CERES - TCC - História (bacharelado)

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A beleza nos periódicos “O binóculo” e “Jornal das moças” (Caicó-RN, 1916-1927): repertório de fontes jornalísticas
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-11) Silva, Kátia Solange; Medeiros Filho, João Quintino de; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; Andrade, Juciene Batista Félix
Esta pesquisa apresenta um repertório de fontes jornalísticas sobre a beleza encartadas nos periódicos “O Binóculo” e “Jornal das Moças”, que integram o Fundo Joaquim Martiniano Neto (Madureira), custodiado pelo Laboratório de Documentação Histórica (LABORDOC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES), Campus de Caicó. A construção do trabalho partiu da elaboração de um banco de dados com artigos sobre beleza e concursos de beleza, facilitando a identificação do documento através de elementos descritivos. Quanto à metodologia, principiou com o contato com a bibliografia existente sobre Arquivística e História da Beleza, definição do recorte temporal, análise de artigos e notícias sobre concursos de beleza publicados nos jornais e inclusão dos documentos no banco de dados, no formato Microsoft Access. A catalogação dos jornais publicados em Caicó-RN, no período de 1916 a 1927, ao funcionar como instrumento de pesquisa e de acesso aos documentos, permite investigações relacionadas à beleza, concursos de beleza e questões do belo publicadas na imprensa em princípio do século XX, abrindo a possibilidade de se escrever uma História da Beleza no Seridó.
A casa forte do Cuó, as escolas e as políticas públicas: o (des)interesse na preservação do patrimônio cultural de Caicó-RN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-10) Dantas, Bruno Oliveira; Elíbio Junior, Antônio Manoel; Scopacasa, Rafael; Andrade, Juciene Batista Felix
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a Casa forte do Cuó, construção do século XVII situada na cidade de Caicó, e a relação da população caicoense para com esse patrimônio histórico. Para isso, procurou-se vislumbrar se os habitantes deste município tinham conhecimento da existência dessa estrutura, e observar como as instituições escolares e repartições dos Poderes Públicos trabalharam para difundi-la e preservá-la. Utilizou-se como método de pesquisa a História Oral, onde foram feitas entrevistas com professores deste município, e a História Serial, através da aplicação de questionários para alunos dos Níveis Fundamental e Médio. Este trabalho é relevante para o âmbito acadêmico devido ampliar as pesquisas e estimular novas publicações acerca da Casa forte do Cuó; sua relevância para a sociedade e a possibilidade de conscientizar a população de Caicó sobre a importância da preservação de seu patrimônio histórico. O recorte espacial adotado foi o da cidade de Caicó, concentrando-se em sua área urbana, já o recorte temporal deste trabalho não possui delimitação precisa, devido trabalhar na linha da história sincrônica. As bibliografias utilizadas são basicamente constituídas de artigos acadêmicos relacionados à Casa forte do Cuó e de obras que discutem o Patrimônio Cultural.
A memória, a história e a tradição em Oswaldo Lamartine e Paulo Bezerra
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-13) Batista, Alex de Assis; Santos, Evandro; Santos, Evandro; Macedo, Helder; Pureza, Fernando
O presente estudo dedica-se a análise de trabalhos que remetem ao Sertão do Seridó, escritas por dois memorialistas: Oswaldo Lamartine (1919-2007) e Paulo Bezerra (1933-2017). Entre os trabalhos de Lamartine, utilizamos em analise: A caça nos sertões do Seridó (2014); A. B. C. da pescaria de açudes no Seridó (1961); Ferro de ribeiras do Rio Grande do Norte (1984); Os açudes dos sertões do Seridó (1978); Sertões do Seridó (1980); Em alpendres d‟Acauã (2001); Algumas abelhas dos sertões do Seridó (2004). No que diz respeito a Bezerra, analisamos coletâneas de cartas publicadas em formato de livro entre os anos 2000 e 2013. Destacam-se estas obras por apresentarem informações referentes ao cotidiano e aspectos políticos, sociais e econômicos dos sertanejos. Trabalham com memórias das mais variadas, sendo muitas delas “emprestadas”, ou seja, de outros indivíduos. No âmbito desta análise, procura-se enfatizar o conhecimento que define certa ideia acerca do Sertão Potiguar destacando, de início, elementos de sua narrativa que dizem respeito ao descrever o passado sertanejo que fundamenta tal identidade no Rio Grande do Norte. Seguindo, neste primeiro momento, destacaremos o que Lamartine e Bezerra entendem por memória e trataremos também das transformações desta. Para compreender tal conceito iremos dialogar com a obra de Paul Ricoeur, qual seja, A memória, a história, o esquecimento (2007). No segundo momento, procuraremos identificar como a História é trabalhada nos escritos dos memorialistas. E, no último suspiro, colocaremos em embate os historiadores e os memorialistas e suas concepções sobre tradição. Para um melhor entendimento deste conceito, utilizaremos o conhecimento de Eric Hobsbawn tendo como livro base A Invenção das Tradições (2012). Por fim, avançaremos na leitura das relações entre as narrativas de memória e a forma narrativa escolhida pelo memorialista.
