PPGAS - Mestrado em Antropologia Social
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Dissertação “Acham que brotamos das fontes dessa cidade?”: uma etnografia sobre o cotidiano de sobrevivência de pessoas em situação de rua em Nata/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-09-14) Oliveira, Marília Melo de; Coradini, Lisabete; ; http://lattes.cnpq.br/3559843462349247; ; http://lattes.cnpq.br/2348508629644670; Segata, Jean; ; http://lattes.cnpq.br/8646469321774113; Chaves, Lilian Leite; ; http://lattes.cnpq.br/5159854147493795; Nascimento, Silvana de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/0383359382532310Através da observação participante, realizada na região administrativa leste de Natal/RN - referida aqui como “região central” - esta pesquisa teve como objetivo principal compreender o cotidiano dos sujeitos em situação de rua na cidade. Como se relacionam com o espaço onde vivem? Nessa relação, quais os usos e estratégias de sobrevivência acionadas por esse segmento social? Esses foram alguns dos questionamentos que nortearam esta pesquisa, com o propósito de evidenciar as especificidades deste modo de vida e os desdobramentos possíveis que tal situação possa reverberar aos seus sujeitos. Nesse sentido, houve um esforço de acompanhar as pessoas em situação de rua, seus itinerários e apreender as narrativas. Ao longo da trajetória de pesquisa - que aconteceu de forma intermitente entre os anos de 2011 a 2015 - frequentei espaços de ocupação e trânsito desse grupo populacional no meio da rua, como também me inseri e me envolvi em eventos, fóruns, seminários, reuniões e articulações de sujeitos em situação de rua enquanto movimento político (MNPR/RN). São consideradas nesta pesquisa como pessoas em situação de rua àquelas que ocupam a rua como espaço principal de sobrevivência e ordenação do cotidiano: nas ruas dormem, alimentam-se, satisfazem as necessidades fisiológicas e de higiene, bem como é o local onde tiram o sustento. A rua é tomada nesta investigação no seu sentido amplo, incluindo todos os possíveis locais relativamente protegidos do frio, da chuva e da exposição à violência, portanto inclui tanto espaços abertos e públicos: como praças e parques; como também locais fechados e privados: albergues, depósitos abandonados, presídios, etc. Observou-se que em nenhum desses espaços os sujeitos em situação de rua se estabelecem de maneira fixa, ao contrário, vivenciam a itinerância, que em parte deve-se aos ordenamentos urbanos - que tende a estigmatizá-los e excluí-los dos lugares - e à própria necessidade de sobrevivência, pois ao viver no meio da rua práticas diferenciadas são acionadas, e estas divergem do modo de vida sedentário dominante.Dissertação Acordos e colisões: família, sexualidade e lesbianidade(2019-03-15) Alencar, Josyanne Gomes; Porto, Rozeli Maria; ; ; Vieira, José Glebson; ; Schwade, Elisete; ; Lopes, Paulo Victor Leite; ; Meinerz, Nádia Elisa;A presente dissertação versa sobre as experiências e situações vivenciadas por mulheres que se autodenominam como lésbicas, no estado do Rio Grande do Norte. Tem por objetivo compreender como a (homo) sexualidade feminina, passa por um jogo entre ocultar e revelar suas identidades lésbicas de acordo com a dinâmica que estão envolvidas. Desse modo, suas biografias são construídas e organizadas em confluência com os espaços de (homo) sociabilidades, pelos quais essas mulheres transitam cotidianamente. A técnica de pesquisa bola de neve serviu como importante instrumento de aproximação com a rede de mulheres pesquisadas. Na qual, demonstro de que modo são tecidas e gerenciadas as negociações empreendidas por estas mulheres, seja no âmbito do trabalho, da família, dos estudos, dos movimentos sociais ou através da manutenção de suas agências e intencionalidades. No campo etnográfico, o que se observa é o modo como mulheres que se identificam com uma sexualidade dissidente conferem manutenção as suas relações familiares. O conceito de aceitação foi amplamente explorado para tentar analisar e entender um estilo de vida diferente daquele adotado por outros membros do núcleo familiar. Importante também foi compreender os processos de coming out, como situações cotidianas e não eventos programados para acontecer. A literatura Sociológica sobre segredo nos ajudou a compreender os silêncios e tensões que perpassam a lesbianidade das mulheres dessa pesquisa. Diferente do que se possa imaginar esse segredo nem sempre figurou como um pânico moral, mas antes, susceptível de agenciamento e novas interpretações.Dissertação O algodão sem veneno do Assentamento Queimadas, na Paraíba: agentes sociais, alinhamento em rede, produção