ES - TCC - Tecnologia em Gestão Hospitalar

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Gastos públicos em saúde com o setor privado complementar ao SUS no município de Natal/RN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-03) Pereira, Stefany Milena da Silva; Araujo, Isabelle Maria Mendes de; https://orcid.org/0000-0001-9732-2003; http://lattes.cnpq.br/1528461476652779; https://orcid.org/0009-0008-2863-2807; Nobrega, Janduir Oliveira da; Costa, Theo Duarte da
Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) assegura acesso universal e gratuito aos serviços públicos de saúde, permitindo a participação complementar da iniciativa privada por meio de contratos e convênios para ampliar a oferta e garantir os princípios legais quanto à assistência à saúde. Para isso, confere autonomia aos municípios no planejamento e gestão da saúde local, inclusive na contratação de serviços privados. No município de Natal/RN observa-se a utilização de recursos públicos para estabelecer parcerias com instituições privadas, visando complementar a rede do SUS e garantir a integralidade do atendimento à população. Assim, este estudo propõe analisar como Natal tem empregado esses recursos na contratação de serviços privados para complementar o SUS. Objetivo: Analisar os gastos públicos municipais em saúde com instituições privadas, na perspectiva da complementaridade ao SUS. Metodologia: Estudo descritivo-exploratório-retrospectivo que analisou, por meio dos Relatórios Anuais de Gestão (RAG), os gastos públicos com prestadores privados de saúde complementar ao SUS do município de Natal/RN, entre 2021 a 2023. Resultados: Os RAGs revelam aumento progressivo na utilização de recursos públicos municipais para complementar serviços especializados, com ênfase na área de alta complexidade e força de trabalho médica, além de concentração financeira em poucos prestadores. Considerações finais: É fundamental avaliar os gastos com o setor privado para garantir a eficiência e o uso adequado dos recursos públicos. Além disso, assegurar a transparência nos processos de gestão e fortalecer o controle social e a confiança da população. Como medida estratégica, o fortalecimento da atenção básica é essencial para reduzir a demanda por serviços especializados, promovendo saúde como direito social e política pública.
O uso das práticas integrativas complementares no cuidado da saúde mental do trabalhador: uma revisão narrativa
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-26) Silva, Ruth Herlem Tavares; Silva, Flávio César Bezerra da.; Rocha, Bianca Nunes Guedes do Amaral.
Este trabalho aborda o uso das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no cuidado da saúde mental de trabalhadores. Através de uma revisão narrativa, foram analisadas evidências sobre a eficácia dessas práticas na promoção do bem-estar e na prevenção do adoecimento psíquico. Observou-se que terapias como acupuntura, meditação e aromaterapia contribuem positivamente para a saúde emocional. O estudo destaca a importância da humanização no cuidado à saúde mental no ambiente laboral. Conclui-se que as PICs são estratégias viáveis e complementares à atenção psicossocial do trabalhador.
A importância da gestão da informação na melhoria da qualidade do atendimento hospitalar no SUS
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-30) Silva, Micaele Dayana Rodrigues; Barros, Rosires Magali Bezerra; orcid.org/0000-0002-5527-6691; http://lattes.cnpq.br/3538892232310984; Timóteo, Ana Flávia de Souza; Mata, Matheus de Sousa
Este estudo aborda a gestão da informação no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na melhoria da qualidade do atendimento hospitalar por meio da implementação de tecnologias digitais e integração de sistemas de saúde. A crescente digitalização dos serviços de saúde tem transformado a maneira como as informações sobre os pacientes são registradas e compartilhadas entre os profissionais, o que pode impactar positivamente a qualidade do cuidado prestado. O objetivo do estudo foi analisar como a gestão eficiente da informação contribui para a melhoria da qualidade do atendimento hospitalar no SUS. A metodologia utilizada foi a revisão narrativa, com base em artigos científicos que discutem a gestão da informação e a implementação de sistemas digitais, como o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e o e-SUS. A análise incluiu pesquisas que abordam a integração de sistemas e o impacto dessas tecnologias na tomada de decisão clínica e na coordenação do atendimento. Os resultados indicam que a integração de sistemas de saúde e o uso de tecnologias digitais, como o PEC, contribuem para uma gestão mais eficiente dos dados, melhorando a comunicação entre profissionais e a coordenação do cuidado. Além disso, a digitalização facilita a tomada de decisões informadas e a alocação eficiente dos recursos. Conclui-se que a gestão da informação é fundamental para melhorar a qualidade do atendimento hospitalar no SUS, e a implementação contínua de soluções tecnológicas, aliada à capacitação dos profissionais, é essencial para superar os desafios enfrentados pelo sistema.
