CB - TCC - Biomedicina
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TCC Acinetobacter baumannii: frequência de cepas resistentes a carbapenêmicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-09) Varela, Melissa Tomé; Motta Neto, Renato; https://orcid.org/0000-0002-6112-7801; http://lattes.cnpq.br/6909091962347443; Montello, Mauro Bezerra; http://lattes.cnpq.br/5161953492829381; Alves, Gessika Brenna Costa; http://lattes.cnpq.br/3295788619666660Acinetobacter baumannii destaca-se entre os principais agentes de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), especialmente em ambientes de unidades de terapia intensiva (UTI). Essa bactéria oportunista possui notável resistência a múltiplas classes de antimicrobianos, com grande capacidade de adaptação genética e sobrevivência em ambientes hospitalares. A resistência a carbapenêmicos, considerada crítica pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é amplamente atribuída ao gene blaOXA-23, detectado em mais de 90% dos isolados no Brasil. Estudos realizados entre 2015 e 2022 pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) revelam a presença disseminada desse perfil de resistência em todas as regiões do país. Além disso, dados da América Latina confirmam a relevância do problema em escala continental, com o gene blaOXA-23 predominando também em países como Argentina e México. Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica integrativa de caráter qualitativo e exploratório, tem como objetivo descrever os aspectos gerais do A. baumannii, seus principais fatores de virulência e mecanismos de resistência, além de analisar os dados epidemiológicos disponíveis sobre a prevalência de cepas resistentes a carbapenêmicos no Brasil e na América Latina. Por fim, concluiu-se que o avanço de perfis multirresistentes (MDR), extensivamente resistentes (XDR) e pan-resistentes (PDR) reforçam a necessidade urgente de vigilância epidemiológica e desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.TCC Entre o ritual e o risco: uma revisão integrativa sobre a biossegurança in vivo da ayahuasca e da DMT(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-10) Nova, Ana Beatriz Ferreira Vila; Rachetti, Vanessa de Paula Soares.; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; http://lattes.cnpq.br/0275431010824843; Souza, Augusto Monteiro de; https://orcid.org/0000-0002-6269-5536; http://lattes.cnpq.br/7633811857140815; Vieira, Leonardo Rogério; http://lattes.cnpq.br/9681522486137831A Ayahuasca é uma bebida comumente utilizada com a finalidade medicinal, ritualística e recreativa por populações nativas da Bacia Amazônica. Ela é obtida a partir das plantas Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis, sendo a B. caapi rica em β- carbolinas (harmina, harmalina e tetrahidroharmina) e a P. viridis detentora da N,N- dimetiltriptamina, também chamada de DMT. O reconhecimento da importância dessa bebida para cultos religiosos resultou na liberação do seu uso no Brasil; entretanto, seu uso terapêutico no país ainda não é liberado, sendo passível de sanção. Junto com a liberação, veio a preocupação em relação ao potencial aditivo das interações entre os componentes presentes na Ayahuasca, como também aos seus efeitos tóxicos e adversos no organismo humano. O objetivo deste trabalho foi avaliar estudos de pesquisa básica, ensaios clínicos em humanos e relatos de caso que envolvam o uso da Ayahuasca e/ou DMT, relatando os efeitos adversos e toxicidade que elas podem trazer ao organismo. Foram encontrados 531 artigos a partir das palavras- chave escolhidas, dos quais 38 foram selecionados ao contemplarem os fatores de inclusão. 10 artigos abordaram a toxicidade e efeitos adversos em animais, 14 artigos abordaram a toxicidade e efeitos adversos em ensaios clínicos feitos em humanos e 14 artigos consistiram em relatos de caso envolvendo o uso da Ayahuasca e/ou DMT. Grande parte dos efeitos descritos consistiram em malformações fetais, alterações comportamentais, alucinações auditivas e visuais, além de sintomas semelhantes aos encontrados na síndrome serotoninérgica. Apesar de uma embriotoxicidade considerável a partir do que foi relatado, o número de pesquisas básicas em fêmeas grávidas é relativamente baixo, o que evidencia a importância da realização de mais trabalhos envolvendo fêmeas. Também é possível perceber como a busca pelo consumo da Ayahuasca e DMT tem aumentado ao longo dos anos, ressaltando a importância de se utilizar tais substâncias de forma segura a fim de se evitar efeitos adversos.TCC Eficácia dos inibidores de prolil-hidroxilase do fator induzível por hipóxia em comparação aos agentes estimuladores de eritropoiese para o tratamento de anemia em pacientes com doença renal crônica: revisão integrativa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 0008-07-25) Oliveira, Kamilly Beatriz de; Brandão, Deysiane Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-9051-1175; http://lattes.cnpq.br/0938468081530870; Bezerra, Christiane Medeiros; http://lattes.cnpq.br/5479629537559105; Alves, Gessika Brenna Costa; http://lattes.cnpq.br/3295788619666660A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição progressiva e irreversível que compromete o sistema renal, levando à perda gradual da função dos rins. Dentre as complicações mais frequentes dessa condição, destaca-se a anemia, decorrente da deficiência na produção de eritropoetina e da regulação inadequada do metabolismo do ferro. Este trabalho teve como objetivo analisar os principais tratamentos utilizados para a anemia em pacientes com DRC, com foco nos inibidores da prolil-hidroxilase do fator induzível por hipóxia (HIF-PHIs) e nos agentes estimuladores da eritropoiese (AEEs). Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, estruturada com base na estratégia PICO (Paciente, Intervenção, Comparação e Desfecho). A pergunta norteadora foi: “Em pacientes com DRC, os inibidores de HIF-PHIs são mais eficazes que os AEEs no tratamento da anemia em relação ao aumento da hemoglobina?”