A morte cantada: incelências para anjos no município de Jucurutu (segunda metade do século XX)
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-08) Simão, Wesley Henrique de Moura; Andrade Junior, Lourival; Andrade Junior, Lourival; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; Santos, Evandro dos
O presente trabalho busca perceber as práticas ritualísticas em torno da morte a partir das incelências cantadas para “anjos” na zona rural de Jucurutu/RN na segunda metade do século XX. As incelências são cantos entoados em torno do morto a fim de conduzir a alma do defunto no caminho para o céu e consolar os que ficaram. No recorte espacial escolhido, encontra-se a variante dos cânticos de matriz popular que, nesse caso, especificamente, são entoados apenas em velórios de “anjos” (crianças), diferenciando-se da ocorrência desse mesmo fenômeno em outras partes do Brasil. Utiliza-se a fonte oral, coletada por meio de entrevistas com as senhoras que participavam diretamente dos velórios, além da recorrência à historiografia acadêmica ligada ao tema. Faz-se uma explanação sobre as ações humanas diante da morte, delimitam-se as idades da infância a serem trabalhadas e analisam-se as letras e sentidos por trás delas para que, assim, seja possível entender as representações em torno da morte infantil.
Apontamentos sobre a história indígena na Serra de Santana – RN, séculos XVII e XVIII
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-09) Silva, Joadson; Mafra, Fabio; Mafra, Fabio; Macedo, Helder; Macêdo, Muirakytan
Sobre a região da Serra de Santana – RN, a historiografia regional e local identifica como Kariri as populações indígenas que ali habitavam e entraram em contato com as frentes pecuaristas, nos séculos XVII e XVIII. Contudo, a produção historiográfica recente evidencia a presença de populações Tarairiú habitando a região Seridó, enquanto os estudos arqueológicos demostram que existiram ocupações de grupos portadores de cerâmica Tupinambá na Serra de Santana. Da mesma forma, o relato de Roulox Baro, proveniente do período holandês indica a presença de duas populações nativas: os Tarairiú/Tapuia e os Tupi/Brasilianos. Portanto, o objetivo desse trabalho é identificar, através da análise etnohistórica, quais os grupos indígenas que foram contatados por Roulox Baro, em meados do século XVII, e pelas frentes pecuaristas, em finais desse século até o início do século XVIII, na atual região da Serra de Santana. Buscou-se também (1) averiguar se havia mais de um grupo indígena na época de contato com os colonizadores. Da mesma forma que (2) investigou-se, como se deu o processo de encobrimento e desaparecimento dos índios na historiografia local e regional. Como fonte principal foi utilizado o relato de Roulox Baro, sendo o mesmo analisado à luz de bibliografias comentadas.
Uma autobiografia não autorizada: Os sertões de Ernani Satyro na obra O Quadro Negro (1954)
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-21) Chagas Neto, Manoel Candeia das; Santos, Evandro; https://orcid.org/0000-0003-2844-4810; http://lattes.cnpq.br/7531766582443713; http://lattes.cnpq.br/7474053610719312; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Fernandes, Paula Rejane; https://orcid.org/0000-0002-6273-2229; http://lattes.cnpq.br/6472282774896644
A presente monografia, discute a respeito de temáticas pertinentes ao estudo da História dos Sertões e ao campo da historiografia da história dos sertões paraibana, ao focalizar seus esforços em melhor compreender essa espacialidade através de uma análise crítica do Romance O Quadro Negro (1954), escrito pelo politico e escritor patoense, Ernani Satyro (1911-1986). O Aspecto autobiográfico da obra atiça a curiosidade de quem lê a obra e compreende que diversos aspectos da vida do protagonista do romance se assemelha a vida do autor da obra, ainda que a obra não seja inteiramente autobiográfica, por meio de entrevistas a revistas e jornais, o autor não descarta a possibilidade de entender o romance enquanto uma obra autobiográfica, nesse sentido apoia-se em (LEJEUNE 2008) para melhor compreender os limites de uma escrita autobiográfica e especialmente o romance autobiográfico, nesse sentido compreende a escrita de si, conforme (GOMES, 2004) pesando melhor entender a escrita desse intelectual paraibano. A partir de uma dialogo com a biografia escrita por (FERNANDES, 2018) sobre a vida e trajetória do intelectual paraibano, objetiva compreender melhor os aspectos autobiográficos da obra, realizando a devida critica a fonte e aqueles que escrevem de acordo com seu lugar de fala.