Inteligência artificial na gestão de saúde pública: aplicações e desafios no cenário SUS
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-02) Araújo, Francisca Letícia da Silva; Timóteo, Ana Flávia de Souza; Barros, Rosires Magali Bezerra de; Medeiros, Wilma Maria da Costa
Este trabalho tem como objetivo analisar as aplicações da Inteligência Artificial (IA) na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), ao evidenciar os principais usos, desafios técnicos, éticos, legais e organizacionais que dificultam sua adoção plena e equitativa. A pesquisa, de natureza qualitativa, exploratória e documental, baseia-se na revisão de literatura e análise de documentos institucionais. Os resultados revelam que a IA tem sido empregada sobretudo em três áreas: vigilância epidemiológica, regulação de leitos e telessaúde. No entanto, sua aplicação ainda é concentrada em regiões com maior infraestrutura, o que demonstra desigualdades territoriais. As principais barreiras à sua incorporação abrangem deficiências de infraestrutura tecnológica, escassez de capacitação profissional e lacunas normativas relacionadas à proteção de dados. Conclui-se que, para a IA contribuir de maneira efetiva na governança do SUS, é imprescindível o fortalecimento das políticas públicas de transformação digital, com foco na equidade, transparência e no compromisso com os direitos coletivos.
Resíduos sólidos e gestão sustentável em saúde
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-17) Tavares, Jarluce do Nascimento de Andrade; Araújo, Isabelle Maria Mendes; Araújo, Rosires Magali Bezerra de; Andrade, Giovanna Karinny Pereira Cruz e
A gestão de resíduos sólidos de saúde representa um desafio essencial para a saúde pública e a preservação ambiental, considerando o risco potencial desses resíduos conterem materiais perigosos e agentes patogênicos. Este presente trabalho propõe-se a realizar uma revisão bibliográfica sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos de saúde, com o intuito de analisar criticamente os principais aspectos legais, operacionais e ambientais envolvidos nesse processo. Serão examinados os instrumentos normativos vigentes, os impactos provocados pelo manejo inadequado desses resíduos e as melhores práticas de gestão adotadas em instituições de saúde, buscando compreender de que forma esses elementos se articulam à luz dos preceitos da sustentabilidade e da saúde coletiva. Por meio de uma revisão bibliográfica com abordagem qualitativa, abrangendo publicações entre 2008 e 2021, foram examinados estudos obtidos em bases como SciELO, Google Acadêmico, CAPES, BVS e repositórios institucionais de universidades públicas, garantindo amplitude e confiabilidade na seleção das fontes. Os resultados indicam que, apesar dos avanços proporcionados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos — como o incentivo à redução de resíduos e à promoção da reciclagem — persistem desafios relacionados à implementação, fiscalização e capacitação técnica. Conclui-se que a superação dessas barreiras exige uma atuação colaborativa entre governo, instituições de saúde, setor privado e sociedade civil, além da adoção contínua de boas práticas e inovação na gestão dos resíduos de serviços de saúde.