. A busca foi realizada na base de dados PubMed, utilizando descritores nos idiomas português, inglês e espanhol. Os critérios de inclusão abrangeram estudos publicados nos últimos cinco anos, envolvendo pacientes com anemia relacionada à DRC, dependentes ou não de diálise, que comparassem diretamente HIF-PHIs e AEEs. Foram excluídos artigos sem metodologia clara, fora do período estipulado ou com conteúdo indisponível. A seleção inicial resultou em 418 publicações, das quais sete estudos atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos após análise completa. Os artigos selecionados, em sua maioria, consistiam em meta-análises de ensaios clínicos randomizados e foram avaliados quanto à qualidade metodológica com base na classificação Qualis/CAPES. Os dados obtidos contemplaram os efeitos dos tratamentos sobre os níveis de hemoglobina, a concentração de hepcidina e os principais eventos adversos relatados. Os resultados indicaram que os HIF-PHIs promoveram aumentos mais significativos nos níveis de hemoglobina, além de redução expressiva nos níveis de hepcidina, quando comparados aos AEEs. Não foram observadas diferenças significativas quanto à segurança entre os tratamentos. Conclui-se que os HIF-PHIs representam uma alternativa terapêutica promissora para o tratamento da anemia na DRC, especialmente em pacientes não dependentes de diálise, embora ainda estejam em fase de estudos clínicos.TCC Avaliação dos parâmetros laboratoriais em pacientes submetidos à hemodiálise(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-07) Costa, Graziele Silva e Silva Gondim; Brandão, Deysiane Oliveira; 1049952; http://lattes.cnpq.br/0938468081530870; http://lattes.cnpq.br/6988200122583691; Nascimento, Ermeton Duarte do; http://lattes.cnpq.br/5059231323892121; Oliveira, Arthur Renan de Araújo; http://lattes.cnpq.br/5907235499848294A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma condição progressiva caracterizada pela perda da capacidade funcional dos rins, comprometendo a filtração glomerular e a excreção de substâncias tóxicas e excesso de líquidos do organismo. Diante da falência renal, a hemodiálise surge como uma das principais terapias de substituição, sendo responsável por remover resíduos metabólicos e restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico do paciente. Nesse contexto, os exames laboratoriais desempenham papel fundamental tanto no diagnóstico quanto no monitoramento da resposta ao tratamento. Este trabalho teve como objetivo analisar as alterações nos principais biomarcadores laboratoriais em indivíduos submetidos à hemodiálise. Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva, documental, exploratória, com abordagem qualitativa e quantitativa. Foram avaliados 240 laudos provenientes de um laboratório de análises clínicas que atende pacientes dialíticos. A coleta de dados ocorreu por meio do sistema interno do laboratório, abrangendo o período de fevereiro a agosto de 2024, considerando os resultados antes e após as sessões de hemodiálise. Os dados evidenciaram que as dosagens de ureia e creatinina são os exames mais frequentemente solicitados nesse contexto. Em relação aos eletrólitos, todos apresentaram redução após o procedimento, com destaque para fósforo e potássio, que mostraram as quedas mais significativas. Já os parâmetros hematológicos, como hemoglobina e hematócrito, apresentaram discreto aumento pós-diálise. O estudo contribui para a compreensão das variações laboratoriais decorrentes do processo hemodialítico, reforçando a importância do monitoramento contínuo desses marcadores no acompanhamento clínico e na avaliação terapêutica de pacientes com IRC.TCC Riscos cardiovasculares na população LGBT+: uma análise integrativa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-07) Silva, Vivian Hellen Tiburcio da; Brandão, Deysiane Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-9051-1175; http://lattes.cnpq.br/0938468081530870; Nascimento, Ermeton Duarte do; https://orcid.org/0009-0002-0270-8363; http://lattes.cnpq.br/5059231323892121; Carvalho, Yanka do Vale; http://lattes.cnpq.br/7820008330868449As doenças cardiovasculares permanecem uma das principais causas de óbitos mundiais, afetando desigualmente grupos populacionais. Entre os grupos vulneráveis, destaca-se a população LGBT+, cuja exposição contínua a desigualdades estruturais, discriminação institucional e barreiras de acesso aos serviços de saúde contribui para o agravamento de fatores de risco cardiovascular. O presente trabalho teve como objetivo investigar os fatores de risco cardiovascular que afetam especificamente essa população, com ênfase nas análises clínicas e nos desfechos laboratoriais. A metodologia adotada foi a revisão integrativa da literatura, com levantamento de artigos publicados entre 2005 e junho de 2025, nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO, LILACS e Ferramenta Google Scholar. Foram incluídos estudos nos idiomas português, inglês e espanhol que abordassem vulnerabilidades sociais, uso de terapia hormonal, estresse psicossocial e marcadores clínico-laboratoriais associados ao risco cardiovascular. Os resultados foram organizados em cinco categorias temáticas: alterações hematológicas induzidas por terapia hormonal; disfunções hepáticas associadas ao uso prolongado de hormônios; perfil lipídico e metabólico em minorias sexuais; marcadores de estresse e inflamação em contextos de discriminação; e limitações das escalas tradicionais de estratificação de risco cardiovascular, como o escore de Framingham. Evidenciou-se que pessoas trans em uso de hormonioterapia apresentam risco aumentado para trombose, policitemia e alterações hepáticas. Minorias sexuais, por sua vez, demonstraram maior prevalência de dislipidemias, resistência insulínica, hiperglicemia e alterações nos níveis de cortisol e proteína C-reativa, decorrentes do estresse psicossocial crônico. Contudo, constatou-se que instrumentos clássicos de avaliação de risco cardiovascular não contemplam variáveis como identidade de gênero, uso de hormônios e histórico de discriminação, comprometendo a acurácia da estratificação de risco nessa população. Conclui-se que há necessidade urgente de atualização dos protocolos clínico-laboratoriais e das ferramentas de avaliação de risco, de modo a contemplar os determinantes sociais da saúde e as especificidades da população LGBT+. Recomenda-se, ainda, o fortalecimento da formação profissional com enfoque interseccional e a realização de novos estudos nacionais que explorem biomarcadores clínicos em contextos de terapia hormonal e diversidade sexual e de gênero.TCC Os impactos na confiabilidade dos resultados e na qualidade hematológica de esfregaço sanguíneo realizado com sangue nativo versus sangue com anticoagulante EDTA: uma revisão de literatura(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-08) Gomes, Rosiane de Lima; BRANDÃO, Deysiane Oliveira; http://lattes.cnpq.br/0938468081530870; http://lattes.cnpq.br/9794553307128779; BEZERRA, Christiane Medeiros; http://lattes.cnpq.br/5479629537559105; ALVES, Gessika Brenna Costa; http://lattes.cnpq.br/3295788619666660A qualidade dos esfregaços sanguíneos desempenha papel fundamental na interpretação morfológica de células hematológicas e na confiabilidade dos resultados laboratoriais. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo comparar os impactos na qualidade dos esfregaços confeccionados com sangue nativo, coletado sem anticoagulante, em relação àqueles preparados com amostras tratadas com EDTA, anticoagulante amplamente utilizado na rotina laboratorial. A metodologia do trabalho consistiu em uma revisão de literatura, onde foram selecionados 6 estudos de maior pertinência à temática, por meio dos sites da Scielo e do google acadêmico, utilizando descritores como Hemograma; sangue; EDTA; Qualidade; Confiabilidade de resultados e comparando-os entre si e analisando os seus resultados. Observou-se que o uso de EDTA, embora essencial para a realização de hemogramas automatizados, pode induzir alterações morfológicas em linfócitos e neutrófilos, além de comprometer a integridade das hemácias quando submetido a condições específicas o que pode estar ausente ou reduzido no sangue nativo, embora com limitações operacionais no ambiente laboratorial de rotina. A comparação evidenciou que fatores como temperatura, tempo de estocagem, proporção de sangue/anticoagulante contribuem para alterações celulares apresentadas nos esfregaços, podendo comprometer a confiabilidade diagnóstica. Além disso, discutiu-se que mesmo com o avanço na leitura automatizada de lâminas hematológicas, essa ainda não é uma realidade de muitos laboratórios, incluindo aqueles de pequeno porte, e de instituições públicas. Desta forma se faz relevante a confecção de um esfregaço sanguíneo de boa qualidade, com os recursos disponíveis, levando em consideração o entendimento de todos os fatores que influenciam negativamente e reduzindo seus impactos, para a produção de resultados de qualidade.TCC Efeitos da suplementação de creatina no fígado em modelo experimental de diabetes induzido por estreptozotocina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-10) Melo Júnior, Hailton Pereira de; Abreu, Bento João da Graça Azevedo; https://orcid.org/0000-0001-8010-806X; http://lattes.cnpq.br/1725848357337658; Farias, Naisandra Bezerra Silva; https://orcid.org/0000-0003-0828-109X; http://lattes.cnpq.br/6590909272236189; Medeiros, Matheus Anselmo; http://lattes.cnpq.br/0125552035740942A Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas cuja relevância tem aumentado devido à sua crescente prevalência e às complicações sistêmicas associadas. Nos últimos anos, a creatina (Cr) tem sido estudada por seu potencial em atenuar danos teciduais causados pelo estresse oxidativo e pela inflamação, além de possíveis efeitos no controle glicêmico. Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da suplementação de creatina no fígado de ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina. Vinte ratos Wistar foram distribuídos em quatro grupos experimentais: (C) controle, sem diabetes e sem suplementação de creatina (n=5); (CT) controle com suplementação de creatina (n=5); (D) diabéticos sem suplementação de creatina (n=5); e (DT) diabéticos com suplementação de creatina (n=5). Os grupos D e DT receberam uma dose única de estreptozotocina (40 mg/kg), enquanto os grupos CT e DT receberam suplementação dietética de creatina na ração durante sete semanas. Foram analisados parâmetros biométricos, e os fígados foram coletados para avaliação histopatológica de inflamação, fibrose e esteatose, além de análise imunohistoquímica da superóxido dismutase (SOD-1), com o intuito de verificar o estresse oxidativo. Os animais diabéticos apresentaram aumento no consumo de ração e água, além de perda de peso corporal, confirmando a indução da DM pela estreptozotocina. O grupo D apresentou aumento significativo no índice hepatossomático em comparação aos grupos controle, enquanto o grupo DT não apresentou melhora significativa nesse parâmetro. Na avaliação histopatológica, o grupo DT apresentou melhora significativa em relação ao grupo D nos achados de hiperemia, esteatose, núcleos picnóticos e fibrose. Embora a literatura sobre o uso de creatina em fígado diabético ainda seja limitada, estudos semelhantes corroboram os efeitos positivos observados. No entanto, o grupo DT não apresentou alterações significativas em inflamação, necrose e degeneração hidrópica e balonizante, indicando que a creatina não atua de forma eficaz na reversão desses parâmetros. A imunomarcação da SOD-1 revelou redução nos grupos diabéticos em comparação aos controles, e o grupo DT não demonstrou melhora significativa em relação ao grupo D, sugerindo que a suplementação de creatina não modula a atividade antioxidante enzimática nem mitiga o estresse oxidativo. A creatina pode atenuar parcialmente algumas alterações hepáticas decorrentes da diabetes, especialmente em aspectos morfológicos como fibrose e esteatose. No entanto, não apresenta efeito relevante sobre a inflamação nem sobre o estresse oxidativo. Considerando a escassez de estudos sobre o uso da creatina no fígado diabético, este trabalho contribui de maneira importante para a área e destaca a necessidade de investigações adicionais.TCC Avaliação in vitro da suscetibilidade a antifúngicos de isolados de leveduras de corrente sanguínea em pacientes internados no Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/ RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-08) Freitas, Laryssa da Silva; Andrade, Vânia Sousa; Theodoro, Raquel Cordeiro; https://orcid.org/0000-0001-5016-1046; http://lattes.cnpq.br/0977453259767928; https://orcid.org/0000-0003-4138-4373; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; Arantes, Thales Domingos; https://orcid.org/0000-0001-5270-6302; http://lattes.cnpq.br/8463113303837455; Araújo, Gabriela Medeiros; http://lattes.cnpq.br/8875898431642393A candidemia é uma infecção fúngica invasiva