e comercialização(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-12-19) Moreira, Isabel Martins; Schwade, Elisete; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794937U4; ; http://lattes.cnpq.br/2621859812538963; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058; Rabossi, Fernando; ; http://lattes.cnpq.br/7017028946914945Este trabalho busca analisar as relações sociais em torno do Algodão Sem Veneno do Assentamento Queimadas e os significados, para um grupo de agricultores no agreste paraibano, da necessidade de se produzir uma agricultura sem veneno. No município de Remígio, PB, a experiência de um agricultor em plantar algodão sem o uso de agrotóxicos é o ponto de partida para um alinhamento de agentes sociais em rede para a produção e comercialização do algodão sem veneno. Composta por empresários que transformam a matéria prima em bem de consumo, mediadores associados a ONG Arribaçã e os próprios agricultores, o que vem sido reconhecido com Rede Paraíba de Algodão Agroecológico é o contexto que liga a mercadoria aos mercados consumidores de produtos verdes influenciado pelo que é aqui definido como ethos ecológicoDissertação O amor à negritude como ferramenta de resistência/descolonização no campo do jornalismo: as vivências e atravessamentos de jornalistas negras/os na atuação-prática do jornalismo antirracista(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-07) Silva, Amanda Veríssimo da; Böschemeier, Ana Gretel Echazú; https://orcid.org/0000-0003-0792-1307; http://lattes.cnpq.br/2727813198531300; https://orcid.org/0000-0001-8898-9711; http://lattes.cnpq.br/1703575079707008; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; Melo, Juliana Gonçalves; Queiroz, Tobias ArrudaO presente estudo tem como principal objetivo compreender como o amor à negritude opera enquanto ferramenta de descolonização no campo do jornalismo. Considero por amor o que Maturana e Varela (1995) atribuem como a possibilidade, socialmente construída, de olhar o outro como um igual. A partir de bell hooks (2019), compreendo, também, que o amor à negritude é uma ferramenta de resistência política que transforma nossas formas de ver e ser e, portanto, cria as condições necessárias para que nos movamos contra as forças de dominação e morte que tomam as vidas negras no Brasil. Fundamentada nestas abordagens, e na compreensão social apontada por bell hooks (2019) de que o racismo estabelece-se como uma forma sistemática de negar o valor e formas de ver o mundo das pessoas negras, busco abordar: como se dá os atravessamentos afetivos, conflitivos e morais causados pelas vivências de racismo das/os jornalistas negras/os entrevistadas/os; como a negritude foi incorporada na vivência destas/os que me auxiliam enquanto parceiras/os de campo, analisando de que forma esse sentimento se materializou e se potencializou na vida e cotidiano destas/es. Para tanto, utilizei a história de vida tópica (SALTALAMACCHIA, 1992; BONI e QUARESMA, 2005; NOGUEIRA et al., 2017) e a entrevista semi-estruturada (BONI e QUARESMA, 2005) como técnicas etnográficas (PEIRANO, 1995; MATTOS, 2011), junto com a netnografia (KOZINETS, 2010), que analisa etnograficamente o mundo online e suas mídias. Através dessas metodologias, a prática do jornalismo antirracista revelou - naquelas/es que a executam - uma conduta pedagógica utilizada para relatar determinado acontecimento, considerando o caráter de aprendizado que a informação jornalística concede a seu público e a ética do ser humano, conforme pode ser encontrado nas obras de Paulo Freire (1978). Esta conduta se encontra a partir de práticas como a escuta ativa e sensível de vozes e vivências negras por parte das/os profissionais; e pelo letramento racial antirracista (VIEIRA, 2022) sobre autoras/es negras/os/antirracistas e espaços afrocentrados. Ao longo da pesquisa, foi observado que, nesse processo, a/o própria/o profissional encara de forma ativa a vivência de tornar-se negra/o colocando em prática, de forma implícita ou explícita, diferentes estratégias descolonizadoras de si, do contexto e de amor à negritude. Assim, a mídia antirracista pode ser definida como uma prática sistemática e estratégica de produção e promoção do amor à negritude, gerando esse amor por meio de sua capacidade pedagógica de ensinar através da informação, quando humaniza as pessoas negras e dita estes como também dignos de amor, incluindo-as na sociedade, e assim possibilitando a socialização interracial.Dissertação Análise etnográfica do processo judicial demarcatório da Terra Indígena Limão Verde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-10-29) Rufino, Jéssika Mayara Silva; Vieira, José