CCHLA - TCC - Dança
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TCC "Eu quero comer a língua do boi": memórias e atravessamentos da dança em pedagogias de um corpo brincante(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-11) Silva, Sebastião de Sales; Barbosa, Makarios Maia; http://lattes.cnpq.br/7518934874341453; 0000-0002-7070-3364; http://lattes.cnpq.br/7250080468263829; Marques, Larissa Kelly de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/2272256149121710; Machado, Lara Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8465131534198907O artigo aqui “dançado” apresenta uma costura de algumas memórias minhas acerca da brincadeira do Boi de Reis. Nele, brinco com a passagem do tempo dessa dança a partir de narrativas que vão desde a recriação do meu tempo de menino – quando via o Boi de Reis de Mestre Jovelino dançar – até costuras pedagógico-performativas das minhas andanças atualmente enquanto um brincante da cena popular. A tessitura de texto aqui apresentada busca atender à necessidade de reconhecer a brincadeira do Boi de Reis, como tem ocorrido há mais de cem anos na Cidade de Vera Cruz/RN, estado do Rio Grande do Norte, como uma representação cultural de um povo ameríndio – meu povo. Muito especialmente, faço um recorte no todo da brincadeira e me dedico à observação do corpo da figura de Catirina – única presença feminina no jogo lúdico do brincar do boi. Nela, meus olhares vagueiam na busca de estudar com profundidade suas motrizes e pedagogias, para tentar compreender a potência dançante de sua construção e os saberes culturais e educacionais que ocorrem no contexto dessa dança. O enfoque principal de minha mirada é compreender como uma dança, tradicionalmente dançada por homens, tem a necessidade de mobilizar a energia de um corpo feminino. Assim, monto uma estratégia de pesquisa investigativa autorreferente, ou seja, a partir das minhas memórias de ator-brincante – em performance –, para tentar entender que questões poético-políticas, sensório-sociais e imagético-culturais que me atravessam no percurso de materialização de minha Catirina. Com isso, pretendo colocar em debate algumas proposições acerca do universo da brincadeira, entendendo-a como uma representação cultural de dado grupo social, dado lugar, dado povo. Os marcos teóricos que ciceroneiam esse texto são RUFINO (1987; 2016), com as sabenças em Pedagogias das Encruzilhadas; MUNANGA (2020), bailando sobre questões da Negritude: usos e sentidos; MACHADO (2017), com o Jogo da Construção Poética; SANTOS (2020), esquivando-me com a Filosofia do malandro e SANTOS (2002), fechando o cruzo com o Corpo e ancestralidade. A partir dessa brincadeira, a construção dessa tessitura recupera a minha ancestralidade, especificamente, quando brinco e acesso as divindades ancestrais do “serestar” Catirina.