causada por espécies do gênero Candida, que acomete a corrente sanguínea e representa uma das principais causas de morbimortalidade em ambientes hospitalares. O presente estudo teve como objetivo identificar e avaliar o perfil de suscetibilidade antifúngica de isolados do gênero Candida, provenientes de hemoculturas de pacientes internados no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal/RN, no período de dezembro de 2023 até novembro de 2024. A identificação das espécies foi realizada por identificação bioquímica automatizada, métodos cromogênicos e espectrometria de massas MALDI-TOF, e a susceptibilidade aos antifúngicos foi determinada pela concentração inibitória mínima (CIM). Observou-se alta taxa de concordância entre os métodos de identificação (96,87%), com destaque para a predominância do complexo Candida parapsilosis entre os isolados (46,88%). Frente a anfotericina B, micafungina e caspofungina não constatou-se resistência, enquanto que para fluconazol, observou-se duas cepas de Nakaseomyces glabratus e uma de Candida tropicalis resistentes, uma cepa de Candida albicans foi resistente ao itraconazol, duas de C. albicans ao voriconazol, três de C. albicans ao posaconazol e uma de C. albicans apresentou resistência a anidulafungina. A predominância de C. parapsilosis observada neste estudo confirma a tendência descrita na literatura do aumento de espécies de Candida não-albicans em casos de candidemia. A resistência antifúngica em Candida spp. pode ser favorecida pelo uso prolongado de antifúngicos. No presente estudo, observou-se alta sensibilidade à micafungina (100%) e menor sensibilidade ao fluconazol, especialmente em C. tropicalis (75%) e N. glabratus (33,3%). Esses achados acompanham tendências internacionais e destacam a eficácia reduzida do fluconazol em algumas espécies, além da baixa ocorrência de resistência às equinocandinas e à anfotericina B, corroborando dados da literatura mundial. Desta forma, ressalta-se a importância da vigilância microbiológica contínua e da racionalização do uso de antifúngicos como estratégias essenciais no controle das candidemias em ambientes hospitalares.TCC Avaliação dos níveis de DNA nuclear e mitocondrial circulantes em mulheres com pré-eclâmpsia: potencial biomarcador de uso clínico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-10) Queiroz, Karine Rayane Bezerra da Cruz; Ferreira, Leonardo Capistrano; http://lattes.cnpq.br/2739353650933389; Martins, Daniella Regina Arantes; https://orcid.org/0000-0002-1350-5919; http://lattes.cnpq.br/3695151190501921; Ururahy, Marcela Abbott Galvão; https://orcid.org/0000-0003-0229-9416; http://lattes.cnpq.br/8016222352823817A pré-eclâmpsia é um distúrbio hipertensivo da gravidez, responsável por cerca de 4 milhões de diagnósticos por ano, sem a completa elucidação dos seus mecanismos etiológicos. O DNA mitocondrial tem sido utilizado como importante marcador molecular no rastreio de várias doenças, caracterizando a presença de estresse oxidativo e disfunção mitocondrial. Este estudo tem como objetivo quantificar o DNA mitocondrial, por PCR em tempo real, a partir de vesículas extracelulares extraídas do plasma de mulheres com pré-eclâmpsia. A amostra foi composta por 29 participantes que distribuídas de acordo com o diagnóstico obtido em: controle (n=13), pré-eclâmpsia precoce (n=4), pré-eclâmpsia tardia (n=7) e eclâmpsia (n=5). Os resultados mostraram aumento na concentração de DNA nuclear (p= 0,0008) e diminuição do DNA mitocondrial no grupo de pré-eclâmpsia precoce (p= 0,03), bem como correlação dos níveis de DNA mitocondrial com índice de pulsatilidade da artéria cerebral média (p=0,01). Esses achados reforçam a relevância do estudo e pesquisa futuras a dinâmica dos níveis de DNA mitocondrial na fisiopatologia da pré-eclâmpsia.TCC Principais razões para o descarte de bolsas de concentrados de hemácias no Hemocentro Dalton Cunha(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-09) Oliveira, Maria Thereza Costa de; Bezerra, Christiane Medeiros; http://lattes.cnpq.br/5479629537559105; Oliveira, Arthur Renan de Araújo; http://lattes.cnpq.br/5907235499848294; Bandierini, Michelle Sousa Cunha; http://lattes.cnpq.br/5529444423469580O concentrado de hemácias (CH) é um dos hemocomponentes mais importantes na medicina transfusional, destinado principalmente a pacientes com anemia severa, a cirurgias de grande porte e em situações de trauma e emergência. No entanto, nem todo concentrado de hemácias produzido é utilizado, o que leva ao descarte deste hemocomponente por diversos motivos. O objetivo deste trabalho foi identificar as principais razões para descarte de bolsas de CH no hemocentro Dalton Cunha no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, através de uma análise retrospectiva dos dados obtidos do sistema informatizado do hemocentro. No período do estudo foram atendidos 198.055 doadores e produzidos um total de 481.830 hemocomponentes. Deste total, 185.036 corresponderam à produção de CH (38,4%). O total de concentrados de hemácias descartados foi 16.337 e os principais motivos associados ao descarte foram: sorologia reagente (22,8%), prazo de validade expirado (17,7%), alterações nos parâmetros de controle de qualidade (15,3%), intercorrências relacionadas à obtenção, armazenamento da bolsa ou na triagem clínica (6,3%), auto exclusão (4,0%), lipemia (2,5%), além de outras causas, agrupadas por razões diversas (31,4%). Os resultados encontrados se assemelham a outros estudos já realizados e sugerem a realização de ações educativas junto à população, com o objetivo de tentar diminuir o descarte por sorologia positiva, bem como conscientizar profissionais de saúde de unidades hospitalares e todos aqueles envolvidos no transporte de sangue e hemocomponentes da necessidade do cumprimento das normas hemoterápicas vigentes no país, a fim de minimizar o descarte por alterações nos parâmetros de qualidade. Estas medidas visam garantir a manutenção dos estoques de acordo com a demanda, otimizar a utilização e diminuir os custos aos serviços de hemoterapia.TCC Avaliação da embriotoxicidade e resposta visual motora em zebrafish (Danio rerio) induzida por reteno(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-09) Araujo, Leticya Pinto de; Medeiros, Silvia Regina Batistuzzo de; Luchiari, Ana Carolina; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; https://orcid.org/0000-0003-2431-0479; http://lattes.cnpq.br/5882662534904226; http://lattes.cnpq.br/6867027206646091; Amaral, Viviane Souza do; https://orcid.org/0000-0002-9326-9054; http://lattes.cnpq.br/4440806451383783; Silva, Priscila Fernandes; http://lattes.cnpq.br/7340942504610047Reteno ou RET (1-metil-7-isopropilfenantreno), um Hidrocarboneto Aromático Policíclico (HPA) não prioritário, é o mais prevalente na queima de celulose, embora seus efeitos tóxicos ainda não sejam plenamente elucidados. A emissão de compostos como o RET torna-se especialmente preocupante diante do aumento das queimadas florestais. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apenas em 2023 foram registrados mais de 223 mil focos de incêndio no Brasil, com destaque para a Amazônia, Cerrado e Pantanal. Globalmente, o número de incêndios florestais também têm aumentado, contribuindo para a liberação de HPAs. Nesse contexto, este estudo investigou a embriotoxicidade e a neurotoxicidade do RET utilizando embriões de zebrafish. Foram testadas cinco concentrações de RET: 100 µg/L, 250 µg/L, 500 µg/L, 750 µg/L e 1000 µg/L, além de dois controles: DMSO 0,1% (negativo) e 3,4-dicloroanilina a 4 mg/L (positivo). Os ovos e larvas foram avaliados quanto à morfologia externa a cada 24, 48, 72 e 96 horas pós-fertilização (hpf). Larvas com 7 dias pós-fertilização (dpf), previamente tratadas com RET, foram submetidas ao teste de resposta optomotora e posterior análise da expressão gênica. O RET não alterou significativamente a taxa de sobrevivência em nenhum dos grupos analisados. No entanto, induziu malformações morfológicas significativas e alterações comportamentais consistentes, indicando neurotoxicidade subletal. Os dados moleculares se mostraram inconclusivos. Esses achados posicionam o Reteno como um composto de preocupação ecotoxicológica, especialmente em exposições crônicas durante fases críticas do desenvolvimento animal.TCC Efeitos tóxicos do reteno em Caenorhabditis elegans: indução de estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e neurodegeneração(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-03) Alves, Maria Luiza Gregório; Oliveira, Riva de Paula; https://orcid.org/0000-0002-6092-6142; http://lattes.cnpq.br/6790385939188325; https://lattes.cnpq.br/3427422774632777; Amaral, Viviane Souza do; https://orcid.org/0000-0002-9326-9054; http://lattes.cnpq.br/4440806451383783; Luchiari, Ana Carolina; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028Este estudo investigou os efeitos tóxicos do reteno, um hidrocarboneto policíclico aromático (HPA) não prioritário, utilizando Caenorhabditis elegans como modelo experimental. HPAs são compostos orgânicos amplamente distribuídos no ambiente, gerados principalmente pela queima incompleta de matéria orgânica e combustíveis fósseis. Como poluentes persistentes, estão associados à contaminação do solo, da água e do ar, representando um importante problema de saúde pública e ambiental devido ao seu potencial carcinogênico, mutagênico e tóxico para diversos organismos. A exposição ao composto comprometeu diferentes aspectos fisiológicos e celulares do organismo, como a taxa de eclosão de ovos, motilidade, produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), longevidade, apoptose em células germinativas, dinâmica mitocondrial e integridade dos neurônios dopaminérgicos. Embora a postura de ovos e o crescimento corporal não tenham sofrido alterações relevantes, houve queda na eclosão ao final do período reprodutivo, sugerindo efeitos embrionários tardios. Observou-se também redução significativa dos dobramentos corporais em doses mais altas, indicando possível comprometimento neuromotor. O reteno induziu aumento da produção de ERO e ativou apoptose em células germinativas, além de alterar a morfologia mitocondrial e aumentar a massa dessas organelas, especialmente em concentrações elevadas, possivelmente por falhas na mitofagia. Quanto à longevidade, os resultados revelaram uma resposta não linear, com aumento significativo do tempo de vida médio nas concentrações extremas (1 e 50 μg/mL), o que sugere um possível efeito hormético. Adicionalmente, o reteno induziu neurodegeneração dopaminérgica progressiva e dependente da dose, com efeitos mais intensos nas fases iniciais da exposição. Esses dados reforçam o potencial tóxico do reteno mesmo fora da lista de HPAs prioritários e demonstram a aplicabilidade de C. elegans como modelo eficaz para avaliações toxicológicas ambientais. Os achados contribuem para o entendimento dos mecanismos envolvidos na toxicidade do reteno, destacando o papel central do estresse oxidativo, da disfunção mitocondrial e da neurodegeneração.TCC Perfil de susceptibilidade a antifúngicos de dermatófitos isolados de pacientes atendidos no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) em Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-09) Grilo, Giovanni Maximo Lima de Souza; ANDRADE, Vânia Sousa; ARANTES, Thales Domingos; https://orcid.org/0000-0001-5270-6302; http://lattes.cnpq.br/8463113303837455; https://orcid.org/0000-0003-4138-4373; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; 0000-0003-4082-3450; http://lattes.cnpq.br/3028950066715981; THEODORO, Raquel Cordeiro; https://orcid.org/0000-0001-5016-1046; http://lattes.cnpq.br/0977453259767928; GOMES, Ronald Muryellison Oliveira da Silva; http://lattes.cnpq.br/4820520662037366A dermatofitose constitui uma das infecções fúngicas mais prevalentes em humanos, causada por fungos queratinofílicos dos gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton, que acometem tecidos ricos em queratina, como pele, unhas e couro cabeludo. Nas últimas décadas, observou-se um aumento preocupante na resistência de dermatófitos a antifúngicos de primeira escolha, como a terbinafina, o que ressalta a necessidade de monitoramento da susceptibilidade dessas cepas. Este estudo teve como objetivo testar a susceptibilidade de isolados clínicos de dermatófitos oriundos do ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). As amostras foram submetidas ao exame direto com hidróxido de potássio (KOH) a 20%, isolamento em ágar Sabouraud Dextrose (ASD) com cloranfenicol e ágar Mycosel, identificação fenotípica por microcultivo em ágar Batata Dextrose (ABD), e identificação por espectrometria de massas por