes com insuficiência cardíaca
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-01) Leite, Jéssica Costa; Andrade, Armele de Fátima Dornelas de; Catai, Aparecida Maria; Brandão, Daniella Cunha; Bruno, Selma Sousa; https://orcid.org/0000-0001-6090-6275; http://lattes.cnpq.br/4056770607573210; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti
    Introdução: A Insuficiência cardíaca (IC) é considerada uma síndrome clínica marcada por sinais e sintomas típicos como, dispneia, baixa tolerância ao exercício, fadiga e disautonomia. Ocorre por alterações cardíacas estruturais e/ou funcionais que, geralmente, resultam em diminuição do débito cardíaco e/ou elevação das pressões intracardíacas, tendo como resultado a disfunção sistólica e/ou diastólica. Diferentes abordagens de tratamento são investigadas de modo a melhorar o manejo terapêutico desses pacientes. Dentre as modalidades de tratamento, a inclusão do Treinamento Muscular Inspiratório (TMI) dentro dos programas de Reabilitação cardíaca vem sendo cada vez mais difundida como uma boa estratégia para melhora dos achados clínico-funcionais em pacientes com IC. Objetivos - Estudo 1: Verificar a eficácia do TMI de baixa intensidade associado a reabilitação cardíaca (RC) baseada em exercícios na melhora da capacidade funcional máxima e submáxima, mobilidade e espessura diafragmática, força muscular respiratória, qualidade de vida e satisfação do paciente, em indivíduos com Insuficiência Cardíaca e fraqueza da musculatura respiratória. Estudo 2: Avaliar a eficácia do TMI de baixa intensidade associado a um programa de reabilitação cardíaca na modulação da atividade simpática cardíaca de pacientes com IC, fração de ejeção reduzida e fraqueza da musculatura inspiratória. Estudo 3: Determinar o ponto de corte do Glittre ADL-Test que prediz uma melhor capacidade funcional de indivíduos com IC e fração de ejeção (FE) reduzida, comparado ao teste padrão ouro, o Teste de esforço cardiopulmonar máximo (TECP). Além disso, determinar sua concordância e confiabilidade, e por fim estimar a mudança mínima detectável. Métodos – Estudo 1: Trata-se de um estudo piloto de um ensaio clínico paralelo, controlado, randomizado e duplo cego, com 19 indivíduos adultos sedentários na faixa etária de 21 - 60 anos, de ambos os sexos, diagnosticados com insuficiência cardíaca, disfunção sistólica, com fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida e limítrofe e fraqueza da musculatura inspiratória. Antes e após o programa de reabilitação baseado em exercícios os indivíduos eram submetidos a avaliação com TECP, Glittre ADL-test, manovacuometria, teste de função pulmonar, ultrassonografia diafragmática, questionários de qualidade de vida e capacidade funcional e de satisfação. O programa consistia em 36 sessões, divididas em 12 semanas, com três sessões semanais de treinamento aeróbico, aptidão muscular periférica e TMI. O TMI era realizado sete dias por semana, no domicílio do paciente, utilizando o dispositivo POWERBreathe®, que no grupo 1 era calibrado em 30% da pressão inspiratória máxima (PImáx) e no grupo 2 em até 10% da PImáx. Estudo 2: Foi realizada uma série de casos com 11 paciente divididos em dois grupos com TMI de baixa intensidade, Grupo 1 (12 semanas de aeróbico, força muscular periférica e TMI - 7 dias por semana com 30% da pressão inspiratória máxima) e Grupo 2 (12 semanas de aeróbico, força muscular periférica e TMI com até 10% da pressão inspiratória máxima). Foram incluídos pacientes com diagnóstico de IC de qualquer etiologia, clinicamente estáveis, com a faixa etária entre 21 – 65 anos, de ambos os sexos, fração de ejeção reduzida ou limítrofe (<45%) e classe funcional II e III pela New York Heart Association. Para avaliar a atividade simpática cardíaca foi utilizada a cintilografia do Miocárdio com Iodo-123 metaiodobenzilguinadina (123I-mIBG) foram obtidas imagens de tórax, após receberem a injeção endovenosa de 185 MBq (5 mCi) de 123I-mIBG. Estudo 3: Estudo transversal realizado com 77 adultos de 21 - 65 anos, com Insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida, NYHA II-III. Foi realizada análise do Glittre ADL-Test em comparação com o TECP. Para comparação entre os dois testes, foi utilizado o Tempo Total do Glittre ADL-Test e o VO2pico do TECP, o ponto de corte utilizado para o VO2 foi de 16 ml/Kg/min-1, segundo a classificação de Weber, a baixo desse valor era