PPGSCOL/CCS - Doutorado em Saúde Coletiva
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Tese Construção de indicadores para avaliação de centros de especialidades odontológicas via técnica de consenso(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014) Machado, Flávia Christiane de Azevedo; Ferreira, Maria Ângela Fernandes; Albuquerque, Olga Maria Ramalho de; http://lattes.cnpq.br/1773184737080514; Maciel, Shirley Suely Soares Veras; http://lattes.cnpq.br/882352565203815; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; http://lattes.cnpq.br/0790763211909338; Rodrigues, Maísa Paulino; http://lattes.cnpq.br/3535935637398553; Costa, Íris do Céu Clara; http://lattes.cnpq.br/9903762680376103Os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) são serviços responsáveis pela assistência pública odontológica de média complexidade cuja missão organizacional é apoiar a Atenção Primária à Saúde (APS) dentro deste nível de atenção. Assim, com a finalidade de facilitar o alcance desta missão, uma matriz de indicadores para uma avaliação de desempenho de CEOs foi construída e a seguir, validada via técnica de consenso tipo grupo nominal. Para subsidiar a construção da matriz, um modelo lógico para representar como o serviço deveria funcionar foi delineado. Neste sentido, os elementos constituintes do modelo buscaram identificar o que um CEO deveria ter (recursos), realizar (atividades) e produzir (produtos e resultados) para efetivar sua missão organizacional. Por conseguinte, a matriz continha indicadores distribuídos em componentes (Apoio a Atenção Primária à Saúde; Avaliação Planejamento e Monitoramento; Assistência centrada no usuário; Gestão orgânica; Educação e Comunicação em Saúde) que pretendiam viabilizar informações acerca dessas questões. No intuito de validá-la, um grupo nominal (n=6) composto por professores, gerentes e gestores atribuíram pontos de 0 a 9 a cada uma das sete pretensas características dos indicadores propostos: validade; sensibilidade; especificidade; relevância; simplicidade; custo-efetividade e oportunidade. Após análise estatística, os indicadores que apresentaram mediana ≥7 (denotando importância) e distância entre os quartis ≤ 2 (denotando consenso) compuseram a matriz final de indicadores deste estudo. Ressalte-se que houve dois momentos de avaliação da matriz, um anterior às discussões em grupo e um posterior. Desta forma, ao final dessas duas avaliações, a matriz inicialmente composta por 82 indicadores foi reduzida a 63 indicadores, sendo 43 originais da matriz construída anteriormente à discussão em grupo (modificados ou não) e 20 construídos após a discussão. Tais indicadores, de forma geral, estão relacionados à motivação para o trabalho; ao absenteísmo às consultas; ao clima organizacional; segurança do paciente; gestão participativa; recursos financeiros; produtividade; educação em saúde e à interação CEO/APS. A perspectiva deste estudo é que esses indicadores possam subsidiar processos avaliativos nos CEOs, que viabilizem o alcance de sua missão organizacional, e, por conseguinte, auxiliem na construção de uma Rede de Atenção à Saúde Bucal.Tese Avaliação das condicionalidades em saúde do Programa Bolsa Família(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-03-20) Melo, Larissa Grace Nogueira Serafim de; Uchoa, Severina Alice da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/8414233332373275; ; http://lattes.cnpq.br/5759085627598936; Thumé, Elaine; ; http://lattes.cnpq.br/8303310223968323; Piuvezam, Grasiela; ; http://lattes.cnpq.br/0391780760729166; Costa, Nilma Dias Leão; ; http://lattes.cnpq.br/4971846610587763; Santana, Paulo Roberto de; ; http://lattes.cnpq.br/9577878006224412Os programas de transferência condicionada de renda estão disseminados em países em desenvolvimento na América Latina com ênfase no Brasil como um novo paradigma nas políticas sociais para erradicação da pobreza. Consistem no repasse de recusros monetários de renda do governo diretamente para familias pobres mediante cumprimento das condicionalidades em educação e saúde. Na saúde, memos com variçãoes entre os países as condicionalidades tem como público alvo gestantes e crianças com vistas à redução de indicadores de saúde da criança, como cescimento e desenvolvimento, mortalidade infantil e incemento do pré-natal. Os objetivos deste trabalho são comparar o programa de transferencia condicionada de renda brasileiro, o Bolsa Familia e os programas semelhantes na América Latina em relação aos seus efeitos no crescimento e desenvolvimento de crianças até 7 anos de idade e avaliar a prevalencia das condicionalidades em saúde da mulher e da criança entre usuárias dos serviços de saúde brasileiros cujas equipes aderiram ao Programa de Acesso e Qualidade da Aenção Básica (PMAQ). Para o primeiro objetivo foi realizada uma revisão sistemática onde selecionaram-se dez artigos entre mais de mil encontrados nas bases de dados Embase, Pubmed, Scopus, Scielo e Lilacs. Os artigos são estudos epidemiológicos observacionais dos tipos descritivos transversais e analíticos de coorte e casos-controle. Para o estudo de prevalencia, análise estatística utilizou a regressão de Poisson com variância robusta para investigar como a prevalência do cumprimento das condicionalidades na área de saúde foi influenciada pelas diversas variáveis explicativas. Foram estimadas razões de prevalências brutas e ajustadas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. O cadastro no programa bolsa família foi considerado como principal variável de exposição. As variáveis de confundimento foram: idade da mãe, escolaridade, raça/cor, saber ler, viver sozinha e região de moradia. Na análise dos dados foi utilizado o software R 3.0.1 (RDevelopment Core Team, 2013).Em relação a comparação do Bolsa Familia com demais programas da América Latina, a revisão mostrou resultados semelhantes quanto ao efeito positivo dos programas de transferência de renda no estado nutricional de crianças beneficiárias, sendo que estes efeitos são mais evidenciados em crianças menores de dois anos de idade, bem como pertencentes às famílias de mais baixo nível socioeconômico. Para a prevalencia das condicionalidades entres os diferentes grupos de usuárias do Bolsa Família e não usuárias Os resultados apontaram que não houve diferença estatística significativa entre respondentes (com filhos menores de dois anos) cadastrados e não cadastrados no PBF quanto às questões referentes aos seguintes aspectos: cumprimento do calendário vacinal da criança, realização de pelo menos sete consultas de pré natal, realização do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e receber orientação da equipe de saúde quanto a alimentação da criança. Conlui-se de um lado que aumento de renda mínima para familias de exterma pobreza mostrou impacto possitivo na saúde das cranças no Brasil e América Latina. Do outro não confirmou, no Brasil, uma incremento das condicionalidades expressas numa utlização dos serviços de atenção básica por parte das usuárias do Bolsa Familia.Tese Prevalência e fatores associados à morbidade materna: inquérito populacional em Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-06-05) Rosendo, Tatyana Maria Silva de Souza; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; ; http://lattes.cnpq.br/4946747115155324; Azevedo, George Dantas de; ; http://lattes.cnpq.br/1088076378928302; Souza, João Paulo Dias de; ; http://lattes.cnpq.br/9159348039113345; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; Parpinelli, Mary Angela; ; http://lattes.cnpq.br/4403955337688869A morbidade materna grave, também conhecida como near miss materno, tem sido utilizada como alternativa ao estudo da mortalidade materna, pois além de ser mais frequente, compartilha os mesmos determinantes e possibilita a implementação da vigilância epidemiológica dos casos. Desde então, auditorias em hospitais têm sido realizadas a fim de determinar as taxas de near miss materno, suas principais causas e seus fatores associados. Mais recentemente, inquéritos populacionais a partir da morbidade auto-referida também têm sido apresentados como viáveis na identificação desses casos. