PPGSCOL/CCS - Doutorado em Saúde Coletiva
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/12053
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Tese Construção e validação do instrumento de avaliação da linha de cuidado à pessoa com sífilis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-27) Correia, Rafaela Bezerra Façanha; Silva, Richardson Augusto Rosendo da; https://orcid.org/0000-0001-6290-9365; http://lattes.cnpq.br/2184669241700299; https://orcid.org/0000-0002-5229-849X; http://lattes.cnpq.br/3003321108673957; Marinho, Cristiane da Silva Ramos; Botelho, Eliã Pinheiro; Nobre, Thaiza Teixeira Xavier; Schlosser, Thalyta Cristina MansanoIntrodução: Os profissionais de saúde enfrentam diversas barreiras na prevenção, diagnóstico e tratamento das pessoas com sífilis, resultado de uma fragmentação do cuidado no Sistema Único de Saúde. Na tentativa de integrar os Serviços de Saúde existe a orientação de organizar e operacionalizar as Linhas de Cuidado. Assim, os profissionais de saúde, o controle social e os gestores têm o desafio de implantar, acompanhar e avaliar o que está a ser proposto. Para avaliar a Linha de Cuidado à pessoa com Sífilis, faz-se necessário um instrumento válido. Objetivo: Construir e validar o instrumento de Avaliação da Linha de Cuidado à pessoa com sífilis. Metodologia: Tratou-se de um estudo metodológico. O período da realização foi de setembro de 2023 a julho de 2024. A etapa da validação de conteúdo foi desenvolvida em quatro fases. Na primeira fase houve uma busca exaustiva na literatura e os conteúdos a serem incluídos no instrumento foram selecionados. Em seguida, houve a construção do instrumento. A sua versão inicial possuía 74 questões. Na terceira fase, selecionaram-se os juízes especialistas e, por último, realizou-se ao processo de validação de conteúdo. Assim, 39 juízes participaram da primeira rodada Delphi e 24 participaram da segunda. Para análise do grau de concordância, usou-se o Índice de Validade de Conteúdo por item e Índice de Validade de Conteúdo Global. Na segunda rodada, foi obtido o índice igual a um em cada item e no instrumento de forma global. Em seguida, construiu-se um protocolo para uma revisão de escopo baseado no manual do Joanna Briggs Institute e no guia PRISMA-ScR. Resultados: O instrumento foi validado com 58 itens. No teste de MannWhitney observaram-se as evidências de diferença estatística da fase Delphi 1 com a fase Delphi 2 nas dimensões de clareza e relevância, no qual obteve melhor avaliação na fase Delphi 2 em todos os itens do instrumento. O protocolo para a revisão de escopo apresentou a questão de pesquisa, as bases de dados para a coleta dos dados, critérios de inclusão e exclusão, detalhou como os dados serão extraídos, analisados e apresentados. Conclusão: O Instrumento de Avaliação da Linha de Cuidado à pessoa com Sífilis foi validado quanto ao seu conteúdo. Esta nova ferramenta para a gestão do Sistema Único de Saúde contribuíra para a melhoria do cuidado às pessoas com sífilis em uma perspectiva da integralidade, fortalecendo a Rede de Atenção à Saúde.Tese Saúde LGBTQIA+ potiguar: diálogos no território na construção coletiva da pesquisa-ação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-28) Barra, Brígida Gabriele Albuquerque; Ferreira, Maria Ângela Fernandes; https://orcid.org/0000-0002-6142-948X; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; http://lattes.cnpq.br/6674557389748852; https://orcid.org/0000-0002-3902-6043; Guerra, Eliana Costa; Cavalcante, Elisangela Franco de Oliveira; Bosco Filho, João; Melo, Márcia Maria Dantas Cabral deIntrodução: Apesar da existência de políticas públicas no Brasil, ainda existem muitas dificuldades quando se refere a operacionalização da atenção à saúde da população LGBTI+ a partir do que é proposto pelos marcos legais desta temática. Os profissionais de saúde ainda estão alheios a mudanças sociais e as especificidades de cuidado para essa população. O despreparo para o cuidado desta população pode ser reflexo de uma formação em saúde que não prepara os profissionais para agirem de maneira integral mobilizando competências em suas dimensões técnica e atitudinal. Diante disso é fulcral que ações sejam promovidas para efetivar o cuidado e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), no manejo clínico desta população. Objetivo: Conhecer o cuidado, o acesso e assistência de saúde para a população LGBTI+ do Rio Grande do Norte e desenvolver estratégias de fortalecimento das políticas públicas de saúde para essa população na rede básica do município de Natal. Metodologia: A pesquisa tem caráter qualitativo, e foi realizada a partir da metodologia da Pesquisa-ação. Para a coleta de dados foram realizadas rodas de conversas e entrevistas semiestruturadas. A população do estudo foi composta por Pessoas LGBTI+, representantes de movimentos sociais, gestores e profissionais de saúde e outros atores sociais que atuam na temática de saúde LGBTI+. Os dados foram analisados por meio da metodologia da análise temática de conteúdo. Resultados: Foram identificadas quais as principais potencialidades e dificuldades para saúde da população LGBTI+ no Rio Grande no Norte, e de forma mais específica em dois serviços de atenção básica do município de Natal. As principais problemáticas encontradas, como: O despreparo dos profissionais ao cuidado de pessoas LGBTI+; Os problemas na assistência à saúde e Insuficiência de organização da rede de atenção, foram consideradas para a organização de oficinas nas Unidades Básicas de Saúde. Considerações Finais: O estudo teve como principal desdobramento o fortalecimento da rede de atenção, em particular na atenção básica, para a atuação qualificada no cuidado de pessoas LGBTI+, diminuindo as iniquidades em saúde e ampliando direitos, na medida em que propiciam um melhor acesso ao SUS. A escolha metodológica da pesquisa-ação, o caráter emancipatório, o formato participativo e coletivo do planejamento e execução das ações de pesquisa permitem uma maior autonomia dos atores sociais, contribuindo para a formação política e fortalecimento da luta pelos seus direitos, via potente de sustentabilidade das ações.Tese Análise da epidemiologia espaço-temporal dos casos e óbitos por sífilis congênita e seus fatores associados(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-26) Pinheiro, Yago Tavares; Silva, Richardson Augusto Rosendo da; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa; https://orcid.org/0000-0001-5311-697X; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; https://orcid.org/0000-0001-6290-9365; http://lattes.cnpq.br/2184669241700299; https://orcid.org/0000-0002-5882-4606; http://lattes.cnpq.br/3811482061077693; Santos Neto, Marcelino; Santiago, Janmilli da Costa Dantas; Galvão, Marli Teresinha Gimeniz; Nobre, Thaiza Teixeira XavierIntrodução: A sífilis congênita (SC) é uma infecção causada pela bactéria Treponema Pallidum cuja incidência tem aumentado significativamente nos últimos anos em vários países de baixa, média e alta renda, tornando-se um problema sanitário que requer estratégias para melhorar a identificação, tratamento e acompanhamento dos potenciais casos e dos óbitos causados por essa doença. Objetivo: Analisar a epidemiologia espaço-temporal dos casos e óbitos por SC em diferentes regiões do mundo e identificar os possíveis fatores que podem influenciar esse processo. Métodos: Trata-se de uma pesquisa com métodos mistos, dividida em quatro estudos. Estudo 1: Protocolo de revisão sistemática para analisar a incidência/prevalência da sífilis em gestantes e SC em cidades brasileiras e seus respectivos preditores, estruturado de acordo com as recomendações PRISMA; Estudo 2: Protocolo de uma revisão de escopo baseado nas diretrizes do Joanna Briggs Institute e guiado pelo PRISMA-ScR, para mapear a distribuição espaço-temporal da SC no mundo e os determinantes sociais de saúde envolvidos nesse processo. Estudo 3: Estudo ecológico para descrever a distribuição espacial dos óbitos por SC no Brasil, conduzido a partir de dados secundários agregados, disponibilizados em sistemas de informação do governo brasileiro, e correspondente às 482 Regiões Imediatas de Articulação Urbana; Estudo 4: Revisão de escopo desenvolvida a partir das recomendações do Joanna Briggs Institute e do PRISMAScR para descrever a dinâmica de distribuição espaço-temporal dos casos de SC em diferentes regiões do mundo e identificar os determinantes sociais de saúde que influenciam nesse processo. Estudo 5: Trata-se de um estudo ecológico que considerou os casos e óbitos por SC no Brasil entre 2008 e 2022. A taxa de incidência e a taxa de mortalidade infantil por sífilis congênita foram consideradas as variáveis dependentes do estudo. Além disso, as variáveis independentes do estudo foram: quantidade e valor aprovado para ações de promoção e prevenção em saúde na atenção primária, quantidade de consultas pré-natal em gestantes e quantidade de consultas pré-natal do parceiro. Foi aplicada uma regressão linear para dados em painel com o intuito de prever o efeito que as variáveis independentes exercem sobre as variáveis dependentes, considerando cada município como unidade de análise e cada ano como unidade de tempo. Toda a análise considerou um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Nos estudos 1 e 2 foram descritas as respectivas questões de pesquisa, bem como os procedimentos metodológicos pelos quais