Identificação e enfrentamento do estigma associado ao sofrimento psíquico em trabalhadores: uma revisão integrativa
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-25) Silva, Joane Maria do Nascimento; Guimarães, Jacileide; Oliveira, Lannuzya Veríssimo e; Nascimento, Karen Ferreira do
O presente trabalho tem como objetivo identificar os estigmas associados ao sofrimento psíquico mental de trabalhadores, por meio de uma revisão integrativa da literatura científica. A pesquisa foi realizada nas bases de dados SciELO e LILACS, utilizando os descritores "estigma social", "saúde mental" e "saúde do trabalhador", com recorte temporal de janeiro 2019 a dezembro 2024. Os resultados evidenciaram que o estigma ainda é um fator significativo no ambiente de trabalho, afetando a saúde mental dos profissionais, especialmente os da área da saúde. Dentre os estigmas mais identificados estão o preconceito, a discriminação, o medo de exposição do sofrimento psíquico, o isolamento social e as dificuldades de acesso a serviços de saúde mental. A revisão também apontou a necessidade de mudanças na formação profissional e na gestão institucional, além da criação de políticas de apoio psicológico e combate ao estigma no ambiente laboral. Conclui-se que o enfrentamento do estigma é essencial para a promoção da saúde mental dos trabalhadores e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.
Prevenção de quedas no contexto ambulatorial do Hospital Giselda Trigueiro: um projeto de intervenção
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-22) Oliveira, Francisca Fernandes de; Salvador, Pétala Tuani Candido de Oliveira .; Rodrigues, Claudia Cristiane Filgueira Martins; Cruz, Giovanna Karinny Pereira
Trata-se de projeto de intervenção com o objetivo de propor ações para a prevenção de quedas no contexto ambulatorial do Hospital Giselda Trigueiro. O projeto de intervenção terá como cenário o ambulatório do Hospital Giselda Trigueiro. O atendimento nesse ambulatório é especializado no tratamento de doenças infectocontagiosas, com ênfase em condições como hanseníase, tuberculose, meningite, multidrogas resistentes e outras doenças pulmonares. Assim como em Doenças de Chagas, hepatites e HIV/AIDS. O projeto está estruturado a partir de três pilares: delineamento de mapa de risco; realização de ações educativas acerca da prevenção de quedas; e implementação do Protocolo de Prevenção de Quedas no contexto ambulatorial do Hospital. Entende-se, portanto, que este é um trabalho importante que discutirá os principais aspectos do tema e oferecerá orientações para que os gestores possam implementar políticas de segurança, focando na prevenção de quedas.
Prontuário eletrônico do cidadão: vantagens e desafios da utilização na Atenção Primária à Saúde
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-30) Nascimento, Jefferson Ferreira do; Timoteo, Ana Flávia de Souza; Mata , Matheus de Sousa; Leite, Maria Jalila Vieira de Figueirêdo
O avanço tecnológico tem sido um aliado importante no processo de modernização dos serviços de saúde, especialmente na Atenção Primária. O Prontuário Eletrônicodo Cidadão (PEC) surge como uma ferramenta essencial para otimizar o atendimento, centralizar informações e proporcionar maior eficiência na gestão de unidades de saúde. Com isso, o objetivo central deste trabalho é de identificar quais as principais vantagens e desafios que o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) trouxe para a atenção primária à saúde, com os resultados observados através das analises feitas na revisão de literatura. A metodologia aplicada foi com base em uma pesquisa bibliográfica buscando-se artigos publicados de 2019 até 2024, utilizando como fonte de dados plataformas acadêmicas de acesso livre, como SciELO e Google Acadêmico. O PEC melhora a qualidade do atendimento ao centralizar dados, reduzir erros e otimizar a gestão das UBS. Facilita a integração entre unidades de saúde e o monitoramento de políticas públicas. E apesar de avanços, ainda enfrenta desafios como infraestrutura precária e resistência de profissionais. O estudo evidenciou que o PEC contribui significativamente para a eficiência da Atenção Primária, integrando informações e agilizando processos. Sua adoção representa um avanço na qualidade da gestão e dos serviços de saúde.