Glebson; https://orcid.org/0000-0002-5546-1846; http://lattes.cnpq.br/0513632032515079; http://lattes.cnpq.br/4443331751804388; Durazzo, Leandro Marques; Neves, Rita de Cássia Maria; http://lattes.cnpq.br/9446999089598991; Amado, Luiz Henrique EloyEsta dissertação é uma análise etnográfica do processo judicial referente à demarcação da Terra Indígena Limão Verde, por meio do deslindamento dos documentos processuais em um esforço de tradução de suas formas de construção. Encarados como peças etnográficas, as decisões judiciais, os depoimentos existentes no processo e os demais documentos analisados no presente estudo são compreendidos em seu conjunto e no contexto histórico, científico, antropológico e político, trazendo à tona autores dos documentos que se interligam em condições distintas e desiguais. Um processo judicial, que se inicia na primeira instância da Justiça Federal em Campo Grande/MS e chega até o Supremo Tribunal Federal em Brasília/DF, registra e incorpora aos procedimentos jurídicos as disputas territoriais historicamente enfrentadas pelo povo Terena. Contendo negociações e afirmações de autoridades, os documentos analisados trazem as transformações das categorias jurídicas e as concepções antropológicas com a aplicabilidade da tese jurídica do Marco Temporal. O percurso analítico trilhado neste trabalho se atém a documentos que vão desde a petição inicial apresentada na Justiça Federal até a decisão de última instância na Segunda Turma do STF, circunscrevendo questões relativas ao conceito de ocupação tradicional indígena. Aqui, entende-se o direito também como uma prática de ritos processuais que caminham para a constituição de uma verdade jurídica e situações de conflito impressas nesses documentos, nas quais os processos judiciais são também um complexo campo relacional importante para a discussão de como as instituições exercem socialmente seu domínio sobre os indivíduos e o seu grupo.Dissertação Uma análise sobre assédio sexual na UFRN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-07) Silva, Maria Paula França da; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; https://orcid.org/0000-0002-4148-6145; http://lattes.cnpq.br/6808541785393087; Navia, Ângela Mercedes Facundo; https://orcid.org/0000-0001-9552-5763; http://lattes.cnpq.br/9174852118966092; Monteiro, Edilma do Nascimento Jacinto; Schwade, EliseteEsta pesquisa objetivou evidenciar os desdobramentos das denúncias de assédio sexual para mulheres servidoras e estudantes da UFRN. Nesse contexto, realizamos observação participante virtual nas plenárias promovidas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e em discussões acerca do tema nas redes sociais Twitter e Instagram. Também realizamos entrevistas semiestruturadas (via Google Meet) com duas servidoras da universidade, sendo: i) a primeira, vítima-denunciante; ii) a segunda, atuante no acolhimento e orientações às vítimas, além de; iii) uma integrante do DCE. A partir dos dados coletados, assim como da literatura (assédio sexual no âmbito legal e universitário, como violência e questões de gênero), verificamos que a UFRN não garante o acolhimento ou orientação às vítimas, arquivando denúncias ou dando continuidade ao processo sem punir os assediadores. Nesse sentido, há iniciativas estudantis, como as ações do DCE (plenárias de mulheres, carta ao reitor, atos de mobilização presenciais, notas de repúdio) e também de servidoras, que atuam no suporte às vítimas. Por fim, observamos que o processo de elaboração e circulação dos rumores desestimula as vítimas a denunciarem formalmente (ainda que isso ocorra nas iniciativas anteriores, de maneira informal), por medo das possíveis consequências negativas que venham a sofrer. Assim, concluímos que o assédio sexual é pautado, em sua maioria, por mulheres (que compõem a maior parte das vítimas), demonstrando que talvez exista um cooperativismo entre homens que cometem este assédio. Quanto ao posicionamento da UFRN, somente após as denúncias informais nas redes sociais, a instituição decidiu realizar uma consulta pública (em setembro de 2022) para identificar casos de assédio sexual e violências de gênero sofridas dentro da universidade.Dissertação Antro o quê? Problematizando o conhecimento antropológico no contexto de uma audiência pública no Senado Federal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-30) Cortes, Fernanda da Costa; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; ; http://lattes.cnpq.br/2233514880032612; Vieira, José Glebson; ; http://lattes.cnpq.br/0513632032515079; Cavignac, Julie Antoinette; ; http://lattes.cnpq.br/2111200163433960; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058Este