considerado baixa capacidade funcional e pior prognóstico. Através de uma curva ROC foi determinado o ponto de corte com melhor sensibilidade e especificidade, também foi definido a confiabilidade testereteste, a confiabilidade absoluta e a mudança mínima detectável. Resultados - Estudo 1 Nove indivíduos foram alocados no grupo 1 e dez no grupo 2, em ambos os grupos foi observado aumento da capacidade funcional, tolerância ao exercício, força da musculatura respiratória, mecânica diafragmática e qualidade de vida, tendo o grupo 1 apresentado um desempenho discretamente maior, porém sem significância estatística. Estudo 2: Após a intervenção, a média da RC/M precoce foi 2,47 (1,94-2,72) versus 2,02 (1,60-2,36) e a RC/M tardia foi 2,02 (1,86-2,32) versus 1,64 (1,52-2,33), grupo 1 e 2, respectivamente. A média da taxa de clareamento foi 27,82% (22,10-30,65) no grupo experimental e 34,49% (26,89-38,10) no grupo controle. Embora sem significância estatística, após intervenção, percebe-se um melhor controle da atividade simpática cardíaca, com maiores RC/M e menor taxa de clareamento cardíaco de 123I-mIBG no grupo experimental. Estudo 3: O ponto de corte definido foi de 255 segundos com sensibilidade de 75,76% (IC 95%, 57,7-88,9) e especificidade de 72,09% (IC 95%, 56,3-84,7), com área sob a curva de 0,773 (IC 95% 0,663-0,861 e p<0,0001). A correlação entre os testes foi de 0,83 com tamanho de efeito (R2 ) de 0,69 e p<0,001. O Coeficiente de correlação intraclasse entre os dois testes foi de 0.841 (IC95%: 0.454 – 0.936, p < 0.001) e Confiabilidade absoluta (variabilidade intra-sujeito) de 3,17%, a mudança mínima detectável (MDC95), é de 23.07 segundos ou 8,78%. Conclusão: De forma geral, os resultados encontrados apontam que cargas muito baixas de TMI já tem potencial de conceder benefícios adicionais a reabilitação de pacientes com IC, FEVE reduzida e limítrofe e fraqueza da musculatura inspiratória. Além disso, o Glittre ADL-Test mostrou-se como um teste de tolerância ao esforço submáximo capaz de predizer o prognóstico de pacientes com IC, além de ser reprodutível e com boa estabilidade em testes repetidos. O ponto de corte determinado pode ser utilizado na prática clínica para identificar pacientes mais graves quando houver dificuldade em realizar o TECP. Devido ao efeito aprendizado, dois testes são recomendados na prática clínica.
  • Tese
    Monitoramento da sarcopenia por meio de dispositivo vestível em pessoas idosas comunitárias: resultados do estudo PRO-EVA
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-02) Pimentel, Marcela Monteiro; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; https://orcid.org/0000-0002-8913-7868; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; https://orcid.org/0000-0001-9059-1120; http://lattes.cnpq.br/9113421041034421; Câmara, Saionara Maria Aires da; https://orcid.org/0000-0002-3054-7213; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393; Costa, Eduardo Caldas; Galdino, Katia Elizabete; Fernandes, Ana Tereza do Nascimento Sales Figueiredo
    Introdução: Dispositivos vestíveis (DV) vêm ganhando destaque pela mensuração de indicadores de saúde e componentes de atividade física (AF), que se relacionam com condições crônicas de saúde. Contudo, a sua aplicabilidade no monitoramento da sarcopenia ainda é uma lacuna na literatura. Objetivo: Investigar como dispositivos vestíveis podem auxiliar na avaliação e monitoramento da sarcopenia em pessoas idosas comunitárias. Métodos: Essa tese é composta por três estudos: Artigo 1 – Trata-se de um protocolo de Revisão Sistemática (RS). O protocolo de RS delimitou-se na busca de estudos observacionais e/ou dados iniciais de estudos prospectivos, que utilizassem dispositivos vestíveis no monitoramento da sarcopenia. Considerou-se apenas os consensos EWGSOP, EWGSOP2 e IWGS como critério diagnóstico. Esse protocolo foi submetido no International Prospective Registry of Systematic Reviews (PROSPERO). Artigo 2 – Estudo de RS. Artigo 3 – Estudo observacional e metodológico desenvolvido com pessoas idosas comunitárias. Os participantes foram avaliados quanto a presença de provável sarcopenia e quanto ao nível de Atividade Física (AF) a partir da utilização de um dispositivo vestível do tipo smartwatch, com o objetivo de estabelecer pontos de corte para discriminar provável sarcopenia, por meio da Curva ROC (Receiver Operating Characteristic). Resultados: Artigo 2: O estudo de RS incluiu 6 estudos, cuja sumarização dos resultados sugerem que a intensidade de AF, medida a partir de acelerômetros triaxiais, é o parâmetro mais comumente utilizado, demonstrando associação entre nível de AF e sarcopenia. Os segmentos corporais para posicionar os sensores com maiores potencialidades a serem explorados são quadril e pulso. Artigo 3: Foram avaliadas 168 pessoas idosas, dentre os quais, 69 apresentaram provável sarcopenia, com média de 75.8 ±56.2 minutos ativos envolvidos em AF leve por semana e média de 80.8 ±56.9 minutos envolvidos em AF moderada por semana. Os pontos de corte de melhor acurácia foram 109 minutos (AUC: 61%) para AF leve; 56 minutos (AUC: 65%) para AF moderada; 8.417 (AUC: 67%) para número de passos por dia; 2.707 (AUC: 65%) para calorias; e 5.439 metros para distância percorrida por dia. Conclusões: Os achados, particularmente, a partir dos artigos 1 e 2, sugerem que a medição do nível de AF e comportamento de movimento através de acelerômetros triaxiais se mostra promissora no monitoramento do desempenho físico de indivíduos com provável sarcopenia. Além disso, contribui na compreensão de como medidas de AF e comportamento de movimento podem ser exploradas no contexto do monitoramento e apresentar recomendações para novas pesquisas na área. Ademais, os resultados do artigo 3 demonstram que o constructo de AF, avaliado por dispositivo vestível, é um bom classificador para discriminar provável sarcopenia. Dessa forma, a tecnologia pode ser vista como uma ferramenta viável que pode contribuir para o monitoramento da sarcopenia, permitindo identificação e planejamento de intervenções precoces.
  • Tese
    Efeitos de um programa de exercícios baseado no método Pilates sobre a dor lombar em pilotos de helicóptero da Força Aérea Brasileira
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-30) Bulhões, Lidiane Cristina Correia; Brasileiro, Jamilson Simões; https://orcid.org/0000-0002-7943-4949; http://lattes.cnpq.br/2238444079880883; http://lattes.cnpq.br/9031352287320719; Lins, Caio Alano de Almeida; https://orcid.org/0000-0001-6424-3114; http://lattes.cnpq.br/1378037748813246; Souza, Clécio Gabriel de; Vieira, Edgar Ramos; Locks Neto, Francisco
    Introdução: Os pilotos de helicóptero tendem a apresentar dor lombar crônica e alterações no desempenho muscular devido a exposição à vibração produzida pela aeronave, bem como pela postura assimétrica adotada durante o voo. O exercício supervisionado é considerado uma das opções de tratamento mais eficaz na melhora da incapacidade associada à dor lombar crônica. Contudo, poucos estudos utilizaram o Método Pilates como programa de treinamento nesta população. Objetivos: Estudo I= Analisar os efeitos de um programa de exercícios baseado no Método Pilates, na dor lombar de pilotos instrutores de helicóptero da Força Aérea Brasileira. Estudo II= Observar o comportamento eletromiográfico relacionados à fadiga, entre pilotos instrutores de helicóptero treinados e não treinados, antes e após o voo. Métodos: Estudo I= Ensaio controlado, randomizado, cego. Quinze pilotos de helicóptero da Força Aérea Brasileira foram avaliados quanto à intensidade da dor (Escala Numérica da Dor - END), incapacidade associada à dor lombar e resistência muscular da coluna em três posições: extensão do tronco (teste de Ito) e ponte lateral direita e esquerda. Os indivíduos foram distribuídos aleatoriamente para o grupo de exercícios regulares (GER, n = 7), orientados a manter sua rotina normal de exercícios, ou para o grupo de Pilates (GP, n = 8), que seguiu um programa de exercícios baseado no método Pilates, duas vezes por semana, durante 12 semanas. Reavaliações ocorreram após seis e 12 semanas. As avaliações e reavaliações foram conduzidas por um pesquisador cego. A análise de dados foi realizada usando o software SPSS 20.0, com um nível de significância de 5%. Estudo II = Trata-se de um estudo observacional analítico transversal, realizado com 14 pilotos, instrutores de helicóptero da FAB. Foi observada a resistência à fadiga dos músculos multífidos, bilateralmente, de pilotos treinados (protocolo de treinamento por Bulhões et al., 2024) e não treinados. A avaliação foi realizada antes e imediatamente após o vôo, por meio da frequência mediana, registrada durante o Ito teste. Resultados: Estudo I = O GP mostrou uma significativa redução na dor lombar após 12 