Promoção da saúde mental entre trabalhadores da saúde nos serviços públicos no Brasil: revisão narrativa
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-16) SILVA, Rayara Karina Barbosa da; Barros, Rosires Magali Bezerra de; Oliveira, Lannuzya Veríssimo e; Costa, Théo Duarte da
A saúde mental, segundo a Organização Mundial da Saúde, é um estado de bem-estar que combina o desenvolvimento das capacidades individuais, a habilidade de lidar com o estresse e a participação na comunidade. Esse equilíbrio é moldado por fatores sociais, econômicos e condições de trabalho. Nesse cenário, destaca-se os da área da saúde que lidam com condições de trabalho marcadas por sobrecarga, longas jornadas, exposição a riscos biológicos, pressão por resultados e, muitas vezes, baixa remuneração ou precarização do trabalho. Esses determinantes influenciam na saúde mental e podem levar a questões psicossociais relacionadas ao trabalho. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo foi analisar as ações voltadas para a promoção da saúde mental implementadas nos serviços de saúde públicos brasileiros. Para desenvolver este estudo, foi adotada a metodologia de revisão narrativa, coletando dados nas bases SciELO, LILACS e Google Acadêmico, além de fontes institucionais (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Organização Mundial da Saúde), entre 2014 e 2024, com análise qualitativa. Os resultados destacaram as ações para promoção da saúde mental, com prevenção por meio da Atenção Primária à Saúde (Estratégia de Saúde da Família) e monitoramento pela vigilância em saúde, além da necessidade de incentivo das instituições ao autocuidado. O diagnóstico é realizado principalmente por Centros de Atenção Psicossocial e Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, mas é restrito devido à falta de psicólogos. Já o tratamento envolve apoio psicológico e ajustes nas rotinas de trabalho para reduzir o estresse.
Análise do desempenho dos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde no Rio Grande do Norte entre 2023 e 2024
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-30) Santana, Mariana Lais Bezerra de.; Mata, Matheus de Sousa.; Santos, Fernanda Julyanna Silva dos; Silva, Denys Daniel da
Este estudo analisou o desempenho dos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Norte, no biênio 2023-2024, o objetivo deste estudo consiste em mensurar os indicadores de desempenho dos hospitais localizados no estado do Rio Grande do Norte que foram remunerados pelo Sistema Único de Saúde nos anos de 2023 e 2024. . Trata-se de uma pesquisa descritivo analítica, de abordagem quantitativa, que utilizou dados secundários provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foram incluídas unidades hospitalares com cinco ou mais leitos, e a análise consistiu em estatística descritiva e teste ANOVA para comparação de médias, com nível de significância de 0,05. Os resultados indicaram que a taxa de ocupação hospitalar e o valor médio da internação apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p < 0,001) em relação ao porte e à esfera jurídica dos hospitais. Hospitais de grande porte e unidades federais registraram as maiores taxas de ocupação (67,55% e 95,85%, respectivamente), enquanto hospitais municipais apresentaram as menores (15,92%). Quanto ao valor médio da internação, entidades empresariais registraram os custos mais elevados (R$4.626,10), e os hospitais municipais, os menores (R$582,69). Variáveis como permanência média no leito e taxa de mortalidade não demonstraram significância estatística. Conclui-se que o porte e a esfera jurídica impactam diretamente a eficiência operacional e os custos hospitalares na rede SUS potiguar, revelando importantes desigualdades. Os achados reforçam a necessidade de otimizar a alocação de recursos e a gestão hospitalar, considerando os perfis institucionais para o planejamento de políticas de saúde que visem à equidade e à qualidade da assistência.
Construção de um bundle baseado em evidências científicas para aprimoramento dos processos internos em unidades clínicas e hospitalares.