cada estudo deveria ser conduzido, o que inclui definição das bases de dados, critérios de inclusão dos estudos e coleta e análise das informações encontradas. No estudo 3, observamos que a taxa de mortalidade por SC foi de 0,64 óbitos por 1.000 nascidos vivos. A distribuição dos óbitos ocorreu de maneira heterogênea, com as maiores taxas nos estados do Pará, Acre, Rondônia, Rio de Janeiro e em parte do Amazonas. Identificamos aglomerados espaciais estatisticamente significativos em todo o país, com formação de clusters com padrão alto-alto no Pará, Rio de Janeiro e Mato Grosso (p<0,05). Observamos que o índice de Gini (p=0,008; IC 95%: 0,02 – 0,11), o número de enfermeiros na atenção primária (p=0,027; IC 95%: 0,0005 – 0,00003) e a proporção de testes não-treponêmicos por gestantes (p=0,016; IC 95%: 0,005 – 0,001) são variáveis que influenciam a ocorrência dos óbitos. No estudo 4 identificamos que os países do continente americano (Brasil, Estados Unidos e Colômbia) apresentaram uma tendência de crescimento dos casos de SC nos últimos anos, enquanto regiões da Ásia, especialmente províncias da China, apresentaram uma redução dos casos. Além disso, os estudos brasileiros apresentaram taxas de incidência divergentes entre si para a mesma região e período analisados. Notamos que os fatores que determinam a ocorrência da SC no território apresentam uma homogeneidade, isto é, independentemente do local ou do país, a dinâmica espaço-temporal da doença é determinada pelos seguintes fatores: renda per capita, densidade populacional, escolaridade, taxa de analfabetismo, índice de desenvolvimento humano, taxa de migração, índice de vulnerabilidade social, abastecimento de água, saneamento básico, realização de pré-natal, porcentagem de nascidos com baixo peso, ocorrência de coinfecção por SIDA, cobertura do sistema de saúde suplementar e abrangência da atenção primária. Por fim, no estudo 5 foi identificado que durante o período analisado a incidência de SC variou entre 1,98 e 10,33 casos/1.000 nascidos vivos, enquanto a mortalidade no mesmo período variou entre 1,87 e 8,08 óbitos/100.000 nascidos vivos. Observou-se que a quantidade (p<0,001) e valor aprovado (p<0,001) para ações e o número de consultas pré-natal em gestantes (p=0,003) exerce efeito sobre a incidência pela doença. No entanto nenhum efeito significativo sobre a mortalidade. O número de consultas pré-natal do parceiro não foi capaz de influenciar nenhuma das variáveis dependentes. Considerações finais: Apesar da redução dos casos de SC em algumas regiões do mundo, ainda há locais mais vulneráveis para a ocorrência desse agravo, sendo importante uma análise dos fatores sociodemográficos, econômicos e assistenciais para a definição de estratégias efetivas de controle.Tese (Sobre)vivências e percursos terapêuticos em saúde de mulheres com ideação e tentativa de suicídio: gênero como categoria analítica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-13) Dantas, Eder Samuel Oliveira; Amorim, Karla Patrícia Cardoso; http://lattes.cnpq.br/6339836465951509; http://lattes.cnpq.br/0933789405024284; Ceccon, Roger Flores; Sousa, Girliani Silva de; Guimarães, Jacileide; Bosco Filho, JoãoO suicídio é um importante problema de saúde pública mundial e consiste em um fenômeno humano complexo e multideterminado. No Brasil, as taxas desse agravo continuam a aumentar a cada ano. O comportamento suicida pode ser dividido em fatal (suicídio consumado) e não fatal, cuja manifestação ocorre pela ideação e tentativa de suicídio. Embora os homens morram mais por essa causa, são as mulheres que estão mais expostas à ideação e à tentativa de suicídio. Além disso, as mulheres buscam mais atendimento nos serviços de saúde e, consequentemente, estão mais sujeitas às atitudes dos profissionais de saúde, dependendo de estratégias de gestão para terem acesso a um cuidado integral. Este estudo tem como objetivo compreender as vivências sociobiográficas e os percursos terapêuticos em saúde de mulheres com ideação e tentativa de suicídio sob a perspectiva de gênero. O estudo consiste em uma pesquisa qualitativa de abordagem hermenêutica e dialética. Essa abordagem tem como base a filosofia hermenêutica de Gadamer e a dialética de Habermas, como uma arte contemporânea da interpretação. O cenário do estudo é a Rede de Atenção Psicossocial de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. A coleta de dados ocorreu entre junho de 2022 e julho de 2024, utilizando uma perspectiva de triangulação com múltiplas fontes de dados: entrevistas semiestruturadas, prontuários, diário de campo e desenhos. A análise dos dados ocorreu por meio da interpretação hermenêutica e dialética, com o auxílio do software NVivo® versão 14. Participaram da pesquisa dez mulheres com ideação ou tentativa de suicídio, além de quatro profissionais de saúde e três gestores da rede. A maioria das mulheres participantes é jovem, com 60% entre 18 e 35 anos. Metade se identifica como branca e a outra metade como negra. A maioria é solteira (40%) e tem o ensino médio completo (40%). Em relação à religião, 50% são católicas. A maior parte mora com familiares (70%) e 40% tem uma renda familiar de até um salário mínimo. Os profissionais de saúde são: enfermeiras, médica psiquiatra e assistente social e, atuam em diversos dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial. Os gestores atuam no nível central da Secretaria Municipal de Saúde e no Centro de Atenção Psicossocial e possuem formação em psicologia e enfermagem. O estudo explorou diversos fatores que permearam as vivências sociobiográficas das mulheres, como estereótipos de gênero, precariedade socioeconômica, estigmatização dos transtornos mentais e violência de parceiros íntimos. A autolesão não suicida aparece como uma forma de alívio emocional. Essas mulheres buscaram diversos serviços de saúde da Rede de Atenção Psicossocial, como os Centros de Atenção Psicossocial, Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento e Hospitais Psiquiátricos. As percepções dos profissionais de saúde sobre o comportamento suicida feminino influenciam diretamente suas atitudes, e a formação de vínculos desponta como uma estratégia de cuidado eficaz. De modo conclusivo, o estudo observa que, apesar dos desafios enfrentados pela Rede de Atenção Psicossocial, como a falta de infraestrutura e de recursos humanos, o estudo evidenciou o potencial da rede para oferecer cuidado humanizado e integral às mulheres em situação de vulnerabilidade. A pesquisa ressalta ainda a necessidade de políticas que integrem aspectos de gênero nas estratégias de cuidado na atenção psicossocial.Tese Pegadas ambientais do consumo alimentar, determinantes sociais em saúde e práticas alimentares de adultos e idosos: estudo Brazuca Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-07) Souza, Camila Valdejane Silva de; Lyra, Clélia de Oliveira; Seabra, Larissa Mont'Alverne Jucá; https://orcid.org/0000-0002-1878-4283; http://lattes.cnpq.br/1066492425111929; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; https://orcid.org/0000-0001-7146-3406; http://lattes.cnpq.br/1069586590831755; Ruiz, Eliziane Nicolodi Francescato; Piuvezam, Grasiela; Rolim, Priscilla Moura; Triches, Rozane MárciaIntrodução: Os reflexos de degradação ambiental decorrentes das atividades humanas têm demandado a busca pela promoção da Saúde Única, que une o cuidado humano, animal e do ambiente, de forma conjunta. Os sistemas alimentares exercem uma importante influência na capacidade dos limites planetários. Assim, conhecer o impacto ambiental do consumo alimentar e os fatores que podem influenciá-lo, é fundamental à promoção de dietas saudáveis e sustentáveis. Objetivos: Avaliar as pegadas ambientais do consumo alimentar de adultos e idosos e verificar sua associação com Determinantes Sociais em Saúde e marcadores de adesão às recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB). Metodologia: Diferentes métodos foram utilizados neste estudo. Foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura para conhecer as pegadas ambientais de adultos e idosos em estudos populacionais ao redor do mundo. Nos estudos transversais foram calculadas as pegadas de carbono (PC), hídrica (PH) e ecológica (PE) do consumo alimentar de adultos e idosos do estudo Brazuca Natal/RN baseado no recordatório alimentar de 24 horas. Foi realizada regressão logística multinomial para analisar a associação entre as pegadas ambientais e os Determinantes Sociais em Saúde, obtidos por variáveis sociais e econômicas. Para avaliar a associação entre as pegadas ambientais da dieta e os marcadores de adesão às práticas alimentares, obtidos por questionário validado, foi utilizada Análise Múltipla. Resultados: Os achados da revisão sistemática demonstraram que as pegadas ambientais podem ser influenciadas por fatores relacionados a sua mensuração e foram mais altas entre os homens e adultos. No 1º estudo transversal, foi identificado que pessoas do sexo masculino (PC: OR = 4,45; IC = 2,61 – 7,57; PH: OR = 5,18; IC = 2,99 – 8,96; PE: OR = 4,13; IC = 2,45 – 6,98) e faixa etária adulta (PC: OR = 2,32; IC = 1,38 - 3,91; PH: OR = 2,64; IC = 1,55 – 4,49; PE: OR = 1,77; IC = 1,06 – 2,94) se associaram com maiores pegadas ambientais (PC, PH e PE). Ter menor renda aumenta as chances de PH intermediária da dieta (OR = 1,93; IC = 1,08 – 3,45), enquanto não ter acesso diário à água tratada aumenta as chances de ter maior PH (OR = 