trabalho tem como objetivo problematizar o papel do conhecimento antropológico no âmbito do debate realizado em uma audiência pública deflagrada em virtude de uma reportagem publicada pela revista Veja em maio de 2010, denominada "A Farra da Antropologia Oportunista". O objetivo é compreender de que forma a antropologia está sendo percebida no atual cenário brasileiro de investimento em políticas de reconhecimento étnico e inclusão social. Como ela vem atuando? Quais as dificuldades encontradas para a aplicação deste conhecimento frente às demandas reais que lhe diz respeito? O que se constatou como resultado da análise estabelecida neste trabalho foi uma tentativa de invalidação do saber antropológico na medida em que este opera como facilitador na garantia de direitos, especialmente os que dizem respeito ao acesso à terra por minorias étnicas.Por este motivo, também é argumentado a antropologia como ciência e os parâmetros utilizados por ela para estabelecer suas análises.Dissertação Antropologia das mediações: um estudo sobre trocas, tensões e hierarquias em Coqueiros, Vale do Ceará Mirim(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-12-15) Moreira, Stéphanie Campos Paiva; Vale, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; ; http://lattes.cnpq.br/0212163515873293; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058; Palitot, Estevão; ; http://lattes.cnpq.br/0685601093837952Este trabalho se propõe a entender a história do processo de transformação dos campos de mediação em Coqueiros, localizado no interior do município de Ceará Mirim, ao norte de Natal, percebendo como uma história local se comunica com seu presente, informando-o e dando sentido à conformação atual de administração de ações sociais e políticas bem como do fluxo de informações, posições sociais e influências dentro do grupo. Por trás das nomeações de comunidade rural , comunidade negra ou quilombola , explorei os modos e as dinâmicas de mediação que permitiram a construção de uma identidade local composta por elementos tão diversos articulados aos campos de ação mediados na história desse grupo. Foi importante nesse processo a identificação de algumas das principais lideranças que marcaram diversos períodos históricos de mediação e o entendimento de suas trajetórias pessoais e/ou familiares em relação a uma história de grupo. Três períodos de mediação foram observados, a saber, um primeiro referente ao processo de formação histórica de Coqueiros enquanto grupo social; o período das intervenções da Igreja Católica através da ação missionária da Igreja de Santa Terezinha de Natal; e, após uma caracterização da organização social local na atualidade, terminamos com a análise de um último período correspondente às relações com o campo político de discursos e de ações relacionados à política de Igualdade Racial junto à intervenções do movimento negro e quilombola .Dissertação Aqui é o lugar que toda mulher trabalha: uma etnografia sobre o trabalho feminino na comunidade quilombola de Capoeiras - Macaíba/RN(2015-09-08) Lima, Ivanildo Antônio de; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; http://lattes.cnpq.br/5813740731658316; Schwade, Elisete; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Woortmann, Ellen Fensterseifer; http://lattes.cnpq.br/4541295766782905Este trabalho de cunho etnográfico tem interesse em refletir e fazer uma descrição sobre o processo de inserção das mulheres de Capoeiras no mercado de trabalho, localizada no município de Macaíba (RN). Observamos no decorrer da pesquisa que desde o final dos anos 50 as mulheres da comunidade estão em constante movimento entre o rural e o urbano e desenvolvendo atividades de trabalho dentro e fora da comunidade. Dessa forma, com o emprego de técnicas e métodos etnográficos – entrevistas, pesquisa de campo e uso de instrumentos áudio visuais - procura-se dar visibilidade ao processo histórico, trajetórias, negociações e mudanças engendradas na vida da mulher, da família e da comunidade. Em suma, este estudo pretende compreender qual é o espaço da mulher que exerce atividade de trabalho e discutir como essas novas dinâmicas são negociadas e pensadas no contexto da família e pela comunidade estudada.Dissertação Aqui o nativo é o caboclo... : O processo de construção da identidade cabocla em Mirandas/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-10-04) Silva, Susana Rolim Soares; Chianca, Luciana de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4264064005369443; ; http://lattes.cnpq.br/4460157818800424; Melo, Juliana Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/4328813707663376; Goldfarb, Maria Patrícia