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de near miss materno e de complicações no período gravídico-puerperal no município de Natal/RN e estudar seus fatores associados. MÉTODO: Trata-se de um estudo seccional, de base populacional realizado no município de Natal/RN, Brasil, que tem como população-alvo as mulheres de 15 a 49 anos que engravidaram nos últimos cinco anos. Realizou-se um processo de amostragem probabilístico com desenho de amostras complexas, no qual foram sorteados 60 setores censitários distribuídos em três estratos (norte, sul-leste e oeste). Em seguida sortearam-se os domicílios que deveriam ser incluídos na pesquisa a fim de obter uma amostra de 1.135 mulheres elegíveis nas quais foi aplicado um questionário. Nas análises descritivas e de associações bivariadas aplicando o teste Qui-quadrado, calculando a Razão de Prevalência (RP) com intervalo de confiança de 95% e considerando os pesos e efeitos do delineamento. A análise de regressão de Poisson, também com significância de 5% e IC de 95%, foi utilizada para as análises dos fatores associados RESULTADOS: Foram entrevistadas 848 mulheres das 1.132 mulheres elegíveis identificadas em 8.227 domicílios percorridos, totalizando uma taxa de não-resposta de 7%. A prevalência de near miss materno foi de 41/1.000NV, sendo a internação em UTI (19/1.000NV) o marcador mais referido. A prevalência de complicações no período gravídico puerperal foi de 21,2%, sendo a hemorragia (10,7%) e a infecção urinária (10,7%) as condições clínicas mais relatadas e a permanência no hospital por mais de uma semana após o parto a intervenção mais frequente (5,4%). Quanto aos fatores associados, a análise bivariada mostrou associação entre o maior número de complicações nas mulheres da raça preta/parda (RP=1,23; IC95%=1,04-1,46) e com pior situação socioeconômica (RP=1,33; IC95%=1,12-1,58), nas mulheres que fizeram o pré-natal no serviço público (RP=1,42; IC95%=1,16-1,72), que não foram orientadas durante o pré-natal sobre lugar onde deveriam fazer o parto (RP=1,24; IC95%=1,05-1,46), que fizeram o parto no serviço público (RP=1,63; IC95%=1,30-2,03), que percorreram mais de um hospital para realizar o parto (RP=1,22; IC95%=1,03-1,45) e que não tiveram acompanhante durante o parto (RP=1,19; IC95%=1,01-1,41) ou em todos os momentos da assistência ao parto - antes, durante e depois do parto - (RP=1,25; IC95%=1,05-1,48). Além disso, o número de dias de internação pós-parto foi maior nas mulheres que tiveram mais complicações (RP=1,59; IC95%=1,36-1,86). No modelo final da regressão tanto o local do parto (RP=1,21; IC95%=1,02-1,44) como a condição socioeconômica (RP=1,54; IC95%=1,25-1,90) mantiveram a associação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização de inquéritos populacionais utilizando a definição pragmática de near miss é factível e pode acrescentar informações importantes sobre esse evento. Foi possível perceber a expressão das iniquidades em saúde relacionadas à saúde materna tanto na análise das condições socioeconômicas como na questão da utilização dos serviços de saúde.Tese Trajetórias de vida e a cárie dentária em jovens no nordeste brasileiro: um estudo de coorte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-03) Teixeira, Ana Karine Macedo; Noro, Luiz Roberto Augusto; ; http://lattes.cnpq.br/2335211528795775; ; http://lattes.cnpq.br/2624106157896768; Antunes, José Leopoldo Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/4938720890035457; Lima, Kenio Costa de; ; http://lattes.cnpq.br/5835673385014578; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; Celeste, Roger Keller; ; http://lattes.cnpq.br/9756112883929356A trajetória de vida percorrida pelo indivíduo determina sua forma de adoecer e manter-se saudável; além disso, os determinantes sociais da saúde influenciam a saúde da população ao longo do seu curso de vida. O objetivo deste trabalho foi investigar a saúde bucal e seus fatores determinantes ao longo do curso de vida dos jovens no município de Sobral, Ceará. Tratou-se de um estudo de coorte, com três ondas: 2000, 2006 e 2012. Foram examinados e entrevistados 482 indivíduos nas três ondas, atualmente, na faixa etária de 17 a 21 anos. Investigaram-se a cárie dentária, má oclusão, doença periodontal, edentulismo e traumatismo dentário. As variáveis independentes coletadas na última onda foram as características sociodemográficas, utilização de serviços e ações de saúde bucal, autopercepção de saúde bucal e hábitos e comportamentos de saúde bucal. Foi analisada a incidência de cárie de 2006 para 2012, a trajetória da cárie dentária, a trajetória da assistência odontológica e a trajetória da condição socioeconômica familiar. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 20, no qual foram utilizados os testes t de student, ANOVA e regressão de Poisson. A incidência média de cárie de 2006 para 2012 foi de 2,95 dentes. As condições socioeconômicas apresentaram-se como fatores de risco para todos os desfechos investigados nas diferentes ondas. A participação em grupos de adolescentes apresentou-se como fator de proteção para saúde bucal, enquanto a utilização dos serviços de saúde bucal implicou no aumento da recidiva de cárie e mutilação dentária. As teorias explicativas do life course (período crítico, mobilidade socioeconômica e acumulação de risco) foram comprovadas neste estudo. Aqueles que nunca foram pobres apresentaram melhores condições de saúde bucal, enquanto empobrecer acarretou uma piora no quadro de saúde bucal. Porém, o risco foi maior para aqueles que permaneceram sempre pobres e com maior experiência de pobreza ao longo da vida. Verificou-se a presença de iniquidades em saúde bucal e de assistência odontológica na população investigada.Tese Avaliação da atenção humanizada ao abortamento em maternidade-escola, em Natal, Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-03) Rocha, Bianca Nunes Guedes do Amaral; Uchoa, Severina Alice da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/8414233332373275; ; http://lattes.cnpq.br/8237833219950099; Rocha, Paulo de Medeiros; ; http://lattes.cnpq.br/3633596483807678; Costa, Nilma Dias Leão; ; http://lattes.cnpq.br/4971846610587763; Medina, Maria Guadalupe; ; http://lattes.cnpq.br/9524524515892403; Alves, Maria Teresa Seabra Soares de Britto e; ; http://lattes.cnpq.br/3910533965773430A gravidez, não planejada, é vivenciada por milhões de mulheres em todo o mundo. Esse fato aumenta o risco de morbimortalidade ligada ao aborto. Este estudo objetivou avaliar os avanços e desafios da implantação da Atenção Humanizada ao Abortamento em Maternidade-Escola, em Natal, Rio Grande do Norte. A Pesquisa foi avaliativa, precedida por um Estudo de Avaliabilidade e seu delineamento um Estudo de Caso. A amostra intencional totalizou 102 sujeitos, sendo 60 usuárias, 39 profissionais e 3 gestores. As técnicas de coleta foram análise documental, entrevista-semiestruturada e observação com diário de campo. A análise documental foi descritiva e para as entrevistas e o diário de campo utilizou-se a Análise de Conteúdo de Bardin. No estudo de avaliabilidade, verificou-se que a atenção humanizada ao abortamento é um programa avaliável com elaboração e pactuação do modelo lógico, da matriz dos indicadores e das perguntas avaliativas. No Estudo de Caso, as usuárias demonstraram satisfação quanto à resolutividade do atendimento e ao acesso. Contudo, identificaram inadequação na ambiência, na escuta qualificada e no planejamento reprodutivo. Os profissionais retrataram que a deficiência do serviço consiste na infraestutura e na ambiência, consideradas insuficientes e inadequadas para uma assistência humanizada, sobretudo, em relação às acomodações das pacientes, à escassez de leitos, ao número reduzido de salas no centro cirúrgico e à falta de laboratório dentro da Maternidade. Além disso, o planejamento reprodutivo não consiste em uma prática institucionalizada no serviço, e não se efetiva a integralidade com outros serviços e nem a parceria com a comunidade. Conclui-se que apesar da satisfação das usuárias quanto à resolutividade do atendimento e facilidade no acesso, há a necessidade da implementação dos sistemas de escuta qualificada, efetivação da sistematização do trabalho em equipe, implementação de ouvidorias e pesquisas de satisfação; não prevaleceu o direito de escolha compartilhada entre as mulheres e os profissionais acerca da opção pelo procedimento de esvaziamento uterino; a ambiência foi a categoria apontada como a que mais necessita de mudanças, visto como um fator limitante para o desenvolvimento de práticas humanizadas e acolhedoras; os profissionais de saúde não instituem uma rotina periódica de planejamento das condutas e estas não estão articuladas com a Norma Técnica; é preciso haver a incorporação de orientações e disponibilização de uma pluralidade de métodos e possibilidades de escolhas para o planejamento familiar; não há institucionalização da referência e contrareferência e nem parcerias com a comunidade, inviabilizando a integralidade da atenção. A Norma precisa ser incluída nos planos de ações dos gestores, como uma das prioridades na construção das estratégias de atenção à saúde da mulher, de maneira a viabilizar, aliada a outras iniciativas, a real integração entre serviço de conduta segura, rede de cuidados primários e organizações sociais, a fim de garantir o respeito aos direitos humanos e a um atendimento humanizado adequado, como forma de atenção e prevenção do aborto.Tese Caminhos para a avaliação da formação em odontologia: desenvolvimento, validação e aplicação de critérios(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-05) Pessoa, Talitha Rodrigues Ribeiro Fernandes; Noro, Luiz Roberto