0,46; IC = 0,22 – 0,95). No 2º estudo transversal, o aumento das pegadas ambientais do consumo alimentar apresentou associação com os seguintes marcadores: Frequentar lanchonetes e restaurantes fast-food (PC: RP = 1,80; IC = 1,20 – 2,68), não participar do preparo dos alimentos (PH: RP = 1,74; IC = 1,39 – 2,18; PE: RP = 1,40; IC = 1,48 – 2,40) e pular refeições principais (PE: RP = 1,50; IC = 1,10 – 2,04). Considerações finais: Os homens e adultos apresentam maiores pegadas ambientais da dieta. A menor renda e o acesso limitado à água tratada podem impactar diretamente essas pegadas. Além disso, frequentar fast-foods, não participar do preparo dos alimentos e pular refeições destacam-se como práticas alimentares que contribuem para o aumento dessas pegadas. Tais evidências ressaltam que políticas e ações para reduzir o impacto ambiental negativo devem ser pautadas na viabilização do acesso aos alimentos saudáveis e sustentáveis.Tese Insegurança alimentar e programas governamentais de proteção ao direito humano à alimentação adequada: estudo de coorte no Semiárido Nordestino (2011-2022)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-08) Santos, Ana Beatriz Macêdo Venâncio dos; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa; Palmeira, Poliana de Araújo; https://orcid.org/0000-0001-5311-697X; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; http://lattes.cnpq.br/8037701388681491; Santos, Sandra Maria Chaves dos; Guerra, Eliana Costa; Araújo, Fabio Resende de; Vianna, Rodrigo Pinheiro de Toledo; Costa, Rosana Salles daA Insegurança Alimentar (IA), falta do acesso diário de todos à alimentação de qualidade e em quantidade suficiente, é consequência da violação do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e atinge o Brasil de diferentes formas, diante do impacto das desigualdades sociais históricas do país. A proteção ao DHAA exige a implementação de políticas públicas intersetoriais articuladas que atuem de forma emergencial e estrutural. Este estudo visa analisar o acesso à rede de programas governamentais proteção ao DHAA e o seu efeito na IA entre famílias de um município do semiárido do nordeste brasileiro, entre 2011 e 2022. Um estudo de coorte de base populacional realizado no município de Cuité, Paraíba. Estimou-se a IA através da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, com 251 domicílios em quatro tempos (2011, 2014, 2019 e 2022). Foi criada a variável tempo de convivência com a IA, com categorias longitudinais (Segurança Alimentar Persistente, IA em um tempo, IA em dois tempos e IA Persistente). Fez-se o mesmo para as características sociodemográficas para o primeiro e o segundo artigos, cujos objetivos foi de analisar a associação das condições sociodemográficas e o acesso aos programas governamentais com o tempo de convivência com a IA, respectivamente. O terceiro artigo se propõe a analisar o efeito do acesso sinérgico ao Programa Bolsa Família (PBF) e outros programas intersetoriais através da análise de efeitos mistos com dados em painel. Foram realizadas análises descritivas, bivariadas com os testes x² de Pearson e Q de Cochran, e a regressão logística multinomial. O primeiro artigo observou que 67% das famílias conviveram com a IA entre 2011 e 2019 e que ter residência rural, renda mensal per capita baixa e baixa escolaridade do chefe aumentam as chances de conviver por mais tempo, principalmente se estas condições forem sobrepostas. O segundo artigo apontou a coexistência da IA crônica, da persistência da vulnerabilidade da população e de uma rede de proteção ao DHAA diversa, mas pouco acessada. O terceiro observou o efeito protetor do acesso sinérgico ao PBF e Garantia Safra (p<0,05), Farmácia Popular, Água Dessalinizada e Estratégia Saúde da Família, para a IA moderada/grave. Diante disso, defende-se que o debate da segurança alimentar e do DHAA no Brasil deve considerar as diversas desigualdades do território e a indivisíbilidade e interdependência dos direitos sociais, como também que o planejamento das políticas públicas que atuam para a superação deste problema baseie-se na compreensão da intersetorialidade e efeito sinérgico dos programas.Tese O componente saúde e cidadania nos currículos: um estudo de caso na formação em saúde à luz do pensamento complexo e das diretrizes curriculares(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-04) Nunes, Waleska de Brito; Ferreira, Maria Ângela Fernandes; Noro, Luiz Roberto Augusto; https://orcid.org/0000-0002-6142-948X; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; http://lattes.cnpq.br/2986806262930186; Costa, Marcelo Viana da; Santos, Paula Fernanda Brandão Batista dos; Oliveira., Fabiana Maria Rodrigues Lopes de; Melo, Márcia Maria Dantas Cabral deA temática relacionada à formação profissional na área da saúde vem sendo evidenciada com diferentes abordagens na literatura. Apesar de aspectos gerais serem apresentados, é importante que experiências práticas das vivências em âmbitos institucionais sejam apresentadas já que são os retratos reais do que acontece na prática do processo de ensino aprendizagem dos educandos e repercute no âmbito macro do modelo de perfil profissional dos egressos e na qualidade dos serviços assistenciais prestados. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte apresenta em sua proposta curricular para os cursos da saúde, um componente integrado entre os diferentes cursos da área, com vivência no território se dando em diferentes serviços e equipes multiprofissionais junto à comunidade. O componente é denominado Saúde e Cidadania (SACI). Nesse sentido, esta tese objetiva apresentar as contribuições do SACI na consolidação dos princípios gerais a serem incorporados diante das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação da área da saúde conforme especifica a Resolução 569 do Conselho Nacional de Saúde (CNS)de 2017, dialogando com a teoria do Pensamento Complexo e a Educação Problematizadora. Dessa maneira, utiliza-se de uma pesquisa do tipo estudo de caso com abordagem qualitativa, a qual se desdobra mediante dois desenhos metodológicos: análise documental de portfólios construídos por estudantes que cursaram o componente curricular além da aplicação de questionários e entrevistas online aplicados a docentes dos diferentes cursos da saúde da UFRN. Os resultados evidenciaram que componentes curriculares com as características didático pedagógicas semelhantes às do SACI, embasadas em referencial teórico e metodológico como o pensamento complexo e a aprendizagem problematizadora, têm potencial na promoção de uma formação crítica e reflexiva capaz de atender às demandas inúmeras e variadas do Sistema Único de Saúde. Além do mais, o SACI se revelou enquanto modelo de componente curricular que se desdobra de maneira coerente com as recomendações das DCN. Apesar desses achados positivos, existem dificuldades a serem superadas para que a implementação do componente alcance com maior potencial seus objetivos formadores. Percebe-se uma contribuição no que se refere à promoção de reflexões acerca de possibilidades em remodelagens nas estruturas curriculares com a inserção de componentes que melhor aproxima os estudantes da realidade do SUS. Ainda, verifica-se uma necessidade de busca por melhorias que possibilitem tanto as instituições de ensino quanto os serviços de saúde a se integrarem de modo que colaborem intersetorialmente na formação de profissionais mais aproximados com o que preconiza o sistema de saúde vigente.Tese Residências multiprofissionais em saúde mental no Brasil: formação para saúde mental na atenção básica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-17) Ferreira, Thayane Pereira da Silva; Noro, Luiz Roberto Augusto; https://orcid.org/0000-0001-8244-0154; http://lattes.cnpq.br/2335211528795775; https://orcid.org/0000-0002-2581-4970; http://lattes.cnpq.br/6643139152542265; Severo, Ana Kalliny de Sousa; Soares, Catharina Leite Matos; Zilbovícius, Celso; Costa, Marcelo Viana da; Ferigato, Sabrina HelenaOs Programas de Residências Multiprofissionais em Saúde Mental (PRMSM) se constituem como estratégicos na formação para a atenção psicossocial no Sistema Único de Saúde. Analisou-se a formação em Saúde Mental na Atenção Básica pelos Programas de Residências Multiprofissionais em Saúde Mental do Brasil. O estudo foi realizado em quatro etapas: estudo documental dos desmontes da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (2016 a 2022) e suas interfaces com a formação pelos PRMSM do Brasil; estudo documental de dezessete Projetos Pedagógicos dos PRMSM do Brasil; estudo exploratório por meio de entrevistas com dezessete coordenadoras/es dos PRMSM; estudo de avaliabilidade com vinte experts para validação de Matriz de Critérios por meio do Consenso de Delphi. Os avanços consistem no diálogo com a Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas em defesa dos direitos humanos das pessoas em sofrimento psíquico e/ou que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, além da inovação nos processos educativos pautados na aprendizagem pela experiência. As tendências direcionam-se para o debate decolonial da loucura e a formação para práticas em Saúde Mental na Atenção Básica. Os desafios se inserem nas disputas de modelos de atenção em saúde mental e a subjetividade capitalista-colonial que impactam na efetivação da interprofissionalidade. As residências suscitam novas subjetividades para o