Catálogo dos boletins do Comando Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte presentes no arquivo do 6° batalhão de Polícia Militar de Caicó em 1985
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-10) Dantas, Marcelo Richele da Silva; Elíbio Júnior, Antônio Manoel
Apresenta Catálogo dos Boletins do Comando Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (BCGPMRN), presente no arquivo do 6° Batalhão de Polícia Militar (6° BPM). O trabalho justifica-se pela necessidade de tratamento arquivístico adequado do Arquivo da Polícia Militar em Caicó-RN, custodiado ao 6° BPM em 1985, bem como, pela importância de se construir um instrumento de pesquisa para a consulta à série temática Boletins do Comando Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Com relação à metodologia, tem como ponto de partida bibliografias relacionadas a trabalhos sobre arquivística e práticas militares, leitura preliminar dos Boletins Internos, escolha do recorte temporal, preenchimento das fichas e alocação em banco de dados, no formato Microsoft Access; e posteriormente consolidação do catálogo. A catalogação produziu-se em cima de 7 meses de boletins relativos ao período de 1985, no Estado do Rio Grande do Norte, o que contribuirá para pesquisas futuras, tendo em vista que tal documentação servirá como fonte para estudos sobre formas de punição, processos crimes, relacionamento interno dos militares, educação militar, praticas autoritárias, insubordinação e formas de resistência.
Dados arqueológicos para identificação da Lagoa de Macaguá - Açude Marechal Dutra (Gargalheiras) Acari - RN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-15) Silva, Adriano Campelo da; Borges, Fábio Mafra; Macedo, Helder Alexandre de Medeiros; Silva, Abrahão Sanderson Nunes Fernandes da
O acampamento de inverno dos grupos indígenas Tarairiú foi identificado onde, atualmente, localiza-se o Açude Marechal Dutra – Gargalheiras, Acari/RN (TEENSMA, 2000). Esta proposição teve como base o diário do emissário da Companhia das Índias Ocidentais, Rodolfo Baro, o qual narra os costumes nativos e sua tentativa de reatar a aliança com esses grupos indígenas do interior do Rio Grande, em 1645. Os Tarairiú tinham seu acampamento de inverno às margens da Lagoa de Macaguá, onde realizavam rituais e obtinham seus alimentos através da caça e da pesca (TEENSMA, 2000). A hipótese de Teensma, a qual sugere a localização da lagoa, foi reforçada por Borges (2010), que representou em mapa a reconstituição da rota de Baro, identificando seu local de encontro com os Tarairiú. Os vestígios e assentamentos arqueológicos identificados no entorno do Açude Marechal Dutra, por amadores e moradores locais, são indícios para a verificação material destas proposições. O objetivo principal desse trabalho foi, portanto, realizar um levantamento arqueológico nas imediações do açude, visando demonstrar a potencialidade arqueológica da área no fortalecimento da hipótese que a identifica com a Lagoa de Macaguá e o acampamento de inverno dos grupos Tarairiú. A disposição desses vestígios e assentamento foi georreferenciada através de um aparelho portátil de Global Positioning System (GPS) e representados cartograficamente, com suas respectivas tipologias. Foi possível identificar vestígios arqueológicos sob posse de moradores e em áreas outrora submersas no açude. Esses materiais são a principal fonte do presente trabalho.