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-26) Souza, Waldiney Soares de; Costa, Theo Duarte da; Santos, Fernanda Julyanna Silva dos; Nobrega, Janduir Oliveira da
A busca por qualidade, segurança e eficiência nos serviços de saúde impulsiona gestores e profissionais a adotarem ferramentas padronizadas que auxiliem na organização dos processos internos. Neste contexto, surgiu o seguinte questionamento: como construir um bundle fundamentado em evidências que torne possível a padronização de processos internos em unidades clínicas e hospitalares, focado na segurança do paciente e na redução de falhas assistenciais e administrativas. Este estudo teve como objetivo desenvolver um bundle baseado em evidências científicas para padronizar práticas dos processos internos em unidades clínicas e hospitalares. A metodologia adotada foi uma pesquisa metodológica, dividida em duas etapas: uma revisão integrativa da literatura para identificar as principais intervenções utilizadas em bundles assistenciais, e a posterior construção de um instrumento técnico contendo componentes aplicáveis à realidade institucional. Foram selecionados 10 estudos, com predominância de produções brasileiras, evidenciando o interesse nacional na qualificação da gestão hospitalar. As intervenções mais frequentes referem-se à prevenção de infecções associadas aos cuidados de saúde, segurança no uso de dispositivos invasivos, padronização de registros, aplicação de checklists e capacitação das equipes. O bundle proposto foi estruturado com oito componentes, incluindo higienização das mãos, uso adequado de EPIs, avaliação de riscos assistenciais, auditoria interna e conferência documental, com o objetivo de melhorar a qualidade assistencial, aumentar a segurança do paciente e reduzir falhas que geram glosas e custos desnecessários. Os resultados indicam que a adoção sistemática de bundles pode ser uma estratégia eficaz para integrar equipes, qualificar processos e promover a sustentabilidade institucional. Recomenda-se a validação prática do instrumento desenvolvido e o monitoramento de seus impactos por meio de indicadores operacionais e assistenciais. A conclusão ressalta a relevância prática da ferramenta proposta e sugere a realização de pesquisas futuras para validação em campo, com acompanhamento de impacto sobre os resultados assistenciais e financeiros, conforme preconiza a avaliação da qualidade em saúde por estrutura, processo e resultado.
O teatro do oprimido como ferramenta de educação popular em saúde : um reflexão crítica.
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-27) Maria, Pollyana Karollyne Santos de; Souza, Marize Barros de; https://orcid.org/0009-0000-8946-0473; http://lattes.cnpq.br/0085598939129660; Oliveira, Lannuzya Veríssimo e; Guimarães, Jacileide
A Educação em Saúde (ES), historicamente pautada em modelos biomédicos e sanitarista, demonstrou insuficiência na promoção de mudanças comportamentais. Essa limitação impulsionou a necessidade da Educação Popular em Saúde (EPS), que prioriza métodos participativos, reconhecendo o saber popular e o protagonismo do indivíduo no cuidado à saúde. Nesse cenário, o Teatro do Oprimido (TO), desenvolvido por Augusto Boal e inspirado em Paulo Freire, surge como uma poderosa ferramenta pedagógica e política. O Teatro do Oprimido oferece uma prática artística transformadora que, partindo da realidade vivida, estimula o pensamento crítico, a consciência social e a ação coletiva. No contexto da saúde, permite que as comunidades expressem suas experiências, identifiquem opressões e construam coletivamente alternativas de enfrentamento. Este estudo discute a efetividade do Teatro do Oprimido como ferramenta transformadora na Educação Popular em Saúde, visando demonstrar sua capacidade de atender às demandas sociais e consolidar a Educação Popular em Saúde junto à população. Trata-se de um estudo reflexivo que busca contribuir com o debate acerca do teatro do oprimido como ferramenta na Educação Popular em Saúde. O Teatro do Oprimido, desenvolvido por Augusto Boal e inspirado em Paulo Freire, surge, nos anos 1960, como uma poderosa ferramenta pedagógica e política, em consonância com os métodos participativos, reconhecendo o saber popular e o protagonismo do indivíduo no cuidado à saúde apregoados pela Educação Popular em Saúde. Neste contexto, permite que as comunidades expressem suas experiências, identifiquem opressões e construam coletivamente alternativas de enfrentamento. Realça-se que em suas diversas técnicas, a saber: Teatro-Fórum, Teatro-Imagem, Teatro Invisível, Teatro-Jornal, Arco-Íris do Desejo e Teatro Legislativo, buscam-se transformar o espectador em “Expect-ator”, incentivando a reflexão crítica e a experimentação de soluções para conflitos cotidianos. Deste modo, pode contribuir com a conscientização e a mudança social na área da saúde. A convergência entre Teatro do Oprimido e Educação Popular em Saúde promove não apenas desenvolve o ensino, mas promove a real transformação dos indivíduos, capacitando-os a reconhecer e enfrentar situações de opressão. Para sua aplicação eficaz, é crucial que os educadores compreendam profundamente seus princípios, garantindo que a metodologia seja um instrumento de emancipação e diálogo. Conclui-se que o Teatro do Oprimido, quando bem aplicado, é uma ferramenta eficaz para promover a conscientização e a mudança social na área da saúde.