trabalho no território em busca da efetivação da dimensão sociocultural da Reforma Psiquiátrica brasileira, no entanto, para tal execução é necessário investimentos e políticas públicas que garantam o retorno dos profissionais formados pelos PRMSM para a Rede de Atenção Psicossocial.Tese Elaboração e validação de conteúdo de instrumento para avaliação da qualidade dos serviços de acolhimento com classificação de risco em obstetrícia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-07) Oliveira, Dannielly Azevedo de; Nobre, Thaiza Teixeira Xavier; Lisboa, Lilian Lira; https://orcid.org/0000-0002-8673-0009; http://lattes.cnpq.br/2813639308023253; https://orcid.org/0000-0003-0108-3912; http://lattes.cnpq.br/1168811870043482; Mendonça, Ana Elza Oliveira de; Bay Júnior, Osvaldo de Goes; Galvão, Maria Helena Rodrigues; Schlosser, Thalyta Cristina MansanoObjetivo: elaborar e validar o conteúdo do instrumento para avaliação da qualidade do serviço de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia (ACCRO) com dimensões de avaliação para usuárias, profissionais de saúde e gestores. Métodos: estudo metodológico com abordagem quantitativa que foi dividida em duas etapas: na primeira foi desenvolvida um estudo para a elaboração de um instrumento fracionado em três módulos: com dimensão para a usuária (módulo 1), para os trabalhadores da saúde (módulo 2) e para o gestor (módulo 3). Em seguida foi realizada validação de conteúdo por um comitê de juízes (experts) especialistas na área. O instrumento foi criado a partir do referencial teórico proposto por Donabedian e os objetivos propostos pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde através do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. A Análise dessa etapa foi realizada a partir do índice de concordância do comitê (IC), Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e índice Kappa para a avaliação e alcance dos parâmetros ideais de concordância e validade de conteúdo entre os juízes. Resultados: O instrumento foi validado quanto ao conteúdo na etapa 1 do estudo, após avaliação pelo Comitê de experts, considerando valores para IVC, IC e Kappa iguais ou maiores que 0,8 para cada item avaliado. Conclusão: O instrumento atingiu um bom nível de validação do conteúdo a ser utilizado para avaliar a qualidade de atendimentos de ACCRO na perspectiva de usuárias, profissionais de saúde e gestores de serviços materno-infantis e assim possibilitar melhorias para alcançar conformidade de ações Institucionais. Espera-se que a realização das demais etapas de validação (polo empírico e analítico) desse estudo favoreçam o uso seguro do instrumento para avaliação do que se pretende quanto à qualidade dos atendimentos de Acolhimento com Classificação de Risco Obstétrico.Tese Histórias em quadrinhos para educação em saúde de crianças escolares: construção e validação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-06) Soares, Amanda; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa; https://orcid.org/0000-0001-5311-697X; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; https://orcid.org/0000-0001-8063-4131; http://lattes.cnpq.br/5405038755711915; Medeiros, Gidyenne Christine Bandeira Silva de; Noro, Luiz Roberto Augusto; Paiva, Fábio da Silva; Silva, Cícera Renata Diniz VieiraA educação em saúde provoca mudanças na fase inicial da vida, mas também em todo o curso da vida até a fase adulta. Com a execução das estratégias de educação em saúde é possível contribuir para o discernimento sobre formas de desenvolver hábitos de vida saudáveis. Quando o público em questão é o infantil, a adaptação dos componentes educativos e o uso de estratégias como as histórias em quadrinhos, ampliam as possibilidades de efetivar o repasse de conhecimentos para crianças. Portanto, o objetivo deste estudo foi construir e validar histórias em quadrinhos como ferramenta de educação em saúde sobre hábitos alimentares e físicos saudáveis para escolares. A metodologia está descrita em formato de coletânea de artigos e organizada em quatro etapas. A primeira foi uma revisão de escopo que objetivou caracterizar o escopo bibliográfico de experiências com histórias em quadrinhos direcionadas para crianças escolares e os resultados apresentaram as principais características dos estudos encontrados como ano de publicação, país de origem, público-alvo e tipo de estudo. O segundo artigo teve como objetivo caracterizar o escopo epidemiológico de consumo e hábitos alimentares e estado nutricional em crianças escolares e os resultados destacam uma dicotomia entre o consumo de alimentos saudáveis e ultraprocessados, principalmente na região sudeste. Já o terceiro foi dedicado ao processo de construção e validação de doze histórias em quadrinhos com diálogos sequenciados compondo a coletânea “Minha vida saudável”, destinada para o público infantil, neste a validação foi obtida por meio do Índice de Validade de Conteúdo, utilizando o ponto de corte ≥ 0,78 definido como concordância aceitável, obteve-se que todos os itens estavam acima ou igual do parâmetro definido. Portanto, as Histórias em Quadrinhos foram validadas sob os critérios avaliados, não sendo necessário uma reavaliação por parte dos juízes. Por fim, o quarto artigo apresenta um protocolo de intervenção educacional mediado pela coletânea “Minha vida saudável” para escolares, esse objetiva contribuir para a aquisição de conhecimento sobre a temática e a longo prazo a redução dos comportamentos de risco alimentar e físico em crianças escolares. Conclui-se que essa tese contribuirá para a criação de programas educacionais que contemplem o eixo educação-saúde, entregando as histórias em quadrinhos como um produto registrado e validado, e um protocolo de intervenção em processo de teste, garantindo a continuidade desse estudo que será executado em etapas e publicado conforme as fases sejam aprovadas.Tese Fatores associados à mortalidade de pessoas idosas por Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-13) Silva Júnior, Danyllo do Nascimento; Piuvezam, Grasiela; Mata, Adala Nayana de Sousa; https://orcid.org/0000-0002-2343-7251; http://lattes.cnpq.br/0391780760729166; http://lattes.cnpq.br/5188361199420386; Medeiros, Gidyenne Christine Bandeira Silva de; Parra, Eva Vegue; Merlos, Eloina Valero; Nascimento, Ellany Gurgel Cosme doIntrodução: A pandemia de COVID-19, desencadeada pelo coronavírus SARS-CoV-2, representou uma crise sem precedentes na saúde pública global, com impactos particularmente severos na população idosa. Desde sua origem em Wuhan, China, no final de 2019, a doença remodelou radicalmente o cotidiano e o funcionamento da sociedade em escala global, resultando em um número alarmante de mortes e perturbações econômicas e sociais significativas. A COVID-19 pode se manifestar de maneira assintomática ou sintomática, com a gravidade variando desde nenhum sintoma até complicações respiratórias graves, especialmente entre as pessoas idosas. A idade avançada tem sido identificada como um fator de risco significativo para manifestações graves e complicações da doença, em parte devido aos componentes fisiológicos do envelhecimento, que afetam a eficácia do sistema imunológico. Assim, a população idosa tornou-se um grupo particularmente suscetível aos efeitos devastadores da COVID-19. Objetivo: Analisar os fatores associados à mortalidade de pessoas idosas por COVD-19. Metodologia: Foram aplicadas diferentes abordagens teórico-metodológicas, estando a organização por artigos da seguinte forma: (a) Fatores associados à mortalidade de idosos por COVID-19: protocolo de revisão sistemática e meta-análise; (b) Fatores associados à mortalidade de pessoas idosas por COVID-19: uma revisão sistemática com dados mundiais; (c) Análise espacial dos fatores socioeconômicos e demográficos associados à mortalidade de pessoas idosas por COVID-19 no Brasil. Resultados: Os resultados desta tese destacam a influência significativa de fatores biológicos e clínicos na mortalidade de idosos afetados pela COVID-19 em todo o mundo. A idade avançada emerge como um fator crucial, com taxas de mortalidade aumentando progressivamente com o avanço da idade. A presença de comorbidades, como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, desempenha um papel preponderante no desfecho fatal da doença. O estado funcional comprometido também se mostra como um importante preditor de mortalidade, evidenciando a importância da avaliação geriátrica na identificação de fatores prognósticos. As manifestações clínicas e alterações laboratoriais, como dispneia, febre, tosse e elevação de marcadores inflamatórios, também estão significativamente associadas à gravidade da doença e ao aumento da mortalidade em idosos. Além disso, mulheres mostraram maior sobrevivência devido a diferenças biológicas e comportamentais. Minorias raciais/étnicas e indivíduos de baixo status socioeconômico enfrentaram maiores riscos, refletindo desigualdades estruturais. Esses achados ressaltam a necessidade de uma abordagem clínica multidisciplinar e personalizada para o manejo eficaz da COVID-19 em pacientes idosos, levando em consideração não apenas as condições clínicas, mas também o estado funcional e os fatores de risco individuais. Considerações finais: Este estudo destacou que a idade avançada é um fator crítico para a mortalidade de idosos pela COVID-19, influenciado por condições socioeconômicas e de saúde. O estudo enfatiza a necessidade