Do algodão ao tear: As experiências compartilhadas na prática de fabricação das redes de dormir em São Bento/PB
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-10) Medeiros, Joyciana da Silva; Andrade, Juciene Batista Felix; Andrade, Joel Carlos de Souza; Soares, Ubirathan Rogerio
O presente trabalho tem como finalidade estudar as experiências compartilhadas da fabricação das redes de dormir em São Bento/PB, analisando o desenvolvimento da mesma através das narrativas dos são-bentenses que vivem o trato das redes desde a infância até a formação de suas próprias células familiares. O estudo terá um olhar voltado para uma história social à medida que através dessa dimensão historiográfica é permitido analisar os desdobramentos sociais dos diferentes grupos humanos e outro voltado para uma história cultural uma vez que esta é capaz de analisar tais desdobramentos considerando os valores, costumes e práticas que moldam o espaço conforme as peculiaridades distribuídas entre os homens e mulheres dispostos nos agrupamentos humanos. A realização da pesquisa se deu através da abordagem qualitativa usando-se do confronto entre a historiografia sobre o tema e entrevistas elaboradas através de roteiros individuais, que visam analisar o desenvolvimento da prática da fabricação de redes dentre os são-bentenses; os meios pelos quais foi possível desenvolver a prática de modo que se tornasse uma espécie de experiência compartilhada entre as gerações que a utilizam como conhecimento específico, gerando não só um desenvolvimento econômico, como também social e cultural; e os principais motivos que tornaram a mesma, símbolo de identidade do espaço em questão e das pessoas que o compõem.
Do negro invisível ao herói nacional: a trajetória dos jogadores negros na seleção brasileira durante as copas do mundo de 1950 a 1958
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-27) Costa, Gabriel Silva; Oliveira, Antonio Jose de; http://lattes.cnpq.br/5483282992312123; 0009-0009-6309-1361; Andrade, Juciene Batista Félix; Santos, Rosenilson da Silva; Andrade, Joel Carlos de Souza
A finalidade deste trabalho é relatar, a partir de uma análise histórica, a chegada do futebol ao Brasil, com foco na cidade do Rio de Janeiro. O principal responsável pela implementação deste esporte no país foi o inglês Charles Miller, sendo este um esporte que se tornou popular ao longo dos anos, especialmente devido ao sucesso da campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1938, na qual jogadores negros foram um dos principais destaques do campeonato. Além de apresentar um breve histórico sobre a chegada do futebol no Brasil, este trabalho aborda como problemática a inserção do negro no futebol brasileiro, tendo como base e recorte temporal a participação da seleção brasileira nos campeonatos mundiais de futebol realizados entre os anos de 1950 e 1958. Como objeto de análise, foram utilizados jornais da cidade do Rio de Janeiro, tais como o Cruzeiro, o Jornal, Última Hora, Diário Carioca, Correio da Manhã, assim como diversos outros trabalhos acadêmicos, que serviram como bibliografia para a realização deste estudo.
Entre o Sertão e o Cangaço: uma imersão no Museu do Cangaço e nas Memórias dos 'Cabras de Lampião' em Serra Talhada - Pernambuco
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-31) Souza, Laise Vitória de Figueredo; Andrade, Joel Carlos de Souza; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; http://lattes.cnpq.br/0574849035348899; Andrade, Juciene Félix de; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Oliveira, Antonio José de
Buscamos propor uma reflexão sobre nossa visita mediada ao Museu do Cangaço, em Serra Talhada, Pernambuco, em maio de 2023. Consideramos uma experiência imersiva no Cangaço, um dos episódios mais marcantes da história nordestina, ocorrido nas décadas de 1920 e 1930. O Museu, com seu acervo e narrativas, oferece uma perspectiva única sobre figuras e acontecimentos dessa fase turbulenta, estando sediado no centro dos acontecimentos, que ainda influencia fortemente a cultura regional. Nossa reflexão abrange várias vertentes, de início, vamos abordar a importância da museologia na preservação e transmissão da memória coletiva, destacando como os museus ajudam a eternizar a cultura da sociedade em que vivemos, para tanto, pretendemos utilizar as metodologias qualitativa e de análise bibliográfica. O Museu do Cangaço, assim, não é apenas um espaço expositivo, mas um ponto de encontro entre passado e presente, entre história e experiência, conectando as memórias do sertão e a identidade nordestina. Seguindo, nos debruçamos sobre a figura central de Virgulino Ferreira, o Lampião, cuja ascensão como "Rei do Cangaço" foi fruto de circunstâncias diversas e outras habilidades que o transformaram em um símbolo de resistência e, por vezes violenta, cultura. Ao abordar o papel das mulheres no Cangaço, com destaque para Maria Bonita, companheira de Lampião, é pretendido finalizar esta reflexão. Esta figura feminina singular, desafiou normas sociais e construiu um mito de resistência, força e fragilidade, que ultrapassou seu tempo e continua a ressoar para alguns como forte símbolo do empoderamento feminino ao mesmo tempo que a complexidade de sua figura na cultura contemporânea instiga pesquisadores. Assim, esperamos adentrar algumas camadas de memória e identidade, geradas pelo Cangaço, destacando personalidades, representações culturais e seu impacto na formação da cultura sertaneja.