Lopes; ; http://lattes.cnpq.br/1054567387128478; Lopes Júnior, Edmilson; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703249P4Esta dissertação é resultado de três anos de pesquisa junto à Mirandas, localidade distante 22 quilômetros do município de Caraúbas, região Oeste do estado do Rio Grande do Norte. Durante esse período, percebemos que os mirandenses se identificam e são identificados por outros grupos como caboclos , categoria essa que no discurso corrente tanto em Mirandas quanto no referido município, está relacionada à versão de que os antepassados mirandenses teriam chegado à região advindos da cidade do Cabo em Pernambuco. No entanto, o uso que é feito dessa versão termina encobrindo ou mesmo relegando elementos definidores da identidade dos mirandenses, tal como a possível descendência indígena dos mesmos, que é acionada, sobretudo, através de narrativas que apontam para a existência de uniões entre portugueses e índias pegas a casco de cavalo (MACÊDO, 2010; CAVIGNAC, 2003). Assim, essa etnografia traz à tona os elementos a partir dos quais os mirandenses definem sua identidade, que pode ser mais bem visualizada tanto a partir o uso que os caboclos fazem de sinais diacríticos (BARTH, 1998; OLIVEIRA, 1976) quanto das relações estabelecidas entre mirandenses e caraubenses. Relações essas que tornam manifestas as afinidades e tensões existentes entre os habitantes dos dois grupos e nos ajudam a entender como a identidade cabocla se atualiza a partir do paradoxo união/oposição aos caraubenses, tanto nos campos territorial e econômico quanto (e mais expressivamente) no campo religioso.Dissertação "Aqui se faz Gostoso”: uma etnografia do turismo em São Miguel do Gostoso (RN)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-03-28) Almeida Filho, Paulo Gomes de; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; ; http://lattes.cnpq.br/8286972492150577; Rodrigues, Lea Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/8758840770361071; Freire, Maria José Alfaro; ; http://lattes.cnpq.br/8892792689697679Este trabalho se constitui em uma descrição etnográfica sobre um fenômeno social ai nda em vigor, o processo de turistificação do município de São Miguel do Gostoso."Gostoso" - como é localmente conhecido - teve origem a partir de uma antiga vila de pescadores no litoral nordeste do Rio Grande do Norte. A partir dos anos de 1990, em São Miguel do Gostoso, deu-se início às primeiras iniciativas que vieram a transformar o município em um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte. As adoções de práticas turísticas engendraram mudanças na configuração do espaço e nas práticas cotidianas, descaracterizando a localidade dos ares de vila pesqueira. O município se promove, enquanto "atrativo turístico" através de seus recursos naturais - turismo de sol e praia, e também através do regime de ventos que propiciam à pratica de alguns esportes náuticos. Nesta pesquisa qualitativa, empenhamos-nos no emprego metodológico de técnicas etnográficas - pesquisa bibliográfica e de campo, observação participante, entrevistas abertas e estruturadas registradas através de gravação ou no caderno de campo, registros fotográficos e através de desenhos. Fizemos ainda o uso de instrumentos mediadores ligados ao turismo local. Desta forma, esta etnografia versa sobre as mudanças e seus impactos sobre a comunidade aqui tratada, levando em consideração as vozes dos atores envolvidos nesta trama social: o processo de turistificação de um antigo núcleo pesqueiro.Dissertação Aqui tem sangue e suor de índio: resistência, etnicidade e luta política dos tapuias da Lagoa do Tapará - RN(2019-09-09) Moura, Allyne Dayse Macedo de; Neves, Rita de Cássia Maria; ; ; Valle, Carlos Guilherme Octaviano Do; ; Vieira, José Glebson; ; Oliveira, Kelly Emanuele de;O presente trabalho trata da questão indígena a partir de uma discussão que envolve etnicidade e luta por direitos. A partir da experiência dos índios Tapuias da Lagoa do Tapará, proponho investigar a resistência indígena nesta comunidade, analisando sua história, memória, relações sociais e organização sócio-política articulada com suas pautas de reinvindicações. Minha intenção é entender como vem se dando o processo de organização política dos Tapuias da Lagoa do Tapará e suas possíveis conexões com a etnicidade do grupo. Para isso, busquei observar as relações entre seus membros e destes com outros grupos indígenas e não indígenas - seja através de parcerias, seja em contexto conflituoso, bem como os elementos acionados para demarcar suas diferenças. A pesquisa antropológica realizada possibilitou compreender como os Tapuias da Lagoa do Tapará (re)constroem