de políticas públicas integradas para mitigar essas disparidades e promover a equidade em crises de saúde futuras.Tese Tecnologias imersivas na educação em saúde de adolescentes escolares(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-18) Santos, Thais Teixeira dos; Piuvezam, Grasiela; Medeiros, Gidyenne Christine Bandeira Silva de; https://orcid.org/0000-0001-5225-385X; http://lattes.cnpq.br/7128174927654982; https://orcid.org/0000-0002-2343-7251; http://lattes.cnpq.br/0391780760729166; https://orcid.org/0000-0002-2568-2007; http://lattes.cnpq.br/5052987068747383; Guerra, Eliana Costa; Burlamaqui, Aquiles Medeiros Filgueira; Parra, Eva Vegue; Rios, Manuel PardoAs tecnologias imersivas têm sido cada vez mais inseridas no contexto da educação por possibilitarem uma aprendizagem mais interativa e revolucionária, sendo importantes para incentivar o aumento da colaboração entre os usuários do ambiente virtual e o aumento da criatividade e da motivação na realização de suas atividades, funcionando como estratégia principalmente quando este público é de adolescentes. Nesse contexto, tais tecnologias oferecem uma oportunidade para o desenvolvimento de pesquisas que proponham estratégias efetivas, longitudinais e autossustentáveis de ações em educação em saúde. Assim, o presente estudo tem como enfoque o desenvolvimento de ferramenta digital utilizando técnicas de gamificação e de Realidade Virtual voltadas para adolescentes que possam ser aplicadas no ambiente escolar, objetivando-se prevenir a adoção de comportamentos de risco com o estímulo ao consumo alimentar e hábitos de sono saudáveis e a prática regular de atividade física. Trata-se de uma pesquisa de desenvolvimento e aplicada na modalidade de produção tecnológica. O estudo está organizado em duas seções, sendo elas: Seção I - desenvolvimento das revisões sistemáticas: 1) evidências científicas relativas ao uso da Realidade Estendida associada ao consumo alimentar, à qualidade do sono e à atividade física de adolescentes; 2) evidências científicas relativas ao uso de estratégias de gamificação associada ao consumo alimentar, à qualidade do sono e à atividade física de adolescentes; 3) evidências científicas relativas ao uso de Minecraft Education associado ao consumo alimentar, à qualidade do sono e à atividade física de adolescentes; Seção II: desenvolvimento da ferramenta digital utilizando tecnologias de Realidade Virtual e estratégias de gamificação baseadas nos resultados das revisões sistemáticas apresentadas nesta tese. Para escrita das revisões sistemáticas, foram realizados os registros dos protocolos de revisão sistemática no banco de dados do International Prospective Register of Systematic Reviews (CRD42022373833, CRD42022373876 e CRD42023467642) com base nas diretrizes de declaração dos Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses Protocols. Como resultados, foram desenvolvidos três artigos de protocolo e duas revisões sistemáticas. A ferramenta foi construída em parceria com a Universidad Catolica San Antonio de Murcia, em Murcia, Espanha, sendo produzida uma versão para o Brasil e outra para Espanha, baseando-se nas etapas de construção de árvores de decisão com os experts de cada país no tema de pesquisa. O objetivo deste instrumento consiste em oportunizar aos adolescentes realizar escolhas saudáveis em diferentes ambientes. O processo de desenvolvimento da ferramenta está presente no sexto artigo a compor esta tese e, atualmente, está em realização o processo de provas das duas versões em seus países correspondentes.Tese Assistência à saúde de pessoas com condições pós-covid(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-03) Cardins, Karla Karolline Barreto; Freitas, Cláudia Helena Soares de Morais; Uchoa, Severina Alice da Costa; https://orcid.org/0000-0003-0265-5396; http://lattes.cnpq.br/8905654343063318; https://orcid.org/0000-0002-5571-2932; http://lattes.cnpq.br/7243611214790247; Coelho, Ardigleusa Alves; Andrade, Fábia Barbosa de; Costa, Gabriela Maria Cavalcanti; Pessoa, Talitha Rodrigues Ribeiro FernandesAs condições pós-covid referem-se a sinais, sintomas e/ou condições que persistem ou surgem após quatro semanas da infecção pelo vírus SARS-CoV-2. No Brasil, o Ministério da Saúde denominou essas alterações como "condições pós-covid-19". Para atender às pessoas com essas condições, a Rede de Atenção à Saúde precisou se reorganizar, integrando a rede hospitalar, serviços especializados e a Atenção Primária à Saúde, com o objetivo de proporcionar uma assistência integral. O objetivo geral desta tese é analisar a assistência à saúde de pessoas com condições pós-covid-19. O estudo foi dividido em três etapas metodológicas. A primeira etapa consistiu em um procedimento teórico realizado por meio de uma scoping review, conforme as recomendações metodológicas do Joanna Briggs Institute, com o objetivo de identificar e mapear estudos que abordam ações e iniciativas governamentais mundiais para o cuidado às pessoas com condições pós-covid-19 na Atenção Primária à Saúde. Na segunda etapa, foi realizado um estudo quantitativo e descritivo do tipo transversal, que utilizou a pesquisa documental através de registros dos prontuários de pacientes, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2023, com a finalidade de caracterizar o perfil das pessoas com condições póscovid-19 e fatores associados ao desfecho do tratamento no Centro de Reabilitação Pós-covid SuperAR, no município de Campina Grande, Paraíba. Foram realizadas análises bivariadas para investigar a associação entre as características sociodemográficas e clínicas dos pacientes e a conclusão do tratamento. Os testes estatísticos utilizados foram o teste Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher, com significância estatística considerada para valores de p≤0,05. A terceira etapa foi consistiu na elaboração de um produto técnico para orientar o atendimento das pessoas com condições pós-covid-19 na cidade de Campina Grande, Paraíba. A scoping review resultou em uma amostra final de oito artigos publicados entre 2021 (25%), 2022 (37,5%) e 2023 (37,5%), com predominância de estudos dos Estados Unidos (25%). Quanto ao nível de evidência, 50% dos estudos foram classificados como nível 3 (estudo qualitativo único). A pesquisa documental identificou 398 prontuários de pessoas com condições pós-covid-19 atendidas no Centro de Reabilitação SuperAR. A maioria desses pacientes era do sexo feminino (55,8%), casada (54,7%) e tinha nível de escolaridade entre ensino médio completo e incompleto (42,9%). As comorbidades mais frequentes registradas foram sinusite (44,1%), hipertensão arterial (40,9%), diabetes (23,3%) e asma (18,6%). Aproximadamente 53,8% dos indivíduos foram hospitalizados, predominantemente em instituições públicas, com uma duração média de internação de 11,3 dias. Os sintomas pós-covid mais prevalentes incluíam respiratórios (69,6%), musculoesqueléticos (47,4%) e neurológicos (15,2%), sendo a fisioterapia respiratória a intervenção mais frequentemente realizada (72,1%). A maioria dos pacientes concluiu o tratamento, apesar de 21,9% terem desistido. As variáveis que apresentaram associações estatisticamente significativas com a conclusão ou abandono do tratamento foram: sexo, hospitalização, necessidade de oxigenoterapia e a presença de bronquiectasia. Esta pesquisa destaca a importância da Atenção Primária à Saúde na gestão e coordenação do cuidado das condições pós-covid-19, além de reforçar a complexidade da reabilitação pós-covid-19, que exige a articulação de diferentes serviços da Rede de Atenção à Saúde. Evidencia-se a necessidade de abordagens multidisciplinares e adaptadas às realidades locais, além de recursos adequados e de estratégias de coordenação eficazes para melhorar a qualidade dos cuidados e otimizar os resultados para os pacientes.Tese Relacionamento probabilístico entre bases de dados para identificação de óbitos por quedas de idosos no Estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-08-29) Wingerter, Denise Guerra; Mirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa; Roig, Javier Jerez; https://orcid.org/0000-0002-1385-2849; http://lattes.cnpq.br/0211762022010569; https://orcid.org/0000-0003-0250-0255; http://lattes.cnpq.br/9530232630205879; Piuvezam, Grasiela; Lima, Kenio Costa de; Souza, Marta Rovery de; Paes, Neir AntunesO conhecimento da magnitude do óbito por quedas em idosos possibilita estratégias preventivas e os Sistemas de Informação em Saúde são instrumentos potenciais para análise e sua integração possibilita variadas avaliações epidemiológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a acurácia do relacionamento probabilístico na identificação de óbitos por quedas indivíduos com 60 anos e mais, no Estado do Rio Grande do Norte, nos anos de 2010 e 2015. Trata-se de estudo epidemiológico multifásico englobando revisão bibliométrica, mapeamento epidemiológico e diagnóstico sobre o óbito por queda em idoso, de relacionamento probabilístico (linkage) dos registros de óbitos por quedas informados ao Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), e as internações com informações de quedas no Sistema de Internações Hospitalares (SIH) utilizando o software RecLink. As revisões não possuíam um panorama epidemiológico consistente e a qualidade do dado foi questionada, assim como há a possibilidade do mascaramento da causa básica real. Em 2010 e 2015 foram