Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/22562
Título: A palavra do habitante e as possibilidades de apropriação do habitat em locação social: o programa de locação social da prefeitura municipal de São Paulo
Autor(es): Andrade, Sarah de Andrade e
Orientador: Borges, Amadja Henrique
Palavras-chave: Método palavra do habitante;Entrevista qualitativa;Habitat em locação social;Apropriação;Henri Lefebvre
Data do documento: 23-Set-2016
Referência: ANDRADE, Sarah de Andrade e. A palavra do habitante e as possibilidades de apropriação do habitat em locação social: o programa de locação social da prefeitura municipal de São Paulo. 2016. 201f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
Resumo: A pesquisa aqui desenvolvida, trata das possibilidades de apropriação do habitat concebido pelo Programa de Locação Social (PLS), implementado no âmbito da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), por seus habitantes. Orientada pelo referencial teórico-metodológico do filósofo e sociólogo francês Henri Lefebvre (1958; 1970; 1974; 2002; 2001, 2008; 2013) e pela aplicação do método de análise do discurso desenvolvido pelos pesquisadores do Instituto [francês] de Sociologia Urbana (ISU), investiga a relação entre a “palavra do habitante” (RAYMOND, 2001; HAUMONT, 2001, RAYMOND et. al, 2001) e a apropriação da locação social em São Paulo. O método aqui relido e aplicado faz uso de entrevistas abertas/não estruturadas – complementadas por nossa observação in loco e registro fotográfico - para a apreensão do espaço percebido pelos habitantes do referido programa, entendendo que esta ferramenta coloca em posição de centralidade e dá voz ao agente principal da pesquisa: o habitante. Assim, o recorte espacial de nosso campo empírico abrange quatro dos seis empreendimentos viabilizados pelo mesmo entre 2002 e 2015, sendo eles a Vila dos Idosos, o Residencial Olarias, o Edifício Senador Feijó e o Palacete dos Artistas. A utilização de uma abordagem qualitativa e, especificamente, a aplicação do método palavra do habitante possibilitou a formulação de diversas conclusões que extrapolam a hipótese inicialmente formulada de que a reafirmação do valor da propriedade privada pelas políticas habitacionais brasileiras, fragilizaria as possibilidades de apropriação do habitat de locação social. Essa questão se coloca como um dos entraves à apropriação do habitat fundamentado no aluguel e, do ponto de vista qualitativo e quantitativo, também estão presentes no discurso dos habitantes, os conflitos resultantes da descontinuidade no acompanhamento sócioeducativo aos beneficiários do Programa e seu abandono pelas gestões que se sucedem na PMSP entre 2005 e 2013. Por outro lado, nos empreendimentos onde as famílias e indíviduos estão engajados em movimentos sociais de luta por moradia e estes atuam como uma ponte entre os habitantes e os órgãos públicos de gestão dos empreendimentos, se evidenciam as possibilidades de superação dos conflitos e condução à apropriação do habitat. Ao longo dos caminhos aqui trilhados, descortinamos também a apropriação dos idosos pelo habitat em locação social, que não compartilham do sonho da casa própria.
Abstract: This research verses about the possibilities of habitat appropriation conceded by Social Tenancy Program (PLS), implemented in the sphere of the São Paulo City Hall, by its inhabitants. Oriented by the theories and methods of the french sociologist and philosopher Henri Lefebvre (1958; 1970; 1974; 2002; 2001; 2008; 2013) and by the application of the discourse analysis method developed by researches of the French Urban Sociology Institute (ISU), the current research investigates the relationship between the “inhabitant’s word” (RAYMOND, 2001; HAUMONT, 2001, RAYMOND et. al, 2001) and the appropriation of social tenancy in São Paulo. The method here employed and reviewed makes use of open and non-structured interviews – complemented by field observation and photographic registers – for the setting of the space perceived by those contemplated by the Program, understanding that this tool brings to the fore the main agent of this research: the inhabitant. Thus, the spatial limits of our empirical field embraces four of the six buildings contemplated by the program between 2002 and 2015, being the Vila dos Idosos, Residencial Olarias, Senador Feijó Building and the Palacete dos Artistas. The use of a qualitative and, specifically, the application of the method “inhabitant’s word, made possible the formulation of several conclusions that go beyond the initial hypothesis that said that the reaffirming of the private propriety value by brazilian habitational policies would bring frailty to the possibilities of social tenancy of habitat appropriation. This matter presents itself as one of the difficulties for the appropriation of habitat by rent and, from qualitative and quantitative points of view, they are also present in the inhabitants’ discourse, the resulting conflicts from the cancelling of the socio-educative accompaniment of the ones contemplated by the Program and its abandon by the successive terms in the City Hall between 2005 and 2013. On the other hand, in the buildings that there are families and individuals that are engaged in social movements for livelihood, they act as a bridge that links the inhabitants and the public management of the buildings, and is also noticed the possibilities of conflict solving and appropriation of habitat. Throughout this research we also verse about the appropriation of habitats by the elderly population in social tenancy, who share not the dream to own a house.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22562
Aparece nas coleções:PPGAU - Mestrado em Arquitetura e Urbanismo

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
PalavraHabitantePossibilidades_Andrade_2016.pdf15,17 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.