sua organização sociopolítica, reelaboram sua cultura, reesignificam seus valores e fortalecem suas estrategias de mobilizações no atual contexto de luta por direitos.Dissertação Arte, prazer e bisturi: construção corporal através da body modification(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-03-30) Manguinho, Julyana Vilar de França; Schwade, Elisete; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794937U4; ; http://lattes.cnpq.br/7787147951567099; Vale, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Braz, Camilo de Albuquerque;Diante da pesquisa de campo realizada com um grupo ligado ao universo da body modification, é possível perceber alguns usos e significados associados a essas formas de intervenções corporais. A body modification ou modificação corporal faz parte do circuito dos piercings e tatuagens, no entanto, são formas menos diluídas socialmente e consideradas mais extremas, como: escarificações, alargadores, implantes subcutâneos, língua bifurcada, surfaces e suspensões corporais. O objetivo desta dissertação é lançar um olhar antropológico sobre essas práticas, contextualizando os sujeitos envolvidos com essas técnicas, situando-os dentro de um enfoque relacional, percebendo seus percursos e trajetórias. As discussões estão centradas em torno da noção de construção corporal e estilo de vida na cidade. Ideais como distinção pessoal e imitação prestigiosa também estão presentes nesse universo, bem como questões ligadas a gênero, prazer, arte, e ao chamado circuito alternativo . Dessa forma, a etnografia aqui apresentada demonstra o caráter complexo e contemporâneo dessas práticas de marcações corporais, em que o corpo aparece como elemento central nas experiências dos sujeitos desta pesquisaDissertação Ativismo Vegano em Natal: uma etnografia de mobilização política, alimentação ética e identidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-10-01) Vilela, Diego Breno Leal; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; ; http://lattes.cnpq.br/9257703953089175; Coradini, Lisabete; ; http://lattes.cnpq.br/3559843462349247; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Silva, Guilherme José da; ; http://lattes.cnpq.br/9806862393456180Esta pesquisa tem por interlocutores grupos de veganos na cidade de Natal, embora também se reporte a outros contextos de pesquisa como nas cidades de Recife (Pernambuco) e Campina Grande (Paraíba). Movidos por princípios éticos baseados nos direitos animais, os veganos se recusam a consumir todo e qualquer produto de origem animal. Na medida em que os hábitos de consumo podem ser tomados como poderosos elementos de identificação, a relação entre consumo, alimentação, identidade e política constitui uma chave analítica importante no desenvolvimento deste trabalho. A questão teórica que se persegue no presente trabalho, é saber como o discurso vegano (de caráter abolicionista) ganha forma e se materializa em ações, manifestações e mobilização política. Para tanto, me proponho a construir uma etnografia das atividades que esses sujeitos realizaram coletivamente, tanto as de caráter mais lúdico como a realização de piqueniques, quanto aquelas de caráter reivindicatório como são as manifestações políticas em locais públicos.Dissertação Atravessamentos afetivos, morais e políticos na experiência de consumo de séries boys love (BL) no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-01-23) Torres, Igor Leonardo de Santana; Freitas, Eliane Tânia Martins de; http://lattes.cnpq.br/8202430744079222; http://lattes.cnpq.br/8944951723798785; https://orcid.org/0000-0001-7455-3212; Coradini, Lisabete; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283; Silva, Carolina Parreiras daAs séries boys love (BL) (amor de garotos, em português) são um gênero de produções audiovisuais asiáticas focadas na representação de relações homoeróticas masculinas, muito diferente das abordagens ocidentais de obras audiovisuais dentro dessa temática. A Tailândia se destaca como a maior produtora desse conteúdo, mas outros países, como a Coreia do Sul, o Japão, Taiwan e as Filipinas também vêm disputando espaço nesse mercado. No Brasil, assim como em outros países do Ocidente, elas têm ganhado cada vez mais notoriedade, destacando-se como um novo produto de exportação asiático, que pode alcançar o sucesso de fenômenos como o K-pop e o K-drama. De modo a entender sua circulação entre brasileiras em plataformas digitais de mídias sociais, notadamente no Twitter e no Telegram, esta pesquisa busca responder a seguinte questão: quais relações estão implicadas na experiência de consumo de séries boys love pelo fandom brasileiro? Para tanto, tomei, como