dessorção a laser assistida por matriz (MALDI-TOF). Posteriormente, realizou-se o teste de microdiluição em caldo em placa de 96 poços, conforme protocolo do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente a dez antifúngicos: cetoconazol, sertaconazol, clotrimazol, voriconazol, itraconazol, fluconazol, griseofulvina, amorolfina, terbinafina e anfotericina B. Os resultados mostram que, dentre as 10 amostras isoladas, a identificação fenotípica revelou 50% de T. rubrum, 30% de T. mentagrophytes e 20% de T. tonsurans. Após confirmação por MALDI-TOF, cinco resultados foram corrigidos, evidenciando prevalência de T. rubrum (80%), T. mentagrophytes (20%) e ausência de T. tonsurans. Para os testes de sensibilidade, a terbinafina apresentou os melhores resultados, com 90% dos isolados sensíveis à menor concentração testada (0,03 μg/mL), exceto VIGD-23 (4 μg/mL). O fluconazol foi o menos eficaz, com 90% das amostras apresentando CIMs ≥ 64 μg/mL. A cepa VIGD09 (T. rubrum) apresentou múltipla resistência, com CIMs acima das máximas testadas para cinco antifúngicos, associada ao uso prévio de antifúngicos e uma infecção crônica. Já VIGD11 destacou-se pela maior sensibilidade, com CIMs entre mínimas e baixas para todas as drogas, demonstrando um perfil clássico de nova infecção (< 1 mês), e paciente sem relatos de qualquer uso prévio de antifúngicos. Os dados reforçam a importância da vigilância laboratorial da susceptibilidade de dermatófitos, sobretudo em contextos clínicos de difícil manejo terapêutico e em um cenário de crescente resistência a antifúngicos de primeira escolha, como a terbinafina.TCC Eficácia vacinal contra SARS-CoV-2 e suas variantes de preocupação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-10) Nunes, Nivia Gabriela da Silva; Bezerra, Fabiana Lima; http://lattes.cnpq.br/5605301015478568; Fernandes, Jose Verissimo; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Moreira, Susana Margarida Gomes; https://orcid.org/0000-0002-8333-3016; http://lattes.cnpq.br/7741233949116498A pandemia de COVID-19 teve início em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, quando casos de pneumonia de causa desconhecida começaram a ser registrados. Posteriormente, o agente etiológico foi identificado como um novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2. Devido à sua alta transmissibilidade, o vírus rapidamente se espalhou para outros países, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a pandemia em março de 2020. Com o avanço do cenário pandêmico, diversas variantes do SARS-CoV-2 surgiram, impactando significativamente a saúde pública global. O objetivo deste trabalho foi analisar as principais plataformas vacinais desenvolvidas contra a COVID-19, a resposta imunológica por elas induzida e sua eficácia frente às variantes de preocupação do SARS-CoV-2. A metodologia consistiu em uma revisão narrativa da literatura, com busca de artigos nas bases de dados científicas reconhecidas. Os resultados mostraram que as vacinas apresentaram alta eficácia contra a cepa original e contra as variantes Alfa e Delta. No entanto, verificou – se que, as variantes Beta e, especialmente, a Ômicron e suas sublinhagens demonstraram maior capacidade de evasão imunológica, afetando de forma mais significativa a resposta vacinal. Por outro lado, o SARS-CoV-2 continua em constante evolução, o que reforça a importância do monitoramento genômico contínuo e da atualização periódica dos imunizantes disponíveis para garantir sua eficácia frente às novas variantes.TCC Atividade anti-Cryptococcus neoformans do óleo essencial de Croton blanchetianus Baill(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-02) Viana, Ingrid Nilza Souto; Andrade, Vânia Sousa; https://orcid.org/0000-0003-4138-4373; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; http://lattes.cnpq.br/9976362073549761; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; https://orcid.org/0000-0002-9551-8771; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; Bezerra, Fabiana Lima; http://lattes.cnpq.br/5605301015478568A Criptococose é uma micose de caráter oportunista e sistêmica, causada por espécies de leveduras do complexo Cryptococcus neoformans. A infecção, frequentemente, ocorre pela inalação dos esporos (basidiósporos) oriundos do meio ambiente, e raramente, adquirida por inoculação na pele. Após a inalação do fungo, primariamente ocorre à infecção pulmonar, podendo evoluir e ultrapassar a barreira hematoencefálica que resulta no acometimento do Sistema Nervoso Central, e posteriormente em meningite criptocócica. O tratamento é desafiador devido à toxicidade dos antifúngicos convencionais usados clinicamente, além da resistência fúngica, atualmente relatada, como um fator limitante da terapia antifúngica. Desse modo, tornaram-se crescentes as pesquisas por alternativas no tratamento das doenças fúngicas, incluindo o uso de fitofármacos. A Caatinga possui diversas plantas de uso medicinal, dentre elas, a espécie Croton blanchetianus Baill, conhecida popularmente como “marmeleiro”. Nesse cenário, o presente trabalho teve como objetivo investigar o potencial antifúngico do óleo essencial de C. blanchetianus frente amostras do complexo C. neoformans, considerando a sua atividade antimicrobiana já relatada para o referido produto vegetal. Através de técnicas padronizadas pelo CLSI, foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (MIC) através de microdiluição em caldo e Concentração Fungicida Mínima (CFM) usando meio sólido. Para os testes, usou-se 16 amostras de C. neoformans, sendo, 11 isolados de diferentes sítios clínicos e 5 cepas padrão. Verificou-se a atividade antifúngica do OE de C. blanchetianus para 100% das cepas testadas com CIMs variando de 6,25mg/mL a 0,39mg/mL, somando a isso, a CFM do óleo apresentou ação fungicida, variando de 12,5mg/mL a 0,39mg/mL, além disso, também foi feita a determinação da CIM para Anfotericina B, como controle de susceptibilidade das cepas ao antifúngico. A atividade antifúngica do OE de C. blanchetianus observado neste estudo, corrobora com dados relatados em outras pesquisas, que apontaram sua capacidade antimicrobiana, especialmente, anti-Cryptococcus. A bioatividade do OE de C. blanchetianus provavelmente está relacionada com seus fitoconstituintes, destacando, espatulenol e eucaliptol, que podem ser encontrados