informados ao SIM um total de 23631 óbitos de idosos, e 106 deles foram causados por quedas. No mesmo período, o SIH informa 3107 procedimentos de internação de idosos com diagnóstico primário ou secundário de quedas, sendo que destes, 163 evoluíram para óbito. O método apresentou em 2010 sensibilidade de 99,9%, especificidade de 74,7%, valor preditivo positivo de 65,4%, valor preditivo negativo de 99,9% e acurácia de 82,8%, em 2015 estes valores foram, respectivamente, 99,8%, 83,8%, 62,6%, 99,9% e 87,2%. Após o linkage o Coeficiente de mortalidade Específico por queda foi ajustado em 2010 de 15,9 para 65,2/100.000hab, e em 2015 de 14,7 para 64,3, um aumento de 308% e 333% respectivamente. Esses resultados sugerem que o linkage probabilístico entre as bases de dados do SIM e do SIH/SUS contribuiu positivamente com a melhoria da qualidade das informações acerca do óbito por queda em idosos, permitindo um novo olhar sobre os indicadores e a necessidade de ações para evitar a mortalidade por esta causa. Este procedimento pode e deve ser utilizado para a melhoria constante da qualidade de dados dos sistemas de informação, para quaisquer agravos, visando sempre a qualificação da informação para o SUS para que a tomada de decisão seja baseada em evidência.Tese Avaliação da adesão às dietas sustentáveis, desertos alimentares e associações de saúde, aspectos socioeconômicos e espaciais em adultos e idosos do estudo Brazuca-Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-07) Oliveira Neta, Rosa Sá de; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; https://orcid.org/0000-0001-8268-1986; http://lattes.cnpq.br/8818927353248941; https://orcid.org/0000-0001-5311-697X; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; https://orcid.org/0000-0002-5383-6472; http://lattes.cnpq.br/9833198421067429; Pessoa, Milene Cristine; Rocha, Maria Cecília; Rolim, Priscilla Moura; Câmara, Saionara Maria Aires daIntrodução: Alcançar a segurança alimentar e nutricional e a melhoria da nutrição são metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e para tanto é fundamental a compreensão das interações entre saúde coletiva, meio ambiente e os determinantes sociais no planejamento de ações eficazes no enfrentamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) e na promoção de territórios saudáveis e sustentáveis. Na perspectiva de identificação da situação da alimentação nos territórios, destacam-se os ambientes alimentares que são influenciados por uma variedade de fatores (disponibilidade, acessibilidade, conveniência, promoção, qualidade dos alimentos e bebidas), incluindo a sustentabilidade dos ecossistemas nos quais estão inseridos. Nesse contexto, este estudo pode fornecer informações valiosas ao identificar e descrever áreas críticas de desigualdades espaciais acerca da adesão às dietas sustentáveis, as quais podem corroborar para o desenvolvimento de políticas públicas focalizadas nas áreas mais vulneráveis do município de Natal. Objetivo: Avaliar a adesão às dietas sustentáveis, desertos alimentares e associações de saúde, aspectos socioeconômicos e espaciais em adultos e idosos do estudo BRAZUCA-Natal. Métodos: Trata-se de um estudo que aborda métodos mistos: 1) Revisão de escopo que buscou compreender as características dos índices de adesão às dietas sustentáveis que foram desenvolvidos com base no relatório da Comissão EAT-Lancet e verificar as principais lacunas de conhecimento destas ferramentas. Essa revisão foi realizada a partir de uma busca sistemática na literatura nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, e Science Direct de 01 de junho a 01 de agosto janeiro de 2022. 2) Estudo transversal que se decompõe, a partir das variáveis independentes, em três artigos científicos que avaliaram 399 adultos e idosos, por meio de entrevistas domiciliares contendo questões sociodemográficas, de estilo de vida, dados clínicos, antropométricos e dietéticos orientado pelo software Globodiet® por meio do Recordatório alimentar de 24h (R24h). A adesão às dietas sustentáveis foi mensurada pelo Planet Health Diet Index (PHDI). No primeiro artigo, avaliamos a adesão às recomendações do EAT-Lancet para dietas saudáveis e sustentáveis em adultos e idosos do estudo Brazuca-Natal. O segundo artigo, buscou avaliar a associação entre a adesão à dieta EAT-Lancet com fatores de risco cardiometabólicos (glicose, triglicerídeos, colesterol total, HDL-c, LDL-c, mensuração da pressão arterial sistólica e diastólica, utilizamos a regressão linear múltipla para avaliar a relação entre o PHDI e variáveis independentes. O terceiro, buscou associar a adesão à dieta sustentável com variáveis individuais e de contexto com foco nos desertos alimentares, IAN e infraestrutura urbana. Essa pesquisa se baseou nos setores censitários da cidade de Natal-RN, a partir da identificação dos estabelecimentos de aquisição de alimentos, agrupados nas categorias de in natura ou minimamente processados, ultraprocessados ou mistos. Os desertos alimentares foram calculados pela densidade de estabelecimentos saudáveis ponderados pela renda dividido por 10 mil habitantes e classificados menor ou igual ao percentil 25. Utilizamos dados socioeconômicos do Censo 2010. Regressão múltipla com seleção Backward foi utilizada para observar a relação entre a adesão às dietas sustentáveis com as variáveis independentes. Resultados: Na revisão de escopo foram recuperados um total de 1.458 artigos, 14 dos quais foram incluídos na revisão. Identificamos sete índices que mensuram dietas sustentáveis, como se segue: EAT-Lancet diet score (ELD-I), New EAT-Lancet diet score (EAT), Planetary Health Diet Index (PHDI), Sustainable Diet Index (SDI), Sustainable-HEalthy-Diet (SHED), novel Nutrient-Based EAT index (NB-EAT) e World Index for Sustainability and Health (WISH). No artigo 2 (transversal), verificamos que o escore total médio de adesão ao PHDI foi de 29,4 pontos (IC 95% 28,04-30,81), em um escore que pode variar de 0 a 150 pontos. As maiores pontuações foram para frutas, leguminosas e vegetais e as menores para gordura animal e carne vermelha. Esse estudo mostrou que a adesão à dieta sustentável está diretamente relacionada a ser do sexo masculino e não consumir álcool e inversamente relacionada a ter 1 a 9 anos de estudos (comparado a quem tem ensino superior) e estar em insegurança alimentar. No artigo 3 (transversal), o PHDI apresentou associação significativa (p <0,05) com a presença de diabetes e dislipidemia, com a pressão arterial sistólica, colesterol total e LDL-c alterados, assim como com um índice que avalia saúde cardiovascular aos seus componentes (de forma positiva com frutas, vegetais e leguminosas e de forma negativa com os alimentos ultraprocessados). No artigo 4 (ecológico transversal) encontramos uma maior adesão à dieta sustentável na região Sul de Natal-RN, em indivíduos com maior renda per capita, em segurança alimentar, moradores de áreas com melhor infraestrutura e que não são desertos alimentares. Identificamos que a ocorrência de desertos alimentares coincide com as áreas em que há uma menor adesão à dieta sustentável, que são as regiões Norte e Oeste da cidade. A adesão à dieta sustentável reduz quando associada à infraestrutura urbana desfavorável e a IAN. Conclusões: Concluímos na revisão de escopo que há a utilização de diferentes métricas que avaliam a adesão às dietas sustentáveis, dificultando a comparação entre os índices e a tendência a negligenciar aspectos sociais. No artigo 2, que a adesão às dietas sustentáveis está distante das recomendações do EAT-Lancet e que essa adesão foi menor em mulheres, com baixa escolaridade, nas classes sociais menos favorecidas, com menor renda per capita e que se encontravam em IAN. No artigo 3, que associação com o padrão alimentar sustentável também sugeriu um menor risco cardiometabólico. E no artigo 4, verificamos no mapeamento de desertos alimentares que a distribuição dos estabelecimentos que comercializam alimentos sustentáveis sofre iniquidades territoriais na cidade de Natal-RN. Apesar de não estarem associados à adesão às dietas sustentáveis nesse estudo, os desertos alimentares ressaltam questões relacionadas às escolhas de alimentos sustentáveis que podem ir além da disponibilidade e acessibilidade. Contudo, são necessários novos estudos que explorem questões relacionadas aos hábitos e poder de compra dessas famílias.Tese Estado nutricional de vitamina E e fatores de risco cardiovascular em adultos e idosos: estudo Brazuca Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-18) Silva, Ana Gabriella Costa Lemos da; Lyra, Clélia de Oliveira; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; https://orcid.org/0000-0001-7761-2708; http://lattes.cnpq.br/5435882746217143; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; https://orcid.org/0000-0001-8426-3120; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; Piuvezam, Grasiela; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; Arruda, Soraia Pinheiro MachadoIntrodução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbimortalidade no mundo. Diante disso, são estudadas estratégias de prevenção e tratamento de eventos cardiovasculares. Dentre elas, a vitamina E destaca-se por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, apoiado por descobertas de que maior ingestão dietética de vitamina E e maiores concentrações de α-tocoferol (α-TOH) sérico estão associados com menor risco de eventos cardiovasculares. Com isso, dados sobre o estado nutricional de vitamina E da população e a sua relação com os fatores de risco cardiovascular são estratégias importantes para subsidiar programas e políticas públicas voltadas a prevenção e tratamento das DCV. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de vitamina E e a relação com fatores de risco cardiovascular em adultos e idosos do Estudo Brazuca Natal. Métodos: Trata-se de um estudo de diferentes métodos. 1) A revisão narrativa que investigou na literatura estudos populacionais sobre a relação da vitamina E e as DCV, buscando compreender se a deficiência de vitamina E (DVE) também deve ser considerada um problema de saúde pública. 2) Estudo transversal que se decompõe, a partir das variáveis dependentes, em dois artigos científicos. O primeiro artigo desse estudo buscou avaliar a prevalência de DVE e os fatores de risco cardiovascular que estão associados ao status do α-TOH sérico em adultos e idosos do estudo Brazuca Natal. Análise de regressão linear múltipla foi realizada entre o αTOH sérico (variável dependente) e fatores de risco cardiovascular. O segundo artigo do estudo transversal objetivou avaliar o consumo de vitamina E, e identificar as principais fontes alimentares consumidas do micronutriente pela população avaliada. Para tanto, foram analisadas as condições socioeconômicas e demográficas (sexo, idade, cor/raça, escolaridade, renda per capita e distrito sanitário de moradia) e o consumo alimentar de vitamina E (variável dependente). Resultados: Na revisão narrativa foi observado que a DVE pode ser um problema de saúde pública, por ocorrer uma variação de 0,6% a 55,5% de DVE em todo o mundo, com percentuais mais elevados na Ásia e na Europa, onde se destacam as elevadas taxas de mortalidade por DCV. Estudos populacionais sugerem efeitos protetores da vitamina E nas DCV, porém, estudos de intervenção com suplementação de α-TOH não confirmaram a sua ação cardioprotetora. No artigo 2 do estudo transversal foi observado que 24,8% dos adultos e idosos de Natal apresentavam DVE e 89% apresentaram baixas concentrações de αTOH circulante (abaixo de 30 µmol/L). Verificamos que as pessoas do sexo feminino tinham maiores valores médios de α-TOH sérico. Além disso, o índice de adiposidade visceral elevado e maiores valores do escore de risco global foram associados a maiores concentrações de α-TOH sérico. O artigo 3 demonstrou que 95,7% dos indivíduos apresentavam baixa ingestão de vitamina E, considerando a Estimated Average Requirement (EAR) de 12 mg/dia, com menores valores de ingestão em indivíduos acima de 40 anos, mulheres, naqueles com renda per capita menor que um salário-mínimo e com menor escolaridade. O óleo de soja, polpa de açaí e carne vermelha forneceram o maior teor de vitamina E ingerida. Conclusão: A partir da revisão narrativa, foi demonstrado que a DVE pode ser um problema de saúde pública. O estudo transversal observou uma elevada prevalência de DVE na população estudada, em que o sexo, o índice de adiposidade visceral e o escore de risco global estão associados ao α-TOH sérico. Além disso, foi observado um baixo consumo de vitamina E, principalmente, em indivíduos mais velhos, mulheres e com baixa condição socioeconômica. A maior parte da vitamina E consumida era proveniente do óleo de soja, polpa de açaí e carne vermelha, destacando-se também a vitamina E proveniente de alimentos ultraprocessados, principalmente, na população de menor renda.Tese Marcas de uma pandemia no Brasil: análise bioética de fatores relacionados à postura do estado brasileiro frente à Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-22) Lopes, Lavínia Mabel Viana; Amorim, Karla Patricia Cardoso; http://lattes.cnpq.br/6339836465951509; https://orcid.org/0000-0002-1978-2474; http://lattes.cnpq.br/6450385756712760; Freitas, Cláudia Helena Soares de Morais; Guerra, Eliana Costa; http://lattes.cnpq.br/4235304768982007; Valença, Cecilia Nogueira; Caraffa, Volnei; Bosco Filho, João; Feitosa, Saulo FerreiraO Brasil chegou a ocupar o segundo lugar no número absoluto de mortes por Covid-19 e, em março de 2021, foi considerado o epicentro global da pandemia. A falta de adoção de alternativas para a gestão de crise sanitária que privilegiassem os princípios, métodos e práticas de vigilância epidemiológica para o seu enfrentamento permitiram esse cenário. Somado a isso, o negacionismo científico por parte do governo federal brasileiro continuou se estabelecendo no país, com a perpetuação de discursos de desprezo às universidades e ao direito das populações mais vulneráveis. Assim, essa tese tem o objetivo de analisar, à luz da Bioética de Intervenção (BI), fatores relacionados à postura do governo federal brasileiro frente à Covid19. Trata-se de um Estudo de Caso de abordagem qualitativa. Optou-se por várias fontes de evidência, utilizando a triangulação de dados de documentos referentes ao período da pandemia da Covid-19 no Brasil e que estavam de acordo com os objetivos propostos: (a) vídeos e textos dos pronunciamentos oficiais do governo federal, realizados pelo ex-Presidente da República, durante o primeiro ano de pandemia da Covid-19 no Brasil, 2020; (b) o relatório final da CPI da Covid-19, realizada em 2021 no Brasil; (c) matérias jornalísticas/notícias que remontassem acontecimentos importantes no Brasil na época da pandemia da Covid-19; e (d) publicações da ANVISA acerca das orientações sanitárias para contenção da Covid-19 no Brasil, ou seja, que parâmetros éticos deveriam ser seguidos, segundo as normativas publicadas por esse órgão. Os resultados foram analisados pela Análise Temática de Conteúdo e estão dispostos em três seções: (1) artigo publicado intitulado “A CPI da Covid-19: uma análise bioética sobre o que foi desvelado da gestão da pandemia”. Esse artigo se propõe a discutir, com base nos principais achados da CPI da Covid-19, a postura do governo federal brasileiro e suas consequências na gestão da pandemia, a luz da BI; (2) artigo aceito para publicação intitulado “Bioética, pronunciamentos oficiais do Brasil e pandemia da Covid-19: irresponsabilidade e desproteção”. Esse artigo analisa os pronunciamentos oficiais do governo federal brasileiro, realizados por Bolsonaro no ano de 2020, durante a pandemia da Covid-19. Para essa análise crítica, utilizouse o referencial teórico da BI; (3) artigo em fase de construção para posterior submissão intitulado “Gestão da Pandemia da Covid-19 em perspectiva: incoerências bioéticas entre a ANVISA e o governo federal brasileiro”. Esse artigo apresenta os dados coletados nas publicações da ANVISA acerca das orientações sanitárias para o enfrentamento da pandemia da Covid-19, e busca analisar, por meio da BI, as incoerências bioéticas entre as medidas propostas pela Agência e as adotadas pelo governo federal. A partir da análise realizada por essa tese, conclui-se que os preceitos bioéticos propostos pela BI não foram respeitados no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil, destacando-se a negligência, por parte do governo federal brasileiro, de parâmetros éticos como a solidariedade, corporeidade, responsabilidade, vulnerabilidade, equidade, justiça e os 4 ‘pês’ da BI que envolvem precaução, prudência, proteção e prevenção.Tese Avaliação da Atenção Primária à Saúde no contexto da pandemia Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-28) Celino, Suely Deysny de Matos; Mendonça, Ana Elza Oliveira de; https://orcid.org/0000-0001-9015-211X; http://lattes.cnpq.br/5531967242281430; http://lattes.cnpq.br/1430604408958594; Coelho, Ardigleusa Alves; Andrade, Fábia Barbosa de; https://orcid.org/0000-0002-7055-8726; http://lattes.cnpq.br/0315846984480655; Pessoa Júnior, João Mário; Reis, Luciana Araújo dosA Atenção Primária à Saúde se faz essencial no enfrentamento à pandemia do COVID-19, pelas suas características de territorialização e vínculo, tendo como responsabilidades principais nesse período: vigilância em saúde nos territórios; atenção aos usuários suspeitos ou confirmados da doença; suporte social a grupos vulneráveis e; continuidade de suas ações próprias. O objetivo geral da tese foi avaliar os serviços da Atenção Primária à Saúde durante o período de Emergência em Saúde Pública, em decorrência da pandemia da COVID-19. A avaliação quantitativa da APS, quanto aos seus atributos, foi realizada por meio do instrumento PCATool-Brasil, na perspectiva dos usuários e dos profissionais (médicos e enfermeiros) cadastrados na Estratégia de Saúde da Família do município de Campina Grande, no período de agosto de 2021 a junho de 2022. Os escores geral e essencial atribuídos tanto pelos usuários quanto pelos profissionais revelaram serviços pouco orientados à APS. Para os usuários, o escore alto de avaliação esteve associado a baixa escolaridade, indicando que indivíduos com nível educacional menor tendem a estar mais satisfeitos com os serviços de saúde e; a maior média de tempo dos profissionais nas unidades de saúde, associação também verificada na avaliação dos profissionais, o que reflete a necessidade do vínculo entre estes e os usuários para a garantia de serviços de qualidade. O atributo acesso ao primeiro contato obteve a menor média em ambos os estudos, o que sugere que os serviços não atendem às necessidades de saúde da população em tempo oportuno nem de forma integral. Com o objetivo de compreender o processo de trabalho das equipes de APS