Augusto; ; http://lattes.cnpq.br/2335211528795775; ; http://lattes.cnpq.br/3454735703811810; Morais, Cláudia Helena Soares de; ; http://lattes.cnpq.br/8905654343063318; Azevedo, George Dantas de; ; http://lattes.cnpq.br/1088076378928302; Araújo, Maria Ercilia; ; Costa, Rafael Arouca Hofke; ; http://lattes.cnpq.br/7896560481508221A necessidade da universalização do acesso à saúde e a falência do modelo pedagógico centrado na transmissão de conhecimento tem levado a mudanças na formação de profissionais de saúde. O objetivo deste estudo foi proporcionar uma nova alternativa para avaliação de cursos de Odontologia por meio do desenvolvimento, validação e aplicação de critérios com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Para tanto, o estudo foi desenvolvido em três etapas: desenvolvimento e validação de critérios de avaliação de cursos de Odontologia com base nas DCN; estudo piloto para verificação da aplicabilidade dos critérios validados e avaliação de cursos de Odontologia da região nordeste. Na primeira etapa foi formulado modelo lógico que permitiu a construção de uma matriz de critérios validada por meio da técnica de consenso Delfos modificado, apresentando as dimensões: Perfil do egresso, Orientação do cuidado em saúde, Integração ensino-serviço e Abordagem pedagógica. O estudo piloto foi realizado com cinco cursos de Odontologia, por meio de estudo documental dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC), aplicação do questionário validado e entrevista com os coordenadores de curso. Os resultados do estudo piloto indicam a possibilidade de serem verificados, por meio dos critérios validados e utilizando-se diferentes propostas metodológicas, avanços e limitações curriculares frente à proposta de reorientação da formação recomendada pelas DCN. A avaliação de cursos de Odontologia da região Nordeste foi realizada a partir da aplicação do questionário validado a coordenadores de 30 cursos, incluindo instituições públicas e privadas. Os dados foram submetidos à análise descritiva, sendo ainda testada a diferença entre médias e a correlação entre a avaliação dos coordenadores nas dimensões e subdimensões entre si, entre a avaliação geral dos cursos e entre as variáveis: categoria administrativa, tempo decorrido da última atualização curricular, participação em programas de reorientação da formação de profissionais de saúde, nota ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e CPC (Conceito Preliminar do Curso) do ano de 2013. Foi constatada correlação positiva (p<0,01) entre as médias obtidas pela percepção dos coordenadores na maior parte das dimensões e entre estas e o desempenho geral do curso. Não houve diferenças significativas entre a percepção dos coordenadores quanto ao desempenho dos cursos e a categoria administrativa (público/privado). Essa diferença foi um pouco maior quando comparou-se as médias de desempenho 9 ao tempo decorrente da última atualização curricular, obtendo melhor desempenho cursos com atualização curricular mais recente, mesmo sem diferença significativa entre dimensões. Obtiveram melhores médias de desempenho os cursos que não participam de programas de reorientação da formação profissional, com diferença significativa (p<0,05) para o escore geral e para todas as dimensões, exceto a dimensão Integração ensino-serviço (p=0,064). Não foi observada correlação significativa entre a avaliação dos coordenadores em todas as dimensões e na avaliação geral e as notas do ENADE e CPC 2013. O instrumento final proposto neste estudo representa alternativa diferenciada de avaliação da formação, tanto de cirurgiões-dentistas como de outros profissionais, considerando que as DCN preveem a formação com foco nas necessidades de saúde da população, integrada ao SUS e baseada na aprendizagem centrada no estudante.Tese Mortalidade em idosos longevos e "mais jovens" no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-27) Medeiros, Wilton Rodrigues; Lima, Kenio Costa de; ; http://lattes.cnpq.br/5835673385014578; ; http://lattes.cnpq.br/1275857404911338; Montilla, Dalia Elena Romero; ; http://lattes.cnpq.br/5952008546245434; Souza, Damião Ernane de; ; http://lattes.cnpq.br/1932273466740095; Andrade, Lara de Melo Barbosa; ; http://lattes.cnpq.br/0327817672623352; Veras, Renato Peixoto; ; http://lattes.cnpq.br/9390281442853604O objetivo do estudo foi traçar o perfil de mortalidade do idoso no Brasil, nas duas faixas etárias limítrofes, aqueles com 60 a 69 anos (mais jovens) e 80 ou mais (longevos). Para isso, se buscou a caracterização, tendência, distinção de diferentes perfis de mortalidade e da qualidade da informação e suas relações com o contexto socioeconômico e sanitário das microrregiões do Brasil. Para tanto, se processou a coleta de dados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir dos dados foram calculados os coeficientes de mortalidade para os capítulos da Classificação Internacional das Doenças (CID-10) e com o uso do modelo de regressão polinomial se obteve a tendência dos principais capítulos. Através da Análise de Agrupamento por técnica não hierárquica (K-Means) se obteve os perfis entre as microrregiões brasileiras. Ademais, por meio da análise fatorial das variáveis contextuais se obteve o Índice de Privação Socioeconômica e Sanitária (IPSS). A tendência dos CMId e da razão de seus valores nos dois estratos mostrou uma diminuição da maior parte dos indicadores, principalmente das taxas de mal definidas, especialmente entre os longevos. Os perfis que emergiram foram nos idosos “mais jovens”, o Perfil do Desenvolvimento, Perfil da Modernidade, Perfil do Paradoxo Epidemiológico e Perfil do Desconhecimento. Nos longevos, emergiram perfis denominados igualmente aos três últimos e mais o Perfil das Baixas Taxas de Mortalidade. Na comparação das médias de IPSS de forma global todos os grupos diferiam entre si, em ambos os estratos etários. Foi feita a comparação do Perfil do Desconhecimento, com os demais perfis, através do uso de contrastes ortogonais. Basicamente ele diferia de todos os outros, isolados ou agrupados. Embora, nos longevos este apresentou média de IPSS semelhante ao Perfil das Baixas Taxas de Mortalidade. Também, foi encontrada associação entre os indicadores de qualidade da informação, CMId por causas mal definidas, Coeficiente Geral de Mortalidade para cada estrato etário (CGMId) e o IPSS das microrregiões, onde foi maior a privação socioeconômica sanitária, mais desfavoráveis foram as taxas encontradas. Diante dos achados, considera-se que apesar da diminuição dos coeficientes de mortalidade, há diferenças marcantes de perfis e estes estão relacionados às condições contextuais, como também às desigualdades regionais em relação à qualidade da informação, fato que potencializa a vulnerabilidade da faixa etária estudada e as iniquidades em saúde já presentes.Tese Tendências e projeções da mortalidade pelos cânceres específicos ao gênero no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-30) Barbosa, Isabelle Ribeiro; Costa, Íris do Céu Clara; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; ; http://lattes.cnpq.br/9903762680376103; ; http://lattes.cnpq.br/0211762022010569; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; Curado, Maria Paula; ; http://lattes.cnpq.br/3397823736381748; Cancela, Marianna de Camargo; ; http://lattes.cnpq.br/7515982754589252; Rosendo, Tatyana Maria Silva de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/4946747115155324Os cânceres que acometem os órgãos genitais masculinos e femininos, em conjunto com o câncer de mama, são responsáveis por cerca de 20% dos óbitos por câncer no mundo. Conhecer os padrões de mortalidade por esses cânceres no Brasil, as mudanças que se produziram ao longo do tempo, os grupos mais vulneráveis e a carga de mortalidade que se apresentará no futuro são elementos básicos para a estruturação das ações assistenciais e de vigilância do câncer. O objetivo desse estudo foi analisar as tendências de mortalidade pelos cânceres que acometem órgãos que são específicos a cada gênero e projetar a mortalidade por esses cânceres até o ano de 2030, para o Brasil, regiões e estados da federação. Trata-se de um estudo ecológico de base populacional que analisou os óbitos, ocorridos no período 1996 a 2010, decorrentes dos cânceres de colo do útero, corpo do útero, mama feminina, ovários, vulva, vagina, próstata, pênis e testículos, registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade; as informações sobre população foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi aplicada a Regressão loglineal (Joinpoint regression) com taxas padronizadas (população mundial: ASR-W) para estimar o Annual Percentage Change (APC), o Average Annual Percentage Change (AAPC), o intervalo de confiança 95% e os pontos de inflexão da curva; as projeções foram calculadas através do programa Nordpred, inscrito no programa R, utilizando o modelo idade-período-coorte, analisando posteriormente se as mudanças que se produzirão no futuro serão decorrentes da