meio técnico para a condução da investigação, a observação participante sistemática e individual em ambientes de imersão digital. Como resultado, observei que há embates afetivos, políticos e morais ora explícitos, ora implícitos na experiência de consumo de fãs brasileiras, muitos dos quais são influenciados tanto por uma recepção mediada por fatores políticos e socioculturais locais quanto por elementos idiossincráticos.Dissertação "Bordados do Seridó" : uma experiência etnográfica com as bordadeiras do município de Caicó-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-09-26) Araujo, Adrianna Paula de Medeiros; Freitas, Eliane Tânia Martins de; ; http://lattes.cnpq.br/8202430744079222; ; http://lattes.cnpq.br/9050190686729666; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780134H6; Brito, Thaís Fernanda Salves de; ; http://lattes.cnpq.br/3691119278603114As narrativas que circulam por Caicó contam-nos que a atividade de bordar teria chegado à cidade por volta do século XVIII, através dos colonizadores portugueses. Inicialmente, o bordado funcionou como elemento constitutivo na formação feminina, sobretudo, na construção do papel da moça prendada , posteriormente, foi caracterizando-se como atividade geradora de renda, passando a movimentar fortemente o setor informal da economia local. Além de fonte de renda, a prática das bordadeiras vem ressignificando a tradição artesanal, transformando o bordado em um dos símbolos identitários do município ao projetá-lo para outros mercados, carregando o nome de bordados de Caicó . A pesquisa tem como objetivo investigar a dinâmica da produção artesanal do bordado, dentro do círculo familiar e em seus desdobramentos após a sua entrada na esfera comercial. Também busca investigar como a atividade opera dentro de um contexto em que os sujeitos (bordadeiras e intermediários) e seus distintos agenciamentos acionam certos discursos, sobretudo aqueles relacionados a identidade e autenticidade, em nome de fins econômicos, políticos e culturaisDissertação A caatinga dos biólogos e a política das plantas: controvérsias na transposição do Rio São Francisco(2017-02-15) Brito, Eduardo Neves Rocha de; ; http://lattes.cnpq.br/8646469321774113; ; http://lattes.cnpq.br/7739950842447119; Cardoso, Gabriel Pugliesi; ; Vieira, José Glebson; ; http://lattes.cnpq.br/0513632032515079; Neves, Rita de Cássia Maria; ; http://lattes.cnpq.br/9446999089598991Esta dissertação parte de uma etnografia de atividades científicas na transposição do Rio São Francisco. Para tanto, baseia-se em desdobramentos teórico-metodológicos advindos Teoria Ator-Rede de Bruno Latour; perspectiva engajada no entendimento e problematização da Ciência, Estado e agências não-humanas. Os dados apresentados num primeiro momento são produtos de análise de documentos de governo, processos jurídicos, relatórios técnicos e etc., para fins de compreensão dos lugares que as controvérsias científicas ocupam junto dos conflitos jurídico-normativos que outorgam as obras da transposição. No segundo momento, são dados construídos por trabalho de campo junto dos cientistas que resgatam e monitoram as plantas da caatinga degradada pela transposição. Já que a imersão nos documentos possibilita acompanhar uma rede sociotécnica onde ciência é historicamente vinculada à política por responderem objetivamente a uma demanda desenvolvimentista, o trabalho de campo mostra as práticas que possibilitam ver como a ciência é uma “política em ação”. Estas duas posturas metodológicas são necessárias para compreender que tipo de conhecimentos, agentes, discursos e ideais são mobilizados a fim de que as plantas da caatinga dialoguem com as políticas estatais e legitimem, assim, uma intervenção que muda parte do curso das águas do maior rio brasileiro. A ideia é mostrar, portanto, como a produção científica inscreve a caatinga sob aspectos reconhecíveis pelo Estado e como acompanhar essa inscrição permite clarear uma forma específica de “gestão da natureza”.Dissertação A Cena Black Rio: circulação de discos e identidade negra(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-10-02) Braga, André Garcia; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058; ; http://lattes.cnpq.br/0106350675978757; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Sautchuk, João Miguel; ; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://lattes.cnpq.br/6232503538224768O presente trabalho pretende, a partir da análise da circulação de discos de vinil em uma determinada situação histórica, produzir uma interpretação da formação e desenvolvimento do fenômeno sociocultural conhecido como cena Black Rio, ocorrido no Rio de Janeiro na