Saúde digital: contribuição da telessaúde na integralidade do cuidado na atenção primária à saúde no Brasil
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-30) Alves, Vitória Danielly Silva Batista; Leite, Maria Jalila Vieira de Figueiredo; https://www.linkedin.com/in/vitoria-alves-000a38145?utm_source=share&utm_campaign=share_via&utm_content=profile&utm_medium=ios_app; Timóteo, Ana Flávia de Souza; Silva, Lívia Maria Martins da
O presente trabalho tem como objetivo analisar, por meio de uma revisão integrativa da literatura, a contribuição da telessaúde para a promoção da integralidade do cuidado na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, no contexto da transformação digital da saúde. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, com caráter exploratório-descritivo, que selecionou 17 artigos publicados entre 2020 e 2025 nas bases de dados BVS e Portal de Periódicos da Capes. Os critérios de inclusão abrangeram estudos que abordassem a telessaúde no âmbito da APS, enquanto os critérios de exclusão eliminaram duplicações, artigos fora do recorte temporal ou em idioma estrangeiro, e textos que não tratavam diretamente da temática. A análise dos dados foi conduzida por meio da leitura crítica e síntese dos achados, articulando-os com diretrizes do SUS e com políticas públicas de saúde.Os resultados demonstram que a telessaúde tem sido fundamental para fortalecer a resolubilidade e a coordenação do cuidado na APS, ampliando o acesso da população a serviços especializados, promovendo a educação permanente das equipes de saúde e reduzindo desigualdades regionais. Ferramentas como a teleconsultoria, a tele-educação e a telediagnóstico se destacam como dispositivos eficazes para apoiar profissionais da linha de frente, sobretudo em regiões remotas e com escassez de especialistas. Além disso, a telessaúde contribui para a continuidade do cuidado, favorecendo a integração dos níveis de atenção e a tomada de decisões clínicas baseadas em evidências.Conclui-se que a telessaúde representa uma estratégia estruturante para a efetivação do princípio da integralidade no SUS, desde que alinhada a investimentos em infraestrutura, capacitação profissional e políticas públicas comprometidas com a equidade e o acesso universal.
Perfil de never events associados a óbito ou lesão grave materna associados ao trabalho de parto ou parto em gestação de baixo risco no Brasil
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-25) Medeiros, Maria Eduarda Guedes de; Lopes, Rayssa Horácio; 0000-0001-7041-4792; 20220083080; Lopes, Rayssa Horácio; 0000-0001-7041-4792; França, Heloisa Martins; Bezerra, Maryana de Souza
Objetivo: Descrever o perfil de never events associados a óbito ou lesão grave materna associados ao trabalho de parto ou parto em gestação de baixo risco no Brasil. Método: Estudo ecológico, descritivo, documental, tendo como cenário o Brasil. Os dados foram coletados através de busca de consulta ao banco de dados da ANVISA nos relatórios de eventos adversos nos anos de 2020 a 2024. Resultados: No Brasil entre os anos de 2020 a 2024 foram notificados pelos serviços de saúde, 35 casos, com predominância de notificações nos anos de 2023 a 2024 com 11 (31,43%) em cada ano, ao analisar a distribuição regional, evidencia-se a maior concentração na região sudeste. Conclusão: O presente estudo evidenciou que os never events associados a óbito ou à lesão grave materna durante o trabalho de parto ou em parto em gestações de baixo risco, embora em número reduzido, refletem uma possível subnotificação e representam um desafio para a segurança obstétrica do Brasil. Reforça-se a importância de fortalecer a cultura de segurança, investir na capacitação das equipe multiprofissionais e implementar estratégias baseadas em evidências para prevenir danos graves à saúde materna.
