Cante, música, moço: nos tambores da acontecência da homidade

dc.contributor.advisorAmorim, Ana Karenina de Melo Arraes
dc.contributor.advisorIDhttps://orcid.org/0000-0002-1343-9341
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9847082748841264
dc.contributor.authorOliveira, Renato Luiz Gonçalves de
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0595393821179813
dc.contributor.referees1Silva, Antônio Vladimir Félix da
dc.contributor.referees1IDhttps://orcid.org/0000-0003-3084-379X
dc.contributor.referees1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0054246163352476
dc.contributor.referees2Hilário, Leomir Cardosopt_BR
dc.contributor.referees2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5960647391609184
dc.date.accessioned2025-09-01T22:51:13Z
dc.date.available2025-09-01T22:51:13Z
dc.date.issued2025-06-26
dc.description.resumoEsta pesquisa investiga as dinâmicas da masculinidade negra, a partir do contexto de um terreiro de candomblé ketu em terras potiguares, utilizando a etnocartografia como método. O estudo analisa como os homens negros cultuadores nessa Casa experienciam, tonalizam, modificam e performam suas masculinidades, reconfigurando ou recrudescendo normas sociais e culturais. Para tanto, se parte de uma questão e seus desdobramentos: o que o candomblé diz sobre ser um homem no mundo? E como é ser um homem negro naquele Terreiro? Que elementos dessas formas de ser homem podem nos dar pistas sobre os processos de subjetivação contemporâneos? Esta investigação objetiva etnocartografar os elementos coloniais-capitalísticos participantes da produção de subjetividades masculinas e negras, assim como as práticas de resistência a esses elementos, em um território contextualizado. Como composição do processo de pesquisa, será necessário destacar como os modos de exploração econômica, afetiva, social, cultural, entre outras, seguem se atualizando nos corpos de homens negros; como as subjetividades desses corpos são atravessadas por processos de colinização capitalistica e produzidas a partir de uma estereotipia negativa de seus valores, hábitos culturais e religiosidades, bem como identificar as práticas de resistências que surgem no contexto das práticas religiosas e da manutenção dos ritos afrodiaspóricos no Brasil e como isso se configura enquanto uma organização comunitária. Esta dissertação analisou as formas de produção da homidade — conceito proposto em lugar de “masculinidade” a partir da etnocartografia como método e da heteroautobiografia como recurso narrativo. A análise se orienta por três marcas epistêmicas: o corpo, a ritualidade e a acontecência. O corpo é compreendido como território de inscrição histórica e ancestral, sensível aos afetos e às experiências de exclusão e resistência. A ritualidade entendida como tecnologia epistêmica afrodiaspórica que organiza o tempo, os afetos e os modos de ser, produzindo subjetividades encarnadas por meio de práticas cotidianas na Casa de Candomblé. Já a acontecência é proposta como categoria analítica para captar os limiares entre o que quase é e o que se faz, enfatizando as potências subjetivas como operadores de transformação. Entre os principais resultados, a pesquisa identifica que os homens negros do terreiro constroem uma homidade que escapa das normatividades eurocentradas de gênero, mobilizando saberes ancestrais, práticas rituais e relações comunitárias como formas de reinvenção de si. Ainda que a experiência religiosa opera como prática contra-hegemônica, de desobediência epistêmica e afetiva, criando sentidos de pertencimento, cuidado e corporeidade, ainda que reprodutora das estruturas de masculinidade hegemônica, produtora de desvios. Pudemos compartilhar a ritualidade afro-brasileira, sobretudo no candomblé, como espaço de experimentação da subjetividade, onde o corpo compartilha uma memória coletiva e os sujeitos reinscrevem-se como agentes espirituais, políticos e afetivos de suas existências. A pesquisa conclui que a homidade negra construída nos terreiros não pode ser lida a partir das categorias clássicas de gênero, pois ela se produz em atravessamentos multirreferenciais, que desafiam a colonialidade do saber e do devir. Nesse processo, o candomblé emerge como espaço de produção de novos mundos e novas formas de existir, onde os homens negros experimentam modos outros de ser homem: múltiplos, espirituais, comunitários, sensíveis — e, sobretudo, vivos.
dc.identifier.citationOLIVEIRA, Renato Luiz Gonçalves de. Cante, música, moço: nos tambores da acontecência da homidade. Orientadora: Dra. Ana Karenina de Melo Arraes de Amorim. 2025. 134f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2025.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/65388
dc.language.isopt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Norte
dc.publisher.countryBRpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIApt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMasculinidade
dc.subjectEtnocartografia
dc.subjectSubjetividade
dc.subjectCandomblé
dc.subjectHomidade
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
dc.titleCante, música, moço: nos tambores da acontecência da homidade
dc.typemasterThesispt_BR

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