exposição aos fatores de risco e/ou da estrutura da população exposta ao risco. Todas as análises também foram aplicadas para o conjunto de todos os óbitos por câncer (com exceção dos cânceres de pele não-melanoma). Para o Brasil, a mortalidade pelos cânceres de pênis (APC=1,5% IC95% 0,7;2,3 p<0,05), testículos (APC=1,6% IC95% 0,5;2,8 p<0,05) e ovários (APC=0,8% IC95% 0,1; 1,5 p<0,05), mostraram tendência de aumento, enquanto os cânceres de vulva e vagina (APC=-0,1% IC95% -0,9; 0,7 p=0,8), corpo de útero (APC= -0,3 IC95% -1,0; 0,5 p=0,4), mama (APC=0,4% IC95% -0,2;1,0 p=0,2) e de próstata (AAPC= 1,1% IC95% -0,2; 2,4 p=0,1) apresentaram tendência de estabilidade. A mortalidade por câncer de colo de útero apresentou tendência de redução (APC=-1,7% IC95%-2,2; -1,1 p<0,05). A análise do agrupamento de todos os óbitos por câncer observou tendência de aumento na mortalidade para o sexo masculino até o ano de 2006 (APC= 1,2% IC95% 0,6;1,8 p<0,01), seguido de um período de estabilidade. Para o sexo feminino, a tendência é de estabilidade (APC=0,4% IC95% -0,2;-1,8 p=0,2). As taxas de mortalidade para todos os cânceres analisados mostraram, de maneira geral, tendência de redução nas regiões sul e sudeste, tendência de aumento nas regiões norte e nordeste, e estabilidade para a região centro oeste. Na projeção da mortalidade para o ano 2030, as regiões norte e nordeste responderão pelas maiores taxas de mortalidade para os cânceres analisados; todavia, para as demais regiões, será observada redução nas taxas em comparação com o último período observado. Destacase o câncer de testículo, para o qual será observado aumento de 33% na carga da mortalidade até o ano 2030. Para os demais cânceres, não serão observadas variações consideráveis nas taxas de mortalidade para o Brasil entre o último período observado e o último período projetado. A estrutura e o tamanho da população brasileira serão os fatores que explicarão os padrões de mortalidade por esses cânceres no futuro, embora para a região nordeste, as variações serão explicadas, em maior medida, pelo aumento do risco para esses cânceres. Conclui-se, portanto, que existe uma marcante desigualdade na distribuição da mortalidade pelos cânceres específicos ao gênero no Brasil, onde as regiões mais pobres apresentam um quadro de aumento significativo do número de óbitos ao longo de uma série histórica, e que em 2030, essas regiões responderão pelas maiores taxas de mortalidade no país, com ênfase para os cânceres de pênis, testículos e ovários.Tese Prevalência e fatores associados à alteração vocal em idosos institucionalizados com capacidade cognitiva preservada(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-08) Pernambuco, Leandro de Araújo; Lima, Kênio Costa de; ; http://lattes.cnpq.br/5835673385014578; ; http://lattes.cnpq.br/7838024850861158; Gazzola, Juliana Maria; ; http://lattes.cnpq.br/5826842469212021; Brasolotto, Alcione Ghedini; ; http://lattes.cnpq.br/8813496611975103; Lopes, Leonardo Wanderley; ; http://lattes.cnpq.br/0982550255078545; Veras, Renato Peixoto; ; http://lattes.cnpq.br/9390281442853604No idoso, a alteração vocal (AV) pode interferir negativamente na comunicação, estado emocional e qualidade de vida, condições que correspondem à maior exposição ao adoecimento e isolamento social, com consequente impacto econômico para o sistema de saúde. Supõe-se que os cenários de confinamento, fragilidade e morbidade associados às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) contribuam para que a AV seja especialmente prevalente em idosos institucionalizados, inclusive naqueles sem restrições cognitivas. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência e fatores associados à AV em idosos institucionalizados com capacidade cognitiva preservada. Em virtude da ausência de instrumentos de diagnóstico epidemiológico da AV em idosos, a primeira etapa desse estudo foi dedicada à elaboração e análise das propriedades psicométricas de um questionário curto, de baixo custo e fácil utilização denominado Rastreamento de Alterações Vocais em Idosos (RAVI). Os procedimentos metodológicos dessa etapa seguiram as diretrizes do Standards for Educational and Psychological Testing e contemplaram a obtenção das evidências de validade baseadas no conteúdo do teste, nos processos de resposta, na estrutura interna e nas relações com outras variáveis, além da análise de confiabilidade e dos indicadores de consistência clínica. O resultado do processo de validação mostrou que o escore final do RAVI gera interpretações válidas e confiáveis para o diagnóstico epidemiológico da AV em idosos, o que referendou a utilização do questionário na segunda etapa do estudo, realizada em dez ILPI do município de Natal/RN. Nessa etapa, foram coletadas variáveis socioeconômico-demográficas, de estilo de vida, condições gerais de saúde e caracterização da instituição. Foi realizada incialmente a análise bivariada e como medida de magnitude da associação, calculou-se a razão de prevalência com intervalo de confiança de 95%. As variáveis com valor de p menor que 0,20 foram incluídas no modelo de regressão logística múltipla que seguiu o método de seleção Forward. A razão de chances encontrada no modelo multivariado foi convertida em razão de prevalência e o nível de significância foi de 5%. A amostra foi composta por 117 indivíduos com predomínio do sexo feminino e média de 79,68 (±7,92) anos de idade. A prevalência de AV foi de 39,3% (IC95%: 30,4-48,1%). O modelo multivariado apontou associação estatisticamente significativa entre AV e sintomas depressivos, fumar ou já ter fumado por um ano ou mais e autorreferência de perda auditiva. Conclui-se, portanto, que a AV é uma condição de saúde prevalente em idosos institucionalizados com capacidade cognitiva preservada e está associada a fatores que envolvem aspectos psicossociais, de estilo de vida e incapacidade comunicativa que demandam atenção dos gestores e profissionais envolvidos com ILPI. O investimento em estratégias de incentivo à comunicação e integração social, combate ao tabagismo e minimização dos efeitos da perda auditiva podem estimular o bem estar físico, emocional e mental dos idosos institucionalizados, contribuindo para a manutenção da qualidade vocal e comunicativa satisfatória, inserção social mais plena e melhores condições gerais de saúde.Tese Apoio institucional em saúde: desafios para democratização na atenção básica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-08-03) Melo, Lygia Maria de Figueiredo; Rocha, Paulo de Medeiros; ; http://lattes.cnpq.br/3633596483807678; ; http://lattes.cnpq.br/3580862965931971; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Vasconcelos, Cipriano Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/6561196586776281; Almeida, Ana Mattos Brito de; ; http://lattes.cnpq.br/4899711651204481; Righi, Liane Beatriz; ; http://lattes.cnpq.br/5575942071914661Objetivou-se analisar o Apoio Institucional na Atenção Básica ofertado às equipes pelas gestões municipais das capitais brasileiras que aderiram ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Possuiu caráter exploratório descritivo, com abordagens qualitativa e quantitativa para análise dos dados. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a outubro de 2014 com dois grupos amostrais, sendo o primeiro composto pelos respondentes do módulo II que correspondeu a 2941 equipes, das 23 capitais que aderiram ao Programa e o segundo por 22 gestores da Atenção Básica das capitais brasileiras que responderam ao módulo IV (on line). Na fase quantitativa as variáveis foram analisadas através da estatística descritiva, com uso do Software IBM SPSS Statistics 20 e os resultados organizados e agrupados em três dimensões: características do Apoio Institucional; processo de trabalho do Apoiador Institucional e Apoio às equipes para administrar e planejar processos de trabalho. Na fase qualitativa, analisaram-se as diretrizes gerais para o Apoio Institucional no município, descritos pelo gestor municipal no formulário on line. Para organização e categorização dos dados qualitativos foi utilizado o Atlas ti.7.1, e como método de interpretação, a análise de conteúdo. A partir da concepção do Apoio como ferramenta democratizante, procedeu-se a aproximação de conceitos do Apoio Paideia (Campos), das relações de poder (Foucault) e da análise institucional (Lourau). Elencou- se as seguintes categorias de análise: Categoria 1- Dimensão administração e planejamento de processos de trabalho com as Subcategorias: Apoio à organização do processo de trabalho das equipes; Apoio ao planejamento, monitoramento e avaliação; Apoio às ações das equipes; Apoio ao fortalecimento das redes de atenção à saúde e ações intersetoriais e estrutura organizacional e administrativa do Apoio no município. Categoria 2- Dimensão Política com as Subcategorias: Apoio aos processos participativos de gestão e estímulo ao controle social; Apoio a construção de relações