Perfil das denúncias relativas às comunidades terapêuticas brasileiras: um estudo documental
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-25) Silva, Maria Clara de Assis Ramos da.; Lopes, Rayssa Horácio; Oliveira, Lannuzya Veríssimo e; Nascimento, Francisca Rialyne Pereira do
Este estudo teve como objetivo analisar o perfil das denúncias relativas às comunidades terapêuticas no Brasil. Trata-se de uma pesquisa documental que utilizou como fontes, relatórios públicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e reportagens jornalísticas publicadas entre os anos de 2018 e 2024. Os resultados indicam que, embora as comunidades terapêuticas representem apenas uma parcela dos estabelecimentos de interesse à saúde, concentram denúncias recorrentes, muitas delas classificadas como de alta gravidade, especialmente por violações de direitos humanos. As irregularidades mais frequentes envolvem práticas como maus-tratos, cárcere privado, imposição de atividades religiosas compulsórias e ausência de profissionais qualificados nas equipes. A análise também identificou um aumento da visibilidade midiática do tema nos últimos anos, revelando a importância do papel da imprensa na exposição de violações que, muitas vezes, não são captadas pelos sistemas formais de notificação. Conclui-se que é urgente o fortalecimento da fiscalização sanitária, da transparência nos processos de regulação e da formulação de políticas públicas pautadas nos direitos humanos, a fim de garantir um cuidado em saúde mental compatível com os princípios do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica.
O papel do gestor hospitalar no enfrentamento aos estigmas e preconceitos vividos por pacientes com HIV
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-08) Costa, Pedro Henrique Freire da.; Jacileide Guimarães; Profa. Dra. Jacileide Guimarães; Profa. Dra. Lannuzya Veríssimo e Oliveira; Mestre Karen Raquel Ferreira do Nascimento
Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão narrativa, sobre estigmas e preconceitos vividos por pacientes que vivem com HIV no âmbito hospitalar. Foram selecionados e analisados cinco artigos disponíveis na base de dados SciELO, com foco em produções publicadas entre 2015 e 2024. A busca e coleta de dados foi realizada no período de março a junho de 2025. Os resultados evidenciam que, mesmo com os avanços nas políticas públicas de saúde e nas práticas assistenciais, o estigma relacionado ao HIV ainda é presente nas instituições hospitalares, impactando diretamente a qualidade do atendimento, a adesão ao tratamento e a vivência dos pacientes. As atitudes discriminatórias, muitas vezes veladas, por parte dos profissionais de saúde refletem a permanência de preconceitos morais, sociais e institucionais. Nesse contexto, o gestor hospitalar assume um papel estratégico, sendo responsável por implementar ações educativas, promover ambientes acolhedores e garantir a integralidade do cuidado. Conclui-se que o enfrentamento do estigma demanda uma gestão sensível, ética e comprometida com os princípios do SUS, capaz de promover transformações culturais e institucionais no cuidado às pessoas que vivem com HIV.
Reorganização documental e informação arquivística no setor de estatística vitais: um relato de experiência
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-25) Costa, Rita de Cassia de Oliveira Nunes; Andrade, Giovanna Karinny Pereira Cruz de; 0000-0002-1242-7840; http://lattes.cnpq.br/7345877023081892; http://lattes.cnpq.br/0165247771008637; Rodrigues, Claudia Cristiane Filgueira Martins; http://lattes.cnpq.br/7399211815479152; Salvador, Pétala Tuani Cândido de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/5628089389342234
O trabalho apresentado trata-se de um relato sobre a experiência de uma discente do curso de Gestão Hospitalar durante a execução de um projeto de extensão no Setor de Estatísticas Vitais do município de Natal/RN em 2023. O objetivo principal foi propor uma intervenção para reorganizar a documentação e a informação arquivística sobre as Declarações de Nascidos Vivos e Declarações de Óbitos, essenciais para a alimentação do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e Sistema de Informação sobre Mortalidade. A partir da vivência prática e da identificação de falhas no fluxo documental, desenvolveu-se um plano de ação que inclui etapas como classificação, padronização, controle de acesso e armazenamento adequado dos documentos. A intervenção propôs otimizar a recuperação da informação, reduzir desaparecimentos documental e contribuir para a melhoria da gestão da informação em saúde. Os resultados melhoraram a eficiência do setor e reafirmaram a importância da atuação do gestor hospitalar na preservação e organização da informação arquivística. O relato destaca a necessidade de investimento contínuo em capacitação profissional e padronização dos processos documentais na área da saúde.