em outras espécies do gênero Croton e que, também, mostram atividade antimicrobiana. Desse modo, os resultados motivam a continuação do estudo acerca da associação dos óleos essenciais com antifúngicos convencionais, que por meio de interações sinérgicas, possam contribuir na redução de toxicidade, observada para a maioria dos antifúngicos tradicionais usados no tratamento da Criptococose e, talvez, possa contribuir na redução do surgimento de resistência fúngica.TCC Análise crítica das bactérias do grupo ESKAPE: resistência aos antibióticos, riscos epidemiológicos e implicações clínicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-30) Lira, Isabel Cristina Silva de; Motta Neto, Renato; https://orcid.org/0000-0002-6112-7801; http://lattes.cnpq.br/6909091962347443; Campos, Gabriela Therescowa de Almeida Paiva; Alves, Gessika Brenna Costa; http://lattes.cnpq.br/3295788619666660O presente estudo tem por objetivo analisar criticamente as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), com ênfase nos aspectos epidemiológicos, nos principais agentes etiológicos envolvidos e nos mecanismos de resistência antimicrobiana, especialmente aqueles associados ao grupo ESKAPE (Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp. Apresenta-se, nesse sentido, a evolução conceitual das IRAS da década de 1990 até os dias atuais, ressaltando sua relevância como problema de saúde pública, dada a sua elevada incidência, impacto nos indicadores de morbimortalidade e ônus econômico para os sistemas de saúde. A metodologia adotada fundamenta-se em uma revisão bibliográfica narrativa, pautada na análise crítica de literatura científica nacional e internacional, complementada por documentos técnicos emitidos por órgãos reguladores e instituições de referência em saúde. As discussões contemplam a distinção entre infecções evitáveis e não evitáveis, os fatores predisponentes relacionados ao hospedeiro como imunossupressão, desnutrição, extremos etários, comorbidades e os riscos associados a intervenções invasivas. Analisa-se a atuação dos microrganismos do grupo ESKAPE, reconhecidos por seu elevado potencial patogênico e sua capacidade de desenvolver múltiplos mecanismos de resistência aos antimicrobianos, como modificação de alvos moleculares, produção de enzimas inativadoras, formação de biofilmes e redução da permeabilidade da membrana. Os resultados evidenciam a necessidade de estratégias integradas de vigilância, prevenção e controle das IRAS, com foco na racionalização do uso de antimicrobianos, na adesão a protocolos de biossegurança e no fortalecimento das políticas públicas de enfrentamento à resistência bacteriana. Conclui-se que a complexidade das IRAS, em especial aquelas causadas por bactérias multirresistentes, demanda abordagens multidisciplinares e investimentos contínuos em pesquisa, inovação e educação permanente dos profissionais de saúde.TCC Perfil de frequência e resistência antimicrobiana de patógenos E.S.K.A.P.E. isolados de amostras clínicas em hospital de referência no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-30) Santos, Ana Beatriz de Araújo; Neto, Renato Motta; https://orcid.org/0000-0002-6112-7801; http://lattes.cnpq.br/6909091962347443; Brandão, Deysiane Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-9051-1175; http://lattes.cnpq.br/0938468081530870; Silva, Jéssica Mirelly Alves da; https://orcid.org/0009-0009-3986-7473A resistência antimicrobiana constitui uma das principais ameaças à saúde pública global, intensificada pelo uso indiscriminado de antibióticos e pelas falhas nas medidas de controle em ambientes hospitalares. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico e os padrões de resistência de isolados bacterianos do grupo E.S.K.A.P.E — Enterococcus spp., Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter spp. — provenientes de amostras clínicas de um hospital referência em doenças infectocontagiosas no Rio Grande do Norte, Brasil. O grupo E.S.K.A.P.E. é composto por microrganismos frequentemente associados a infecções hospitalares, notórios por sua capacidade de desenvolver múltiplos mecanismos de resistência aos antimicrobianos. Foram analisadas 53 amostras entre setembro de 2024 e maio de 2025, transportadas semanalmente à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em swabs contendo meio de Stuart. A identificação bacteriana e os testes de sensibilidade aos antimicrobianos foram realizados por meio do sistema automatizado VITEK 2 Compact®. Os dados obtidos foram organizados em tabelas, permitindo a análise da frequência das espécies, dos sítios anatômicos de coleta e dos perfis de resistência. Observou-se predominância de bacilos Gram-negativos não fermentadores, com destaque para P. aeruginosa e A. baumannii, responsáveis, individualmente, por 38,5% dos isolados. Verificou-se alta frequência de multirresistência, principalmente às classes dos beta-lactâmicos, com apenas dois isolados não classificados como multirresistentes. Os achados reforçam a necessidade de ações de vigilância microbiológica, uso racional de antimicrobianos e medidas efetivas de prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).TCC Uso da inteligência artificial para o diagnóstico das alterações citológicas cérvico vaginais: uma revisão sistemática(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-11) Ferreira, Matheus de Alcantara Lins; Nascimento, Ermeton Duarte do; https://orcid.org/0009-0002-0270-8363; http://lattes.cnpq.br/5059231323892121; https://orcid.org/0009-0002-3910-0108; http://lattes.cnpq.br/4088650427354109; Brandão, Deysiane Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-9051-1175; http://lattes.cnpq.br/0938468081530870; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; https://orcid.org/0000-0002-9551-8771; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886O câncer do colo do útero representa um dos principais problemas de saúde pública entre pessoas com útero, sendo amplamente prevenível por meio de rastreamento e diagnóstico precoce. No entanto, o exame citopatológico tradicional (Papanicolaou) apresenta limitações importantes, como variabilidade na interpretação e sensibilidade reduzida em determinadas situações. Neste cenário, a inteligência artificial (IA) surge como uma alternativa promissora para otimizar a detecção de alterações citológicas. Este trabalho