democráticas, cooperativas e dialógicas; Apoio às ações vinculadas ao PMAQ; descrição do Apoio Institucional utilizando a mesma redação dos documentos oficiais do MS. Categoria 3- Dimensão Pedagógica com a Subcategoria: processos de formação e qualificação de profissionais e gestores. Observou-se que o Apoio Institucional é uma realidade no contexto da Atenção Básica no Brasil, porém identificou-se que, tanto nas ações apoiadas quanto nas diretrizes propostas pelas gestões evidencia-se um traço normalizador e burocrático nesse processo. Houve avaliação positiva pelas equipes do Apoiador Institucional, embora esses profissionais encontrem-se sobrecarregados no exercício dessa função pelo número excessivo de equipes sob sua responsabilidade, evidenciando-se a necessidade de um dimensionamento que leve em consideração o modo de operar a função Apoio. Nas capitais brasileiras observaram-se fragilidades nas condições de gerir os processos para a institucionalização do Apoio, inferindo-se que as gestões e equipes de gestão da Atenção Básica precisam ser apoiadas na condução desse processo. Propõe-se, assim, o aprofundamento da temática e que nos outros ciclos do PMAQ-AB haja adequação dos instrumentos utilizados na avaliação externa, referente à dimensão Apoio Institucional, a fim de avançar na valorização das singularidades do Apoio, principalmente, no tocante à cogestão enquanto processo coletivo e democrático.Tese Análise do efeito das estratégias de implantação da Política Nacional de Saúde Bucal sobre a morbidade bucal em capitais brasileiras na primeira década do século XXI(2015-08-03) Souza, Georgia Costa de Araújo; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; ; http://lattes.cnpq.br/1469911212196534; Pucca Júnior, Gilberto Alfredo; ; http://lattes.cnpq.br/5788388014201689; Costa, Iris do Céu Clara; ; http://lattes.cnpq.br/9903762680376103; Noro, Luiz Roberto Augusto; ; http://lattes.cnpq.br/2335211528795775; Moysés, Samuel Jorge; ; http://lattes.cnpq.br/0729563959610211A Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) incorpora diversos elementos inovadores que tiveram o objetivo de impactar sobre o quadro epidemiológico e a vigilância em saúde bucal. Ao mesmo tempo, as duas edições do mais abrangente inquérito de saúde bucal do País, o SBBrasil, demonstraram uma importante tendência de redução nos principais indicadores, particularmente aqueles relativos à cárie dentária, entre os anos de 2003 e 2010. Desta forma, objetiva-se analisar o efeito da implementação da PNSB sobre a tendência nos principais indicadores de saúde bucal em capitais brasileiras. Trata-se de um estudo de avaliação de políticas desenvolvido em três fases: 1) Análise de implantação da PNSB nas capitais; 2) Análise da tendência dos indicadores epidemiológicos entre 2003 e 2010; 3) Análise do impacto da implantação sobre a tendência dos indicadores de saúde bucal. Para a realização da fase 1, os dados de Saúde Bucal disponíveis nos Sistemas de Informação em Saúde foram analisados, possibilitando a geração de 4 fatores de caracterização da atenção em saúde bucal em cidades brasileiras com mais de 100.00 habitantes, a partir da qual foram selecionadas as capitais para uma análise mais aprofundada. A fase 2 consistiu na definição das capitais a serem investigadas in loco através da aplicação de questionário face a face com Coordenadores de Saúde Bucal de 13 capitais selecionadas. A fase 3 foi realizada por meio dos dados do SBBrasil 2003 e 2010, disponíveis pelo Ministério da Saúde com avaliação dos efeitos das variáveis independentes, referentes à caracterização da Atenção em Saúde Bucal e variáveis socioeconômicas de nível populacional, sobre as dependentes, modificação nos indicadores de saúde bucal entre 2003 e 2010. Os resultados apontam para a não associação entre as características da Atenção em Saúde Bucal e a redução da morbidade bucal na maioria das capitais selecionadas. Observa-se que o Modelo de atenção em saúde bucal anda em consonância com as estratégias de Promoção da Saúde Bucal, Organização da oferta de serviços em saúde bucal e com a presença de flúor nas águas de abastecimento público. Contudo, isso não reflete na modificação dos indicadores de saúde bucal entre 2003 e 2010. A condição socioeconômica parece estar mais associada ao CPO-D satisfatório aos 12 anos em 2010 do que o reflexo do Modelo de atenção em saúde bucal. Conclui-se que a oferta de serviços e a atenção em saúde bucal pós PNSB não produzem uma resposta direta sobre a modificação nos indicadores de saúde bucal entre 2003 e 2010.Tese Efeito de diferentes divisões territoriais na flutuação aleatória de indicadores socioeconômicos relacionados à determinação social da saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-08-14) Leite, Maria Jalila Vieira de Figueiredo; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; ; http://lattes.cnpq.br/3960626240467102; Barcellos, Christovam de Castro; ; Souza, Damião Ernane de; ; http://lattes.cnpq.br/1932273466740095; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296Esta pesquisa teve como objetivo analisar o efeito de diferentes divisões territoriais na flutuação aleatória de indicadores socioeconômicos relacionados à determinação social da saúde. Trata-se de um estudo ecológico, com manipulação de cinco bancos de dados oriundos da base de informações do censo demográfico brasileiro 2010 - Resultados gerais da amostra. Estes dados foram agrupados nos seguintes níveis: Domicílios; Áreas de Ponderação; Municípios; Regiões Imediatas de Articulação Urbana e Regiões Intermediárias de Articulação Urbana. Foi utilizado um modelo teórico relacionado à determinação social da saúde, tendo como variável dependente Domicílio com óbitos e como variáveis independentes: Raça; Renda; Frequência à escola ou creche; Analfabetismo; e Escolaridade baixa. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e inferencial, utilizando regressões de Poisson de base individual, regressão multinível de Poisson e regressões lineares múltiplas, à luz do referencial teórico da área. Identificou-se uma maior proporção de domicílios com óbitos dentre aqueles com pelo menos um morador preto, de menor renda, analfabeto, que não frequenta ou frequentou escola e creche e menos escolarizado. A análise do modelo ajustado demonstrou que a variável Renda obteve a maior razão de prevalência, sendo observado um valor de risco de 1,33 para domicílios com pelo menos um morador com renda média menor que R$ 655,00. A análise multinível identificou a existência de efeitos de contexto, na medida em que os efeitos randômicos foram significativos em todos os modelos e com razões de prevalência diferentes, sendo maiores nas áreas com menores dimensões - Áreas de Ponderação, com β de 0,035 e Municípios, com β de 0,024. As análises lineares múltiplas demonstraram que as variáveis Renda e Escolaridade baixa apresentaram potencial explicativo para o desfecho em todos os modelos, tendo a Renda um maior poder de determinação dos óbitos domiciliares, especialmente nos modelos relacionados às Regiões Imediatas de Articulação Urbana, com um coeficiente padronizado de -0,616 e Regiões Intermediárias de Articulação Urbana, com um coeficiente padronizado de -0,618. Conclui-se que ocorreu um efeito de contexto sobre a flutuação aleatória dos indicadores socioeconômicos relacionados à determinação social da saúde. Este efeito foi explicado pelas características das divisões territoriais e dos indivíduos que ali vivem ou trabalham. Os efeitos de contexto foram mais bem identificados nas áreas com dimensões menores, sendo estas mais favoráveis para explicação de fenômenos relacionados à determinação social da saúde, especialmente em estudos de sociedades marcadas pelas desigualdades sociais. Os efeitos de composição foram mais bem identificados nas regiões de articulação urbana, conformadas através de mecanismos semelhantes aos do fenômeno em estudo.Tese Hepatite C crônica em serviço de referência no nordeste do Brasil: um estudo retrospectivo de dezoito anos de acompanhamento(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-09-11) Sousa, Gilmar Amorim de; Costa, Iris do Céu Clara; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; ; http://lattes.cnpq.br/9903762680376103; ; http://lattes.cnpq.br/1160233374789099; Medeiros, Iara Marques de; ; http://lattes.cnpq.br/0702456215392682; Lima, José Milton de Castro; ; http://lattes.cnpq.br/4181709573316786; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; Amorim, Maria de Fátima Duques de; ; http://lattes.cnpq.br/8321429477505249A hepatite C crônica é a principal causa de doença hepática crônica avançada em estágio final, de carcinoma hepatocelular (CHC) e de morte relacionada à doença hepática. Evolui de forma progressiva no espaço de tempo de 20 a 30 anos. Taxas evolutivas variam na dependência de fatores do vírus, do hospedeiro e comportamental. Este estudo objetivou fazer uma avaliação do impacto da hepatite C, no serviço de referência em Hepatologia do Hospital Universitário Onofre Lopes - Núcleo de Estudos do Fígado - de maio de 1995 a dezembro de 2013. Foi realizada uma avaliação retrospectiva em 10.304 prontuários, com a finalidade de se construir uma coorte de pacientes com hepatite C, em que todos os indivíduos tivessem o seu diagnóstico confirmado pelo teste padrão ouro de biologia molecular. Os dados foram obtidos diretamente dos prontuários dos pacientes e registrados em planilha Excel, previamente construída, seguindo uma codificação elaborada com as variáveis de estudo, os quais se constituem em dados individuais e em fatores de prognóstico definidos pela literatura na progressão da hepatite C crônica. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HUOL-UFRN com o número de parecer 448.243. Os resultados foram analisados estatisticamente, sendo o teste de Qui-Quadrado e o Exato de Fisher utilizados para verificar a associação entre as variáveis. Para a análise multivariada, usou-se o método de regressão Logística Binomial. Para ambos os testes, admitiu-se significância p<0,05 e IC de 95%. Os resultados mostraram que a prevalência de Hepatite C crônica no NEF foi estimada em 4,96%. A prevalência de cirrose por Hepatite C foi 13,7%. A prevalência de diabetes em pacientes com Hepatite C foi 8,78% e de diabetes em cirróticos com hepatite C 38,0%. A prevalência de CHC foi estimada em 5,45%. As taxas de descontinuidade do acompanhamento clínico foram estimadas em 67,5%. A mortalidade nos casos confirmados sem cirrose foi 4,34% e nos pacientes cirróticos 32,1%. Os fatores associados ao desenvolvimento de cirrose foram genótipo 1 (p = 0,0015) e bilirrubina > 1.3 mg% (p = 0,0017) . Os fatores associados à mortalidade foram idade acima de 35 anos, abandono do tratamento, diabetes, uso de insulina, AST > 60 UI, ALT > 60 UI, bilirrubina total alta, TAP alargado, INR alto, albumina baixa, suspensão do tratamento, cirrose e hepatocarcinoma. A ocorrência de diabetes mellitus elevou a mortalidade de pacientes com hepatite C em 7,2 vezes. Variáveis associadas ao diagnóstico de cirrose por US foram doador de sangue (odds ratio 0,24, p= 0,044) e atleta profissional (odds ratio 0,18, p = 0,35). É razoável considerar uma reavaliação nos modelos de screening para CHC propostos atualmente. A condição de cirrose e diabetes modifica a evolução clínica de pacientes com hepatite C crônica, tornando-a uma doença com maior mortalidade. Entretanto, ser doador de sangue ou atleta profissional é fator de proteção que reduz o risco de cirrose, independente do consumo de álcool. Políticas públicas para melhor acessso, acolhimento e resolutividade são necessárias para esta população.Tese Gasto com a internação de idosos em unidades de terapia intensiva(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-09-29) Bonfada, Diego; Lima, Kênio Costa de; ; http://lattes.cnpq.br/5835673385014578; ; http://lattes.cnpq.br/3824146378320609; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; Souza Júnior, Paulo Borges de; ; Veras, Renato Peixoto; ; http://lattes.cnpq.br/9390281442853604; Leite, Valéria Rodrigues; ; http://lattes.cnpq.br/6401790106465328O envelhecimento populacional no Brasil ressalta a necessidade de discutir o gerenciamento adequado do orçamento destinado à saúde, em especial nos setores de alta complexidade, onde coexistem procedimentos onerosos, recursos limitados e necessidade de contenção de despesas, mesmo diante de uma demanda crescente e diretamente proporcional ao aumento do número de idosos. Objetivo: Desta forma, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar os gastos decorrentes da internação de idosos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e seus fatores associados. Métodos: Trata-se de um estudo seccional, de abordagem quantitativa e com caráter descritivo-exploratório. Os dados foram coletados em prontuários de idosos internados em UTI em Natal-RN, entre primeiro de novembro de 2013 e 31 de janeiro de 2014. As variáveis coletadas relacionam-se ao perfil sócio demográfico, quadro de morbidade e caracterização da internação. A variável dependente foi categorizada pelo quartil 75, em alto e baixo gasto de internação e submetida ao teste de Qui-quadrado com as variáveis independentes da pesquisa. As associações que apresentaram p<0,20 na análise bivariada foram submetidas à técnica da regressão logística múltipla. Optou-se pela construção de três modelos de regressão a partir do algoritmo supracitado: um chamado de modelo de regressão geral, composto por todas as 493 internações do estudo, outro somente para os 181 indivíduos internados no Sistema Único de Saúde (SUS) e um terceiro referente aos 312 casos provenientes da rede de assistência privada. Resultados: No modelo de regressão geral, as variáveis doenças respiratória, instituição privada, paciente desorientado e acidente vascular cerebral prévio foram associadas à maior probabilidade de alto gasto na internação em UTI. Por sua vez, nas internações do SUS, essa probabilidade foi associada à paciente desorientado, com 80 anos ou mais, com Sepse e Internação por motivo clínico. Já nos casos provenientes da rede privada, o alto gasto foi associado à doença respiratória, ventilação mecânica, internação por motivo clínico e aos pacientes desorientados. Conclusão: O aumento dos gastos com a internação de idosos em terapia intensiva depende das condições clinicas dos indivíduos. Isso evidência a importância de evitar internações decorrentes de agravos sensíveis à atenção primária, por meio da prevenção a saúde e garantia de assistência integral ao idoso. Além disso, a obtenção de modelos explicativos distintos, segundo a esfera administrativa do hospital, demonstra a importância da organização dos serviços de saúde na composição dos gastos da internação de idosos. Outro destaque foi a necessidade de melhorar o financiamento em saúde em termos quantitativos e qualitativos, usando de maneira racional os recursos disponíveis e evitando internações desnecessárias de idosos inseridos nos extremos de gravidade. Diante da carência de toda ordem de recursos, internar em UTI um idoso em condições não críticas ou em estado terminal pode comprometer a qualidade dos serviços prestados àqueles que realmente necessitam de cuidado intensivo.Tese A produção do cuidado no período gravídico-puerperal: experiência de mulheres usuárias de serviços públicos de saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-10-29) Araújo, Lavinia Uchoa Azevedo de; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; ; http://lattes.cnpq.br/9720419008933874; Diniz, Carmen Simone Grilo; ; http://lattes.cnpq.br/7232133934331288; Sousa, Cláudia Santos Martiniano; ; http://lattes.cnpq.br/6402590026361880; Silva, Edna Maria da; ; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296A despeito das inúmeras iniciativas governamentais com vistas à reorganização e qualificação da atenção obstétrica e neonatal no Brasil, essa atenção permanece problemática, com repercussões sobre a mortalidade materna e neonatal e sobre a humanização do cuidado à mulher e à criança. Este estudo teve como objetivo geral analisar a produção do cuidado à mulher no período gravídico-puerperal, a partir de relatos de usuárias de serviços públicos de saúde sobre suas experiências de gestar e parir, tomando por referência a integralidade e a humanização. O estudo é de abordagem qualitativa e teve como estratégia metodológica escutar as mulheres para, a partir dos sentidos e significados de suas falas sobre suas experiências com os serviços de saúde, identificar continuidades e descontinuidades do cuidado no período gravídico puerperal. As usuárias participantes do estudo são mulheres que tiveram seus filhos em uma maternidade pública municipal, residiam em bairros de Natal e que estavam, no momento da entrevista, com mais de dez dias e até 42 dias de pós-parto. Foram entrevistadas sete mulheres que relataram suas experiências de gestar e parir acompanhadas pelos serviços públicos. À medida que foram sendo realizadas as entrevistas e a observação, também foi sendo analisado o material produzido, buscando-se articulação simultânea entre produção e análise de dados. A partir da sistematização foi estabelecido o diálogo entre as falas das mulheres e a produção no campo da Saúde Coletiva, relativa a conceitos e discussões sobre a atenção obstétrica e neonatal e às elaborações sobre Integralidade e Humanização do cuidado. Ressaltaram-se aspectos das falas relacionados com o cuidado pré-natal, desde a gravidez e suas repercussões nos cuidados pré-natais, bem como o acompanhamento pré-natal pelos serviços de saúde; aspectos relativos ao cuidado no parto e nascimento, abordando as questões diretamente relacionadas ao trabalho de parto e ao parto e aspectos das falas relativos ao pós-parto na maternidade, tanto no que se refere aos cuidados com o bebê quanto com a mãe/mulher; e por último, os cuidados relacionados ao puerpério, após a alta da