semanas de treinamento (diferença média de 3,5 pontos na END) quando comparado com o GER (p < 0,0001). Também observamos um aumento na resistência dos extensores do tronco (p = 0,002) e nos músculos laterais direita (p = 0,001) e esquerda (p = 0,001) no GP, quando comparado com o GER. No entanto, os índices de incapacidade não mudaram entre os grupos. Estudo II = Foram observadas diferenças significativas para a variável frequência mediana (Fmed) entre os grupos treinados e não treinados, antes do voo. Após o voo, essa condição variou entre os grupos. Na análise do percentual de queda da frequência mediana durante o Ito teste, não foi observada diferença significativa entre os grupos, em nenhum dos tempos avaliados. Conclusões: Estudo I = A intensidade da dor foi significativamente reduzida, enquanto a resistência muscular da coluna aumentou no GP em comparação com o GER, após a intervenção. Assim, os exercícios baseados no Método Pilates devem ser incluídos em programas de condicionamento físico para pilotos de helicóptero. Estudo II = Os indivíduos treinados apresentaram uma maior frequência mediana nos músculos multífidos que os não treinados, revelada pela eletromiografia, antes do voo e menor variação desta variável após o voo. Entretanto, não foi observada diferença no percentual de queda desta variável durante o Ito teste, quando os grupos foram comparados.
  • Tese
    Efeitos e segurança da reabilitação cardíaca precoce sobre a função cardíaca e aptidão física após infarto agudo do miocárdio
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-28) Schon, Caroline Ferreira; Bruno, Selma Sousa; https://orcid.org/0000-0001-6090-6275; http://lattes.cnpq.br/4056770607573210; http://lattes.cnpq.br/8741417840362940; Ribeiro, Tatiana Souza; https://orcid.org/0000-0002-9611-1076; http://lattes.cnpq.br/6868962363056590; Silveira, Amanda Soares Felismino; Felipe, Renata Carlos; Corte, Renata Cristina
    Introdução: A reabilitação cardíaca baseada em exercícios (RC-ex) é um procedimento não medicamentoso já incorporado clinicamente com recomendação grau A1 para pacientes pós infarto agudo do miocárdio (IAM) na fase ambulatorial. Apesar do crescimento científico da RC-ex na fase hospitalar e precoce após o evento, sua eficácia e segurança carecem de esclarecimentos com desenhos metodológicos mais robustos. Objetivo: Analisar os efeitos de um protocolo de RC-ex sobre a aptidão física e função cardíaca, além da segurança cardiohemodinâmica após IAM recente. Materiais e métodos: Pacientes internos com IAM, pós intervenção coronariana percutânea (ICP) de sucesso foram incluídos no ensaio clínico e randomizados em dois grupos: Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC). Ambos os grupos receberam a fase inicial da RC-ex intra-hospitalar, tratamento medicamentoso otimizado e orientações para deambulação auto-gerida, entretanto, o GI continuou a RC-ex com progressão na fase intra-hospitalar e a fase domiciliar semi-supervisionada. Os participantes foram submetidos as mesmas avaliações clínicas e funcionais, com testes de esforço físico máximo e submáximo (Teste ergométrico e teste de sentar-levantar de 30s) e a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Resultados: O Capítulo 1 apresenta a publicação e descrição detalhada do protocolo do ensaio clínico. O Capítulo 2 confirma a validação do conteúdo teórico do protocolo de RC-ex com coeficiente de validação de conteúdo de 0,80. No Capítulo 3, a análise longitudinal realizada durante o estudo piloto verificou baixas taxas de eventos adversos em 131 sessões de RC-ex, mesmo com incrementos significativos da frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e o duplo produto, imediatamente após as sessões. O Capítulo 4 descreve o ensaio clínico que apontou incremento significativo nos índices da VFC no GI em comparação com o GC na reavaliação. A aptidão física avaliada pelo Teste Ergométrico (TE) apresentou um incremento de 2,07 MET’s no GI comparado ao GC, entretanto, sem diferença estatística significante. O Teste de Sentar e Levantar de 30s (TSL 30s) apresentou incremento similar entre os grupos sem diferença estatística. Conclusão: A RC-ex com dose final estimada de 845 MET-min pós IAM foi eficaz na melhora do equilíbrio autonômico cardíaco. Este estudo fornece direcionamentos importantes sobre a janela terapêutica segura e eficaz para a RC-ex precoce em pacientes com IAM.