realizou uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de analisar o uso da IA no diagnóstico de alterações citológicas cérvico-vaginais. A pesquisa bibliográfica foi conduzida nas bases PubMed, SciELO e Elsevier, considerando publicações entre 2005 e 2025. Foram identificados aproximadamente 136 artigos, dos quais 20 foram selecionados com base em critérios de inclusão como foco em IA aplicada a imagens citológicas, e apresentação de dados quantitativos (sensibilidade e especificidade). Os resultados demonstraram que modelos baseados em redes neurais convolucionais (CNN e Deep CNN) foram amplamente utilizados, com desempenhos variando entre os estudos. Em média, os modelos de IA apresentaram sensibilidade superior à dos profissionais humanos (88,77% contra 78,49%) com desvio-padrão moderado para alto (11.01% contra 16,40%), enquanto a especificidade foi semelhante entre os grupos (76,19% contra 73,94%), embora com alta variabilidade de desvio-padrão (27,08% contra 31,06%). A IA mostrou-se eficaz especialmente em contextos de triagem automatizada, priorizando a detecção de alterações com alta sensibilidade, ainda que com aumento do número de falsos positivos. Conclui-se que, embora não substitua o citopatologista, a IA se apresenta como uma ferramenta valiosa de apoio ao diagnóstico de exames citopatológicos, com potencial para aumentar a eficiência, padronizar análises e reduzir falhas humanas, desde que devidamente validada e integrada aos fluxos clínicos existentes.TCC Influência do ambiente enriquecido no envelhecimento: uma revisão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-08) Bezerra, Lyzandro Lucas Ferreira; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; https://orcid.org/0000-0002-5232-5275; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; https://orcid.org/0009-0006-8115-4504; http://lattes.cnpq.br/9983045191093742; Castro, Felipe Nalon; http://lattes.cnpq.br/2785988303092060; Silva, Eryck Holmes Alves da; https://orcid.org/0000-0001-6792-2788; http://lattes.cnpq.br/8435267178916344O envelhecimento constitui um fenômeno biológico complexo, acompanhado por mudanças funcionais e estruturais que afetam negativamente a cognição, o comportamento e a integridade neural. Contudo, evidências crescentes indicam que tais prejuízos podem ser atenuados por meio de intervenções ambientais não farmacológicas. Entre essas abordagens, destaca-se o enriquecimento ambiental (EA), que compreende a oferta sistemática de estímulos físicos, sensoriais, sociais e cognitivos capazes de favorecer a plasticidade neural e a preservação das funções cerebrais ao longo da vida. Esta revisão teve como propósito reunir e analisar estudos relevantes que relacionam o EA ao processo de envelhecimento, considerando resultados obtidos tanto em humanos quanto em modelos animais. Foram analisadas aproximadamente 80 publicações científicas, as quais demonstraram que o EA promove benefícios significativos em parâmetros comportamentais e neurobiológicos, especialmente em roedores. Ainda assim, obstáculos metodológicos como a ausência de protocolos padronizados e a multiplicidade de variáveis envolvidas dificultam a replicabilidade e a transposição dos achados para contextos clínicos. Diante disso, ressalta-se a importância de futuras investigações que explorem modelos experimentais mais consistentes e estratégias de translação, visando consolidar o enriquecimento ambiental como recurso promissor na promoção de um envelhecimento mais saudável e funcional.TCC Atividade inseticida do fluralaner (Exzolt®) administrado em Gallus gallus domesticus contra Triatoma vitticeps (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-08) Bezerra, Clarice de Freitas; Guedes, Paulo Marcos da Matta; Pereira, Luanderson Cardoso; http://lattes.cnpq.br/0214566514443012; https://orcid.org/0000-0002-4564-6791; http://lattes.cnpq.br/5445410844075357; Pereira, Nathalie de Sena; https://orcid.org/0000-0002-0148-177X; http://lattes.cnpq.br/6882923707364191; Silva, Denis Dantas da; http://lattes.cnpq.br/0762071865402400O Triatoma vitticeps é vetor do Trypanosoma cruzi, o agente etiológico da doença de Chagas. Os esforços de controle vetorial da doença de Chagas baseiam-se principalmente na pulverização de inseticidas piretroides com ação residual em ambientes domésticos e peridomésticos. No entanto, o efeito residual na área peridoméstica pode ser de curta duração devido às condições ambientais, e a emergência de resistência aos piretroides têm sido cada vez mais relatada entre as populações de triatomíneos. Embora galinhas não sejam consideradas reservatórios de T. cruzi, elas representam uma fonte de sangue importante e frequente para triatomíneos em muitas áreas endêmicas. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade inseticida do fluralaner (Exzolt®) administrado por via oral a galinhas contra T. vitticeps. Dezesseis galinhas (Gallus gallus domesticus) foram randomizadas por peso em quatro grupos: Grupo 1: controle sem tratamento (n=4); Grupo 2: tratado com 2 doses de 0,5 mg/kg de fluralaner/Exzolt® (n=4); Grupo 3: tratado com 2 doses de 2,5 mg/kg de fluralaner/Exzolt® (n=4); Grupo 4: tratado com 2 doses de 5 mg/kg de fluralaner/Exzolt® (n=4). Para avaliar a eficácia do fluralaner (Exzolt®) em induzir a mortalidade dos triatomíneos, as galinhas foram submetidas à alimentação sanguínea pelos insetos nos dias 0, 1, 7, 14, 21, 28, 35, 56 e 77 após o tratamento. A mortalidade cumulativa dos insetos foi determinada até 7 dias após cada evento de alimentação sanguínea. O tratamento das galinhas com fluralaner (Exzolt®) não afetou o sucesso da alimentação dos triatomíneos. O tratamento com 0,5 mg/kg, 2,5 mg/kg e 5,0 mg/kg de Exzolt® resultou em 100% de atividade inseticida contra triatomíneos por até 14, 28 e 28 dias, respectivamente. As doses de 2,5 mg/kg e 5,0 mg/kg mostraram atividade inseticida comparável, ambas superiores à dose de 0,5 mg/kg. Os resultados demonstram que o tratamento de galinhas com a dosagem de 5,0 mg/kg de fluralaner induz atividade inseticida contra triatomíneos por até 35 dias após o tratamento. Os resultados indicam que a administração oral de fluralaner a galinhas resulta em atividade inseticida sustentada contra T. vitticeps, sugerindo seu uso potencial como uma estratégia complementar de controle em áreas endêmicas da doença de Chagas.