Enunciar para dominar: uma análise dos discursos da Diocese de Caicó no Jornal "A Fôlha" (1960-1968)
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-11-28) Almeida, Pedro Henrique Santos de; Santos, Evandro dos; Lima, Jailma Maria de; Riberti, Larissa Jacheta
O jornal A Fôlha foi um semanário que circulou em Caicó-RN nas décadas de 50 e 60. Fundado pelo monsenhor Walfredo Dantas Gurgel, sacerdote católico e político potiguar, e mantido pela Diocese de Caicó, o jornal versava sobre conteúdos das mais diversas temáticas, sobretudo, as religiosas e políticas. Por ser um vetor de opinião da Igreja Católica, emitia pontos de vista concernentes à mesma, principalmente no que diz respeito a como deveria se configurar o pensamento e a conduta da sociedade caicoense, atuando por meio do discurso.
Escola de 1º grau Santo Estêvão Diácono: um estudo histórico (1974-2005)
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-11-12) Oliveira, Franciscarla Casimiro de; Andrade, Juciene Batista Felix; Andrade, Juciene Batista Félix; Bueno, Almir de Carvalho; Medeiros Filho , João Quintino de
Partindo da perspectiva das relações entre as ciências, e da flexibilidade que a Nova História Cultural permite ao historiador de se aventurar em temas que não lhe eram próprios, o presente estudo relaciona História e Educação, analisando os processos históricos que permearam a trajetória da antiga Escola Santo Estevão Diácono, localizada no Município de Caicó/RN. Objetivou-se problematizar e historicizar esta instituição expondo sua fundação, a mudança de localização, a mudança de nome e, por conseguinte proporcionar a comunidade escolar uma leitura de história local a partir de suas vivências e experiências enquanto atores sociais inseridos no contexto da comunidade escolar à qual pertencem. Tentamos demonstrar o reflexo da identidade de seu fundador na escola através de ações assistencialistas; as perspectivas de ensino que eram trabalhadas naquela época; e buscamos constituir esse espaço escolar através das lembranças de alguns de seus ex-professores.
Escrita de si de Donatilla Dantas: Representações do feminino (1946 a 1961)
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-10) Azevedo, Ana Clara Valéria de; Santos, Ane Luise Silva Mecenas; Andrade, Joel Carlos de Souza
O presente trabalho analisa a escrita de si de Donatilla Dantas entre os anos de 1946 a 1961. Utilizamos como fonte de pesquisa um dos seus diários íntimos, mais precisamente, o de número 1. Durante a análise, buscamos entender, por um lado, como Donatilla Dantas criou uma representação para si e, por outro, pensar duas questões específicas sobre o feminino: o desquite e a independência financeira. A forma como ela organizou o seu diário nos indica que se preocupou em construir uma representação para si, sobretudo de mulher independente. Logo, analisar o feminino a partir da escrita de si de Donatilla e de suas experiências nos ajuda, também, compreender grupos sociais, ou seja, de mulheres desquitadas e/ou independentes.