maternidade. Na análise dos resultados, buscou-se identificar linhas de continuidade e descontinuidade na integralidade e humanização do cuidado. A partir dessas linhas e a título de contribuições finais do estudo, foram traçadas pistas para buscar integralidade e humanização da produção do cuidado à mulher no período gravídico puerperal: pista 1- Repensar a gestão do cuidado na rede de atenção à saúde materno-infantil, tendo como perspectiva a integralidade no sentido de responder à necessidade de garantia de acesso aos diversos serviços e recursos tecnológicos disponíveis para melhorar a saúde e a vida. Pista 2- Reorganizar os processos de trabalho com vistas ao alcance da integralidade e da humanização na atenção às mulheres no período gravídico-puerperal. Pista 3 - Qualificar a relação profissional-usuária na gestão do cuidado no período gravídico-puerperal. Pista 4 - Investir na qualificação dos processos comunicacionais nas diversas dimensões da gestão do cuidado no período gravídico-puerperal.Tese Construção e validação do instrumento de investigação do conhecimento de gestantes sobre sua saúde bucal e a do seu bebê: perspectiva do cuidado em saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-18) Moura, Lígia Moreno de; Alves, Maria do Socorro Costa Feitosa; Rodrigues, Maisa Paulino; ; http://lattes.cnpq.br/3535935637398553; ; http://lattes.cnpq.br/4671633293124230; ; http://lattes.cnpq.br/5490193901515194; Silva, Edna Maria da; ; Azevedo, Isabelita Duarte; ; http://lattes.cnpq.br/5861654012332239; Fuscella, Maria Alice Pimentel; ; http://lattes.cnpq.br/8006604693243296; Duarte, Ricardo Cavalcanti; ; http://lattes.cnpq.br/9797596787633545A sociedade está em constante mudança e a ciência deve acompanhar tais transformações, de modo a entendê-las, analisá-las e propor soluções para eventuais problemas que surjam. Dessa forma, no Brasil, a Política Nacional de Saúde também vem se adequando aos atuais problemas, e dentre eles pretende-se reduzir mortalidade infantil. Por isso, vem desenvolvendo uma série de políticas para melhorar a qualidade da atenção à gestante, na perspectiva da integralidade. Uma atenção pré-natal e puerperal de qualidade e humanizada é fundamental para a saúde materna e neonatal, bem como a atenção à saúde bucal. Atualmente, a Política Nacional de Saúde Bucal visa à ampliação da assistência odontológica às gestantes. Sendo assim, as políticas de promoção da saúde bucal e de atenção ao pré-natal devem estar integradas, entretanto, há pouca adesão das gestantes. Dessa forma, faz-se necessário verificar o conhecimento das gestantes relacionado à saúde bucal buscando estimar a qualidade dos cuidados odontológicos oferecidos durante o pré-natal, sendo essencial para a Estratégia da Saúde da Família dimensionar pessoal, planejar custos e garantir o padrão de qualidade da assistência. OBJETIVO: Este estudo objetivou validar instrumento de investigação sobre o conhecimento das gestantes sobre a sua saúde bucal e do seu bebê. MÉTODO: Trata-se de um estudo de validação, realizado com 93 gestantes em Unidades de Saúde da Família e Clínicas privadas especializadas em Obstetrícia, da cidade do Natal/RN. Foi autorizado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob o Parecer número 421.163/13. Para que o instrumento fosse válido, confiável e sensível, sua construção seguiu as etapas: criação e redução dos itens (elaboração do instrumento), validade de conteúdo e teste do instrumento e validação das hipóteses. Depois de construído o instrumento, ele foi avaliado por dezenove expertises, que sugeriram modificações. Estas foram analisadas por um comitê de juízes. Logo foi criada uma nova versão do instrumento que consultou a população-alvo. Só então foi realizada a consistência interna através da calibração intra e interexaminadores, e da aplicação do teste-reteste. Depois foram validadas as hipóteses. Um banco de dados foi construído no Statistical Package for Social Sciences (SPSS®) na versão 22.0. Na validação de critérios, após criação das hipóteses, esta associação foi verificada entre cada uma das questões específicas para cada critério estabelecido considerando nível de significância de 5%. A análise dos dados foi realizada através da descrição das frequências absolutas e relativas das variáveis concernentes à caracterização das questões relativas ao conhecimento sobre saúde bucal das gestantes e bebês. Para avaliar a consistência interna e a reprodutividade do instrumento (teste-reteste) no processo de validação, foi utilizado o coeficiente alfa de Cronbach. Além disso, o teste do qui-quadrado foi utilizado para cruzar a variável dependente com as variáveis independentes as quais foram dicotomizadas. RESULTADOS: A análise da consistência interna mostrou que as questões do instrumento apresentaram ótima confiabilidade nas respostas (α de Cronbach˃0,7). Na investigação da relação entre as variáveis dependentes (conhecimento sobre saúde bucal) e as variáveis independentes (trimestre da gravidez, escolaridade, renda e multíparas) verificou-se que nenhuma destas variáveis independentes teve associação significativa. CONCLUSÃO: O instrumento criado foi válido, tendo em vista que se mostrou consistente e com boa reprodutividade e pode ser usado para avaliar o conhecimento das gestantes sobre a sua saúde bucal e a saúde bucal do seu bebê.Tese Avaliação multidimensional da qualidade de vida em idosos: um estudo no Curimataú ocidental paraibano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-29) Nogueira, Matheus Figueiredo; Alves, Maria do Socorro Costa Feitosa; ; http://lattes.cnpq.br/4671633293124230; ; http://lattes.cnpq.br/2379371079660244; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; Silva, Edna Maria da; ; http://lattes.cnpq.br/2833954278540475; Lima, Gigliola Marcos Bernardo de; ; http://lattes.cnpq.br/8351409833101972; Andrade, Luciana Dantas Farias de; ; http://lattes.cnpq.br/5078930160348703O acelerado crescimento da população idosa é uma realidade mundial, configurando-se um dos maiores desafios para a saúde pública contemporânea. Considerando o envelhecimento um fenômeno multidimensional e a ampliação da expectativa de vida, põe-se em evidência a necessidade de investigar se o prolongamento da longevidade está acompanhado de níveis satisfatórios de qualidade de vida (QV). Objetivou-se neste estudo avaliar a QV facetada e global de idosos da microrregião do Curimataú ocidental paraibano, explicada por suas condições de vida e saúde. Consta de um estudo observacional transversal com desenho quantitativo realizado com 444 idosos de cinco municípios: Barra de Santa Rosa, Cuité, Nova Floresta, Remígio e Sossego. Para obtenção das informações, foram utilizados os seguintes instrumentos: I) Questionário para coleta de dados pró-idoso, para as características sociodemográficas, clínicas e comportamentais; e II) Questionário WHOQOL-Old, para mensuração e avaliação da QV. Os dados foram processados no software IBM-SPSS Statistics 20.0 por meio dos testes ANOVA (one-way), t-Student, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e correlação de Pearson, sendo p-valores<0,05 aceitos como estatisticamente significativos. Os resultados apontam uma boa QV global (ETT=65,69%), com melhor avaliação por idosos do sexo masculino, com idade entre 60 e 74 anos, casados, morando com cônjuge e filhos, sem cuidador, praticantes de exercícios físicos, com até um problema de saúde diante de um aspecto de multimorbidade e com muito boa e/ou boa avaliação das necessidades básicas. O estresse autorreferido apresentou uma correlação significativa negativa diante da QV global, onde quanto maior a percepção do estresse, pior a avaliação da QV. Na avaliação facetada da QV, o Funcionamento Sensório apresentou o melhor desempenho (ETF=68,86%) e a Participação Social (PSO) o pior (ETF=60,37%). No modelo de regressão linear múltipla, a PSO isoladamente é responsável por 51,8% (R2=0,518) de explicação da QV global. Na intercorrelação entre as facetas do WHOQOL-Old, apenas Morte e Morrer não revelou significância. A harmonia evidenciada entre as facetas suscita a necessidade de assegurar uma atenção integral à saúde do idoso, em especial na compreensão da participação social como elemento intrínseco à QV e que demanda a rediscussão e reconstrução de ações individuais e coletivas, familiares e comunitárias, políticas e governamentais. Logo, garantir um envelhecimento ativo, saudável, participativo e com QV é o grande desafio.Tese Mortalidade de mulheres vítimas de violência relacionada às desigualdades sociais e violência urbana no Brasil, 2000 a 2012(2016-03-04) Costa, Anna Paula Serejo da; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; ; Diniz, Carmen Simone Grilo; ; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; Lopes Júnior, Edmilson; ; Gondim, Grácia Maria de Miranda;Introdução: O Brasil possui um dos maiores índices de homicídios femininos do mundo. Entretanto, tal magnitude ainda não pode ser bem dimensionada, pois poucas pesquisas de base populacional foram desenvolvidas no país e os estudos, em sua maioria, ocorrem de forma isoladas no serviço de saúde e na Secretaria de Segurança. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e a evolução das taxas de mortalidade da violência de gênero no Brasil, no período de 2008-2012 e identificar possíveis determinantes ecológicos e sociais. Método: Estudo ecológico cuja variável dependente foi a Taxa de Mortalidade de mulheres vítimas de violência com idades entre 15 e 59 anos. Para a análise da autocorrelação espacial entre as 161 Regiões de Articulação Urbana (RAU) do Brasil foram aplicados os testes de Moran Global e local. O LISA e o teste de correlação de Pearson foram usados para avaliar a correlação entre a variável desfecho e as variáveis independentes (econômicas, demográficas, desigualdade de gênero, pobreza, desigualdade social, vulnerabilidade e de violência urbana). A verificação da evolução da mortalidade das mulheres, comparado a dos homens, no período de 2000-2012, foi feita através do JoinPoint. Resultados: No período de 2008 a 2012, 19 mil mulheres morreram vítimas de agressão no Brasil, o que resulta um coeficiente de mortalidade médio padronizado de 5,9 óbitos/100.000 habitantes. Dessas mulheres, a maioria era de jovens, solteiras, negras e de baixa escolaridade. Foi observada autocorrelação espacial para mortalidade por agressão em mulheres (I=0,4384;p=0,01), com maior concentração dos óbitos na região Sudeste, nas RAUs de Vitória, São Mateus, Colatina; na região Nordeste em Teixeira de Freitas, Ilhéus-Itabuna, Arapiraca, Maceió e João Pessoa; na região Norte em Redenção e Marabá; na região Sul, em Curitiba e na Região Centro-Oeste em Rio Verde. A violência urbana apresentou uma forte correlação com a mortalidade de mulheres vítimas de violência (I=0,38;r=0,88;p<0,05). Já as variáveis econômicas e sociodemográficos apresentaram fraca ou ausência de correlação. Entre os anos de 2000 a 2012 pode-se visualizar para o Brasil uma tendência crescente significativa da mortalidade de mulheres por agressão a partir de 2007, semelhante a encontrada também para a violência urbana. Conclusão: Entre as variáveis associadas ao evento, destaca-se a mortalidade masculina por agressão, indicando a importância da redução da violência estrutural como proteção das mulheres contra a violência. A mortalidade por violência contra mulher não se mostrou relacionada às demais características do entorno, o que se faz pensar que realmente perpassa fatores de classe, raça, escolaridade, religião e estado civil.Tese Incidência e fatores de risco relacionados a quedas em uma coorte de idosos institucionalizados(2016-06-13) Ferreira, Lidiane Maria de Brito Macedo; Lima, Kenio Costa de; ; ; Ribeiro, Karyna Myrelly Oliveira Bezerra de Figueiredo; ; Pernambuco, Leandro de Araújo; ; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; Perracini, Mônica Rodrigues;A queda é uma síndrome geriátrica associada à alta morbimortalidade nos idosos. Este trabalho tem como objetivo determinar a incidência e os fatores de risco relacionados a quedas em idosos institucionalizados na cidade do Natal-RN. Para esse fim, foi realizado um estudo longitudinal tipo coorte com período de duração de um ano. Foram avaliados idosos residentes nas 10 Instituições de longa permanência para idosos (ILPI) do município do Natal-RN, que deambulassem e possuíssem capacidade cognitiva preservada, avaliada a partir do questionário de Pfeiffer. Do total de 364 idosos residentes nas ILPI, 130 foram incluídos de acordo com os critérios estabelecidos para inclusão e exclusão. Foi questionado ocorrência de quedas no último ano. Variáveis referentes à instituição, condições sócio-demográficas e saúde do idoso foram coletadas por meio de questionário aplicados aos idosos ou cuidadores, ou ainda pela coleta nos prontuários. Foram utilizados os questionários Escala de depressão geriátrica, Escala de depressão CES-D, Escala de sonolência de Epworth e o Índice de Barthel. Dados ambientais, antropométricos e de exame físico (Timed up and go - TUG, Escala de Equilíbrio de Berg - EEB, Velocidade de marcha - VM, Força de preensão palmar - FPP e Teste do sentar e levantar - TSL) foram obtidos a partir de dados secundários. As análises estatísticas foram realizadas por meio dos testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher e Regressão Logística, considerando o nível de significância de 5%. Como resultados, na análise ambiental nenhuma instituição cumpriu todas as normas da ANVISA. Pela avaliação físico-funcional, há inferência para risco de quedas. Sessenta e dois idosos caíram ao final dos doze meses de avaliação, com incidência de 47,7% (IC95%=39,59-55,81) e uma taxa de quedas por pessoa/ano de 1,65 (+ 8,43). Para quedas recorrentes, a incidência foi de 26,92% (IC= 22,38 - 31,46), representando 56,45% dos idosos que caíram. A maioria das quedas ocorreu no quarto e foram encontrados como fatores de risco o uso de antiepilépticos e fadiga e como fatores de proteção o declínio de mobilidade e uso de medicamentos antitrombóticos, ajustados pela terapêutica tireoidiana, funcionalidade, sexo e hospitalização. Para duas ou mais quedas, foram identificados fadiga como fator de risco e uso de betabloqueadores como fator de proteção, ajustados pelo uso de medicamento antitrombótico, antiepiléptico, funcionalidade, sexo e idade. Conclui-se que queda é um evento bastante incidente nas ILPI e que a fadiga foi identificada como fator de risco para queda única ou recorrente, devendo a condição física do idoso e o cansaço serem levados em consideração no momento de sua avaliação.Tese Fatores contextuais do envelhecimento populacional no nordeste brasileiro(2016-06-28) Silva, Diviane Alves da; Lima, Kenio Costa de; ; ; Souza, Damião Ernane de; ; Andrade, Lara de Melo Barbosa; ; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; Veras, Renato Peixoto;A transição da estrutura etária no Brasil ocorre de forma rápida e em ambiente socioeconômico desfavorável. O Nordeste brasileiro, historicamente, destacado pela presença de profundas desigualdades sociais apresenta-se como a terceira região mais envelhecida do país e tal fato ganha importância, considerando sua extensa dimensão territorial, bem como o contexto sócio-ambiental desfavorável. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre o contexto e o envelhecimento populacional na região Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, cujo cenário corresponde à região Nordeste, composta por 9 estados e 1.794 municípios. Foram coletados dados demográficos e de indicadores socioeconômicos, nas bases eletrônicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada – IPEA, do Atlas de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD e do Departamento de Informática do SUS – DATASUS. O desfecho do estudo consistiu nos níveis de envelhecimento populacional, definidos a partir de análise de conglomerados que agrupou os municípios, considerando cinco indicadores demográficos de envelhecimento (percentual de idosos, índice de envelhecimento, sobreenvelhecimento, dependência senil e índice de substituição da população em idade ativa). Foi utilizada a análise de componentes principais para obtenção de fatores socioeconômicos e demográficos, que representaram as variáveis independentes do estudo. Outras variáveis de importância teórica para o desfecho também foram selecionadas. Realizou-se o georreferenciamento dos dados da variável dependente, utilizando TabWin 3.6b, para identificação visual do perfil de envelhecimento da região, segundo os níveis de envelhecimento. Nas análises de associação utilizou-se o teste ANOVA, para os fatores e demais variáveis quantitativas, e o teste do Qui-quadrado, para as variáveis categóricas. Em ambos os testes considerou-se um nível de significância de 5%. Utilizou-se a análise de regressão logística ordinal para verificar as associações finais com o desfecho. Observou-se que o envelhecimento populacional no Nordeste apresenta um padrão de distribuição espacial heterogêneo, com concentração de maiores níveis na região do semiárido, atingindo o sertão e centro-sul do Ceará, partes das regiões oeste, central e agreste do Rio Grande do Norte, e quase a totalidade do estado da Paraíba, à exceção da região litorânea. Os altos níveis de envelhecimento associaram-se a bons níveis de educação, dependência de renda governamental, ao saldo migratório da população geral, à razão urbano-rural e a alguns estados da região, tomando como referência para comparação, o estado da Paraíba. Considera-se importante o estudo situacional do envelhecimento no Nordeste brasileiro que, embora desigual, destaca-se pela presença de grandes contingentes de idosos. O entendimento de tal distribuição, por sua vez, pode levar à identificação de fatores determinantes locais e/ou gerais do envelhecimento das populações, a serem abordados nas políticas públicas pró-envelhecimento.