Vínculo precário e rotatividade de profissionais da saúde: uma realidade de cargos comissionados em um município brasileiro de pequeno porte
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-30) Montenegro, Alícia Tavares; Leite, Maria Jalila Vieira de Figueiredo; Silva, Márcia Andréia Pereira da; Mata, Matheus de Sousa
A estabilidade e a qualificação dos gestores públicos são elementos fundamentais para o fortalecimento das políticas de saúde. No entanto, a nomeação política em detrimento de critérios técnicos tem gerado impactos negativos na administração pública, especialmente em municípios de pequeno porte. Este trabalho tem como objetivo analisar os vínculos de cargos comissionados que atuam nos serviços públicos de saúde de uma cidade brasileira, com ênfase na rotatividade e nas implicações para a gestão local. A pesquisa é de natureza quantitativa, com delineamento descritivo e transversal, utilizando dados secundários provenientes do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), compreendendo o período de 2020 a 2025. Foram considerados os tipos de vínculo profissional, tempo de permanência nos cargos de direção e a frequência de substituições. Os resultados indicam que há predominância de nomeações comissionadas, caracterizadas pela ausência de estabilidade e por critérios políticos de nomeação em detrimento da qualificação técnica. A alta rotatividade compromete a continuidade das políticas públicas, fragiliza a estrutura administrativa e prejudica o planejamento em saúde. Também foi identificada a prática irregular de substituição de cargos comissionados por contratos temporários, o que fere os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e eficiência. Conclui-se que a fragilidade dos vínculos e a instabilidade dos gestores impactam negativamente a qualidade da gestão da saúde municipal, evidenciando a necessidade de critérios técnicos mais rigorosos e transparentes para nomeações em cargos estratégicos.
O uso da matriz SWOT na gestão do marketing em saúde: Uma revisão narrativa
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-25) Inácio, Rayane Feitosa da Silva; Santos, Fernanda Julyanna Silva dos; Salvador, Pétala Tuani Candido de Oliveira; Barros, Rosires Magali Bezerra de
Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a aplicação da análise SWOT no marketing em saúde. Ao seguir uma abordagem metodológica de natureza qualitativa e descritiva, foram selecionados e analisados os estudos que discutem e argumentam como essa ferramenta estratégica de gestão pode ser utilizada no Marketing no âmbito de instituições e serviços de saúde, ao trazer visões de planejamento estratégico, com suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças em seu ambiente interno e externo situacional. E contribuir para uma visão ampla de tomadas de decisões planejadas, levando a resultados eficazes e diagnósticos precisos com o auxílio da matriz.
Desafios, facilitadores e perspectivas para implementação de uma cultura de segurança do paciente em hospitais: uma revisão narrativa
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-26) Tavares, Sarah Alves; Costa, Theo Duarte da; Lopes, Rayssa Horácio; Praça, Miria Ribeiro
Este estudo teve como objetivo descrever os principais desafios, facilitadores e perspectivas para a implementação da cultura de segurança do paciente no ambiente hospitalar. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com abordagem teórico-reflexiva, realizada por meio do Portal de Periódicos da CAPES, utilizando os descritores “Segurança do Paciente”, “Cultura Organizacional” e “Ambiente Hospitalar”. Foram incluídos artigos originais, em português, publicados entre 2013 e 2025, que abordam diretamente a cultura de segurança em hospitais brasileiros. A análise crítica e reflexiva dos estudos permitiu identificar múltiplos entraves, como a persistência de uma cultura punitiva, a fragilidade da liderança, a escassez de recursos humanos e materiais, a ausência de capacitação sistemática e a resistência à adesão a protocolos. Como fatores facilitadores, destacaram-se o engajamento da liderança, a educação permanente, a comunicação efetiva e o uso de sistemas de notificação não punitivos. Entre as perspectivas identificadas, estão o fortalecimento das práticas interdisciplinares, a adoção de tecnologias de apoio à segurança, o uso de ferramentas de avaliação e a promoção da cultura de aprendizagem organizacional. Conclui-se que a consolidação da cultura de segurança do paciente exige mudanças estruturais, compromisso institucional e valorização dos profissionais, sendo essencial para a qualificação da assistência hospitalar e a promoção de ambientes mais seguros.

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