Estilo e escrita de si em Oswaldo Lamartine de Faria
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-28) Medeiros, Eduardo K. de; Santos, Evandro; Andrade, Joel Carlos de Souza; Fernandes, Paula Rejane
Abarca discussões no campo da Teoria da História e da História da Historiografia acerca do estilo e da escrita de si em Oswaldo Lamartine de Faria (1919 – 2007). Se propõe a pensar como este memorialista produz um discurso sobre os sertões do Seridó a partir de trocas que envolvem uma escrita autobiográfica. Introduz exposição acerca do indivíduo moderno enquanto sujeito histórico (DUMONT, 1985) e de práticas de produção de si (GOMES, 2004), sendo aqui privilegiada a escrita autobiográfica (LEJEUNE, 2008). Compõe-se um panorama que permite reconhecer uma tradição historiográfica à qual se pode associar os escritos de Oswaldo Lamartine de Faria (MACÊDO, 2012; MEDEIROS NETA, 2007; MONTEIRO, 2006). A partir dos estudos de Michel Foucault (2017) sobre as regularidades discursivas, objetiva discutir a formatação de um discurso acerca dos sertões por meio do estudo do estilo do “autor” e de sua “obra”, categorias estas que também são discutidas (FOUCAULT, 2000). Mais especificamente, investiga o papel do saudosismo (ALBUQUERQUE JÚNIOR, 2011) como elemento central da escrita de si oswaldiana (GOMES, 2004; MALATIAN, 2009). A bibliografia do autor e um conjunto de dezessete cartas enviadas do Rio de Janeiro/RJ a Serra Negra do Norte/RN, durante o período de 1989 a 1994, tendo como destinatário o sertanejo, seu parente e amigo, Ramiro Monteiro Dantas (1912 – 1997), servem de fontes para as análises pretendidas.
Herói do sertão ou bandido romântico? As narrativas sobre o cangaceiro Jesuíno Brilhante nos folhetos de cordel
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-30) Santos, Beatriz Alves dos; Andrade Júnior, Lourival; Andrade, Joel Carlos de Souza; Fernandes, Paula Rejane
Este trabalho se debruça sobre a trajetória de Jesuíno Alves de Melo Calado, o famoso cangaceiro Jesuíno Brilhante, buscando compreender o percurso que o transformou em um símbolo do heroísmo nos sertões, na historiografia e na literatura. Para alcançar tal proposta, nos munimos dos folhetos de cordel “Jesuíno Brilhante – Braço avançado da justiça” de Gonçalo Ferreira da Silva, “Jesuíno Brilhante – O cangaceiro romântico” de Medeiros Braga e “Jesuíno – O cangaceiro Brilhante” de Gill Holanda, como nosso escopo de fontes a ser analisadas. Em um primeiro momento, nosso debate analisa o sertão, enquanto conceito e enquanto espaço de vivências e atuação do bando de Jesuíno. Na segunda etapa, nos pautamos em compreender o movimento do cangaço, suas definições, suas origens e as causas que o mantém vivo por tantas décadas entre os séculos XIX e XX. Em um terceiro momento, as fontes cordelianas são analisadas como o ponto chave na compreensão de como as narrativas romantizam o cangaceiro em questão, elevando-o a um posto de um herói do povo sertanejo, configurando-o como um exímio símbolo do banditismo social do nordeste brasileiro.
A história dos sertões nordestinos, das ações às representações: a seca e o “roubo” do contemporâneo (Rio Grande do Norte, 1950-1951)
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-21) ARAÚJO, Joyce Santos; Santos, Evandro dos; http://lattes.cnpq.br/7531766582443713; http://lattes.cnpq.br/2977504448159605; Andrade, Joel Carlos de Souza; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Andrade, Juciene Batista Félix; http://lattes.cnpq.br/9746207094429740
A pesquisa discute as relações entre sertão e flagelo, buscando compreender os paralelos entre pobreza e política no sertão norte riograndense, entre os anos de 1950-1951. O trabalho tem como foco a análise dos planos de ação realizados pelos Órgãos Federais DNOCS e SUDENE, bem como por meio de periódicos, através do jornal A Noite, do Rio de Janeiro. Com isso, a pesquisa permite perceber a forma como os jornais do Rio de Janeiro trabalhavam com o termo flagelado, além de ver uma naturalização do termo sertão pela imprensa. Além disso, a bibliografia analisada também traz um sertão que não era apreendido de forma positiva, sendo visto como um lugar distante, de caatinga seca e gente magra e que o objetivo era tornar o sertão contemporâneo, mas há certa resistência. Um dos objetivos do trabalho é mostrar a importância das obras criadas para combater a seca. O tema foi escolhido devido à importância de se entender um pouco mais sobre as ações públicas relacionadas à seca, bem como examinar como o flagelo era visto pelos periódicos do Sudeste do Brasil, em específico, o Rio de Janeiro.
