PPGSCOL/CCS - Doutorado em Saúde Coletiva
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Navegando PPGSCOL/CCS - Doutorado em Saúde Coletiva por Assunto "Aids"
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Tese De onde vem para onde vai SIDA? Caminhos possíveis para erradicação da epidemia de HIV a partir do tempo presente(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-07-02) Lucas, Márcia Cavalcante Vinhas; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Echazu, Ana Gretel; https://orcid.org/0000-0003-0792-1307; http://lattes.cnpq.br/2727813198531300; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; http://lattes.cnpq.br/4977327461144434; Guimarães, Jacileide; Villar, Rosana Lúcia Alves de; Capozzolo, Angela Aparecida; Bosco Filho, JoãoAo nos aproximarmos da quarta década da epidemia brasileira de HIV/aids, o contexto epidêmico no país ganha contornos de extrema complexidade. Em 2016, o Brasil apresenta um quadro de reemergência e um perfil de epidemia concentrada em homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas, jovens gays e profissionais do sexo, de diminuição dos investimentos internacionais e de acirramento de setores conservadores em relação às políticas públicas com refreamento da abordagem da epidemia com base nos direitos humanos. Ao mesmo tempo, a Organização das Nações Unidas afirma que é possível erradicar a epidemia de HIV/aids até 2030. Esta pesquisa teve por objetivo geral conhecer e analisar experiências de pessoas que vivenciam a epidemia HIV/aids no contexto atual de adoção de estratégias terapêuticas para alcançar metas nacionais e internacionais de erradicação da epidemia até 2030. Foram adotadas duas estratégias metodológicas centrais: entrevistas com foco em histórias de vida e pesquisa documental. Esta última analisou documentos produzidos pelo Sistema das Nações Unidas que tratam da política global de enfrentamento da epidemia no período de 2000 a 2016, em um total de 26 documentos. Foram explorados também documentos oficiais sobre a Política Brasileira de Controle e Erradicação da epidemia, no período de 1999 a 2016 e os Boletins Epidemiológicos de HIV/aids, entre 2001 a 2016, em um total de 24 documentos. Na realização das entrevistas, participaram cinco profissionais de saúde e quatro usuários. O exercício interpretativo das entrevistas com foco nas histórias de vida foi referenciado na Sociologia das Emergências, no Trabalho de Tradução e na Ecologia de Saberes, a partir de Boaventura de Sousa Santos. Na análise, buscou-se identificar no discurso local o que, da experiência e das expectativas dos sujeitos que vivenciam o cuidado das pessoas vivendo com HIV, afirmou ou negou saberes e práticas, novos e antigos, e identificou perspectivas que estão se construindo no presente através de práticas de cuidado com o futuro dos indivíduos e das coletividades. O Trabalho de Tradução entre as narrativas dos sujeitos que produzem saberes e práticas locais e as narrativas oficiais que produzem saberes globais, a partir do trabalho argumentativo, baseou-se na análise do material empírico produzido na pesquisa em diálogo com o referencial teórico adotado. A partir desse trabalho de tradução entre saberes e práticas globais, nacionais e locais, a prevenção emergiu como a etapa do cuidado ao HIV/aids mais negligenciada e mais sujeita a retrocessos, ao mesmo tempo que identificou uma diversidade de saberes práticos a ela associados. Trilhando os caminhos epistemológicos orientados pela ecologia dos saberes,