durante a pandemia e o seu papel no enfrentamento da COVID-19 foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e dentistas), submetidas à análise de conteúdo, e posteriormente, à Classificação Hierárquica Descendente do software IRAMUTEQ, que levaram a duas categorias temáticas: Desafios no processo de trabalho das equipes e; O papel da APS no enfrentamento da pandemia e a organização da rede de atenção. A escassez de equipamentos de proteção individual, com limitação de profissionais ativos e a falta de estrutura física das unidades de saúde foram aspectos considerados limitantes do processo de trabalho, além da suspensão dos cuidados continuados. A APS é entendida como porta de entrada dos serviços e principal contato dos usuários com a rede assistencial, embora tenha sido claramente subutilizada no cenário estudado. Foi possível observar o quanto a pandemia impactou os serviços e estes, por sua vez, devem enfrentar novos desafios: resgatar o acompanhamento dos doentes crônicos; intensificar as ações de vigilância no território, por meio do trabalho dos agentes comunitários de saúde; estimular a vacinação de crianças, adultos e idosos, tanto para COVID-19 quanto para as vacinas já existentes; e, principalmente, lançar mão de estratégias para melhorar o acesso dos usuários.Tese Ambiente alimentar e sua relação com insegurança alimentar e condições socioeconômicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-18) Bezerra, Mariana Silva; Lyra, Clelia de Oliveira; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; https://orcid.org/0000-0001-8268-1986; http://lattes.cnpq.br/8818927353248941; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Duran, Ana Clara da Fonseca Leitão; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; Araújo, Fábio Resende de; Loures, Larissa MendesIntrodução: O ambiente alimentar é o contexto físico, econômico, político e sociocultural em que cada consumidor se envolve com o sistema alimentar para adquirir, preparar e consumir alimentos. Esse ambiente envolve a disponibilidade, acessibilidade, conveniência, promoção, qualidade e sustentabilidade dos alimentos. O comprometimento desse acesso e disponibilidade aos alimentos saudáveis, em quantidades suficientes, caracteriza a insegurança alimentar. Objetivo: Analisar o ambiente alimentar e sua relação com a ocorrência de insegurança alimentar no domicílio e condições socioeconômicas. Método: Trata-se de um estudo de diferentes métodos. 1) Revisão sistemática sobre a relação entre ambientes alimentares e a insegurança alimentar, a partir de uma busca sistemática na literatura nas bases de dados PubMed, Web of Science, Science Direct, EMBASE e LILACS em janeiro de 2023. 2) Estudo ecológico com setores censitários da cidade de Natal-RN, a partir da identificação dos estabelecimentos de aquisição de alimentos, agrupados nas categorias de in natura ou minimamente processados, ultraprocessados ou mistos. Os desertos alimentares foram calculados pela densidade de estabelecimentos saudáveis dividido por 10 mil habitantes e classificados menor ou igual ao percentil 25. Os pântanos alimentares foram determinados a partir da densidade de estabelecimentos de aquisição de ultraprocessados por 10 mil habitantes e classificados com percentil maior que 25. Utilizamos dados socioeconômicos do Censo 2010. Regressão múltipla de Poisson foi utilizada para observar a relação da existência de desertos e pântanos alimentares com infraestrutura social. 3) Trata-se de um estudo transversal, de base populacional com dados individuais demográficos, socioeconômicos e de insegurança alimentar do Estudo Brazuca Natal e relação com os setores censitários classificados em desertos alimentares, pântanos alimentares, condições de socioeconômicas do setor e do domicílio. Resultados: Na revisão sistemática 22 artigos foram incluídos, 18 deles encontraram associação entre ambientes alimentares e a (in)segurança alimentar, sendo a maioria em países desenvolvidos, do Norte global. No estudo ecológico, foi identificado que 51,45% dos estabelecimentos de aquisição de alimentos da cidade eram do tipo ultraprocessados. Houve maior densidade de estabelecimentos de alimentos nas regiões com melhor condição socioeconômica. Os setores censitários classificados como deserto alimentar, foram associados com condições do domicílio e pior infraestrutura do setor. Enquanto os setores identificados como pântano alimentar, com uma melhor infraestrutura do setor. No estudo transversal, a insegurança alimentar foi encontrada em 42,3% dos entrevistados, associada a variáveis demográficas e socioeconômicas individuais e do setor. Os desertos e pântanos alimentares não apresentaram um padrão de distribuição espacial e não foram associados à insegurança alimentar. Conclusão: Existem iniquidades na distribuição dos diferentes estabelecimentos de aquisição de alimentos da cidade de Natal/RN, com predominância de pântanos alimentares. Dessa forma, são necessárias ações de melhoria de infraestrutura dos setores, descentralização no abastecimento de alimentos saudáveis e limitar a venda de alimentos ultraprocessados, com vistas a garantir escolhas alimentares saudáveis. É importante que novos estudos avaliem as diferentes dimensões do ambiente alimentar, para permitir uma melhor identificação dos fatores associados à insegurança alimentar em diferentes contextos socioeconômicos.Tese Síndrome de Burnout: uma análise em trabalhadores que atuam na gestão em saúde durante a pandemia de Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-24) Soares, Juliana Pontes; Castro, Janete Lima de; https://orcid.org/0000-0003-1823-9012; http://lattes.cnpq.br/9530544825874259; http://lattes.cnpq.br/2980866796605529; Silva, Ana Cristina de Oliveira e; Cavalcante, Elisangela Franco de Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-3578-0153; http://lattes.cnpq.br/9020549482920149; Pinto, Isabela Cardoso de Matos; Dias, Maria AparecidaIntrodução: Burnout é uma síndrome psicológica relacionada ao trabalho. Durante a pandemia de COVID-19 foi observado seu incremento em diversos espaços laborais. Objetivo: Investigar a existência de Síndrome de Burnout em gestores de saúde, na perspectiva de compreender a influência do trabalho na saúde mental desses profissionais durante a pandemia de COVID-19. Método: Estudo quantitativo e qualitativo desenvolvido em cinco etapas: 1) Revisão Integrativa, realizada para compreender os efeitos e consequências das condições de trabalho durante a pandemia da COVID-19 na saúde mental dos profissionais de saúde, ressaltando os fatores que podem estar associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Utilizou-se o IRaMuTeQ e a Classificação Hierárquica Descendente. 2) Protocolo de Revisão de Escopo e 3) Revisão de Escopo. Por meio do protocolo e revisão foi possível identificar e mapear estudos que utilizaram o Maslach Burnout Inventory para avaliar a Síndrome de Burnout em profissionais de saúde que atuam em serviços públicos de saúde. Desenvolvido segundo os critérios do JBI Institute Reviewer’s Manual e guiado pelo PRISMA-ScR. 4) Estudo observacional, transversal, quantitativo, desenvolvido para investigar a prevalência da Síndrome de Burnout e fatores associados em gestores de saúde pública durante a pandemia de COVID-19. Utilizou-se um questionário sociodemográfico/ocupacional e Maslach Burnout Inventory. Análise realizada por meio de estatística descritiva. Estatística bivariada foi realizada com teste Qui-quadrado de Pearson. 5) Estudo qualitativo, desenvolvido para identificar percepções dos profissionais gestores em saúde quanto à repercussão do seu cargo em sua saúde mental e estratégias utilizadas para lidar com as adversidades do trabalho. Realizou-se entrevistas remotas com o Google Forms. Utilizou-se IRaMuTeQ para análise. Resultados: Primeiro estudo evidenciou experiência profissional, condições de trabalho, situação financeira, relação entre trabalho e família, medo de contaminação e transmissão da doença como fatores associados ao Burnout. O protocolo guiou a revisão de escopo, foram selecionados 55 estudos, publicados entre 1999 e 2021 em 32 países, desenvolvidos majoritariamente no Brasil, com médicos que em sua maioria atuavam na atenção primária. Foram identificadas 22 versões do Maslach Burnout Inventory com diferentes itens, likerts e pontos de corte. Estudos incluídos tinham recomendações e implicações para a prática clínica. Quarto estudo mostrou prevalência de Burnout de 12,6% (IC 95%=7,4-20,7). O Burnout apresentou-se associado às pessoas que relataram não possuir filhos (RP=3,1; p=0,021) e que se sentiam parcialmente qualificados para o cargo (RP= 3,55; p=0,042). Quinto estudo evidenciou insuficiência de recursos humanos, ambiente de trabalho inadequado e excesso de demandas, como fatores estressantes. Como estratégias para lidar com adversidades: gestão participativa, ouvir pessoas, reuniões e acesso aos Serviços de Assistência à Saúde do Trabalhador. Conclusão: Resultados mostram prevalência de Burnout em gestores durante a pandemia, fatores associados e estratégias utilizadas para lidar com adversidades no trabalho. Evidenciam necessidade de discutir a vulnerabilidade dessa força de trabalho visto que, alterações psíquicas podem acarretar em danos individuais, sociais e organizacionais. Resultados poderão contribuir para elaboração de estratégias de promoção e proteção da saúde mental desses profissionais.