Hospital do Seridó: uma história ainda pouco contada (1926-1980)
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-03) Dantas, Adelantha Sunnály de Souza; Macedo, Muirakytan Kennedy de; Macedo, Muirakytan Kennedy de; Andrade, Juciene Batista Félix; Santos, Rosenilson da Silva
Esta pesquisa trata da investigação sobre a história do Hospital do Seridó (1926-1980). Sendo este o primeiro estabelecimento voltado para a saúde da população menos abastada da cidade de Caicó, é de suma importância para toda a população da cidade que se conheça a história do hospital que preza pela saúde do povo há oitenta e nove anos, mudou de local nos anos 60 devido ao espaço que estava insuficiente para atender a demanda grande de pacientes. Para compreender o desenvolver de sua história, recorreu-se a vários tipos de fontes: Jornais, como o Jornal das Moças (1926), O Seridoense (1925), o Jornal de Caicó (1931), A República (1932-1939) e A Folha (1959-1964); O Estatuto de Criação da Associação Mantenedora do Hospital do Seridó; Correspondências expedidas da Prefeitura Municipal de Caicó de 1931-1937; Decreto de Lei nº562 de 17 de Novembro de 1969; Entrevistas com ex-funcionários do Hospital do Seridó e as Literaturas locais de Pe. Eymard Monteiro, José Augusto Bezerra de Medeiros e Adauto Guerra Filho. Para o tratamento e análise das fontes realizamos leituras, catalogação, transcrição de entrevistas, transcrição paleográfica, e análise das fontes, submetendo aos mais novos debates dentro dos estudos historiográficos sobre a história da medicina.
Inventário da arte de cestaria da família Domingos em Caicó-RN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-12) Silva, Erivan Santos da; Santos, Evandro dos; Santos, Evandro dos; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; Andrade, Joel Carlos de Souza
Neste trabalho, temos como problema a necessidade da construção de um inventário de referência cultural, com base na metodologia do programa Mais Educação do Governo Federal, na categoria Saberes, como uma possibilidade de salvaguardar a arte de cestaria com talos de Carnaúba produzida no âmbito da família Domingos em Caicó-RN. Os objetivos são documentar, registrar e não permitir que esse bem cultural desapareça com o passar do tempo, pela falta de interesse por parte dos membros da família Domingos. Além disso, discute as relações que envolvem esse bem cultural com a família Domingos e outros membros da comunidade que se relacionaram com a arte de cestaria com talo de Carnaúba, que é uma árvore predominante da mata de caatinga e que tem sua ocorrência em estados da região Nordeste do Brasil, como uma forma de construir uma identidade e um pertencimento em relação a esse bem imaterial. Foram utilizados fontes orais (entrevistas e depoimentos), fotografias, documentos e pesquisas bibliográficas relacionadas ao tema da pesquisa. Na conclusão direcionamos a possibilidade e a necessidade de construir um novo pensamento pedagógico, que crie nas pessoas da comunidade na qual o bem está inserido, uma maior consciência de pertencimento e que ajudará a salvaguardar outros bens culturais, sejam eles materiais ou imateriais, como a arte de cestaria com talo de Carnaúba.
Inventario da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de São João do Sabugi/RN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06) Araújo, Suédja Nájara Lucena de; Macêdo, Muirakytan Kennedy de; MACÊDO, Muirakytan Kennedy de; MACÊDO, Helder Alexandre Medeiros de; SANTOS, Rosenilson da Silva Santos
Esta pesquisa tem por objetivo inventariar a cultura imaterial da Igreja evangélica Assembleia de Deus em São João do Sabugi (RN). Foram nosso foco os trabalhos espirituais realizados nesta instituição, uma abordagem dos ritos organizacionais executados na Igreja, expondo como os mesmos são praticados na instituição, onde se busca estabelecer uma relação pessoal com o espiritual. Metodologicamente inspiramo-nos no Inventario Nacional de Referências Culturais adotado pelo IPHAN e adaptado aqui para a realidade que pesquisamos, optamos por focalizar em um grupo específico de pessoas dentro da instituição religiosa evangélica, estabelecendo um diálogo crítico com as “fontes” através das falas dos entrevistados, que, na sua maioria, são membros atuantes na Igreja Assembleia de Deus. Este inventário se justifica, pois é preciso mostrar a importância das igrejas evangélicas que já foram vistas como mero apêndice da sociedade, de forma que sua influência no contexto social, especificamente no município de São João do Sabugi/RN, em um primeiro momento, era tida como insignificante ou simplesmente inexistente.

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