década de 70 do século XX. Trata-se também de mapear o campo artístico e de consumo em ação na cena, inserindo-o em um contexto mais amplo de circulação de cultura caracterizado no conceito que Paul Gilroy (2012) nomeia de Atlântico negro. Ao inserir a Black Rio ao Atlântico negro, a pesquisa permitiu, desta maneira, a possibilidade de investigação da formação de identidades locais a partir de referenciais estrangeiros ou globais, e dos estilos de vida decorrentes deste processo de ressignificação e trocas culturais. Em um segundo momento, faz-se um esforço para se entender a identidade racial e a sua conexão com a dimensão política do contexto dos bailes e da cena Black Rio. Utilizando-se para tanto dos trabalhos de Hall, Giacomini e Sansone, que orbitam em torno dos conceitos de raça, etnicidade e identidade, planejase, no limite, refletir sobre a seguinte questão: o quão negra (ou black) foi (ou é) a cena Black Rio?Dissertação Cerâmica de Santo Antônio do Potengi: entre tradição e modernidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-09-28) Bezerra, Nilton Xavier; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780134H6; ; http://lattes.cnpq.br/3609163207351583; Coradini, Lisabete; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785895Z8; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058No Rio Grande do Norte, a atividade artesanal é geradora de economia, envolve um número significativo de pessoas e é diversificada em suas matérias-primas e tipologias. Como referência do artesanato local, a cerâmica supriu as necessidades primárias nos utilitários domésticos, adquiriu feição devocional nas figuras religiosas, foi brinquedo nos divertimentos infantis e, por fim, ganhou status de puro ornamento. Por sua representatividade histórica, o distrito de Santo Antônio do Potengi é considerado o mais importante centro de fabricação da cerâmica artesanal no Estado. O trabalho dos oleiros prossegue naquela localidade ancorado entre a herança familiar e a participação cada vez mais influente das políticas públicas destinadas ao setor, situação verificada por visíveis alterações no feitio da louça, açodadas a partir da década de 1990, com a implantação de uma cooperativa destinada à produção coletiva. Nesse percurso, observamos que tais ações, na medida em que objetivam estruturar condições ideais para prover a sustentabilidade do fazer artesanal, não beneficiam de maneira significativa o desenvolvimento social dos artesãos. É importante não perder de vista que existem várias dimensões envolvidas nesse processo e que estas extrapolam o interesse comum pelo objeto e a conotação econômica conseqüente de sua comercialização. São conhecimentos que implicam a escolha às matérias-primas, as singularidades dos aspectos formais e métodos produtivos, sobretudo as relações contextuais organizadas para defender a sobrevivência da atividadeDissertação "O certo pelo certo e o errado será cobrado": narrativas políticas do Sindicato do Crime do RN(2019-02-25) Amarante, Natália Firmino; Melo, Juliana Gonçalves; ; ; Cavignac, Julie Antoinette; ; Lopes, Paulo Victor Leite; ; Marques, Adalton José;Este trabalho tem como objetivo analisar a história e a influência da facção Sindicato do crime do RN dentro do cenário de disputa política e criminal que existe no Brasil atualmente. Pretendo, a partir da experiência etnográfica, construir uma narrativa que, dentro de certos limites, procura compreender os processos que constroem a “ética do crime”, os ciclos de vingança e as disputas pelo poder e o controle das unidades prisionais e das ruas da Grande Natal. À luz de autores que compõem o que hoje vêm sendo definido por Antropologia do Crime busco trabalhar categorias que permeiam as relações entre as facções criminosas, bem como a construção de práticas discursivas que sustentam ciclos de violência e acabam gerando uma “guerra” que atinge toda a sociedade. Dessa forma, desejo contribuir para a discussão que está sendo produzida acerca da atuação dos grupos de crime organizado no contexto local, especialmente no Nordeste. A questão central que almejo responder com essa pesquisa é: estaria o Sindicato do Crime do RN participando de uma possível “guerra” contra outras facções ou o que haveria, na realidade, seria a criação de uma guerra de minorias contra minorias produzidas por um Estado genocida? Para responder tal questão, priorizo a perspectiva de quem vivencia diretamente esse contexto: os integrantes da facção Sindicato do Crime do RN, para pensar se a “crise da segurança pública” que o Estado afirma existir hoje no Brasil não seria na verdade um “projeto político” que funciona através do castigo da miséria.